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Marcão Britto e Thiago Castanho comemoram 30 anos de Charlie Brown Jr. no Brazilian Bacon Day 2025 em Uberlândia

Ex-integrantes da banda de Santos trazem show repleto de clássicos e homenagens a Chorão e Champignon no maior festival de música, gastronomia e motociclismo de Minas Gerais
O Brazilian Bacon Day Uberlândia 2025 promete entrar para a história com um show emocionante de Marcão Britto & Thiago Castanho – Charlie Brown Jr no dia 17 de maio. Os ex-guitarristas da banda icônica de Santos sobem ao palco para comemorar as três décadas do grupo que marcou gerações, trazendo um repertório repleto de sucessos e homenagens a Chorão e Champignon. O festival acontece nos dias 17 e 18 de maio, no Camaru, em Uberlândia (MG), e contará com uma megaestrutura para receber milhares de fãs.
Conhecido como um dos maiores eventos culturais e gastronômicos do Brasil, o Brazilian Bacon Day Uberlândia 2025 reúne o melhor da música, da gastronomia e do universo das motocicletas. Além do show especial de Marcão e Thiago, o line-up conta com grandes nomes do rock nacional e internacional, como Biquini, Ira, Sr. Garvim, Venosa, Matusa, Ladies of Rock, Entropia e Sami Chohfi (atração internacional).
Além dos shows, o evento contará com uma praça de alimentação recheada de pratos feitos com muito bacon, exposição de motos e carros antigos, além de um espaço kids, garantindo diversão para todas as idades.
No mesmo espaço, acontece ainda o Moto Fest Uberlândia, o maior encontro de motos de Minas Gerais e um dos maiores do Brasil, reunindo milhares de motociclistas. Os visitantes poderão conferir exposição de motocicletas, estandes de marcas e oficinas especializadas, tornando o evento um ponto de encontro imperdível para apaixonados por duas rodas.
Um show para os fãs de Charlie Brown Jr.
A turnê Charlie Brown Jr. 30 Anos, criada por Marcão Britto e Thiago Castanho, celebra o legado da banda com um repertório repleto de clássicos como “Proibida Pra Mim”, “Zoio de Lula”, “Rubão”, “Só os Loucos Sabem”, “Papo Reto” e “Céu Azul”. Ao lado dos icônicos bateristas Bruno Graveto e Pinguim Ruas, e do vocalista Egypcio (ex-Tihuana), os músicos recriam a energia explosiva dos shows de Charlie Brown Jr., proporcionando aos fãs uma verdadeira viagem no tempo.
“Essa turnê é uma maneira de manter viva a energia da CBJR nos palcos. O público tem pedido para a gente continuar, e estamos recebendo uma resposta incrível por onde passamos. Vai ser um show inesquecível!”, afirmam Marcão e Thiago.
Os fãs podem esperar uma apresentação emocionante e nostálgica, resgatando o espírito rebelde e poético de Charlie Brown Jr., banda que se tornou trilha sonora de gerações.
Garanta sua entrada
Os ingressos para o Brazilian Bacon Day Uberlândia 2025 estão à venda! Não perca a chance de viver essa experiência incrível, com grandes shows, gastronomia de primeira e o maior encontro de motociclistas de Minas Gerais. Adquira seu ingresso de forma rápida e segura pelo site oficial de vendas.
Serviço:
Datas: 17 e 18 de maio de 2025
Local: Camaru, Uberlândia – MG
Atrações musicais: Biquini, Ira, Marcão Britto & Thiago Castanho – Charlie Brown Jr, Sr Garvim, Venosa, Matusa, Ladies of Rock, Entropia e Sami Chohfi.
Atrações extras: Praça de alimentação temática, exposição de motos e carros antigos, espaço kids.
Moto Fest Uberlândia: Maior encontro de motociclistas de Minas Gerais com exposições, estandes e oficinas.
Para mais informações e novidades, acompanhe as redes sociais do evento. Não perca essa celebração épica!
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Crescimento de umbanda e candomblé reflete combate à intolerância

O número de adeptos de religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, no Brasil, deu um salto e mais que triplicou em dez anos. A constatação é do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (6), no Rio de Janeiro.
De acordo com as estatísticas, apesar de o país ainda ter uma maioria de católicos, que são 56,7% dos religiosos no Brasil, os adeptos da umbanda e do candomblé cresceram de 03% para 1% da população, totalizando 1.849 milhão de pessoas.
Para os especialistas, o aumento reflete ações de valorização da identidade afro-brasileira, que trouxeram visibilidade positiva para essas religiões e ajudaram a enfrentar estigmas, preconceito e o racismo religioso, que passa pela depreciação de elementos da identidade e da cultura negra.
