Cultura
Jornadas Judaico-Amazônicas chegam a Manaus

O Museu Judaico de São Paulo (MUJ) promove, nos dias 13 e 15 de abril, mais uma etapa das Jornadas Judaico-Amazônicas: as migrações judaicas no Norte do Brasil, com a realização de dois eventos em Manaus. Com a participação de intelectuais e profissionais da cena regional e degustação de sabores e receitas tipicamente judaico-marroquino-amazônica, o primeiro evento acontece no Memorial Samuel Benchimol, localizado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, e o segundo na Hebraica. A programação faz parte do projeto Judeus na Amazônia, iniciado pelo MUJ em 2022 e que resultará em uma grande exposição sobre o tema no segundo semestre de 2024.
Apresentado pelo Instituto Cultural Vale com o patrocínio master do Santander Brasil, o projeto, disponível no site https://amazonia.museujudaicosp.org.br/pesquisa/ apresenta ao público as conexões feitas entre a cultura judaica na região Norte do País com a diversidade brasileira, por meio da vida comunitária, práticas culturais, gastronômicas e linguísticas, relações econômicas e construção identitária.
“Essa chegada a Manaus é mais uma importante etapa do projeto Judeus na Amazônia, após atividades em São Paulo e Belém, reforçando a pesquisa de campo do MUJ sobre a rica história da presença judaica na região Norte do país”, conta o Diretor Executivo do Museu Judaico de São Paulo, Felipe Arruda.
Com uma programação que reúne trocas de experiências a partir da cultura judaica e da produção cultural local, os dois dias de encontros passeiam pelas histórias da imigração, debatem as conexões entre a cultura judaica e a cultura amazônica e lançam um olhar atento para as discussões em torno da Amazônia hoje.
O primeiro evento contará com a participação dos escritores Márcio Souza e Ilko Minev, além do professor e advogado Robério Braga. Eles conduzirão uma conversa sobre a produção cultural local, em especial a literatura, e como essas obras contribuem com a compreensão dos mais diversos aspectos da presença judaica na Amazônia ao longo de mais de dois séculos.
Dois dias depois acontece o segundo encontro na Hebraica. Na ocasião haverá um bate-papo com a historiadora Anne Benchimol, o médico e escritor Jacob Cohen e o presidente do Comitê Israelita do Amazonas David Vidal. Durante o encontro, eles apresentarão ao público elementos históricos e culturais da chegada dos judeus que vieram do Marrocos, e como essa comunidade esteve presente em diversas partes da região e contribuíram com diversos setores da sociedade, seja no comércio, na política ou na cultura. Após a conversa, haverá o lançamento do livro Era uma vez na ilha de Parintins, de Jacob Cohen.
▪Sobre os convidados
Anne Benchimol: graduada em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), é colaboradora do Comitê Israelita do Amazonas, com atuação em diversas diretorias. Em 2012 exerceu a presidência da Comunidade Judaica do Amazonas, da qual é hoje vice-presidente. Desde 2006 tem se dedicado à pesquisa do Judaísmo da Amazônia. Nascida e criada em Manaus, suas bisavós chegaram ao Brasil por volta de 1850 vindos do Marrocos.
David Vidal Israel: é presidente do Comitê Israelita do Amazonas. Antes, foi diretor do Clube Hebraica e deu aula de hebraico para crianças e adolescentes, reativando o movimento juvenil em Manaus chamado Hebraica Jovem, que funcionava dentro do clube de Manaus.
Ilko Minev: nasceu em 1946 em Sofia, Bulgária, mas vive há mais de 40 anos no Brasil. Antes de vir ao Brasil, Ilko recebeu asilo político na Bélgica por ser dissidente político; foi lá que estudou Economia. Tornou-se escritor aos 66 anos, depois de se aposentar de uma carreira executiva. Suas obras buscam redimensionar a importância de eventos históricos marcantes na vida do autor, transcendendo nacionalidades, mas sem perder a influência de suas raízes judaico-búlgaras e seu amor pelo Brasil.
Jacob Cohen: é médico oftalmologista e professor na UFAM. Atua também como escritor, seu mais recente título Era uma vez em Parintins, fala de sua infância e raízes judaico-marroquinas.
