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Maioria dos paulistanos aprova mototáxi por aplicativo, diz pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva mostrou que 72% dos paulistanos são a favor da oferta do serviço de moto por aplicativo para transporte de pessoas na cidade de São Paulo. Os dados mostram que 76% dos moradores de São Paulo já andaram de moto alguma vez na vida, sendo 59% deles como passageiros, o que representa 6,8 milhões de paulistanos. Foram ouvidas 2.048 pessoas na cidade de São Paulo entre os dias 17 e 20 de janeiro.
De acordo com o estudo, 80% dos entrevistados concordam que o transporte de pessoas em moto por aplicativo pode ser uma alternativa para chegar mais rápido em casa ou nos seus compromissos. Para 74%, a ferramenta é uma alternativa para os paulistanos não ficarem expostos a riscos nos trajetos que fazem a pé.
Já 85% concordam que o meio de transporte pode gerar renda para quem trabalha como motociclista em aplicativos. Para 80%, essa forma de transporte é uma opção mais acessível para quem vive em regiões afastadas, de difícil acesso ao transporte público.
Para 79% dos paulistanos, a tecnologia dos aplicativos pode aumentar a segurança das viagens de moto. Entre elas estão saber que os motoristas possuem CNH e passam por checagens regulares, ter o suporte oferecido pelo aplicativo, o registro da viagem e do motociclista, além do bloqueio de motociclistas que descumprirem as regras de trânsito.
As faixas exclusivas para motos na cidade também são destacadas como importantes para aumentar a segurança nas viagens de moto por aplicativo. Além disso, o monitoramento dos limites de velocidade, a gravação das viagens e a possibilidade de compartilhar a rota com um contato são medidas que também contribuem para a sensação de segurança dos passageiros.
Alternativa de transporte
Brasília (DF) 27/01/2025 – Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. Foto: Renato Meirelles/Arquivo pessoal
De acordo com o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a mobilidade é um desafio para os paulistanos de baixa renda, especialmente para quem mora na periferia e bairros mais distantes, limitando o acesso a oportunidades. Para esses, o transporte de moto de aplicativo é uma alternativa a mais de transporte na cidade.
“Essa opção pode complementar as que já existem, em situações como a falta de transporte público, ou para evitar caminhar a pé sozinha do ponto de ônibus até em casa durante a noite”, disse à Agência Brasil.
Para Meirelles, a pesquisa coloca o debate sobre o transporte de moto por aplicativo pela perspectiva do paulistano interessado em resolver seus problemas cotidianos. “O dado de que 72% são favoráveis se explica porque São Paulo vive uma realidade na qual três quartos da população brasileira anda de moto ou a maioria já andou como carona, que é exatamente o que ele faria ao usar a moto por aplicativo”.
Meirelles também destacou que 8 a cada 10 paulistanos acreditam que a moto por aplicativo é uma alternativa de transporte para chegar mais rápido em casa e nos compromissos
“Nós temos 7,2 milhões de paulistanos que concordam com isso. Esse é um número muito relevante e que mostra que as motos por aplicativo crescem como demanda da população numa cidade com as proporções que São Paulo tem e onde o transporte público dá conta apenas de uma parte do recado. São mulheres e homens que têm que andar ainda meia hora, 40 minutos do terminal de ônibus até a porta da sua casa”, afirmou.
Disputa
Nas duas últimas semanas, as empresas 99 e Uber implantaram o serviço de mototáxi por aplicativo, iniciando uma . A administração municipal alega que o transporte é ilegal na cidade devido à existência de um decreto municipal proibitivo, elaborado com base em estudos relacionados à segurança dos motociclistas e à realidade do trânsito da capital paulista.
Já as empresas se amparam na Lei Federal 13.640/2018, que legaliza a atividade.
A 99 de passageiros em moto por aplicativo no dia 14 de janeiro. A Uber na última quarta-feira (22). A prefeitura das motocicletas usadas por motoristas de aplicativos na modalidade de mototáxi em São Paulo.
Segundo a prefeitura, a decisão de proibir esse tipo de transporte na capital foi baseada em dados sobre o aumento de acidentes, mortes e lesões envolvendo motocicletas na cidade.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
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A complexidade e a liderança por trás dos grandes projetos submarinos

O setor de óleo e gás permanece como um dos pilares estratégicos da economia mundial, responsável por movimentar trilhões de dólares e impulsionar a inovação tecnológica em escala global.Nesse cenário, a exploração offshore, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, tornou-se fundamental, exigindo o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas e seguras.
