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Matemática ajuda brasileiro a descobrir possível novo planeta
Nem com espaçonave, nem com telescópio. Foi com a matemática que Patryk Sofia Lykawka, um pesquisador brasileiro que há mais de 20 anos vive no Japão, foi até os confins do Sistema Solar e descobriu um corpo celeste com grandes possibilidades de ser um novo planeta orbitando ao redor do Sol.
Patryk falou àAgência Brasil sobre a pesquisa que desenvolveu na Universidade Kindai, e abordou o fascínio que, desde cedo, sente pela astronomia. Citou, ainda, as expectativas que há para a confirmação da hipótese matematicamente levantada por meio do estudo desenvolvido com a ajuda de Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão.
“Desde os primórdios da humanidade, todos temos curiosidades sobre os fenômenos que acontecem ao nosso redor. Isso nos leva a buscar respostas para questões fundamentais sobre a origem da vida; sobre quando, como e onde a Terra e nosso sistema se formaram. São várias questões interessantes dentro da astronomia que motivam não só profissionais, mas todo mundo. Todos queremos entender o que está acontecendo ao redor da natureza. No meu caso não é diferente”, disse o físico e matemático.
Livros e documentários sobre o tema ampliaram seus conhecimentos sobre astronomia. Aos poucos, ele começou a participar de seminários e, quando já estudante da Unisinos, no Rio Grande do Sul, surgiu a oportunidade de estudar no Japão.
“Fui contemplado com uma bolsa de estudo do governo japonês em 2001. Vim para cá e acabei fazendo aqui toda a minha pós-graduação [mestrado, doutorado e pós-doutorado] em ciências da Terra e ciências planetárias. Resumindo, fui agarrando todas as oportunidades que surgiram”, disse o pesquisador brasileiro.
Segundo ele, a adaptação à realidade japonesa foi relativamente fácil. “Quando cheguei aqui, em 2001, a universidade me proporcionou um curso intensivo de japonês e, também, prestou apoio para me adaptar à nova vida. Não houve dificuldades. Hoje, com mais de 22 anos de Japão, não tenho nenhum problema. Estou plenamente adaptado e com fluência no idioma”, disse.
Ele acrescenta que sua rotina provavelmente não difere da de um acadêmico no Brasil. “Eu leciono, faço pesquisas, participo de atividades acadêmicas. Nada muito diferente em relação à rotina de um professor universitário no Brasil”, afirmou.
Pesquisas
Patryk é o pesquisador principal do estudo que levantou a hipótese de haver um nono planeta no Sistema Solar. Após a reclassificação de Plutão – que deixou de ser planeta e passou a ser planeta anão – o Sistema Solar contabiliza apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Além dos oito planetas, há também outros objetos, tais como asteroides, cometas, meteoroides e luas de planetas. “Entre as órbitas de Marte e Júpiter, existe um cinturão de asteroides, onde se concentra a maioria dos asteroides. E, além da órbita de Netuno, há outro cinturão – o Cinturão de Kuiper. Nessa região, há muitos objetos que são chamados de transnetunianos [TNOs, sigla em inglês]. Um deles é Plutão”, explicou o astrônomo brasileiro.
Para se ter uma ideia de distâncias deste “ainda hipotético planeta”, no âmbito do Sistema Solar é necessário entender que a medição adotada pelos cientistas é a de Unidade Astronômica (UA). Cada unidade corresponde à distância média entre o Sol e a Terra, cerca de 150 milhões de quilômetros.
“Por exemplo, a distância do Sol até Júpiter é de mais ou menos cinco unidades astronômicas; até Netuno, cerca de 30 unidades astronômicas; e até Plutão, 40 unidades astronômicas. No estudo, analisei algumas populações de objetos transnetunianos localizados a uma distância superior a 50 unidades astronômicas em uma região que chamo de Cinturão de Kuiper Distante”, explicou o pesquisador.
Órbita
Essa região apresenta uma grande quantidade de objetos transnetunianos com órbitas muito distantes em relação a Netuno. Alguns deles com inclinações orbitais muito altas, além de 45 graus.
“Tendo por base várias simulações que incluíam um planeta hipotético com massas semelhantes à da Terra, eu obtive resultados que poderiam explicar as propriedades orbitais desses objetos. Isso sugere que o planeta hipotético desempenha papel importante na formação do Sistema Solar para além da órbita de Netuno. A massa dele deve ser de uma vez e meia a três vezes a massa da Terra”, acrescentou.
Segundo o pesquisador, ainda não é possível definir um valor fixo para essa massa, nem para a órbita. “O estudo, no entanto, prevê que a órbita seria alongada. Ou seja, a distância varia bastante, ao orbitar o sol”, observou.
Patrik revelou que foram investigados alguns tipos de órbitas para o planeta hipotético, e que os melhores resultados favoreceram dois tipos: entre 200 e 500 unidades astronômicas (UAs); e entre 200 e 800 UAs.
“São órbitas realmente muito distantes, de quase sete vezes a distância entre o Sol e Netuno, podendo chegar, em seu ponto máximo a 800 unidades, ou 20 vezes essa distância. Com isso, o tempo total para o planeta dar uma volta ao redor do Sol pode variar entre 6,5 mil e 11 mil anos”, acrescentou.
Uma outra previsão é de que essa órbita seria inclinada em cerca de 30 graus na comparação com o plano da órbita da Terra. “Nesse sentido, a órbita prevista seria bem diferente. Além de muito mais distante, seria mais alongada e mais inclinada”, avaliou.
Telescópios
O planeta hipotético estaria numa órbita tão distante que, mesmo possuindo uma massa parecida com a da Terra, só poderia ser observado usando telescópios de grande porte, devido a seu fraquíssimo brilho e, também, ao movimento aparentemente muito lento, quando olhado a partir da Terra.
“Infelizmente, ainda não é possível prever a região do céu noturno onde o planeta poderá ser descoberto por telescópios. Para isso, seria necessário varrer grandes regiões celestes”, enfatizou.
A seguir, ele explicou que o telescópio espacial James Webb não é do tipo adequado para fazer esse tipo de observação porque só consegue focar regiões muito específicas e pequenas do céu.
A expectativa é de que a confirmação da existência do novo planeta seja feita futuramente pelo Observatório Vera Rubin, que está sendo construído no Chile e contará com a maior câmera digital do mundo.
“Ele deve começar a operar a partir do ano que vem. Este sim, vai varrer grandes regiões do céu em período relativamente curto”, observou o astrônomo brasileiro.
Outras descobertas
Segundo Patryk, é possível que existam ainda outros planetas a serem descobertos no Sistema Solar, “desde que eles tenham órbitas distantes o suficiente para escapar da detecção, ou sejam pequenos demais para serem observados”.
As simulações preveem a existência de vários outros objetos na região do Cinturão de Kuiper Distante, com órbitas bastante peculiares. “Essa é uma outra previsão que pode motivar novas pesquisas e observações. Isso vai nos dar muito mais ideias sobre como nosso sistema e a Terra se formaram”.
Para o pesquisador, a dificuldade de descobrir novos planetas no Sistema Solar está relacionada a fatores fundamentais, como órbitas muito extensas e a distância desses objetos, o que os torna menos brilhantes. Outro dado que também dificulta a detecção é a inclinação orbital, em especial quando há peculiaridades, como é o caso do planeta ainda hipotético.

Foto: Patryk Sofia Lykawka/Arquivo Pessoal
Próximos passos
Patrik falou sobre os novos desafios que surgirão após a publicação de seu estudo na revista científica Astronomical Journal.
“Pretendo, a partir de agora, fazer novas simulações no computador para aprimorar a pesquisa e refinar os resultados dela, e para tentar prever com mais exatidão a massa e a órbita do planeta”, disse. “É também importante investigar como esse planeta adquiriu uma órbita assim, distante, alongada e inclinada”, acrescentou.
Mensagem
Ciente de que será uma referência para as próximas gerações de astrônomos brasileiros, Patrik deixa uma mensagem aos futuros cientistas. “A astronomia é uma ciência muito fascinante, que faz parte da história da humanidade, desde seus primórdios. Ela tem muitas ramificações e várias áreas. Há um monte de assuntos interessantes e vários mistérios a serem resolvidos”, destacou.
“Uma coisa importante é sempre buscar conhecimento, principalmente em relação ao assunto que a pessoa tem interesse maior. Mantenha a curiosidade natural que a gente tem como seres humanos, e realize atividades que promovam esse conhecimento. As oportunidades para a realização de sonhos devem ser buscadas desde cedo, quando ainda estudante dos ensinos fundamental, médio e, claro, na universidade. Até porque nem tudo vai cair do céu”, finalizou.
Fonte: Agência Brasil
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Conclusão
Comprar um fone de ouvido pode parecer simples, mas escolher o lugar certo para fazer isso é o que garante uma boa experiência. Com preços acessíveis, variedade, avaliações confiáveis e entrega rápida, não faltam motivos para comprar fone de ouvido na Shopee.
Se você está em busca de recomendações, confira este artigo com os 5 melhores fones da Shopee e descubra quais modelos estão fazendo sucesso entre os consumidores brasileiros.
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Do simulador de trânsito ao mercado de luxo: o brasileiro que criou o “metaverso dos imóveis”
Daniel Bergoce transformou a curiosidade pela realidade virtual em um negócio global que une tecnologia e impacto social
O mercado imobiliário de alto padrão vive uma transformação silenciosa que está redesenhando a forma de apresentar e vender imóveis. Em vez dos tradicionais stands físicos, incorporadoras de diferentes partes do mundo começam a apostar em experiências digitais imersivas capazes de transportar o comprador para dentro do empreendimento, sem a necessidade de visitas presenciais ou equipamentos de realidade virtual.
A inovação permite que o cliente explore, em tempo real, cada detalhe do projeto em um ambiente digital de altíssima definição. Com um simples clique, é possível caminhar pelos cômodos, escolher o pavimento e visualizar a vista desejada, com simulação de luz natural, sons ambientes e interação total com o espaço.