Márcio Souza: formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP), atua como jornalista, escritor, diretor e roteirista. Autor da tetralogia Crônicas do Grão Pará e Rio Negro, foi professor convidado da Universidade de Berkeley, escritor residente nas Universidades de Stanford e Austin, Texas. É membro da Academia Amazonense de Letras, com ampla carreira em gestão cultural, tendo sido presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) entre 1995 e 2003, diretor do Teatro Experimental do Sesc do Amazonas (Tesc) e presidente do Conselho Municipal de Cultura de Manaus.
Roberio Braga: Possui graduação em Direito pela UFAM, especialista em Direito Agrário e em Direito Público pela mesma instituição, e mestrado em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas. Foi Secretário de Estado da Cultura do Amazonas e é ex-Diretor da Escola Superior de Advocacia do Amazonas. Tem experiência na área de Direito e Comunicação, com ênfase em Direito Ambiental, Cultural e Eleitoral.
▪Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
O Museu Judaico de São Paulo cultiva e apresenta a diversidade das expressões da cultura judaica em diálogo com o contexto brasileiro e com o contemporâneo, dedicando à defesa dos direitos humanos e ao combate ao antissemitismo e a todas as formas de preconceito. Fruto de uma mobilização da sociedade civil, o MUJ foi inaugurado em 2021 como o maior museu judaico da América Latina e guardião do maior acervo judaico brasileiro. Além de quatro andares expositivos, com exposições permanentes e temporárias, o museu realiza festivais literários, concertos musicais, seminários, debates, publicações, oficinas e um amplo programa educativo, sempre entrelaçando perspectivas judaicas e não judaicas. Os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas.
O Projeto Judeus na Amazônia é apresentado pelo Instituto Cultural Vale, conta com o patrocínio master do Santander Brasil, com o patrocínio da Gera Amazonas e com o apoio da Bemol.
Para os projetos de 2024, o MUJ conta com o patrocínio de Itaú e apoio de B3, Banco Safra, Klabin, Porto, Banco Alfa, Banco Daycoval, Deutsche Bank, Dexco, Leal, BMA Advogados, Cescon Barrieu, Leo Madeiras e Verde Asset.
Serviço:
Judeus na Amazônia – Jornadas Judaico-Amazônicas em Manaus: as migrações judaicas no Norte do Brasil
13 de abril, sábado, às 18h30
Local: Memorial Samuel Benchimol – Centro Cultural dos Povos da Amazônia
Prª. Francisco Pereira da Silva, s/n – Crespo, Manaus-AM
15 de abril, segunda-feira, às 18h30
Local: Hebraica – Av. Joaquim Nabuco, 1842 – Centro, Manaus-AM
Cultura
Cantora Adriana Quadros faz única apresentação no Blue Note Rio com tributo a Tom Jobim

Estreia dia 29 de outubro, às 20h, em única apresentação, o show da cantora carioca, que mora em São Paulo, Adriana Quadros no Blue Note Rio com as músicas de Tom Jobim. Devido ao grande sucesso, o show “Adriana Quadros, As Cores do Tom, um tributo a Tom Jobim” foi convidado pela quinta vez a se apresentar no Blue Note Rio.
A ideia vem da necessidade de reverenciar e reviver um dos maiores ícones da nossa música e um dos precursores da Bossa Nova. Com uma obra tão expoente, não só no Brasil, como internacionalmente. “Garota de Ipanema” mantém a liderança das músicas brasileiras mais regravadas da história e “Águas de março”, uma das músicas brasileiras mais executadas no mundo inteiro.
O tributo resgata sua obra com um quarteto – além da voz de Adriana Quadros, temos a direção musical, arranjos e violões de João Cantiber; Cyd Alvarez, ao piano; baixo acústico com Dodo Ferreira e Luisinho Sobral na bateria. Um quarteto de primeira, para apresentar pérolas da obra de Tom Jobim. E ainda contamos com a participação especial de Iago Freitas, percussionista e multi-instrumentista.
O repertório traz Corcovado, Chega de Saudade, Garota de Ipanema, Eu Sei que vou te Amar, Dindi, Desafinado, A Violeira, Luiza, Retrato em Branco e Preto, Wave, Samba de uma nota só, Só danço samba, Piano na Mangueira, Eu sei que vou te amar, Modinha e Águas de Março, entre outros sucessos.
FICHA TÉCNICA:
Realização: AB Quadros Produções e Eventos Ltda.
