Educação
MEC paga até R$ 864 por dia a certificador do Enem e da PND

Os servidores públicos do poder Executivo federal e os professores das redes públicas de ensino estaduais e municipais, efetivos e em exercício em 2025, podem se inscrever para compor a Rede Nacional de Certificadores (RNC) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 e da Prova Nacional Docente (PND) até a próxima segunda-feira, 30 de junho.
Os interessados em ser um certificador dos procedimentos de aplicação do Enem e da PND 2025 podem se inscrever pelo Sistema RNC do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
É necessário ter formação mínima do Ensino Médio e não é permitida a inscrição de quem tem cônjuge, companheiro ou quaisquer parentes de até terceiro grau inscritos no Enem ou na PND 2025, também chamada de Enem dos Professores. Caso já tenha cadastro no sistema, o candidato a certificador deve conferir se os dados estão atualizados.
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O que faz
O certificador voluntário é o profissional responsável por garantir a segurança, a lisura e a conformidade dos processos de aplicação do exame. Ele atua como um fiscal externo representando o Inep em cada um dos locais de prova.
Entre as atividades realizadas por um certificador estão o recebimento e abertura dos malotes de prova; identificação dos participantes; o controle dos horários de início e encerramento das provas.
O Enem 2024 foi aplicado em 1.753 municípios, com 140 mil salas de prova, em cerca de dez mil locais de prova. O Inep informa que a logística envolveu dez mil coordenações de aplicação e mais de 500 mil colaboradores neste processo.
Remuneração
Os profissionais selecionados pelo Inep poderão atuar na primeira da Prova Nacional Docente (PND), agendada para 26 de outubro, e nos dois dias de provas do Enem 2025 (9 e 16 de novembro). A remuneração diária é R$ 510. Em casos de atuação em municípios com número insuficiente de certificadores, com deslocamento superior a 150 quilômetros do município de origem, a diária passa a ser de R$ 864.
Nas cidades paraenses (Belém, Ananindeua e Marituba), o Enem será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro, devido à realização na capital do Pará da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), no período de 10 a 21 de novembro.
Conforme o edital, o certificador participante poderá atuar em um ou mais dias de aplicação das provas dos dois exames (Enem e PND 2025).
Curso de capacitação
A divulgação dos inscritos confirmados e convocados para o curso de capacitação será feita em 14 de julho. Nesta data, a lista dos inscritos convocados para realizar o curso de capacitação e as demais etapas do processo seletivo poderão ser consultadas na Página de Acompanhamento dos certificadores, o Sistema RNC.
Os interessados com inscrição confirmada poderão realizar o curso de capacitação, na modalidade a distância, promovido pelo Inep, conforme o número de vagas disponíveis.
Para ser aprovado com certificador, a pessoa inscrita deve obter rendimento mínimo de 70% no curso de capacitação. A data do início da capacitação ainda será divulgada na Página de Acompanhamento.
Convocação
O Inep pode convocar para o curso de capacitação pela plataforma virtual até três vezes a quantidade estimada da demanda para cada município, usando como critério a ordem de inscrição confirmada.
Caso a quantidade de certificadores aptos a receber a demanda excepcional exceda o quantitativo necessário para preenchimento de determinado município de aplicação, a seleção do certificador ocorrerá obedecendo aos seguintes critérios de prioridade:
- atuação como certificador na edição do ano anterior do Enem;
- maior rendimento no curso de capacitação;
- em caso de empate nos critérios definidos, a demanda será gerada por sorteio realizado no sistema da RNC.
Confira o cronograma da seleção:
- inscrições no Sistema RNC: 5 a 30 de junho;
- divulgação dos inscritos confirmados e convocados para capacitação: 14 de julho;
- período para recursos das inscrições não confirmadas: 15 a 22 de julho;
- resultados dos recursos: 11 de agosto.
Educação
SPBC começa com debates sobre territórios, ciência e desenvolvimento

A 77ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começou neste domingo (13) na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife. Com o tema Progresso é ciência em todos os territórios, que pretende abordar a ciência como integrante do desenvolvimento nacional, seu papel na criação de um país mais justo, plural e conectado.
Os debates e discussões começam na segunda-feira (14) e seguem até o próximo sábado (19). Serão cerca de 200 eventos, entre painéis, mesas-redondas, conferências, apresentações culturais, premiações e atrações científicas interativas.
Os organizadores do evento vão lançar a Pesquisa Nacional: Vozes, Territórios e o Futuro da Ciência Brasileira.
“A SBPC está começando um novo ciclo, e queremos ouvir as pessoas. Lançamos uma pesquisa para entender melhor quem faz parte da nossa comunidade, onde estamos, quais os desafios que enfrentamos e o que esperamos para evolução da ciência no Brasil”, explica a vice-presidente da entidade, Francilene Garcia.
A coordenadora-geral do evento, a cientista Cláudia Linhares, disse que a intenção da SBPC este ano é abordar a diversidade brasileira, sob todos aspectos, olhando atentamente para os desafios de cada território, das grandes metrópoles às áreas rurais, periféricas e marginalizadas, observando as desigualdades.
“Trataremos das desigualdade que vão desde o financiamento da ciência e da educação até às desigualdades sérias, tais como a fome, a violência, temas que perpassam as ciências da saúde, as exatas e as humanas”, afirmou a coordenadora, que também é professora de computação da Universidade Federal do Ceará (UFC).
A ExpoT&C, que faz parte da reunião anual da SBPC, abre nesta segunda-feira, no campus Dois Irmãos da UFRPE. Com mais de 40 expositores, vindos de outras universidades e institutos de pesquisas públicos e privados, empresas, órgãos governamentais, sociedades científicas, agências de fomento, a mostra vai trazer as tecnologias mais avançadas, além de produtos e serviços desenvolvidos no país.
Para o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, “esse evento é mais uma oportunidade para a SBPC demonstrar como a ciência pode contribuir para fortalecer a produção nacional”.
Ribeiro lembrou que “desde a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que incorporou, na década de 2010, o termo inovação, hoje amplamente reconhecido no setor produtivo, buscamos valorizar o ciclo virtuoso entre ciência e a geração de bens e serviços. Nosso propósito é que essa conexão seja cada vez mais reconhecida e promovida em nossa sociedade”.
Educação
Rio de Janeiro forma a primeira turma de professor indígena

O estado do Rio de Janeiro formou a primeira turma de magistério indígena. A cerimônia certificou 16 estudantes do Colégio Indígena Estadual Guarani Karai Kuery Renda, na aldeia Sapukai, em Angra dos Reis, na região da Costa Verde fluminense. A formação foi possível graças a um convênio entre a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
No acordo, a secretaria entrou com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver na educação básica – da Educação Infantil ao Ensino Médio – no Brasil, e a universidade cooperou com a parte técnico-pedagógica.
Para a secretária de Educação, Roberta Barreto, o momento é histórico para a educação do Rio de Janeiro.
“Estamos orgulhosos e com a sensação de dever cumprido ao promover essa reparação histórica, com a educação indígena nesse colégio nosso, que é considerado o maior colégio indígena do Rio de Janeiro. Parabéns aos graduados, que agora estão aptos a assumir turmas tanto em sua própria escola quanto em outras unidades da rede”, afirmou a secretária.
A cerimônia teve o tradicional cântico sagrado, palestra sobre a luta da educação escolar indígena na aldeia, apresentação de capoeira e entrega de certificados, entre outras atividades.
“Nesses dois anos, tivemos um avanço significativo na educação indígena em nosso estado. A comunidade está feliz. Estamos vivendo uma reparação histórica do ensino na escolarização indígena. Nossos povos originários merecem todo o respeito e seus direitos constitucionais preservados”, avaliou o diretor-geral da unidade escolar, Domingos Júnior, há dois anos no cargo.
“Graças ao convênio, temos a primeira turma do magistério indígena do estado. Essa formação vai possibilitar que a cultura e os saberes sejam difundidos, passando de geração para geração. É uma oportunidade de os indígenas serem escolarizados pelos seus pares, nas línguas guarani mbyá e portuguesa”, disse a diretora regional pedagógica da Sul Fluminense, Tânia Borges, destacando a importância da parceria entre a Secretaria de Educação e a UFF.
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Educação
MEC quer estender Pé-de-Meia a todos do ensino médio da rede pública

O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A declaração foi dada durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024.
Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso Nacional.
“Eu tenho debatido muito isso com os próprios presidentes das Casas [Câmera e Senado], com a própria Comissão de Educação sobre a importância de a gente garantir, no orçamento do ano que vem, a possibilidade de ampliar os recursos para universalizar o Pé-de-Meia no Brasil.”
O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024, o Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa Família. No segundo semestre, a chamada “poupança do ensino médio” foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de jovens do ensino médio público, em um ano.
Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos letivos do ensino médio.
“Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também não tenha recebido o Pé-de-Meia”, exemplificou.
Pé-de-Meia
O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.
>>Saiba quem tem direito..