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Saúde

Mais de 280 mil brasileiros foram afastados do trabalho devido a transtornos de saúde mental

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Mais de 280 mil brasileiros foram afastados do trabalho devido a transtornos de saúde mental
Divulgação: GT7

Para 43% dos trabalhadores, seus gestores ou colegas não estão prontos para conversar sobre saúde mental no trabalho sem julgar; empresas podem ser aliadas na conscientização

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é definida pelo Ministério da Saúde como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, que resultam de situações de trabalho desgastantes. Apesar do problema impactar diretamente a saúde mental e estar ligado, sobretudo, ao trabalho, 43% dos trabalhadores se sentem desamparados para abordar questões de saúde mental com gestores ou colegas, temendo julgamentos e falta de empatia, segundo o estudo People at Work 2023.

O estigma em torno da saúde mental no trabalho é um desafio significativo, impactando tanto a qualidade de vida dos funcionários quanto a produtividade das empresas. Isso porque, no Brasil, a incidência do Burnout coloca o país como a segunda nação com mais casos no mundo, superado apenas pelo Japão, segundo informações da International Stress Management Association (ISMA-BR). Em 2023, cerca de 288.865 brasileiros foram afastados do trabalho devido a transtornos de saúde mental, evidenciando um problema crescente no ambiente profissional, segundo dados do Ministério da Previdência Social.

Diante desse cenário, as empresas têm a oportunidade e a responsabilidade de atuar como aliadas na conscientização e no apoio à saúde mental. No mês da campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio e à discussão sobre saúde mental, o Hub de Negócios e Comunicação Gotcha e a GT7, Unidade de Negócios do Grupo TODOS Internacional, reuniram seus colaboradores em um evento com o psicólogo e professor da USP Andrés Antúnez, mediado pela Head de Social, Margareth Furtado, para abordar a importância de se falar sobre saúde mental no ambiente de trabalho e promover um espaço mais acolhedor e compreensivo. 

Para Antúnez, o arranjo típico das relações e das dinâmicas de trabalho, por si só, podem impactar a saúde mental. “No ambiente profissional, passamos oito horas ou mais convivendo com pessoas que têm histórias e pensamentos diferentes. Isso pode tornar as relações complicadas, gerando tristeza e ansiedade e, às vezes, as pessoas acabam explodindo”, afirma. O profissional reforça ainda que a busca por cuidado psicológico precisa ser desvinculada de estigmas que só fazem afastar as pessoas da ajuda de que necessitam. “É muito comum as pessoas acharem que procurar ajuda é um sinal de fraqueza, mas eu não vejo assim. Enxergo como um sinal de esperança”, diz Antúnez.

O psicólogo reflete ainda que as organizações podem adotar ações que promovam a abertura para o diálogo, a compreensão e o bem-estar. “As empresas podem investir em práticas que promovam a saúde mental, como aulas de meditação, academias e apoio psicológico. Essas iniciativas mostram cuidado com os funcionários e podem melhorar significativamente o ambiente de trabalho”, destaca Antúnez.

Estudos mostram que a falta de um ambiente de apoio contribui para o agravamento de condições como depressão e ansiedade, levando a afastamentos prolongados e, em alguns casos, à incapacidade permanente. Para Damaris Dias, Gerente de Pessoas e Cultura da GT7 e da Gotcha, ter ações que foquem no bem-estar dos colaboradores traz benefícios para todas as pessoas envolvidas. “Esses esforços não apenas ajudam a reduzir o estigma, mas também melhoram o bem-estar dos funcionários e, consequentemente, a eficiência e o clima organizacional”, afirma Dias. Segundo a profissional, “ao abraçar a causa da saúde mental, as empresas não apenas protegem seus colaboradores, mas também investem no sucesso sustentável e no fortalecimento de suas equipes”.

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Saúde

Mounjaro é medicamento caro e perde efeito sem controle de temperatura

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Usuários devem exigir das farmácias documento que comprove controle durante o transporte, aconselha especialista

Recentemente aprovado pela Anvisa, o uso do Mounjaro (tizerpatida) pode ser comprometido se o medicamento – um termolábil de alto custo – não for mantido na temperatura adequada durante o transporte, que envolve a logística desde a saída do laboratório, passando pelo centro de distribuição, até chegar à farmácia.

Caso esse controle não seja efetivo, o Mounjaro perde sua eficácia e acarreta enorme prejuízo a quem recorre ao medicamento, uma verdadeira “febre” no tratamento de perda de peso entre pacientes que convivem com obesidade ou sobrepeso.

O alerta é do especialista Luiz Renato Hauly, CEO da Pharmalog, healthtech dedicada a soluções de monitoramento e rastreamento de medicamentos. “Muitas vezes, o centro de distribuição fica a milhares de quilômetros da farmácia. Se o consumidor não se assegurar que houve um adequado armazenamento e transporte, adquirir o Mounjaro será uma dispendiosa decepção”, esclarece ele.

Hauly aconselha que o paciente solicite junto à farmácia o relatório referente ao transporte do medicamento, onde deve estar indicado o controle da temperatura. “Do contrário, ele poderá estar levando para casa um remédio sem qualquer efeito e, ademais, um produto pelo qual pagou caro. Não valerá ter esperado tanto pela aprovação”, finaliza Hauly.

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Saúde

Síndrome Respiratória Aguda Grave já matou 676 pessoas este ano no Rio

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© Tony Winston/Agência Brasília

As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado do Rio apresentam sinal de desaceleração, mas os números continuam elevados, especialmente entre crianças de até 9 anos e pessoas com mais de 70 anos. Até agora foram registradas 676 mortes pela doença no estado, com 9.140 internações.

De acordo com o panorama semanal divulgado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), o cenário reforça a necessidade da vacinação e da adoção de medidas preventivas para conter a circulação dos vírus respiratórios.

“A vacina da gripe protege contra os principais vírus em circulação e é fundamental para evitar formas graves da doença. Precisamos avançar na cobertura vacinal e manter os cuidados básicos, como o uso de máscara em caso de sintomas e a higiene das mãos”, afirmou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Segundo a Secretaria de Saúde, “a partir de abril, houve aumento da circulação de Influenza A (H1N1), especialmente entre idosos e gestantes. O vírus sincicial respiratório (VSR), predominante entre crianças, já apresenta sinal de queda nas últimas semanas”.

Imunização

A campanha de vacinação contra a gripe no estado segue até janeiro de 2026. A meta é vacinar 4,6 milhões de pessoas dos grupos prioritários, mas até o momento apenas 22,97% desse público foram imunizados. Foram aplicadas 2.146.734 doses, sendo 1.066.950 destinadas ao público prioritário. A meta do Ministério da Saúde é de pelo menos 90% de cobertura vacinal.

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Saúde

Um em cada 9 adolescentes usa cigarro eletrônico no Brasil

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© haiberliu/Pixabay

Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada esta semana apontou que um em cada nove adolescentes brasileiros afirma que usa cigarro eletrônico. O estudo ouviu cerca de 16 mil pessoas de 14 anos ou mais, de todas as regiões do país.  

Segundo o levantamento, a quantidade de usuários jovens que usam cigarro eletrônico já é cinco vezes o total daqueles que fumam o cigarro tradicional. A pesquisa utilizou dados de 2022 a 2024 do Terceiro Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad 3). É a primeira vez que cigarros eletrônicos entram no levantamento. 

Apesar de o produto ser proibido no Brasil, a coordenadora da pesquisa e professora de psiquiatria da Unifesp, Clarice Madruga, ressalta que é muito fácil comprar o aparelho pela internet, o que amplia o acesso.   

Outro problema, aponta a pesquisadora, é o risco à saúde, já que a inalação de substâncias altamente tóxicas, como a nicotina, é muito maior no cigarro eletrônico, se comparado ao cigarro tradicional. Clarice lamenta o retorno do crescimento do uso de cigarro, após o sucesso de políticas antitabagistas, iniciadas na década de 1990, que tinham freado o consumo.  

“A gente teve uma história gigantesca de sucesso de políticas que geraram uma queda vertiginosa no tabagismo, mas que um novo desafio quebrou completamente essa trajetória. E a gente hoje tem um índice de consumo, principalmente entre adolescentes, muito superior e que está totalmente invisível”, afirma. 

Os participantes ouvidos no estudo receberam a opção de serem encaminhados para tratamento no Hospital São Paulo e no Centro de Atenção Integral em Saúde Mental da Unifesp. 

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