Direção Artística: Adriana Quadros
Voz: Adriana Quadros
Direção musical, arranjos e violões: João Cantiber
Piano: Cyd Alvarez
Baixo acústico: Dodo Ferreira
Bateria: Luisinho Sobral
Participação especial na percussão: Iago Freitas
Luz e Som: Blue Note Rio
Produção Executiva: Gabriela Calainho
Redes Sociais: Sofia Quadros
Foto: Guga Melgar
Assessoria de Imprensa: Maria Fernanda Gurgel
SERVIÇO:
ADRIANA QUADROS, AS CORES DO TOM, UM TRIBUTO A TOM JOBIM
Quarta-feira, 29 de outubro de 2025, às 20 h.
Blue Note Rio
Av. Atlântica, 1910 – Copacabana, Rio de Janeiro
Assessoria de Imprensa: Maria Fernanda Gurgel – (21) 99999-9263 – mfgurgel.assessoria@gmail.com
Contato de produção: Gabriela Calainho, cel: (21) 98895-0770
Contato: (21) 96775-2100
Capacidade: 204 pessoas
Classificação etária: 18 anos | menores apenas acompanhados dos pais ou tutores legais.
Inteira: R$ 120 – Meia: R$ 60
Ingressos: Eventim
Cultura
Cortejo com Caixeiras marca abertura da Segunda Mostra de Arte Híbrida da Cia da Hebe

Grupo de percussão formado por mulheres percorre as ruas de Espírito Santo do Pinhal e convida a população para participar da Mostra
Pela primeira vez, Espírito Santo do Pinhal (SP) recebe o cortejo das Caixeiras das Nascentes, que vai reunir 30 mulheres e moradores da cidade para percorrer o trajeto pela Rua Direita entre o Coreto da Praça Matriz e a Cia da Hebe neste domingo, dia 19 de outubro, a partir das 17h. A iniciativa marca a abertura oficial da Segunda Mostra de Arte Híbrida da Cia da Hebe. O grupo popular feminino de percussão, que é de Campinas, fará uma congada pelo centro da cidade, reverenciando a memória das comunidades negras, e será conduzido pela Mestra Caixeira Cristina Bueno.
No sábado, dia 18, a partir das 10h, Cristina e Inês Vianna, fundadoras das Caixeiras, irão conduzir na Cia da Hebe a imersão “Tambores: cantar, tocar e dançar”, com o tambor conhecido como “caixa de folia” ou “caixa do divino”, além de outros instrumentos como o xequerê e agogô, que acompanham o toque de tambor durante as festas. Os participantes terão a oportunidade de aprender toques básicos e cantigas de manifestações culturais afro-brasileiras, como coco, cacuriá, afoxé e congada, e participarão do cortejo no domingo. A imersão é gratuita e com inscrições limitadas pelo site da Cia da Hebe (informações abaixo).
Para divulgar o cortejo, a Cia da Hebe levará às ruas da cidade um carro de som, chamando a população para participar. “A Mostra é mais do que um evento anual: é o reflexo de tudo o que desenvolvemos, reunido com coerência e potência. E a população de Pinhal e região tem participado ativamente deste e de outros eventos gratuitos que promovemos”, explica Mônica Sucupira, coordenadora da Cida da Hebe.
Síntese da trajetória construída ao longo de 10 anos da Cia da Hebe – comemorados em setembro último – a Mostra traduz o pensamento artístico da associação, que cultiva a liberdade de transitar entre linguagens, misturá-las e trazer um novo significado para essas ações. “Durante uma década, nossas ações aconteceram em diferentes formatos e momentos. Agora, elas convergem em uma proposta que celebra essa fusão, onde o híbrido não é exceção, mas essência”, explica Mônica.
Vídeo Dança
Já no dia 25 de outubro, a partir das 10h, Mariana Sucupira, formada em Dança e Cinema e integrante do “Núcleo Cinematográfico de Dança”, conduzirá a imersão de Vídeo Dança na Cia da Hebe. Há mais de 20 anos, Mariana produz vídeos para dança, teatro e música e irá orientar os participantes sobre o processo de criação e realização de uma “dança para tela”, mostrando como abordar uma coreografia ao realizar um vídeo, o desenho da câmera acompanhando o movimento junto ao corpo e a edição auxiliando a construir o ritmo, entre outros aspectos.
Até o começo do próximo ano, a Mostra reunirá convidados de diversas áreas em apresentações, oficinas, encontros e experiências de troca entre práticas artísticas diversas. Com um número de atividades superior ao do ano passado, o evento se consolida como um espaço vibrante de convergência e experimentação. “É uma iniciativa da Cia da Hebe para fortalecer projetos artísticos contemporâneos, beneficiando moradores, visitantes e turistas e estimulando o debate público sobre arte e cultura”, afirma a coordenadora.