“Nos censos anteriores, os religiosos de matriz africana se identificavam como católicos, pois, os adeptos afro têm uma relação com o catolicismo; e outro setor, normalmente, os umbandistas, se identificavam como espíritas, dois segmentos com decréscimo neste último levantamento”, destacou o Babalaô Ivanir dos Santos, que é também professor doutor do Programa de História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ainda assim, segundo ele, há ligações estreitas de manifestações da cultura afro com o catolicismo, sugerindo que há mais adeptos de religiões, mas que hoje ainda se identificam como católicos.
“Há uma dupla pertença, temos rituais da igreja [católica] que poderíamos chamar de afro, como as congadas e cavalgadas. Então o país tem um grande percentual de afro-católicos, como eu chamo, por serem ligados à espiritualidade negra”, declarou.
De 2010 para 2022, entre os adeptos da umbanda e do candomblé, houve aumento proporcional em todas as faixas etárias, com crescimento de 21,9% para 25,9% na faixa mais jovem, de 10 a 24 anos, e entre a faixa intermediária, de 30 a 49 anos, de 35% para 40%. O aumento entre os jovens foi comemorado por Ivanir, como resultado de um trabalho de anos.
“Com o passar do tempo, a luta contra a intolerância, com mais visibilidade positiva para as nossas tradições, apesar de toda a perseguição, jovens têm crescido, eles não só se identificam como afro, como saem na rua paramentados. Esse é um resultado bastante positivo da realização de festivais e caminhadas contra a intolerância religiosa”, frisou o professor, que é também e Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, uma organização ecumênica da sociedade civil
Essa é a mesma opinião da professora Christina Vital, do Programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense. Para ela, o resultado do Censo de 2022 espelha campanhas iniciadas há 20 anos.
“Os afro religiosos eram 0,3% nos anos 2000. Dez anos depois, o número não mudou, em 2010. Ou seja, as campanhas que começaram no início do século 21 não repercutiram no Censo de 2010, mas repercutiram agora neste Censo”.
A professora Cristina também chama a atenção para o número de pessoas pretas e pardas, os chamados negros, segundo convenção do IBGE, entre os católicos e evangélicos, sendo os pardos maioria (49,1%) entre os pentecostais. Entre os umbandistas e candomblecistas, pessoas brancas (42,7%) e pardas (26,3%) são maioria dos religiosos.
Em relação ao total de pessoas pretas na população, 2,3% são de religiões afro, reforçando a identidade racial, na avaliação de Vital.
“Há uma consciência racial bastante significativa nesse grupo. Os números deixam isso claro e este dado é importante porque mostra a importância das campanhas de autodeclaração”, reforçou.
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Moradores protestam após morte de rapaz baleado em festa junina

Moradores da comunidade Santo Amaro fizeram um protesto neste sábado (7), após a morte do jovem Herus Guimarães, baleado durante operação da Polícia Militar na madrugada, enquanto uma festa junina era realizada. Além de Herus, mais quatro pessoas ficaram feridas e seguem internadas no Hospital Municipal Souza Aguiar, uma em estado grave.
Os participantes seguravam cartazes com os dizeres: “Justiça para Herus. Favelado não é bandido”. Adolescentes que participaram da apresentação de quadrilhas durante a festa exibiram as camisas manchadas de sangue. Religiosos da comunidade também participaram do protesto e fizeram uma roda de oração pedindo paz e proteção para a população local.
Em vídeo publicado nas redes sociais da organização não governamental (ONG) Voz da Comunidade, um morador disse que chegou a confrontar os policiais após o início da operação.
“Eu perguntei a eles: ‘Por que vocês estão fazendo isso? Tem um monte de criança aqui!’ Eu estava vestido de Virgulino. Eu abri os braços e perguntei: ‘Vocês vão me dar um tiro também?’. Jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo em cima de mim. Eles sabem que estão errados. Tentaram conversar comigo e me acalmar e eu falei que aquilo ali era uma vergonha. Essa festa estava sendo anunciada há mais de um mês. Todo mundo sabia. É uma festa que há mais de 40 anos existe aqui”.
Instituições
O Ministério da Igualdade Racial vai enviar ofícios às autoridades do estado e aos órgãos de controle para que “as razões e os efeitos da operação sejam apresentados”. Pelas redes sociais, a ministra Anielle Franco classificou o caso como “revoltante e desesperador” e prestou solidariedade às famílias de Herus e dos feridos:
“Um jovem morreu e várias pessoas ficaram feridas por uma política de segurança pública que não respeita a vida daqueles que moram e residem em favelas e periferias”.
A ministra de Direitos Humanos, Macaé Evaristo, também se posicionou sobre o ocorrido.
“Segurança pública não pode ser sinônimo de medo, é um direito de todos. Os direitos à cultura e à vida devem ser assegurados, independentemente do CEP”, publicou em seus perfis.
O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também divulgou nota de repúdio ao episódio.
“Não se justifica uma operação policial durante plena festa junina, com a presença de crianças e adolescentes. A proteção à criança e adolescente é obrigação do Estado, não sendo aceitável que o enfrentamento ao crime organizado ponha em risco exatamente aqueles que temos a obrigação primária de proteger.”
