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Inovação nas empresas: um panorama sobre o cenário das companhias do Sul do país 

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Foto: Divulgação

Por André Weber

Um dos aspectos que auxiliam na competitividade das empresas está relacionado ao fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação, pois a adesão e desenvolvimento de novas tecnologias e processos, contribuem ativamente no ecossistema inovativo brasileiro, garantindo, mas não se limitando, ao incremento de qualidade, produtividade e conseguintemente crescimento das empresas nacionais frente às suas concorrentes estrangeiras.

Indo ao encontro desta ideia, uma das regiões do país que vêm se destacando no fomento à inovação tecnológica é o Sul, como pode ser observado no Ranking de Competitividade dos Estados publicado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), que na sua edição 2022, apontou os estados de Santa Catarina e Paraná na segunda e terceira posições do ranking geral de todos os estados brasileiros. 

No pilar específico de Inovação, o estado do Rio Grande do Sul assumiu a liderança do ranking, enquanto Paraná e Santa Catarina aparecem na terceira e quarta posições respectivamente, atrás apenas do estado de São Paulo. Outro indicador bastante expressivo da região é do Índice FIEC de Inovação dos Estados, em que os estados do Sul aparecem entre os cinco mais bem colocados na análise realizada em 2022, com destaque especial à vertente do índice de resultados da pesquisa, no qual o Sul do país repetiu os excelentes resultados já obtidos em 2021, novamente, atrás apenas de São Paulo.

Os incentivos fiscais e seu impacto na inovação

Um dos pilares existentes, não apenas no Brasil, mas também em diferentes países do mundo como instrumento de fomento à inovação e desenvolvimento tecnológico, são os incentivos fiscais, nos quais o governo cria mecanismos para a redução da carga tributária ou ainda outras formas de apoio aos investimentos voltados à projetos de P&D realizados pelas empresas situadas no país.

Como exemplo desses incentivos em âmbito federal existentes no país está a Lei do Bem, no qual as empresas tributadas pelo regime do Lucro Real podem excluir adicionalmente o valor de 60 a 100% dos valores despendidos em projetos de P&D e classificados como despesas operacionais, da base de cálculo do IRPJ e CSLL. Isso se reflete em uma efetivação de até 34% dos valores investidos em pesquisa e desenvolvimento da inovação tecnológica abatidos da carga tributária da empresa.

Desta forma, quando se analisam as informações divulgadas pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), percebe-se um incremento contínuo no número de empresas que usufruíram do incentivo ao longo dos anos, chegando a um total de 3.012 empresas no ano-base de 2021, um incremento de mais de 17% comparado ao ano anterior.

Especificamente no cenário da região Sul do país, esse incremento é ainda mais expressivo, pois o ano-base de 2021 contou com um montante declarado de mais de R$ 4,8 bilhões, e uma renúncia fiscal de pouco mais de R$ 1,1 bilhão. Estes valores representam um incremento de 57,14% e 71,84%, respectivamente, se comparados ao ano-base de 2020, demonstrando assim a importância desses mecanismos de fomento à inovação no país.

Não obstante, existem outros incentivos nos mais diferentes âmbitos que promovem da mesma forma o estímulo aos investimentos em P&D nas empresas. Como exemplo, a Lei de Informática (voltada às empresas do setor de Tecnologias da Informação – TICs), o Rota 2030 (incentivo para o setor automotivo brasileiro), entre outros.

Além disso, todos os estados do Sul do país contam com programas de fomento à inovação e desenvolvimento de abrangência estadual, como por exemplo: o programa Paraná Competitivo, que promove incentivos voltados à expansão e modernização das empresas no estado, contemplando atividades de pesquisa e inovação tecnológica. 

Para se ter uma ideia, nos últimos anos, os investimentos protocolados já superaram os R$ 15 bilhões, e um total de empregos diretos superior a 20 mil. Situação semelhante ocorre com os programas SC Inovadora e Inova RS, que possuem suas características próprias, mas com o foco no fomento à P&D em seus respectivos estados.

A importância dos financiamentos à P&D

Outro pilar existente no ecossistema inovativo brasileiro são os editais de financiamentos e subvenções econômicas para apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica das empresas. Exemplo disso são as linhas de financiamento operadas pela FINEP com recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT.

Tais linhas possuem condições e taxas de juros muito mais atraentes que as aplicadas por outros bancos, e conforme o porte e faturamento da empresa, essas contratações podem ocorrer de maneira direta ou indireta (por meio de bancos regionais, como o BRDE, um dos bancos referência na região Sul do país).

