Esporte
Judô e vôlei feminino brasileiros faturam bronze nos JMU na Alemanha

O Brasil conquistou mais duas medalhas de bronze nesta quarta-feira (23) nos Jogos Mundiais Universitários (JMU) 2025. No dia de abertura das competições do judô, na cidade de Essen, no oeste da Alemanha, Henrique Gusmão faturou a primeira medalha brasileira na modalidade. Ele enfrentou o cipriano Petros Christodoulides e venceu por um waza-ari a luta por medalha na categoria dos 66 quilos. O brasileiro havia perdido anteriormente para o russo Abrek Naguchev nas quartas de final, e antes de disputar o bronze, venceu o francês Simon Lesauvage.
“Foi um nível alto aqui. De todos que estavam no pódio, eu era o único que ainda não tinha uma medalha em Grand Slam. Participar de uma competição assim me dá experiência e confiança para continuar lutando por cada vez mais”, pontuou Henrique Gusmão.
O outro bronze do dia foi conquistado em Berlim. O vôlei feminino derrotou a Alemanha por 3 sets a 1 (25/23, 21/25, 25-15 e 25/23). A equipe brasileira havia perdido a semifinal para o Japão, que acabou com a medalha de prata. O ouro foi para a Itália, que venceu as japonesas por 3 sets a 1.
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Brasil avança à semifinal do basquete masculino
Ainda nos esportes coletivos, o basquete brasileiro segue firme na luta pelo título. Vitória nas quartas de final sobre a Coreia do Sul por 99 a 73. O jogo foi difícil no primeiro tempo, com os brasileiros terminando atrás no placar (22 a 20) no quarto inicial. A partir do terceiro a equipe se acertou em quadra e começou a abrir vantagem. Raphael Rachel ressaltou que, apesar da vantagem, o jogo não foi fácil.
“A gente sabia que eles eram muito rápidos e que arriscariam muito o chute de três. No início do jogo a gente teve um pouco de dificuldade na defesa, mas a partir do segundo tempo nós nos acertamos e conseguimos a vantagem”, analisou o atleta universitário.
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O Brasil vai enfrentar a Alemanha na semifinal. Os donos da casa eliminaram a Romênia por 78 a 62. O jogo está marcado para esta quinta (24), às 12h30min (horário de Brasília), com transmissão ao vivo online (streaming) no canal oficial da Federação Internacional do Esporte Universitário (Fisu, na sigla em inglês).
“Sabemos que vai ter torcida contra, mas estamos acostumados com pressão. Agora precisamos descansar, estudar o adversário para entrar bem amanhã e conseguir uma vaga na final”, projetou Raphael Rachel.
O Brasil ocupa a 19ª posição no quadro geral de medalhas, com uma medalha de ouro, uma de prata e cinco de bronze.
* Maurício Costa viajgou à Alemanha a convite da CBDU.
Esporte
Cléber Machado: Uma voz que ecoa memórias no tempo da televisão

Entrevista-manifesto celebra a jornada de um narrador que transcendeu o microfone e transformou a crônica esportiva em linguagem afetiva
Crédito: LeoDias TV/Divulgação
Legenda: Cléber Machado ao lado de Flávio Ricco nos bastidores da LeoDias TV: reencontro marcado por confidências, emoção e histórias que moldaram a crônica esportiva brasileira.
Há vozes que apenas informam. Outras, formam memória coletiva. Cléber Machado pertence à segunda linhagem. Em sua participação no Programa Flávio Ricco, que vai ao ar em 29 de julho na LeoDias TV, o narrador compartilha não apenas marcos de uma carreira de quatro décadas, mas emoções de quem se fez parte do imaginário nacional. O especial, gravado como uma espécie de acervo oral, é menos entrevista e mais celebração de um percurso narrativo que acompanhou gerações.
“Eu achava que o auge da minha carreira seria ser diretor artístico de uma rádio”, revela Cléber. A declaração, dita com a simplicidade de quem não imaginava narrar Copas do Mundo, finais olímpicas e histórias que atravessaram fronteiras, dá o tom de um episódio íntimo, generoso e revelador.
