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Música

Lenine e Chico Science inspiram novo single do paulistano Victor Camilo

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Capa de "Cavalo de Tróia" - por Brasil Goulart

A abstração e a metáfora são dois elementos de linguagem que definem “Cavalo de Tróia”, o segundo single da carreira solo do cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor musical paulistano Victor Camilo, que vive na Escócia desde 2021. A música “Cavalo de Tróia”, já disponível em todas as plataformas de streaming, é existencial e provocativa, e musicalmente original ao mesclar vários ritmos e influências.

Escute “Cavalo de Tróia” nas plataformas de streaming

“A letra de ‘Cavalo de Tróia’ é, de certa forma, um diálogo entre dois lados, duas versões de mim mesmo: uma que está mais presa a velhos hábitos e preconcepções sobre si própria, e uma que está disposta a crescer, evoluir e se abrir para o novo. Nesse diálogo, essa segunda versão está sempre tentando mostrar uma visão estóica da vida, mostrando que o sofrimento é algo absolutamente natural, mas que isso não deve ser um impeditivo na busca por felicidade genuína, amor, realizações, etc.”, descreveu Victor.

A metáfora “cavalo de troia” para Victor, no entanto, tem outro significado. Tradicionalmente visto como símbolo de traição (um presente com intenções malignas e ocultadas), nesta canção “cavalo de tróia” é relacionado ao poder das artes de atrair e envolver sem que sua mensagem lírica e musical seja percebida superficialmente, sendo apenas decifrada com o aprofundamento. A canção usa a metáfora também para expressar o momento de abertura a novas possibilidades que o artista enfrentava durante o período da composição.

A simbologia da letra de “Cavalo de Tróia” se estende para sua capa, desenvolvida pelo artista plástico Brasil Goulart. O resultado é fruto de uma troca de reflexões e referências entre os artistas. “Concordamos que ele teria que aparentar como algo rústico, para fugir das representações tradicionais do mito do Cavalo de Tróia como um objeto perfeitamente construído. Ao mesmo tempo, eu queria que o cavalo fosse um símbolo de vida, de florescimento de coisas novas. Foi aí que o Brasil teve a ideia de imaginar o cavalo não como algo construído por mãos humanas, mas sim como uma árvore, algo que naturalmente emergiu do solo naquele formato”, contou Victor.

Musicalmente, “Cavalo de Tróia” é plural e, com isso, evidencia a originalidade de Victor. A influência de Lenine é intensa (música pernambucana e rock). Também no arranjo há a interferência estrutural de Chico Science e Nação Zumbi, dos ritmos côco, baião, maracatu de baque virado. “Acredito que a ‘Cavalo de Tróia’ se torna original por combinar a força dessas percussões com um estilo de escrita melódica que é uma mescla de várias influências”, disse ele.

O single composto em 2012 vem de um período musicalmente e emocionalmente marcante na vida de Victor. À época, ele se desprendia, de certa forma, da adolescência dedicada ao rock e heavy metal e se abria à música brasileira como novo gosto musical, com Lenine e sua fusão de música pernambucana com influências internacionais. “Além disso, no momento em que compus a canção eu estava em um período de me abrir novamente para relacionamentos depois de ter passado por um namoro que havia sido traumático. De certa forma a letra reflete esse momento, de uma busca pessoal por reabertura”, disse.

“Cavalo de Tróia” é a faixa-título do primeiro EP de Victor Camilo, com previsão para ser lançado ainda neste 2024. Serão incluídas quatro canções, com temáticas e desenvolvimento musical convergentes entre si. “O EP está repleto de mesclas entre música brasileira e rock, e letras bastante reflexivas, com um pé no estoicismo.”, contou Victor. 

Sobre Victor Camilo

“Se tivesse que escolher uma palavra para me definir musicalmente, seria hibridismo”, diz Victor Camilo, paulistano nascido em 1990 e desde 2021 residente em Glasgow (Escócia). Seu envolvimento musical começa aos 12 anos, sob influência da banda brasileira Angra. A partir de então, estudou diversos instrumentos e tentou formar bandas ao longo da adolescência. 

Porém, em 2009 tornou-se vocalista da Keepsie, banda de heavy metal do ABC Paulista, com a qual se profissionalizou na música e gravou um EP. Neste período, teve seu primeiro emprego, como professor de canto, e entrou para faculdade de música (2011-2016). Em 2012, deixou a Keepsie, amadurecendo-se profissionalmente ao atuar em diversas funções, como compositor, produtor, guitarrista e organizador de eventos.