Adicionalmente, todos os estados do Sul apresentam constantemente linhas e editais abertos para projetos de P&D, cujos recursos são os cofres públicos do próprio estado, ou em parceria com algum parceiro ou instituição correlata ao setor de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. 

Com isso, percebe-se que todos esses editais se transformam em propulsores para o desenvolvimento empresarial, aumentando a inovação nessas companhias e permitindo um ganho de qualidade, produtividade ou competitividade frente aos concorrentes.

Assim, independentemente da fonte dos recursos, a publicação desses editais e conseguinte liberação de recursos, abrem caminhos relevantes para a viabilização dos projetos de inovação das empresas de diferentes segmentos e atuação, pois permitem que parte do fluxo de caixa das companhias não seja comprometido pelos investimentos em P&D, dado que uma grande parcela dos valores seja apoiada via recursos públicos. Além disso, as taxas de juros e condições contratuais das linhas de inovação tecnológica são mais atrativas e competitivas do que as alheias a essa temática.

O papel das startups no ecossistema de inovação

Com o avanço constante da tecnologia e informatização dos processos empresariais, cada vez mais percebe-se a inovação em um formato aberto, em substituição ao formato de inovação fechada que ocorria até então, permitindo assim que os projetos sejam realizados de maneira colaborativa, com diferentes players do ecossistema inovativo, bem como o seu respectivo compartilhamento de riscos e custos. 

Nesse sentido, novamente a região Sul se destaca no cenário nacional, pois cada vez mais percebem-se ações voltadas ao aperfeiçoamento das normativas e regramentos envolvendo as startups e empresas de base tecnológica para que seja simplificado o processo de cooperação e estabelecimento de parcerias colaborativas na criação do valor considerado inovador. 

Isso se reflete nos excelentes indicadores reportados pelo Índice FIEC de Inovação dos Estados 2022, que apresentou os três estados do Sul nas melhores posições do indicador de Cooperação. Vale ressaltar que todos os estados da região Sul se mantêm nas primeiras colocações do indicador desde o ano de 2020, com especial destaque ao Rio Grande do Sul, líder absoluto nos 3 anos analisados.

E quais são as perspectivas futuras?

Na esfera administrativa e governamental, diversas ações estão sendo realizadas com o intuito de aprimorar o ecossistema de inovação brasileiro, pois apesar de apresentar uma melhora dos indicadores nos últimos anos, o Brasil ainda está defasado quando comparado a outros países do mundo, tornando-o dependente de muitas tecnologias estrangeiras, mesmo coexistindo um extenso potencial de desenvolvimento e aprimoramento destas em solo nacional, o que reduziria os custos de produção das indústrias, assim como um aumento de competitividade frente à grandes potências tecnológicas.

Uma dessas ações em aspecto federal é a instalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, vinculada ao MCTI, que possui como objetivo assessorar a presidência da república, tendo a ciência, tecnologia e inovação como um dos seus eixos estruturantes do desenvolvimento nacional.

Outra ação que está em andamento por parte da Congresso Brasileiro, são os projetos de lei que buscam o aperfeiçoamento da legislação dos incentivos fiscais brasileiros, com destaque especial ao Projeto de Lei nº 4.944/2020 que busca colocar em prática a nova Lei do Bem (Lei nº 11.196/05), de modo a permitir, dentre outras coisas, que o excedente do percentual dos dispêndios com pesquisa tecnológica e desenvolvimento da inovação tecnológica excluído do lucro líquido possa ser aproveitado em exercícios subsequentes. 

Por fim, ainda existem muitos gargalos e possibilidades de aperfeiçoamento, mas a região Sul já se apresenta muito competitiva no que tange aos programas e iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, e as ações em andamento que corroboram como propulsoras para o desenvolvimento empresarial nesses estados. 

André Weber é Coordenador de SPD da FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financiamento à Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). 

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

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Qual é a importância da comunicação interna para manter os colaboradores engajados?

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Qual é a importância da comunicação interna para manter os colaboradores engajados?
Divulgação Grupo TODOS Internacional

Para 70% das empresas brasileiras, o maior desafio na comunicação interna é engajar gestores a serem comunicadores dentro das equipes

Em um cenário corporativo em constante evolução, a comunicação interna se destaca como um elemento fundamental para o engajamento dos colaboradores, uma vez que não se limita à transmissão de informações, mas é também ferramenta para a construção de um ambiente de trabalho colaborativo, transparente e motivador. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 70% das companhias brasileiras identificam a dificuldade em engajar gestores como um dos principais desafios na comunicação interna e, para 47% delas, o líder é o principal canal para a empresa dialogar com suas equipes.