A saída da TV Globo, após décadas de casa, é tratada por Cléber com a honestidade de quem vê a vida como um campo aberto. “Para mim foi inesperado, para eles não”, resume. Em seguida, reflete sobre a passagem para a Record com a elegância de quem sabe que legado não se apaga: “Não cometi nenhuma traição”. Cada resposta é um exercício de pausa, de escuta interior, de postura ética num mercado muitas vezes ruidoso.
A conversa conduzida por Flávio Ricco revela, com precisão, a transição de Cléber como mais do que mudança de emissora: uma nova camada em sua própria narrativa — menos institucional, mais existencial.
Entre lembranças de bastidores e reflexões sobre o futuro da narração, Cléber emociona-se ao ouvir mensagens de sua esposa e filha. Em silêncio, enxuga os olhos. A câmera permanece. Não há ensaio, não há enquadramento que prepare o telespectador para esse instante de humanidade pura. É ali, sem microfone ou escalação, que o narrador revela-se narrado — e, por um momento, desarmado.
No outro extremo da emoção, o riso também encontra espaço. Entre takes, Cléber gargalha de si mesmo, dos tropeços e dos improvisos, como quem entende que, no fundo, o que fica não é a voz — é o gesto.
Ao abordar a presença feminina na narração esportiva, Cléber fala menos sobre mercado e mais sobre vocação. A admiração que nutre pelas profissionais que chegam não é protocolar — é parte de sua escuta ativa ao tempo. Há, em seu discurso, uma atenção rara à mudança, sem ressentimento ou superioridade. Apenas respeito.
Por isso, talvez, Cléber Machado continue a ser uma das vozes mais reconhecíveis — e confiáveis — do país: porque fala como quem ainda escuta. Como quem sabe que, na era da velocidade, permanecer é quase um ato de resistência.
A participação de Cléber no Programa Flávio Ricco é mais do que uma entrevista: é uma homenagem viva à delicadeza em meio ao espetáculo. Uma reafirmação de que, no mundo veloz do entretenimento, há espaço — e reverência — para quem fez da televisão um lugar de encontro, da voz um gesto de afeto, e da carreira, um legado sensorial.
A edição completa estará disponível a partir de 29 de julho na LeoDias TV, no YouTube. Um convite à escuta, ao riso contido, à lágrima que escapa — e à memória que insiste em ficar.
Serviço
Programa Flávio Ricco
– Data: 29 de julho de 2025 (terça-feira)
– Onde assistir: LeoDias TV (YouTube), às 19h
Esporte
Vôlei: Brasil vence Alemanha e encara Japão na semi da Liga das Nações

A seleção brasileira feminina de vôlei assegurou a classificação às semifinais da Ligas das Nações e ficou mais perto do título inédito na competição. Nesta quinta-feira (24), a amarelinha derrotou Alemanha por 3 seta a 0 (25/19, 26/24 e 25/14), em Lodz (Polônia). A adversária do Brasil na semi será a equipe japonesa, que mais cedo bateu a Turquia por 3 sets a 2. Brasileiras e japonesas se enfrentam no próximo sábado (26), a partir das 15h (horário de Brasília). Antes, às 11h, ocorrerá a outra partida da semi, entre Itália e Polônia.
O confronto pode ser a chance de a seleção brasileira devolver o revés sofrido para o Japão (3 sets a 2) na semifinal da edição do ano passado da Liga das Nações. Na final, as asiáticas foram superadas pelas italianas, que faturaram o título. Coincidentemente, os duelos das semifinais de 2024 se repetiram este ano. Brasil e Japão se enfrentaram no último dia 13, no encerramento da primeira fase (classificatória), com vitória da amarelinha por 3 sets a 0.
#VNLFinals: BRAZIL SWEEPS! 🇧🇷🔥
A dominant 3-0 win over Germany sends “A Seleção” to the semifinals in style! 💚💛
🎥 Highlights coming soon — stay tuned!