Empresas que atuam com tecnologia submarina têm papel decisivo nesse ecossistema. Elas desenvolvem sistemas integrados de produção submarina, válvulas, bombas, compressores, árvores de natal molhadas e equipamentos de controle de fluxo capazes de operar sob condições extremas de pressão e temperatura. O objetivo é aumentar a eficiência da produção, reduzir custos operacionais e garantir a segurança ambiental das operações.
Nos últimos anos, a digitalização e a automação transformaram profundamente o setor. Sensores inteligentes, sistemas de monitoramento remoto e análise de dados em tempo real permitem prever falhas, otimizar a produção e aumentar a vida útil dos equipamentos. Essa integração entre engenharia, automação e inteligência artificial redefiniu o conceito de eficiência operacional no fundo do mar.
Liderança e Estratégia em Projetos Submarinos
Nesse ambiente altamente técnico e competitivo, profissionais de liderança exercem papel essencial para o sucesso de cada operação. À frente de projetos complexos está Bruno Rompkovski, executivo com sólida trajetória internacional no setor, que atua como responsável pelas áreas de Licitações, Propostas, Operações Comerciais e Projetos em uma das maiores empresas globais de tecnologia submarina.
Rompkovski liderou projetos submarinos de grande porte em diversas regiões do mundo, unindo conhecimento técnico e visão estratégica. Em sua função como Western Hemisphere Tender Manager, ele supervisiona o portfólio de propostas para produtos, sistemas e serviços submarinos no Hemisfério Ocidental, assegurando consistência global, conformidade e alinhamento com os objetivos corporativos.
Sua atuação envolve definir e implementar estratégias de licitação, gerenciar propostas complexas e desenvolver soluções competitivas que impulsionam receitas e destravam casos de negócios desafiadores junto a grandes operadores do setor. O papel que desempenha exemplifica a importância de uma liderança técnica e comercial integrada, capaz de conectar engenharia de ponta, inovação e resultados financeiros sustentáveis.
Os desafios enfrentados por gerentes comerciais e diretores de projetos nesse setor são notáveis. “O ciclo de vendas de soluções submarinas é longo, técnico e envolve contratos de alto valor, frequentemente em múltiplas jurisdições, exigindo uma combinação rara de visão estratégica, domínio técnico e capacidade de negociação”, afirma Bruno.
Atuando em posições que exigem tanto visão comercial quanto conhecimento técnico aprofundado, Bruno gerencia negociações complexas e coordena equipes multidisciplinares. A experiência de Rompkovski ilustra como o sucesso no setor depende de uma atuação integrada, em que gestão, engenharia e estratégia comercial caminham lado a lado para garantir resultados sustentáveis e inovadores.
O futuro do mercado de óleo e gás, em especial no segmento de tecnologia submarina, aponta para uma integração cada vez maior entre inovação, sustentabilidade e automação. A busca por operações mais seguras, eficientes e com menor impacto ambiental orienta novos investimentos em inteligência artificial, robótica submarina e soluções energéticas híbridas.
Assim, o setor continua sendo um dos mais desafiadores e fascinantes do mundo industrial. Profissionais como Bruno Rompkovski exemplificam o perfil de liderança que impulsiona essa transformação — combinando excelência técnica, gestão estratégica e visão global em um ambiente onde inovação e resiliência são essenciais para o sucesso.
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Zurich Seguros anuncia Thales Amaral como novo diretor comercial regional RJ/ES/N/NE

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Parecer do Senado reconhece que o homeschooling é o direito de educar nasce na família

Autoria: Zizi Martins
A luta pelo reconhecimento da liberdade educacional no Brasil tem raízes que remontam a 1994, quando o Projeto de Lei 4.657 propôs, pela primeira vez, a regulamentação do ensino domiciliar. Desde então, milhares de famílias têm enfrentado perseguições judiciais e administrativas por exercerem o direito mais básico: educar seus filhos conforme seus valores, crenças e convicções. O homeschooling não é uma moda, mas uma expressão legítima de um direito natural dos pais educarem seus filhos, que, além de tudo, lhes permite o desenvolvimento pleno de seu potencial em um ambiente personalizado, seguro e alinhado aos princípios familiares.
Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade do ensino domiciliar ao decidir que sua ausência de regulamentação não o torna ilegal, mas sim um vácuo legislativo a ser preenchido. Ministros como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso foram claros: a educação é dever conjunto da família e do Estado, e os pais têm liberdade para escolher a forma de ensino, desde que respeitados os princípios constitucionais Esse marco abriu caminho para a esperança de uma regulamentação justa e equilibrada.
Essa esperança ganhou corpo com a aprovação, em maio de 2022, do PL 1338/2022 pela Câmara dos Deputados. O projeto, que altera a LDB e o ECA para permitir o ensino domiciliar com supervisão estatal, foi aprovado com 264 votos favoráveis, demonstrando amadurecimento político e reconhecimento do direito das famílias. Hoje, tramita no Senado, sob a relatoria da senadora Professora Dorinha, que apresentou parecer, reforçando a necessidade de segurança jurídica para os pais.
O parecer favorável da senadora Professora Dorinha, apresentado em 6 de outubro de 2025, é o fato novo que confirma a necessidade de mudar o rumo do Estado brasileiro em relação ao ensino domiciliar. Como relatora do PL 1338/2022 na Comissão de Educação do Senado, Dorinha não apenas endossou o projeto, mas o fez com um relatório claro, técnico e profundamente alinhado com os princípios da liberdade familiar e da autonomia pedagógica. Ela, que também é especialista em Educação, reconhece que o ensino domiciliar é uma escolha legítima, respaldada por valores constitucionais, e que o Estado tem o dever de regulamentar sem dificultar ou proibir. Esse posicionamento político e jurídico ratifica o que há décadas famílias educadoras buscam em termos de reconhecimento. E que mais de 60 países também já consagraram.
Apesar disso, a perseguição persiste. Em Manhuaçu (MG), o Ministério Público processou cinco famílias por praticarem homeschooling, exigindo matrícula compulsória e ameaçando multas e desobediência. Casos semelhantes ocorrem em diversos estados, revelando um padrão de hostilidade institucional contra pais que buscam apenas o melhor para seus filhos. Essa criminalização da parentalidade é incompatível com uma sociedade democrática e não se sustenta frente às evidências sociais e científicas.
O direito à educação domiciliar é natural, anterior ao Estado, e está protegido por tratados internacionais como o Pacto de San José da Costa Rica, que tem hierarquia constitucional no Brasil. A UNESCO, agência da ONU, em relatório recente, também reconheceu o homeschooling como uma alternativa válida para garantir ambientes educativos seguros, personalizados e inclusivos, alinhados ao direito universal à educação. O mundo avança; o Brasil insiste em punir quem ousa escolher.
A regulamentação do PL 1338/2022 não é um favor, mas uma obrigação. Ela traz regras claras: matrícula em instituições para acompanhamento, avaliações periódicas e qualificação dos responsáveis. Nada disso representa ameaça à sociedade, mas sim responsabilidade e transparência. O que está em jogo é a liberdade educacional: o direito de cada família escolher a melhor forma de ensino, com base em evidências de excelência acadêmica, desenvolvimento integral e valores éticos. O ensino domiciliar tem demonstrado resultados superiores em aprendizagem, formação cívica e preparação para a vida adulta, com alunos mais autônomos, críticos e bem-sucedidos na vida civil.
As famílias que educam em casa não fogem da sociedade. Ao contrário, preparam cidadãos mais autônomos, críticos e resilientes. Estudos internacionais mostram que alunos homeschoolers têm desempenho superior em avaliações e maior taxa de sucesso no ensino superior. No Brasil, a comunidade cresce com eventos, plataformas e materiais didáticos, provando que é possível construir um ecossistema educacional paralelo, plural e eficaz.
É hora de o Brasil reconhecer que a liberdade educacional não é privilégio, mas direito fundamental. O PL 1338/2022 é o caminho para garantir proteção estatal àqueles que já a exercem sob risco. Regular não é permitir, é reconhecer. E proteger não é favorecer, é cumprir a Constituição. A família, não o Estado, é o primeiro e mais importante espaço de formação humana. E esse direito natural merece, finalmente, ser respeitado.
*Zizi Martins é ativista pela liberdade. Vice-presidente do Conselho Administrativo da ANED, membro fundadora e diretora da Lexum, Presidente do Instituto Solidez e membro do IBDR. Procuradora do Estado da Bahia, Advogada. Com mestrado em direito público e especialização em Direito Religioso, Doutora em Educação, Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia.