Outras
Manifestação pede saída do secretário de Segurança Pública de SP

Entidades do movimento negro de São Paulo e a Frente Povo Sem Medo realizaram na noite desta quinta-feira (5) uma manifestação pedindo a saída do secretário de Segurança Púiblica do Estado de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite.
O ato, que teve início em frente ao Theatro Municipal de São Paulo, e se deslocou em passeata até a sede da Secretaria de Segurança Pública, no centro da capital paulista, ocorre em meio a uma série crescente de denúncias de cometidos por policiais no estado de São Paulo e registrados em câmeras.
“Cada um de nós que estamos aqui, que viemos das quebradas, dos cantões aqui de São Paulo, todos nós temos alguém próximo que morreu pela violência policial, e majoritariamente essas pessoas são negras. A violência policial acomete sobretudo a população negra. É muito importante dizer que o movimento negro, em outros tempos, já derrubou secretário de segurança pública. E nós vamos derrubar de novo”, disse Fabíola Carvalho, da Uneafro.
Para Priscila dos Santos, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, a violência policial só diminuirá com a desmilitarização da corporação e a punição às ações que desrespeitam a lei.
“Essa manifestação aqui é para cobrar uma postura, para cobrar que a gente tenha uma punição de fato para policiais que estão tomando esse tipo de atitude. Precisamos de um tipo diferente de organização que de fato proteja o povo. A gente acredita que há necessidade de desmilitarizar a polícia. Significa que a gente precisa construir uma instituição que não seja feita nos moldes militares, de ir atrás do povo como se ele fosse seu inimigo no território brasileiro”, disse.
São Paulo (SP), 05/12/2024 -ato contra violência policial, concentração em frente ao teatro municipal de são paulo, praça Ramos de Azevedo . Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil
Câmeras e Ouvidoria
Entre as reivindicações dos manifestantes também estão a instalação de câmeras na farda de todos os policiais e um controle externo sobre a tropa. “A gente quer sim a volta das câmeras policiais, mas a gente também quer controle externo das polícias. A gente quer o respeito à Ouvidoria da Polícia Militar externa e não um órgão de mentira, um órgão dentro da secretaria. E a gente quer também a demissão do Derrite”, destacou Simone Nascimento, do Movimento Negro Unificado (MNU).
O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que chegou a diminuir o orçamento para a compra de câmeras corporais para a polícia, admitiu nesta quinta-feira (5) que estava errado sobre o assunto.
“Você pega, por exemplo, a questão das câmaras. Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Então eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tive, que não tem nada a ver com a questão da segurança pública. Hoje eu estou absolutamente convencido que é um instrumento de proteção da sociedade, do policial. E nós vamos não só manter o programa, mas ampliar o programa e tentar trazer o que tem de melhor em termos de tecnologia”, disse em entrevista coletiva.
O governo do estado publicou no Diário Oficial do Estado, na última semana, uma resolução dentro da própria pasta, paralela à Ouvidoria da Polícia, já existente, que vem fazendo denúncias sobre ações irregulares da PM. De acordo com a SSP, no entanto, a nova ouvidoria não atuará em assuntos relativos à direitos humanos.
Outro lado
Sobre a manifestação desta quinta-feira, a SSP disse, em nota, que não compactua com desvios de conduta de seus agentes, punindo com absoluto rigor àqueles que infringem a lei. “Desde o início da atual gestão, mais de 280 policiais foram demitidos ou expulsos, e 414 agentes foram presos. Nos últimos dias, mais de 20 policiais militares foram afastados das atividades operacionais e dois tiveram a prisão decretada, em razão dos episódios recentes”, informou a pasta.
De acordo com a SSP, os números refletem o rigor das investigações conduzidas pelas corregedorias, “que atuam de forma estruturada e independente para garantir que nenhuma irregularidade fique impune”.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Outras
CNU 2025: prazo para pagar taxa de inscrição termina nesta segunda
A taxa única de inscrição da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2) deve ser paga pelos candidatos não isentos até as 23h59 minutos no (horário de Brasília) desta segunda-feira (21).
O valor de R$ 70 é válido para quem vai concorrer aos cargos de nível médio e superior.
A taxa poderá ser quitada eletronicamente via plataforma PagTesouro do Tesouro Nacional, por meio de Pix, com a leitura de QR Code ou cópia do código; por cartão ou boleto bancário da Guia de Recolhimento da União (GRU Simples), ou presencialmente em agências bancárias, dos Correios ou lotéricas.