Victor se tornou guitarrista da banda de indie rock The Creamy Lips assim que se mudou para o Reino Unido. Como instrumentista do grupo, viveu diversas experiências, entre elas, a oportunidade de realizar em 2023 uma turnê pela Escócia. Após uma dissolução da formação da banda, deu início à sua carreira solo. Também iniciou outra banda de rock (Borderland Crow), com colegas também advindos da The Creamy Lips. Em paralelo, Victor passou a tocar na noite da Escócia. 

O artista chegou ao Reino Unido para ser mestrando em Estudos da Música Popular. Concluída a etapa, conseguiu uma bolsa de pesquisa e realizou um projeto de pesquisa sobre shows musicais virtuais. Atualmente, aguarda o resultado de um processo seletivo para doutorado. Sua pretensão é unir carreira acadêmica e artística. 

Crédito: Victor Camilo / Divulgação

Ficha técnica

Victor Camilo: Composição, voz, violão, guitarra, baixo, bandolim, gravação, mixagem

Jordan Ferguson: Percussões

Kaneo Ramos: Masterização

Brasil Goulart: Arte de capa

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Editora e criadora da Rede Brasileira de Notícias. Fazendo também parte da redação do Imprensabr. Sempre com comprometimento com a imparcialidade na informação.

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Música

Hit Sessions estreia com Júlia Rezende em seu mais novo hit “Invenção”

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Foto: Divulgação
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A HitLab lança o Hit Sessions, sua nova label audiovisual, que estreia trazendo a cantora e compositora goiana Júlia Rezende. Tendo sido mentorada por Rick Bonadio e após apresentar seu primeiro álbum de carreira, “Mundo ao Inverso”, Júlia se destaca como uma potente voz do pop com trabalhos autorais que mesclam autenticidade e inovação. Para a estreia do projeto, ela apresenta a performance de seu single “Invenção” em um registro exclusivo, gravado dentro do estúdio da HitLab em São Paulo, localizado na Community Creators Academy. O formato minimalista e imersivo do Hit Sessions privilegia a força vocal e a conexão direta entre músico e público.

Em “Invenção”, Júlia traduz a intensidade de uma paixão vivida no “quase”: a expectativa diante do silêncio, o pedido por clareza e a urgência de não viver um amor unilateral. A letra é marcada por vulnerabilidade e desabafo, refletindo a força emocional de quem deseja reciprocidade e dignidade afetiva. “Mas amar sozinha nunca foi amor” resume a essência da faixa, que transforma dor em potência artística.

O álbum de estreia de Júlia Rezende, “Mundo Ao Inverso”, é uma exploração profunda e sincera das dualidades da artista. Produzido por JEFF, produtor indicado ao Grammy Latino, o disco é descrito por Júlia como seu trabalho mais íntimo, onde ela se despe de qualquer armadura para se mostrar vulnerável e honesta. O álbum é uma reflexão sobre o caos, a melancolia, as ambições e a busca por autoconhecimento, transformando desconforto em arte.

O formato do projeto aposta na simplicidade visual, microfone em pedestal, luz suave e foco total na entrega da artista, para valorizar cada detalhe da canção e criar uma experiência imersiva para quem assiste. “O Hit Sessions é um novo capítulo na forma como a música se conecta com o público. Revelamos artistas em sua essência e criamos conexões, um projeto que nasce dentro da Community Creators Academy para dar palco aos talentos imersos na creator economy e aproximar a música dos maiores creators do país”, afirma Bruno Duarte, CEO da HitLab.

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Casa Aberta na Escambo Cultural : edição celebra a cena independente com rock, música autoral e encontros culturais na Escambo

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O Projeto Casa Aberta, iniciativa da Escambo Cultural, acontece dia 20/09, a partir das 16h, reafirmando seu compromisso de abrir espaço para artistas independentes da Zona Oeste e de toda a cidade. O evento vem se consolidando como um ponto de encontro entre gerações, estilos e narrativas, fortalecendo a cena cultural local e proporcionando experiências únicas para o público.

Nesta edição, o destaque fica por conta da Banda Vante, que vem marcando presença no cenário autoral carioca com sua identidade no Rock Alternativo. Em 2025, o grupo atravessa uma fase madura e criativa, explorando novas camadas de conceito, musicalidade e poética. No palco da Escambo, a Vante promete um show intenso e autêntico, repleto de energia e emoção, conquistando fãs do rock e também novos públicos.