Mais do que observar, o comprador pode personalizar o imóvel: alterar acabamentos, reorganizar móveis e ajustar a iluminação conforme o horário do dia ou as estações do ano. O resultado é uma imersão sensorial tão precisa que antecipa a sensação de viver naquele ambiente, uma nova etapa na jornada de compra de imóveis de luxo.
À frente dessa mudança está o brasileiro Daniel Bergoce, que desenvolveu a tecnologia ao longo de uma década. Radicado na Flórida, ele já levou sua solução a empreendimentos icônicos, como o 6 Fisher Island, da Related Group, localizado em uma das áreas mais exclusivas de Miami, onde o metro quadrado pode ultrapassar US$ 2 mil.
A plataforma criada por Bergoce soma bilhões de dólares em vendas e vem sendo adotada por incorporadoras de diferentes países. O modelo permite reduzir custos operacionais, acelerar lançamentos e fechar negócios antes mesmo do início das obras.
“Em um mercado onde tempo é dinheiro, vender antes de erguer a primeira parede é uma vantagem estratégica”, afirma Bergoce.
Com qualidade gráfica de padrão cinematográfico, a tecnologia combina realismo visual e conexão emocional, criando uma nova forma de apresentar o luxo. Mais do que uma ferramenta de vendas, ela sinaliza o futuro de um setor que alia exclusividade, tecnologia e experiência sensorial para redefinir o conceito de morar bem.
Sobre:
Daniel Bergoce é empreendedor e especialista em modelagem 3D aplicada ao mercado imobiliário. Com mais de 10 anos de experiência, ele criou uma plataforma imersiva que permite visitar e decorar imóveis ainda em construção. Ex-atleta e autodidata em tecnologia, hoje lidera uma equipe brasileira para desenvolver soluções digitais usadas por grandes incorporadoras internacionais.
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Deerns participa do DCD> Connect | Brasil 2025 para debater tendências e inovações no setor de data centers
Empresa líder em consultoria e engenharia marca presença na edição brasileira do maior encontro da indústria de data centers; evento será realizado em São Paulo nos dias 4 e 5 de novembro
A Deerns, empresa internacional líder em consultoria e engenharia, participará do DCD> Connect | Brasil 2025, a edição brasileira do principal evento global do setor de data centers. O encontro será realizado em 4 e 5 de novembro, no Sheraton São Paulo WTC Hotel, em São Paulo, e reunirá mais de 2.600 profissionais dos principais data centers da região a fim de promover a colaboração na indústria, facilitar novas parcerias e contribuir para a identificação de soluções inovadoras aos principais desafios do setor. A iniciativa contará com uma série de painéis conduzidos por especialistas, debates e workshops interativos, além da presença de 160 parceiros com suas tecnologias mais recentes.
Esta será a décima participação consecutiva da Deerns nos eventos realizados pelo DCD no Brasil e em Cancun. A empresa também esteve presente na edição de Cancún, que foi realizada em setembro deste ano, e destaca a importância de se envolver nas discussões do setor.
“Estar no DCD Connect é muito importante para a Deerns, pois representa uma oportunidade de compartilhar nossa expertise internacional em projetos de alta complexidade e, ao mesmo tempo, acompanhar de forma próxima as tendências que moldarão o futuro do setor. Nossa intenção é participar de maneira ativa das discussões, contribuindo para o avanço do conhecimento técnico e para o fortalecimento de conexões estratégicas que impulsionem a evolução do mercado latino-americano de data centers”, afirma Otavio Pires, diretor de engenharia da Deerns Latam.
Na edição deste ano, a Deerns estará representada pelo próprio Otavio Pires e por especialistas de sua equipe comercial e técnica, entre eles Thiago Cavalieri, Rodrigo Coutinho, Thabata Albanesi, além de Gabriel Pereira, Diretor de Projetos e, Carla Imperador e Muriel Zupi da equipe Comercial. A empresa também participará de um importante painel sobre data centers e conectividade óptica no Brasil, com a presença de Rodrigo Coutinho, gerente de Elétrica.
Com o tema “O boom dos data centers e da IA no Brasil – Como o segmento de conectividade óptica será impactado?”, o painel vai explorar como a crescente demanda por inteligência artificial impulsiona a expansão de data centers no país e quais os principais desafios e oportunidades para o setor de conectividade óptica. Além de Coutinho, participarão Juliano Covas, gerente regional de Vendas e Engenharia da Corning; Eduardo Pereira, diretor de Conectividade na Ascenty; Murilo Pugliese, gerente sênior de Infraestrutura de Redes na Scala Data Centers, e Joe Bergamaschine, diretor de Operações (COO) da Atlantic Data Centers. O debate acontece no dia 4 de novembro, das 17h45 às 18h30, no Palco 2.
Para conhecer mais sobre a atuação da Deerns no Brasil acesse o site oficial da empresa.




