Saúde
Luto não tem regra: entenda o motivo das “5 fases do luto” ser um equívoco

Psicóloga explica que a teoria de Elisabeth Kübler-Ross foi mal interpretada e alerta para a importância da singularidade no processo de luto
A ideia de que o luto segue cinco fases bem definidas – negação, raiva, barganha, depressão e aceitação – é amplamente difundida. No entanto, essa compreensão está equivocada, conforme alerta a psicóloga Natália Aguilar. “Você já ouviu falar sobre as cinco fases do luto, né? Pois é, mas não é bem assim”, inicia a profissional, quebrando um dos maiores mitos sobre o luto.
Essa crença vem da interpretação errônea de um estudo da psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross, publicado em seu livro “Sobre a Morte e o Morrer”. “Ela trabalhava com pacientes em estado terminal e começou a observar que eles passavam por essas fases, mas relacionado ao seu processo de morte ativa. Tudo era em relação à própria doença, e não ao luto,” explica Natália.
A confusão surgiu quando esse modelo foi aplicado ao luto de quem perde alguém, um uso para o qual a teoria não foi originalmente pensada. A profissional enfatiza que, no luto, não há fases fixas ou uma ordem a ser seguida. “O luto não tem essa linearidade que muitas pessoas acreditam que ele tenha. Cada um vai vivenciar o luto ao seu modo,” esclarece a psicóloga. Segundo ela, o processo é profundamente subjetivo e único para cada pessoa.
Mais importante do que tentar identificar fases, é acolher as próprias emoções e respeitar o próprio ritmo. “O mais importante é que você possa se dar esse espaço para vivenciar as emoções que vão aparecer diante do seu luto. Seja gentil com você mesmo nesse processo”, reforça.
Longe de seguir um roteiro rígido, o luto é uma vivência pessoal, sem regras pré-determinadas. “Lembre-se, cinco fases do luto não existem. Existe a maneira singular de você vivenciar o seu luto, cada pessoa no seu tempo, cada qual a sua forma”, conclui.
Para saber mais acesse: @nataliaaguilarpsicologa
Saúde
SUS vai ofertar novos tratamentos para endometriose

Mulheres com endometriose terão duas novas opções de tratamento de base hormonal para a doença via Sistema Único de Saúde (SUS): o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel. Ambos foram recentemente incorporados à rede pública depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Em nota, o Ministério da Saúde detalhou que o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e figura como uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados. “A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento.”
Já o desogestrel, segundo a pasta, pode reduzir a dor e dificulta a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero, e que poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames.
“Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose”, informou o ministério no comunicado.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Entenda
A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina. Nas mulheres com a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias.
Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a condição afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, representando mais de 190 milhões de pessoas.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na atenção primária na comparação entre 2022 (115,1 mil atendimentos) e 2024 (144,9 mil). Ao longo dos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados, segundo a pasta, mais de 260 mil atendimentos.
Já na atenção especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos, foram contabilizados 85,5 mil atendimentos.
Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações.
Saúde
DF tem dois casos de raiva em morcegos e Saúde intensifica cuidados