Segundo Rennan Vilar, Diretor de Pessoas e Cultura do Grupo TODOS Internacional, entender o papel da comunicação dentro das organizações é o primeiro passo para que as empresas se dediquem a superar o desafio da comunicação interna. “Uma das principais missões da comunicação corporativa é promover um ambiente onde os colaboradores se sintam parte integrante da empresa. Isso aumenta o engajamento e reforça o comprometimento com os objetivos organizacionais”, afirma Vilar.

A criação de um ambiente de diálogo aberto e transparente, apoiado pelo desenvolvimento das habilidades dos gestores, pode transformar a cultura organizacional ao estimular equipes mais motivadas e produtivas. Para Rennan, “com uma comunicação interna eficaz, as empresas fortalecem sua cultura e colhem benefícios significativos tanto para seus colaboradores quanto para os resultados estabelecidos como metas”.

Quais são os benefícios de uma boa comunicação interna para os colaboradores?

1) Aumento da satisfação

Quando as equipes têm acesso a informações relevantes sobre a empresa, suas metas e o papel que desempenham, elas se sentem mais conectadas e respeitadas. De acordo com Vilar, “esse senso de valorização cria um ambiente em que os colaboradores veem-se motivados a se empenhar e a contribuir com seus melhores esforços”. O profissional reforça que um canal aberto para comunicação fortalece a confiança entre os funcionários e a liderança, promovendo um sentimento de segurança e pertencimento. Isso resulta em um aumento geral na satisfação, desempenho aprimorado e em um clima organizacional mais positivo.

2) Melhoria no engajamento

A comunicação clara e transparente pode fortalecer a conexão dos profissionais com os objetivos da empresa. “Quando as informações sobre metas, estratégias e resultados são compartilhadas de forma aberta, os funcionários compreendem melhor o papel que desempenham e se sentem parte essencial da jornada organizacional”, ressalta Vilar. Para o especialista, essa clareza reduz incertezas e aumenta a confiança, pois os funcionários percebem como seu trabalho contribui diretamente para o sucesso coletivo. Ao promover um diálogo contínuo e honesto, a empresa cria um ambiente no qual os colaboradores se sentem motivados a se envolver e a contribuir ativamente.

3) Empoderamento

Informações acessíveis e relevantes facilitam que os colaboradores possam tomar decisões mais assertivas. Segundo Rennan Vilar, “quando os funcionários têm acesso a dados e insights que impactam seu trabalho, sentem-se mais confiantes e capacitados para agir de forma proativa”. O profissional afirma que esse empoderamento, além de aumentar a autonomia individual, também estimula uma cultura de responsabilidade e iniciativa dentro da equipe. Isso porque, ao serem incentivados a utilizar essas informações em suas decisões diárias, os colaboradores se tornam agentes ativos na busca por soluções e melhorias, contribuindo assim para o sucesso coletivo da organização.

4) Ambiente colaborativo

A comunicação interna eficaz fomenta o clima de colaboração, no qual todos os colaboradores se sentem à vontade para compartilhar ideias e sugestões. Esse ambiente inclusivo promove a troca de conhecimentos e experiências, enriquece as discussões e incentiva a criatividade. “Quando as pessoas se sentem valorizadas e ouvidas, a disposição para colaborar aumenta, resultando em soluções mais inovadoras e no fortalecimento do trabalho em equipe”, destaca Vilar.

Um espaço onde a comunicação flui livremente contribui para a construção de relacionamentos interpessoais saudáveis, o que facilita a sinergia entre diferentes áreas e promove um senso de pertencimento à organização.

5) Reconhecimento e feedback

Processos de comunicação que incluem feedbacks regulares aumentam o reconhecimento do trabalho dos colaboradores e desempenham um papel importante no alinhamento das expectativas entre o funcionário e a empresa. Essa prática traz mais segurança para o colaborador, que passa a compreender se seu desempenho está atendendo às expectativas organizacionais.

Além disso, quando surgem áreas que necessitam de aprimoramento, o feedback oferece orientações claras e construtivas, que permitem que o colaborador saiba exatamente como pode evoluir e contribuir de maneira ainda mais efetiva para os objetivos da empresa.