Cia da Hebe
Associação de arte e cultura sem fins lucrativos que ocupa um casarão com 122 anos no centro de Espírito Santo do Pinhal, a Cia da Hebe oferece gratuitamente oficinas, encontros, conversas e outras atividades, promovendo a formação, informação, criação e convivência por meio da arte. Ao longo do tempo, a iniciativa conquistou o público. “Tanto o CineHebeClube quanto a Mostra contam com uma comunidade diversa e vibrante. A cada atividade, novos rostos aparecem, especialmente entre os jovens, e a pluralidade se revela, pois temos um espaço aberto e acolhedor, onde diferentes práticas e pessoas se encontram”, diz Mônica.
Serviço:
2a. Mostra de Arte Híbrida da Cia da Hebe
Abertura: 19 de outubro, domingo, às 17h – com o cortejo das Caixeiras das Nascentes pelas ruas de Espírito Santo do Pinhal
Início do cortejo: Coreto da Praça Matriz
Público e gratuito.
Endereço da Cia da Hebe – Rua Capitão João Batista Mendes Silva, 175, no centro de Espírito Santo do Pinhal / SP
Reserva de Ingressos para a Imersão de Tambores das Caixeiras, a Imersão de Vídeo Dança e programação completa da Mostra de Arte Híbrida: https://ciadahebe.com.br/
Cultura
Circuito poético da escritora Will Moreira leva poesia concreta e experimental a Pouso Alegre e Varginha

Autora apresenta “Substanciar – circuito poético” com rodas de conversa e oficinas que convidam o público a explorar novas formas de leitura e escrita
A escritora e artista Will Moreira, de Poços de Caldas, realiza em 2025 o “Substanciar – circuito poético”, uma ação de circulação que leva a potência da poesia concreta e experimental para bibliotecas públicas do Sul de Minas. Os encontros acontecem em Pouso Alegre (18/10) e Varginha (29/11), com atividades gratuitas que articulam roda de conversa e oficina de criação.
O circuito nasce do livro Substanciar (Estância Projetos Editoriais, 2023), resultado de quatro anos de pesquisa intensa em torno da relação entre palavra, página e visualidade. Inspirada por tradições da poesia concreta brasileira, Will transforma a palavra em objeto gráfico e sensorial, propondo uma leitura que é também experiência estética.
Cada encontro combina:
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🌀 Roda de conversa (1h) sobre poesia concreta e processos criativos
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✍🏽 Oficina de experimentação poética (2h30), em que participantes são convidados a desaprender a leitura linear e a criar poemas que exploram ritmo, traço, imagem e corpo no papel.
“Em Substanciar, a palavra é também objeto: ritmo, traço e imagem. O público é convidado a desaprender a leitura linear e a habitar outras relações entre texto e olhar”, explica Will Moreira, cuja produção ultrapassa 600 poemas e tem se consolidado na cena contemporânea pela investigação poética radical.
Para Will, trabalhar com poesia concreta e experimental é um gesto de invenção e liberdade:
“Depois de anos estudando cada detalhe de Substanciar, é gratificante poder compartilhar essa linguagem tão brasileira e pouco difundida. Quero que as pessoas se divirtam, mas também que se abram para olhar a palavra e a escrita de formas diferentes, fora da norma da poesia tradicional — da esquerda para a direita, de cima para baixo, verso após verso”, afirma.
📌 Serviço – “Substanciar – circuito poético”
Pouso Alegre
🗓 18/10/2025 (sáb), 14h
📍 Biblioteca Municipal – Praça Senador José Bento, 2 – Centro
Atividades: Roda de conversa (1h) + Oficina de experimentação poética (2h30)
📚 Gratuito | Classificação: a partir de 15 anos | ♿ Acessibilidade em LIBRAS
Varginha
🗓 29/11/2025 (sáb), 14h
📍 Biblioteca Municipal – Praça Gov. Benedito Valadares, 141 – Centro
Atividades: Roda de conversa (1h) + Oficina de experimentação poética (2h30)
📚 Gratuito | Classificação: a partir de 15 anos | ♿ Acessibilidade em LIBRAS
👥 Equipe de realização
Substanciar – circuito poético
Will Moreira (autora e artista) • Dani Vilas Boas (produção executiva) • Tamiris Alves (fotografia) • Jéssica Balbino (assessoria de imprensa e comunicação)