Cultura
Lançamento de ‘Memórias de Mirim’: Livro Infantil Celebra o Congo Capixaba e Resgata a Cultura do Espírito Santo
A autora, pedagoga e ilustradora capixaba Michele Boldrini celebra o lançamento de seu primeiro livro infantil, “Memórias de Mirim”, uma obra que aproxima as crianças do Espírito Santo das tradições culturais de seu estado. Com o congo capixaba como tema central, o livro combina a história e a arte local em uma narrativa acessível para os pequenos, incluindo também uma versão digital animada e acessível em Libras e audiodescrição. A obra foi recentemente apresentada na Flip 2024 e agora chega à cidade natal da autora, com ações de lançamento em Linhares e Regência.
Patrimônio cultural imaterial do Espírito Santo, a manifestação popular congo mistura o batuque dos povos originários e africanos com a devoção aos santos católicos. Além da edição física, a obra traz versão digital animada com recursos de audiodescrição e Libras no Youtube. É uma produção de Mich e editora Cousa, realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Linhares, Secult ES, MinC e Governo Federal.
Além do lançamento na comunidade de Regência, Michele adianta que também fará a doação de 100 exemplares do livro para escolas municipais da cidade de Linhares, e doações para a Biblioteca Municipal e a Serlihges – Seccional Regional de Linhares do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.
A primeira experiência de Michele Boldrini com os seus leitores mirins aconteceu na Casa Pagã, na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, no início deste mês. A escritora promoveu um pré-lançamento de “Memórias de Mirim”, na Casa, como parte da agenda paralela da Festa Literária Internacional de Paraty – Flip. O espaço, criado em 2023, reúne editoras independentes com o objetivo de fomentar a programação literária.
“Este é meu primeiro livro infantil. Estou bem contente, pois sinto que ele representa a mistura de tudo que me atravessa: o designer gráfico, a arte, a infância, a educação, o Congo capixaba, regência, afeto, memória e devoção. Compreendo as manifestações culturais e suas celebrações, como tecnologias ancestrais de fortalecimentos identitário, político e comunitário. Por isso, almejo construir ferramentas pedagógicas, como livros e jogos, que as contemplem e fortaleçam”, ressalta a autora sobre os incentivos à concepção da primeira obra.
Publicado pela editora Cousa, o livro tem 22 páginas e ilustrações da própria autora. Com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos pequenos leitores, a obra traz um vocabulário com os principais assuntos citados no texto, como: congo capixaba, patrimônio cultural imaterial, ganzá, toada, dentre outros. O livro conta ainda com versão animada e acessível, com recursos de audiodescrição e Libras. O exemplar físico custa R$ 40,00, e pode ser adquirido com a Editora Cousa. Haverá também a disponibilização da versão digital gratuita do livro nas plataformas digitais.
Sobre a autora
Michele Boldrini é natural de Linhares (ES) e reside no distrito de Regência Augusta. Congueira, umbandista, artista, educadora, ilustradora e designer gráfica. Começou a frequentar Regência como voluntária na Casa Rosa, um espaço educativo dedicado às crianças da Vila, e na correalização dos Festivais Regenera Rio Doce, e dos Encontro de Cultura Ancestral do Rio Doce, realizados na Aldeia de Areal.
Devido a essas experiências, optou pela graduação de Pedagogia, na Faculdade Municipal de Linhares – FACELI, para atuar no fortalecimento histórico cultural, e na luta pelo direito à vida e à celebração. Seu TCC abarcou um estudo sobre o congo capixaba, patrimônio cultural e memória coletiva, em forma de agradecimento à contribuição dos membros da banda aos seus estudos, cooperou como voluntária no Encontro de Bandas de Congo de Regência. Diante disto, foi convidada pela presidenta da associação do congo para integrar a banda, na qual exerce atualmente a função de secretária.