Os impactos da comunicação interna nas empresas

Os sinais de que a comunicação interna não está funcionando adequadamente podem ser sutis, mas impactantes. Vilar destaca que “falta de feedback, desinteresse nas reuniões e aumento da rotatividade de funcionários são indicativos de problemas na comunicação interna”. Esses fatores podem afetar significativamente o engajamento e a satisfação dos colaboradores, levando a um ambiente de trabalho menos produtivo.

O especialista acredita que a comunicação interna é essencial para a construção de uma cultura organizacional sólida. “Uma comunicação clara e aberta pode moldar a cultura da empresa, promovendo valores como transparência, respeito e colaboração”, complementa. Uma comunicação corporativa eficaz funciona como uma via de mão dupla ao favorecer tanto os colaboradores quanto as empresas. Confira cinco benefícios desta prática para as companhias elencados por Vilar:

1) Aumento da produtividade: funcionários engajados tendem a ser mais produtivos, impactando positivamente os resultados da empresa.

2) Redução da rotatividade: um ambiente onde a comunicação flui bem diminui a rotatividade de colaboradores, e isso gera economia de recursos dedicados a contratações e treinamentos.

3) Cultura organizacional forte: a comunicação interna sustenta a cultura organizacional ao criar um ambiente alinhado aos valores da empresa.

4) Tomada de decisão ágil: a comunicação eficaz reduz os ruídos informacionais e permite que as decisões sejam tomadas de forma mais rápida e eficiente.

5) Inovação e criatividade: ambientes que favorecem a comunicação aberta estimulam a inovação, uma vez que os colaboradores se sentem livres para compartilhar ideias novas.

Como superar os obstáculos e ter uma comunicação corporativa eficaz?

Engajar lideranças na comunicação com suas equipes pode ser desafiador. Vilar observa que “muitos gestores ainda veem a comunicação como uma tarefa secundária e isso dificulta a construção de uma conexão genuína com os colaboradores”. Essa falta de engajamento pode ter consequências diretas no bem-estar e na produtividade da equipe. “Quando os líderes não se comunicam de maneira eficaz, os funcionários tendem a se sentir desmotivados, e isso impacta negativamente os resultados da organização”, explica.

Para superar esses desafios, Vilar sugere que as empresas adotem estratégias de treinamento e suporte. “Investir no desenvolvimento das habilidades de comunicação dos gestores é fundamental. Programas de capacitação podem prepará-los para se tornarem comunicadores mais eficazes”, afirma. O especialista também destaca que as tecnologias de comunicação interna desempenham um papel importante na superação de barreiras. “Ferramentas digitais facilitam a troca de informações, promovem a colaboração e garantem que todos estejam na mesma página”, conclui.

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Feiras de tecnologia no Japão: eventos imperdíveis para inovadores e empresas

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Feiras de tecnologia no Japão: eventos imperdíveis para inovadores e empresas
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As feiras de tecnologia no Japão são verdadeiras fontes de inovação para todo o mundo. Confira algumas a seguir!

O Japão é um país conhecido por uma grande bagagem cultural e tradições milenares, porém, também é um forte polo tecnológico mundial. Com uma economia estável e ambiente que favorece a pesquisa e desenvolvimento, é de se esperar que esse país seja a casa de diversas feiras de tecnologia que reúnem milhares de profissionais por ano.

O setor de turismo, por exemplo, também ganha com a existência das feiras. Por ser um país mais distante da Europa e das Américas em geral, os participantes costumam ficar mais tempo para visitar as belezas do país durante a sua estadia. Vários pontos simbólicos e conhecidos mundialmente podem ser visitados nesse período.

Por isso, caso você se anime de conhecer, durante a sua estadia aproveite para conhecer o Monte Fuji, Harajuku e outros pontos icônicos do país.

Cenário tecnológico no Japão

O Japão é um país muito reconhecido por suas inovações em diversas áreas, como eletrônicos, automotivo, robótica e inteligência artificial. O país conta com uma infraestrutura muito voltada para tecnologia, e sua cultura focada na produtividade contribui para um ambiente onde muitas pesquisas e ferramentas são desenvolvidas.

Cidades como Tóquio, Osaka e Quioto são grandes redutos de pesquisadores, onde há universidades de grande renome e centros voltados para a inovação, o que chama a atenção de maneira global.