A noite começa em grande estilo com as apresentações de Halui e Calía, talentos que aquecem o palco e preparam a atmosfera para uma experiência musical inesquecível.

Halui é cantor, compositor e artista independente que mistura R&B com sonoridades que transitam pelo soul dos anos 90 e 2000, synthwave e disco dos anos 80, além da nova MPB. Seu trabalho propõe uma escuta sensível,transformando sentimentos em música. Em 2021, durante o isolamento social, iniciou a produção de seu primeiro álbum, “021”, resultado de anos de escrita musical iniciados na adolescência. Com uma estética marcada pela experimentação e pela fusão de gêneros, Halui se consolida como uma nova voz da cena contemporânea, trazendo frescor e identidade ao R&B brasileiro.

Calía, maranhense de nascimento e carioca de criação, é cantora, compositora e instrumentista que encontrou na mú sica seu espaço de expressão. Sua trajetória começou com covers intimistas no YouTube, que já somam mais de 15 mil visualizações e atraíram um público fiel. Em 2025, Calía lança sua primeira música autoral, “Amor de Carnaval”, um indie pop com forte influência da MPB, que reflete sua essência delicada, sincera e intensa. Inspirada por nomes como Anavitória, Gal Costa, Los Hermanos e pela riqueza melódica da Bossa Nova, Calía inaugura uma nova fase na carreira, com produções autorais e apresentações que unem sensibilidade e presença marcante no palco.

Ingressos em: 

https://www.sympla.com.br/evento/casa-aberta-com-banda-vante-calia-halui/2937856

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Música

Bruno & Barretto lançam a última etapa de “Sistemão Vol. 02”

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crédito: Guilherme Santos
crédito: Guilherme Santos

Entre os principais lançamentos da semana, Bruno & Barretto voltam a se destacar com o impactante “Sistemão Vol. 02”. No dia 11 de setembro, chegam às plataformas digitais cinco novas faixas que entregam o projeto, todas marcadas pela autenticidade dos arranjos, energia contagiante e pela força inconfundível do timbre paranaense.

Com a experiência de uma década de estrada, Bruno & Barretto, os pioneiros do agronejo, seguem valorizando a cultura do interior. Na cidade de Londrina (PR), em meio a amigos e convidados especiais, registraram 12 canções divididas entre cinco inéditas e sete releituras. Assim nasceu “Sistemão”, com a missão de reviver os tempos áureos das violadas universitárias com músicas que atingiram o topo do ranking principalmente no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“’Sistemão’ tem a nossa cara, o nosso jeito de fazer música. Recebemos uma forte influência do country e isso, acredito, ficou claro com as canções que já apresentamos logo no primeiro EP. Neste segundo, trazemos a belíssima releitura de ‘Caso Indefinido’, além de ‘Doutor e o Cowboy’, uma das nossas preferidas. Que os nossos fãs recebam ‘Sistemão’ com o mesmo amor com que ele foi pensado, planejado e produzido”, fala Bruno.

Sob a produção de Cleiton Pekois, o segundo volume se completa com “Doutor e o Cowboy”, “Caso Indefinido”, “Coração de Fora”, o medley “Coração Idiota/ Pode Voltar Paixão” e “Mesa 12”.

Sempre existe aquela canção que a gente já imagina como o público vai reagir quando escutar. Desta vez, decidimos deixar que os fãs escolham qual delas vai conquistar mais espaço no coração de cada um”, comenta Barretto.

Enquanto isso, sucessos como “Meu Piseiro e Meus Negócios” e “Me Joga no Mato” continuam crescendo organicamente e ampliando a presença da dupla pelo Brasil. Com esse repertório, Bruno & Barretto não apenas celebram as raízes do sertanejo, mas também reforçam a ligação com o mercado agro, perpetuando um legado que há dez anos eleva a música do campo a um patamar de destaque e reconhecimento nacional.

Mais do que um novo projeto, “Sistemão” é conceitual e chega para celebrar os 10 anos de carreira e reviver os tempos áureos da popularização definitiva do gênero, que ultrapassou barreiras inimagináveis, tornando-se febre no público mais jovem, principalmente os universitários.

Ouça: https://onerpm.link/SistemaoVol2

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