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou dois casos de raiva em morcegos. Em comunicado de risco, é relatado que, no último dia 5, laudo de exame laboratorial testou positivo para raiva em morcego recolhido na região administrativa de Sobradinho. Três dias antes, outro laudo havia apresentado resultado positivo para um morcego recolhido em Planaltina.
Ambos os morcegos são da espécie Artibeus lituratus, conhecida como morcego-da-cara-branca, que se alimenta de frutos. Os animais que testaram positivo, segundo a secretaria, tiveram contato apenas com cães, “não tendo se verificado exposição humana”.
“Diante do cenário epidemiológico atual, que evidencia a circulação do vírus da raiva em morcegos do Distrito Federal, e considerando a altíssima letalidade da doença – aproximadamente 100% – torna-se imprescindível intensificar as medidas de prevenção, vigilância e controle”, informou a Secretaria de Saúde.
Ainda segundo o comunicado, ao longo dos próximos dias, a vigilância sanitária fará a instalação de armadilhas para morcegos, visando realizar estudos laboratoriais. A orientação é que, caso algum morador tenha contato direto ou encontre morcegos em áreas comuns ou privativas, comunique imediatamente para que providências adequadas sejam tomadas.
Outras recomendações importantes listadas pela secretaria à população incluem:
– acionar a equipe de zoonoses pelos telefones (61) 3449-4432/4434 ou por meio do Disque Saúde (160) ao encontrar morcegos ou animais silvestres caídos ou suspeitos e não tentar recolhê-los ou manipulá-los;
– vacinação anual de cães e gatos, realizada em campanhas promovidas pela própria secretaria, assim como a vacinação de rebanhos, acompanhada pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri);
– evitar tocar, alimentar ou domiciliar animais silvestres, uma vez que a circulação do vírus em espécies de vida livre não pode ser determinada com precisão, sendo impossível garantir que o animal está saudável;
– diante de casos de acidente com morcegos, animais silvestres ou animais desconhecidos, deve-se lavar o ferimento com água e sabão e procurar uma unidade de saúde mais próxima para avaliar a necessidade de profilaxia com vacina.
Mais informações sobre raiva e sobre a profilaxia antirrábica, assim como ações de recolhimento de animais e locais disponíveis para vacinação, podem sem encontradas no endereço.
Em caso de dúvida, a orientação é contatar a área técnica responsável por meio do telefone (61) 3449-4439 ou do e-mail.
A doença
De acordo com a secretaria, a raiva é uma doença causada por um Lyssavirus que provoca encefalite progressiva e fatal em mamíferos, incluindo seres humanos. A transmissão do vírus ocorre por meio de saliva contaminada, a partir de mordedura, arranhadura ou mesmo lambedura de animais infectados.
No local da lesão, o vírus alcança as terminações nervosas e migra, por meio dos nervos periféricos, até alcançar o cérebro e as glândulas salivares, por onde é eliminado.
O quadro neurológico, uma vez instalado, evolui para óbito em praticamente todos os casos. Não existe tratamento comprovadamente eficaz para a raiva, apenas protocolos experimentais de significado clínico limitado — há somente cinco registros de cura em todo o mundo, com sequelas graves e permanentes.
“Desta forma, a única estratégia para o controle da doença em seres humanos consiste na realização dos esquemas de profilaxia com vacina e soro, conforme recomendações internacionais e do Ministério da Saúde”, ressaltou a secretaria.
Saúde
Poltrona para locação de pós-operatório em Caxias do Sul: conforto e recuperação com qualidade

A fase de recuperação após procedimentos cirúrgicos exige cuidados especiais, tanto médicos quanto estruturais. Pensando nisso, a Conforte-se oferece uma solução prática e eficiente: poltrona para locação de pós-operatório em Caxias do Sul, ideal para quem busca conforto, segurança e praticidade durante esse período delicado.
As poltronas disponibilizadas são ergonômicas, reclináveis e elétricas, desenvolvidas para atender às necessidades de mobilidade do paciente com o máximo de comodidade. Além disso, a empresa se destaca pelo atendimento personalizado e pela entrega rápida, tornando a experiência ainda mais tranquila.
Escolher uma poltrona para locação de pós-operatório em Caxias do Sul é uma forma inteligente de garantir o bem-estar do paciente sem a necessidade de comprar um equipamento caro que será utilizado por tempo limitado. A Conforte-se se responsabiliza por toda a logística: entrega, montagem e retirada no final do período de locação.
Com o crescimento da demanda por soluções que promovem qualidade de vida, a poltrona para locação de pós-operatório em Caxias do Sul torna-se uma alternativa cada vez mais procurada por pacientes e familiares que desejam garantir uma recuperação mais tranquila e confortável.