Nas últimas décadas, o país vem correndo para se manter com esse destaque, investindo em novas áreas como biotecnologia, mobilidade elétrica e smart cities. Um dos pontos que mais se destaca no cenário japonês é a busca por soluções sustentáveis e a integração da tecnologia no cotidiano – pontos que vem revolucionando as relações em todos os âmbitos ao redor do mundo. 

O Japão como polo de inovação global

Sua cultura voltada para a criatividade e produtividade, combinado com aspectos como educação de grande qualidade fazem do Japão um verdadeiro polo de inovação global. 

O governo japonês sempre teve interesse em implementar políticas que incentivassem a pesquisa e a colaboração entre empresas e instituições acadêmicas.

Uma das mais notáveis é a Sociedade 5.0, que busca integrar tecnologias digitais em todos os aspectos da vida, desde o transporte até a saúde e a educação. Isso abre campo para a inserção de tecnologias emergentes em prol da solução de problemas sociais.

Nesse contexto, as feiras de tecnologia no Japão são outro braço que auxiliam na divulgação e exposição dessas inovações, fomentando a troca de ideias e formação de parcerias. 

Essas feiras permitem que as empresas apresentem suas novidades e também são um espaço de aprendizado sobre as tendências do mercado e as necessidades dos consumidores e da sociedade. 

Importância das feiras de tecnologia no Japão

As feiras de tecnologia no Japão são uma parte importante da economia, dos estudos e da colaboração entre empresas internacionais.

Impulsionam negócios

As feiras de tecnologia no Japão são eventos importantes para empresas de todos os tamanhos, desde startups até gigantes da tecnologia. Esses eventos servem como uma verdadeira vitrine para produtos e serviços, criando pontes para que empresas alcancem um público mais diversificado e amplo.

Participar de uma feira dessa magnitude pode significar presenciar o lançamento de um produto, o fechamento de um contrato ou até mesmo conseguir entrar em um novo mercado. Para empresas que buscam expandir sua presença no Japão ou na Ásia, as feiras oferecem um acesso direto a clientes potenciais, parceiros estratégicos e investidores.

 

Networking

Uma outra vantagem das feiras de tecnologia no Japão é a oportunidade de networking internacional. Profissionais de diversas áreas e países se reúnem nessas feiras, facilitando o contato e abrindo portas para parcerias futuras. 

Conhecer pessoas de diversas culturas e mercado pode te auxiliar inclusive a ter novas ideias e expandir a sua visão de mundo, facilitando a navegação no mundo dos negócios.

No entanto, não é apenas o networking que é facilitado. Também é possível encontrar potenciais clientes e fornecedores, entendendo melhor suas necessidades e a competitividade global.

 

Colaboração entre empresas globais

As feiras de tecnologia no Japão atraem participantes de todo o mundo. Essa abertura facilita cenários de colaboração internacional, permitindo que empresas de diferentes países compartilhem suas experiências e soluções. Essa troca de conhecimentos entre empresas globais pode resultar em inovações disruptivas para uma série de novos mercados e consumidores.

Um outro ponto relevante é que as feiras costumam ser pontos onde acordos são formalizados ou começam a ser desenvolvidos, permitindo que empresas se unam. Esse tipo de colaboração é indispensável para enfrentar os desafios tecnológicos e criar soluções que sejam relevantes. 

Principais feiras de tecnologia no Japão

Confira algumas das principais feiras de tecnologia no Japão a seguir.

 

CEATEC

O CEATEC (Combined Exhibition of Advanced Technologies) é uma das feiras de tecnologia mais renomadas do Japão. Realizado anualmente em Chiba, o evento reúne as principais empresas de tecnologia e inovação do país, apresentando produtos e soluções em áreas como eletrônicos, automação, robótica e inteligência artificial.

O CEATEC conta com uma programação completa, com palestras, workshops e exposições para que profissionais e empresas se atualizem das tendências. O evento também oferece uma plataforma para startups e pequenas empresas mostrarem seus produtos. 

Tokyo Game Show

Voltado para o desenvolvimento e lançamento de jogos, o Tokyo Game Show é uma das maiores feiras de jogos do mundo e atrai anualmente milhões de visitantes e profissionais da indústria. No entanto, não se engane: o evento vai além dos jogos eletrônicos, trazendo também inovações em hardware, tecnologia de realidade virtual e interações sociais em jogos.

O evento traz uma experiência única para os visitantes – permitindo que eles experimentem os jogos antes do lançamento. 