🏐 #VNL2025 #BePartOfTheGame #Volleyball #Volei pic.twitter.com/Tw2Bpk1EkK
— Volleyball World (@volleyballworld) July 24, 2025
O triunfo desta quinta (24) sobre a Alemanha foi o segundo do Brasil na competição. Na primeira semana da fase classificatória, no Rio de Janeiro, a amarelinha já havia superado a Alemanha por 3 sets a 2. No jogo desta quinta (24), a oposta Rosamaria foi a maior pontuadora, com 13 acertos, seguida pela capitã Gabi, que anotou 12 pontos.
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“Uma ótima vitória, jogo de quartas de final é sempre uma tensão, porque o próximo passo é ir para uma zona de medalha. A Alemanha fez uma campanha incrível, nosso primeiro jogo no Brasil foi muito duro e acho que hoje também, o resultado de 3 sets a 0 não demonstra o quanto, de fato, esse jogo foi duro para ambos os lados. Acho que a gente começou muito bem o primeiro set, que nos deu energia. Acho que a gente encontrou nosso ritmo pra conseguir essa vitória. Agora nossa missão é descansar e pensar no nosso próximo adversário que é o Japão”, analisou Rosamaria.
A final da Liga das Nações será no domingo (27), às 15h. Antes, a partir das 11h, haverá a disputa do terceiro lugar.
ROSAMARIA COM 13 PONTOS pic.twitter.com/ojgIr7gfBZ
— Vôlei Brasil (@volei) July 24, 2025
Esporte
Alison “Mamute” anuncia despedida no final da temporada no RJ

Campeão olímpico de vôlei de praia na Rio 2016 e prata em Londres 2012, Alison Cerutti, conhecido como Mamute, anunciou nesta quinta-feira (24), que se despedirá das quadras de areia no final da temporada. O atleta capixaba, de 39 anos, usou as redes sociais para comunicar a decisão. Para encerrar seus 20 anos de carreira, Mamute escolheu a praia de Copacabana, mesmo local onde conquistou o ouro olímpico, onde ocorrerá em outubro a etapa carioca do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Ele competirá em dupla com o baiano Juca.
“É um lugar muito especial para mim. Copacabana é o ‘Maracanã’ do vôlei de praia. Em Copacabana eu disputei alguns dos campeonatos mais importantes da minha carreira, em Copacabana conquistamos a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Mas ainda falta muito, quero fazer bons campeonatos, aproveitar ao máximo esse tempo que ainda tenho como profissional” diz parte do vídeo publicado por Mamute em sua conta no Instagram.
O primeiro pódio olímpico de Alison foi em parceria com Emanuel, nos Jogos de Londres, quando conquistaram a prata. Quatro anos depois, na Rio 2016, o capixaba arrematou o ouro em parceria com Bruno Schmidt.
“Tudo tem um começo e um fim. Aquela medalha em 2016 não era só minha, mas do Brasil inteiro. Fui muito feliz, muito mais do que imaginei. Obrigado, vôlei de praia, você me deu tudo e eu te dei tudo de mim”, afirmou Mamute.
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Na coleção de títulos de Alison, está o bicampeonato mundial (2011 e 2015) e o tri no circuito mundial (2011, 2015 e 2016). No Circuito Brasileiro, Alison também foi campeão em 2011, 2015 e 2016.
“Sou realizado não só pelas conquistas, mas pelas amizades, experiências e aprendizados. Agradeço à minha família, amigos, técnicos, parceiros, à CBV, ao COB, aos patrocinadores e fãs. Obrigado por me ajudarem a ser quem eu sou”, concluiu o atleta, nascido em Cachoeiro do Itapemirim (ES).
Alison despertou para o vôlei aos 11 anos, quando a família se mudou para Vitória. Quatro anos depois, ele já se destacava no torneio estadual. A partir de 2005, inspirado pela dupla Ricardo e Emanuel, campeão olímpica nos Jogos de Atenas, Mamute abraçou o vôlei de praia. De lá para cá, foram mais de mil vitórias e 136 pódios conquistados em competições nacionais e internacionais.
No último fim de semana, Alison competiu na etapa de Cuiabá (MT) do Circuito Brasileiro. Nos próximos dias, o atleta embarca para os Estados Unidos, onde disputará os torneios do Circuito Americano, até retornar em outubro para a despedida no Rio de Janeiro.