O caso também está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro manifestou “profundo pesar” pelos acontecimentos e se solidarizou com os familiares das vítimas, com os feridos e toda a comunidade.
“O MPRJ destaca o seu comprometimento com a independência, a apuração dos fatos e com o exercício do controle externo da atividade policial. Para tanto, acompanha o caso desde os primeiros momentos, a fim de buscar as providências cabíveis e responsabilização de quem é de direito”, declarou o órgão em nota.
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Exposição mostra perseguição à comunidade LGBTQIA+ durante ditadura

O Instituto Vladimir Herzog, o Acervo Bajubá e o Arquivo Lésbico Brasileiro (ALB) lançam neste sábado (7), no Memorial da Resistência de São Paulo, a exposição virtual “Vidas Dissidentes em Ditadura – Repressão, Imaginário Social e Cotidiano”. A mostra retrata tanto a perseguição à comunidade LGBTQIA+ durante a ditadura civil-militar, iniciada em 1964 e que durou 21 anos, quanto as violências que sofre até hoje.
Paralelamente à exposição, está sendo lançado um podcast com o tema. Ambos levam o público a conhecer também os mecanismos que a militância encontrou para responder e resistir diante da pressão para obedecer às regras da heteronormatividade (ideia de que a heterossexualidade é a orientação sexual normal e correta).
Ao todo, são disponibilizados quatro episódios do podcast. O projeto do programa e da exposição conta com o apoio da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
A exposição é um atalho no acesso à documentação elaborada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). A partir dos relatos de sobreviventes a essas tentativas de domesticação, os visitantes podem saber mais sobre quem, em muitos casos, morreu em espaços privados, com o cerceamento de direitos e sob prática de violências.
Uma das formas de intensificar a marginalização das pessoas LGBTQIA+ foi a rotulação de identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no universo estreito e opressor da heteronormatividade. Ou seja, distorcer referências do meio médico para justificar as violências que as vitimaram e ainda vitimam.
A coordenadora executiva da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog, Lorrane Rodrigues, observa que os depoimentos de vítimas são fundamentais para maior compreensão de um todo. Até que cheguem ao conhecimento público, é necessário ter fina sensibilidade, a fim de evitar exposição das vítimas e mesmo sua revitimização, com eventuais abordagens que reforcem as violências sofridas e a estigmatização
“A gente vê que o silêncio e o medo vão sendo enfrentados, muitas pessoas dissidentes de sexo e gênero vão encontrando segurança para narrar e isso tem um impacto imenso, porque esses testemunhos não são individuais somente, mas ajudam a reconstituir uma memória coletiva que foi invisibilizada”, observa.
A representante do instituto afirma ainda que a preocupação dos LGBTQIA+ em deixar o máximo de informações preservadas em acervos começou cedo, tendo maior consolidação nas décadas de 1970 e 1980. O nível de antecipação nesse sentido fez da comunidade precursora, o que se pôde constatar na exposição Histórias LGBTQIA+, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), que ficou aberta ao público até abril deste ano e demonstrou como grupos de diversos países se organizaram e se organizam para registrar e documentar experiências de opressão.
“Mesmo em um período de muita repressão, havia preocupação intensa com o registro. Publicações, jornais, boletins, artigos foram sendo produzidos por mãos militantes, por grupos que se formavam naquele momento, para ter seus espaços de sociabilidade, e parte dessa herança é o que alimenta acervos como o Bajubá e o ALB, que são fundamentais para que a gente possa pensar em projetos como a exposição e o podcast”, afirma.
Para a coordenadora, existe ainda, além do silêncio, muita dificuldade de transpor “os vazios institucionais” e obter verba para subsidiar iniciativas como essa. “Há uma resistência muito grande ainda, quando se trata de reconhecer a violência de Estado contra as pessoas LGBTQIA+”, declara.
“Outro obstáculo importante é o acesso aos arquivos. Arquivos são instituições de poder. A gente sabe que esses espaços escolhem aquilo que vão mostrar e também que vão omitir”, acrescenta Lorrane, ressaltando que a falta de digitalização de certos itens, por exemplo, exige mais empenho dos pesquisadores e pode ser interpretada como decisão política das organizações.
Uma das formas de restituição da esperança para a militância é saber que vem de longa data a resistência dos LGBTQIA+ através do amor em fases de intensa caça às bruxas. Lorrane conta que uma das imagens mais fortes para ela é uma fotografia que mostra travestis e trans dançando e sorrindo. “Em um tempo de perseguição, é uma imagem que fala de vida pulsando nesse espaço subterrâneo da história oficial.”
Serviço
Lançamento da exposição virtual e do podcast Vidas Dissidentes em Ditadura – Repressão, Imaginário Social e Cotidiano
7 de junho (sábado), das 14h às 17h
Memorial da Resistência de São Paulo | Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, São Paulo – SP