Inter BEE

O Inter BEE (International Broadcast Equipment Exhibition) é um evento voltado para a indústria de broadcast e entretenimento. Realizado em Tóquio, o Inter BEE reúne profissionais e empresas que atuam na produção de conteúdo audiovisual, desde a captação até a distribuição.

No Inter BEE é possível se deparar com as inovações em tecnologia de transmissão, edição e pós-produção, além das últimas tendências em mídia digital e entretenimento. 

Conclusão

As feiras de tecnologia no Japão são uma oportunidade incrível para quem deseja aprender mais e se destacar no mercado global da tecnologia. Graças a um cenário tecnológico em constante evolução, participar dessas feiras em um país considerado polo de inovações e tecnologias como o Japão é uma oportunidade única de trocar conhecimentos e aprender novas tendências.

Para quem está disposto a explorar novas oportunidades e expandir horizontes, o Japão pode ser um destino sem dúvidas promissor – não só pelas feiras, mas também pela cultura voltada neste aspecto.

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Dia do Empreendedorismo Feminino: Um Olhar Inspirador com Sophia Marins

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Dia do Empreendedorismo Feminino: Um Olhar Inspirador com Sophia Marins
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O Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado hoje, 19 de novembro, é uma data para reconhecer e valorizar a força transformadora das mulheres no mundo dos negócios. No Brasil, o empreendedorismo feminino tem ganhado destaque, mesmo em um cenário de desafios. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, divulgados pelo Sebrae, as mulheres representam 34% do total de empreendedores no país, com mais de 10 milhões de brasileiras à frente de seus próprios negócios.

Sophia Marins, diretora de Comunicação e Marketing da YC e sócia-fundadora da Conecte, é um exemplo de como o empreendedorismo feminino pode romper barreiras e inspirar transformações. Para Sophia, empreender vai muito além de abrir uma empresa; é sobre conquistar autonomia, desafiar padrões e trazer inovação para o mercado. “O empreendedorismo feminino, para mim, representa autonomia, transformação e um avanço essencial para a sociedade. Quando uma mulher empreende, ela não só conquista independência financeira, mas também contribui para romper barreiras e desafiar padrões.”

Empreender é inspirar e transformar

A experiência de Sophia como empreendedora reflete seu propósito de ajudar pessoas e marcas a se destacarem, alinhando paixão e estratégia. “Empreender como mulher me permitiu alinhar minha paixão por imagem e comunicação com o propósito de ajudar outras pessoas e marcas a se destacarem. Além disso, a força das redes de apoio entre mulheres empreendedoras é incrível. É inspirador ver como, ao construirmos nossos próprios caminhos, também abrimos portas para outras mulheres, incentivando-as a acreditar em seu potencial e a perseguirem seus sonhos.”

Essa força coletiva de mulheres que se apoiam umas às outras é essencial para enfrentar as dificuldades de um mercado ainda marcado por desigualdades de gênero. Segundo o mesmo levantamento do GEM, muitas mulheres enfrentam barreiras como falta de acesso a financiamento, preconceitos estruturais e a necessidade de equilibrar múltiplas responsabilidades.

Conselhos de uma empreendedora para mulheres que querem começar

Sophia acredita que cada mulher carrega um potencial transformador e incentiva aquelas que desejam empreender a acreditarem em si mesmas. Seu principal conselho? “Acredite no seu potencial e vá em frente, mesmo que pareça desafiador. No início, pode ser difícil conciliar tantas responsabilidades e encontrar confiança no próprio trabalho, mas é importante lembrar que cada passo dado é um avanço.”

Ela também reforça a importância da capacitação e do autovalor: “Entender o seu mercado, desenvolver habilidades e estar aberta ao aprendizado contínuo são diferenciais importantes. Construa também uma rede de apoio – outras mulheres empreendedoras, mentores e pessoas que acreditam no seu projeto podem fazer toda a diferença. E, por fim, faça o que o coração ama e o bolso chama! Valorize-se. Não permita que outros desvalorizem seu esforço e expertise.”

Impacto além dos negócios

O empreendedorismo feminino não transforma apenas as vidas das empreendedoras, mas também gera impactos significativos na economia e na sociedade. A inclusão de mais mulheres no mundo dos negócios promove maior diversidade, inovação e equidade, beneficiando toda a comunidade.

Sophia conclui com uma mensagem inspiradora: “Cada mulher que empreende abre caminhos para outras, criando um impacto que vai além do próprio negócio. Cada conquista é um passo à frente para todas nós, criando um futuro com mais equidade e oportunidades para as próximas gerações.”

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