O candidato deverá observar o horário de funcionamento das agências e dos correspondentes bancários, bem como as regras de aplicativos e internet banking do seu banco.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Para imprimir o boleto do CNU 2025, o participante deve acessar a Página de Acompanhamento da banca organizadora do concurso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com login do portal Gov.br (nível bronze, prata ou ouro).
De acordo com o edital de abertura do certame, a inscrição somente será validada após o pagamento da taxa. Quem perder o prazo terá a inscrição cancelada automaticamente.
Em caso de dúvidas, os interessados devem acessar a página oficial do certame criada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Cronograma do CNU 2025
- pagamento da taxa: até 21 de julho;
- prova objetiva: 5 de outubro;
- divulgação do resultado da objetiva e convocação para a discursiva: 12 de novembro;
- envio de títulos: 13 a 19/11/2025
- prova discursiva: 7 de dezembro;
- procedimento de confirmação de cotas: 30 de novembro a 8 de dezembro;
- divulgação da primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026.
CNU 2025
A segunda edição do CNU oferece 3.652 vagas para 32 órgãos, com provas aplicadas em dois dias – a primeira, de questões objetivas, em outubro, e a segunda, de dissertativas, em dezembro, apenas para os aprovados na etapa anterior.
Os cargos do chamado Enem dos Concursos serão agrupados em nove blocos temáticos, com a possibilidade de o candidato se inscrever para diferentes cargos dentro do mesmo bloco e definição de sua lista de preferência pelas vagas.
As provas do CNU 2 serão aplicadas nas 27 unidades da Federação, em 228 cidades em um raio de até 100 quilômetros da residência dos candidatos. A lista das localidades pode ser consultada no anexo XI do edital de abertura.
A validade do concurso é de 12 meses, contados da data de publicação da homologação de seu resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
Outras
Amigos e personalidades prestam homenagem a Preta Gil

O corpo da cantora Preta Gil, que morreu neste domingo (20), aos 50 anos, nos Estados Unidos, será trazido ao Brasil para as cerimônias de despedida. Mas a família ainda não divulgou quando e onde será realizado o velório, nem se ele será aberto ao público.
Preta estava nos Estados Unidos desde maio, e fazia um tratamento experimental contra o câncer, mas morava no Rio de Janeiro, onde também nasceu. A prefeitura do Rio decretou luto oficial de três dias pelo falecimento.
A cantora e empresária foi diagnosticada com um câncer no intestino em 2023, e chegou a entrar em remissão da doença, após cirurgias e tratamentos. Mas em 2024, voltou a apresentar a doença em outros locais do corpo, o que a levou a uma nova rodada de operações e medicamentos, e ao tratamento experimental nos EUA. Preta Gil é filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, e deixa o filho Francisco Gil e a neta Sol de Maria.
Como intérprete, ela gravou quatro álbuns de estúdio – o último – Todas as Cores -, foi lançado em 2017 -, e dois CDs e DVDs ao vivo. Um dos pontos altos de sua carreira foi a criação do Bloco da Preta, bloco de carnaval de rua do Rio de Janeiro, que chegou a reunir cerca de 500 mil pessoas. Ela também era sócia da empresa Mynd, uma das principais agências de marketing digital do Brasil.
Homenagens
Após a confirmação da sua morte, Preta Gil recebeu inúmeras homenagens de amigos, autoridades e fãs pelas redes sociais. As mensagens destacam a personalidade exuberante de Preta, seus posicionamentos contestadores e, principalmente, sua dedicação aos amigos e familiares.
A apresentadora e chef Bela Gil publicou uma foto de infância no colo da irmã Preta com a frase: “Minha maior grande perda. Minha eterna inspiração e alegria”
A atriz Carolina Dieckman, que viajou aos Estados Unidos para passar os últimos dias ao lado da amiga, escreveu em seu Instagram: “Te fazer carinho – incessantemente – esses últimos 4 dias, estar tão perto, com vc… foi o maior presente do mundo. Descansa, meu amor. Como vc lutou… Vai ser muito difícil, mas é uma benção o tempo que tivemos… e nosso amor é muito maior. Vou morrer de saudade; mas vou viver com você aqui dentro!!!”,
O apresentador Luciano Huck também lembrou os esforços de Preta em busca da cura: “Minha amiga se foi. Lutava com bravura, enfrentando a dor com coragem e sorrisos. A Preta foi a Preta até o fim. Forte, generosa, luminosa. Agora descansou. Ainda não consigo acreditar. Talvez nem queira. Fomos Amigos — com A maiúsculo — por mais de 25 anos. Entre tantos talentos que ela tinha, o de ser amiga dos amigos era dos mais raros e preciosos. Por isso, era tão amada. Por isso era tão dela. E não por acaso, partiu justamente no Dia do Amigo.”