A convite de Luciana Souza tornou-se uma das coordenadoras da Banda de Congo Mirim de Regência, junto a Luciana, Morena e o capitão Davi. Participou da Formação de Histórias em Quadrinhos promovida pelo Projeto Narrativas Periféricas, onde ministrou oficinas de Introdução a História em Quadrinhos na unidade socioeducativa Unis. E consolidou como objetivo profissional, atuar nas comunidades tradicionais da calha do Rio Doce através da produção de livros e jogos que reafirmam a cultura local.
Acompanhe a autora: https://www.instagram.com/michele.boldrinic/
Cultura
Espetáculo em tributo aos Bee Gees está de volta ao Teatro RioMar Recife
Neste domingo, dia 16 de novembro, o Teatro RioMar Recife vai ser palco para um tributo que promete emocionar. Uma Noite com Os Bee Gees presta homenagens aos ícones da música que marcaram o imaginário de milhares de pessoas ao redor do mundo. A apresentação vai acontecer às 21h.
Com uma trajetória marcada por sucessos, o grupo Bee Gees se consagrou como um dos maiores da história da música mundial. Formado pelos irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb, o trio britânico conquistou o público com vozes encantadoras. Donos de hits como “Stayin’ Alive”, “How Deep Is Your Love” e “Night Fever”, os Bee Gees marcaram gerações e se tornaram ícones da era disco, acumulando prêmios, recordes de vendas e uma legião de fãs que atravessa décadas.
Para celebrar esse legado, o espetáculo “Uma Noite com Bee Gees” traz uma apresentação especial que revive os grandes sucessos do grupo em um show repleto de emoção e nostalgia. Com produção cuidadosa, arranjos fiéis e interpretações envolventes, o espetáculo recria a energia e o carisma dos irmãos Gibb no palco.
Os ingressos custam a partir de R$ 110, e estão disponíveis no site do Teatro RioMar Recife (www.teatroriomarrecife.com.br) ou na bilheteria, localizada no Piso L4 do RioMar Recife.
Cultura
Instituto Periferia do Futuro inaugura nova sede na cidade de Salvador
Projeto se consolida na formação, criação e valorização da cultura afro-brasileira via a promoção de ações voltadas à educação, tecnologia, arte e empreendedorismo social
O Instituto Periferia do Futuro, organização que passou a transformar a realidade da juventude negra e periférica de Salvador, na Bahia, celebra um marco histórico neste “Novembro Negro”: a inauguração de sua nova sede, situada no Edifício Brulio Xavier, no coração da capital baiana.
Com um pouco mais de uma ano e meio de atuação no campo da responsabilidade social, o Instituto se consolida como um espaço de formação, criação e valorização da cultura afro-brasileira, via a promoção de ações voltadas à educação, tecnologia, arte e empreendedorismo social.
Além das atividades na nova sede, o Instituto mantém suas formações semanais em outros espaços da cidade, como as Aulas na Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), aos sábados, e Oficinas no Boca de Brasa, às terças-feiras, às 16h.
Durante a inauguração do novo espaço, realizada na última semana, o Instituto fez o anúncio para o início da preparação para o Concurso de Beleza Negra Periferia do Futuro, que será realizado no próximo dezembro. O evento busca valorizar a estética, a identidade e o protagonismo da juventude negra, reafirmando o compromisso da instituição com a promoção da autoestima e da representatividade.
Com sede no centro histórico de Salvador, o Instituto Periferia do Futuro segue como um ponto de encontro, articulação e inspiração, com intuito de oferecer o papel das juventudes negras como protagonistas das transformações sociais. “Inaugurar nossa sala no mês da Consciência Negra é um marco simbólico. É a periferia ocupando o centro, afirmando que o futuro é negro, diverso e periférico”, destaca o presidente e idealizador do projeto Carlos Cruz.
Serviço:
Local: Edifício Brulio Xavier – Rua Chile, 22, Sala 1506, Centro, Salvador – BA
Aulas: FUNCEB (sábados) | Boca de Brasa (terças, às 16h)
Cultura
Artista plástico Gerson Fogaça leva sua arte e talento aos salões do Museo Carlos Alonso, em Mendoza
Goiano estreia no circuito cultural argentino com apresentação da mostra “Caos In Itinere”, que reúne 39 obras marcadas pelo expressionismo e abstracionismo
Na última sexta-feira (7), o Museo Carlos Alonso, localizado na região central do destino, inaugurou para visitação pública, a exposição “Caos In Itinere”, do artista plástico goiano Gerson Fogaça. Ao todo 39 obras compõem a mostra, sendo distribuídas nos três pisos do museu, que transitam pela produção artística de Fogaça, entre 2007 e 2025, evidenciando o diálogo constante entre gesto e cor, matéria e tempo — eixo poético que estrutura sua pesquisa.
“Estamos trabalhando nesta exposição há três anos e estou encantado com Mendoza. A cidade se parece muito com minha, bastante arborizada, com um povo muito feliz. Quero agradecer muito em poder estar neste belo museu e poder ter contado com a colaboração de todos os envolvidos para atingirmos o resultado deste projeto. Sou um artista autodidata e desde de pequeno me envolvi com a arte, mas quando cheguei à cidade de Goiânia, com 16 anos de idade, tive a oportunidade de entrar pela primeira vez em um museu e desde de então passei a pesquisar e a desenvolver arte. E hoje tenho muita sorte em poder estar aqui com vocês”, agradeceu o artista plástico Gerson Fogaça, durante a vernissage da mostra que marca sua estreia no circuito de artes plásticas da Argentina.
Com curadoria assinada pela franco-argentina Patrícia Avena Navarro, a mostra apresenta um recorte da trajetória do artista. “As pinturas de Fogaça são marcadas por energia e vitalidade e configuram um “balé urbano” em que as formas se libertam dos contornos e transitam entre o figurativo e o abstrato, tensionando o humano e o transitório. Sua poética combina espontaneidade do gesto e construção cromática rigorosa, compondo paisagens simbólicas situadas entre o real e o imaginário — entre o que passa e o que permanece”, pontua Patrícia.
Entre os destaques está a obra “La Sangre en la vasija” (O Sangue no Alguidá), apresentada em 2019, que compõe um diálogo com a literatura do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez. “A obra foi censurada no Brasil e fizemos questão de apresentá-la aqui em Mendoza. Acho que o contexto apresentado reproduz nossa cidade, pela liberdade e direito de expressão. A obra reafirma essa liberdade existente em Mendoza. O povo mendocino está muito sensível à liberdade de expressão e espero que todos os visitantes apreciem este lindo trabalho”, completa a curadora.
A abertura especial para convidados contou com a presença do Cônsul Geral adjunto do Consulado-Geral do Brasil em Mendoza, José Gilberto Jungblut; da diretora de atividades artísticas de Mendoza, Laura Beningazza; da coordenadora de espaços culturais de Mendoza, Marcela Lucero, e apreciadores de artes plásticas. A produção da exposição conta assinatura de Malu da Cunha e da KA Produções Culturais, com realização do Instituto Cultural Urukum e a viabilização do Programa Goyazes do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.
Agenda internacional
Após Mendoza, o artista apresenta a mostra “Na Curva do Tempo”, com curadoria de Dayalis González Perdomo, no Centro Cultural Lecrac (Palência, Espanha). A mostra integra o circuito cultural que celebra a irmandade entre Palência e o Rio de Janeiro, simbolizada pelos monumentos Cristo del Otero e Cristo Redentor. A abertura oficial acontece no próximo dia 18 de novembro, com a presença de Gerson Fogaça e ficará aberta para visitação do público até 8 de dezembro de 2025.
Serviço
Exposição: Caos In Itinere – Gerson Fogaça
Curadoria: Patrícia Avena Navarro
Abertura: 7 de novembro de 2025, às 20h
Local: Museu Carlos Alonso
Endereço: Av. Emilio Civit, 348 – Mendoza, Argentina
Visitação:Até 30 de dezembro de 2025