A atriz Zezé Motta enviou mensagens de solidariedade à família Gil: “A dor de perder alguém que vimos crescer, que acompanhamos desde criança, é uma ferida profunda. Ver essa pessoa enfrentar a vida com coragem, lutar até o fim contra um câncer com dignidade e bravura, nos deixa não só o luto, mas também uma grande lição. Uma lição sobre força, mesmo diante das adversidades. (…) Não sei o que dizer ao meu amigo Gil, para a querida Sandra, a todos desta família tão especial. Só me resta rezar e pedir a Deus que nos dê forças para superar este momento. É uma dor que não dá para medir. Descanse em paz Preta, eu te amo e tenho certeza que o Brasil também.”
Preta Gil também recebeu homenagens de autoridades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou, ainda na noite de domingo (20): “Estou profundamente triste em saber que Preta Gil nos deixou nesta noite de domingo. Talentosa e batalhadora em tudo o que fazia – seja como artista, seja como empresária – Preta seguiu espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis de seu tratamento. Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta.”
Amada e inspiradora
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que conheceu Preta ainda na adolescência e viu a cantora se transformar “em uma das artistas de personalidade mais amada, inspiradora, mais autêntica do nosso país. “Seu jeito livre de falar e enfrentar a vida, as alegrias e também as dores, sem pudores, sem papa na língua. Você vai deixar muitas saudades, mas também muitas belezas. À família Gil, todo meu amor e solidariedade”, escreveu a ministra
Os posicionamentos públicos de Preta também foram destacados pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco: “Preta Gil foi e sempre será potência. Uma mulher que enfrentou o racismo, o machismo, a gordofobia e a doença sem nunca perder sua ternura, nem sua voz. Lutou muito por sua vida e por tudo que sempre acreditou.”
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também manifestou o seu pesar: “Poucas vezes conheci em minha vida uma pessoa que trouxesse vibrações tão boas e que espalhasse alegria e amizades aonde chegasse. Que tristeza ver uma pessoa assim nos deixar!”. Nos co
Outras
Vítima de câncer, Preta Gil morre aos 50 anos

A cantora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20) após lutar contra o câncer. Preta Gil estava nos Estados Unidos desde maio fazendo tratamento.
Pelas redes sociais, a família divulgou uma nota, lamentando a morte da artista e afirmando que agora cuida dos procedimentos para trazê-la para ser enterrada no Brasil.
“É com tristeza que informamos o falecimento de Preta Maria Gadelha Gil Moreira, em Nova Iorque, onde estamos neste momento cuidando dos procedimentos para sua repatriação ao Brasil. Pedimos a compreensão de tantos queridos amigos, fãs e profissionais da imprensa enquanto atravessamos esse momento difícil em família. Assim que possível, divulgaremos informações sobre as despedidas”, disse a nota, publicada no perfil do seu pai, o também músico Gilberto Gil.
Ela descobriu o câncer no intestino no início de 2023. O diagnóstico impediu que seu bloco de carnaval, o Bloco da Preta, saísse naquele ano. “Estive nos últimos seis dias internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, por conta de um desconforto que vinha sentindo e graças a Deus, hoje recebi um diagnóstico definitivo. Tenho um adenocarcinoma na porção final do intestino”, disse ela, em janeiro daquele ano.
Filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, Preta Maria Gadelha Gil Moreira faria 51 anos em poucos dias, em 8 de agosto. Ela deixa um filho, Francisco Gil.
Dona de uma risada contagiante e um talento que trazia no sangue, ela lançou seu primeiro disco, Prêt-à-Porter em 2003. E a capa, onde aparece nua e com partes do corpo cobertas apenas por fitas do Senhor do Bonfim, chamou atenção da mídia nacional. Mas sua voz e música acabaram se impondo e ela engatou uma carreira com quatro discos e shows por todo o Brasil, além de participação em blocos de carnaval.
Condolências
Também pelas redes sociais, o presidente Lula lamentou o falecimento de Preta Gil. O presidente não poupou elogios à cantora, a quem chamou de “talentosa e batalhadora em tudo que fazia”.
“Preta era uma pessoa extremamente querida e admirada pelo público e pelas pessoas que tiveram a felicidade de conviver com ela. Os palcos e os carnavais que ela tanto animou sentirão sua falta”, disse Lula. O presidente também afirmou que, assim que soube da notícia, telefonou para Gilberto Gil para oferecer palavras de conforto. Gilberto Gil foi seu ministro da Cultura entre 2003 e 2008.