Saúde
Menopausa: efeitos da falta de estrogênio e como viver com saúde

A menopausa não é o fim da linha, mas sim o início de um capítulo novo, repleto de possibilidades e autocuidado! Geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos (no Brasil, por volta dos 48) e marca o encerramento do ciclo menstrual.
Porém, seu impacto ultrapassa esse aspecto: mexe com o coração, o metabolismo, a saúde óssea, a pele, o humor e todo o corpo, principalmente devido à queda do hormônio estrogênio. Com informação correta e práticas adequadas, é possível passar por essa fase com saúde, energia renovada e até um brilho especial.
Nesta leitura, vamos entender os efeitos da diminuição do estrogênio, suas consequências físicas e emocionais, com base em dados científicos e experiências reais, e compartilhar dicas práticas para você viver essa fase com força e bem-estar.
O que é a menopausa e o climatério?
A menopausa é o marco biológico que indica o fim do período reprodutivo da mulher e é definida oficialmente quando a menstruação deixa de ocorrer por 12 meses consecutivos, sem outras causas que expliquem essa interrupção.
Em geral, essa transição acontece entre os 45 e 55 anos, embora possa variar individualmente, ocorrendo um pouco antes ou depois, dependendo de fatores genéticos, ambientais e de saúde.
Antes e durante a menopausa, a mulher passa por um período mais amplo chamado climatério, que engloba o tempo de preparação e adaptação do organismo à nova fase. No climatério, os ovários começam a produzir menos hormônios femininos, principalmente o estrogênio e a progesterona, hormônios centrais para regular o ciclo menstrual e diversas funções corporais.
O estrogênio, em particular, exerce um papel vital em diferentes sistemas do corpo feminino. Podemos compará-lo a um maestro que coordena várias “partituras” da orquestra corporal: ele regula o ciclo menstrual, garantindo o funcionamento reprodutivo; mantém a densidade óssea, protegendo contra a osteoporose; atua na saúde cardiovascular, ajudando a preservar a flexibilidade dos vasos sanguíneos e o equilíbrio do colesterol; e ainda influencia o comportamento e o humor, interagindo com neurotransmissores no cérebro.
Quando a produção de estrogênio começa a cair, o corpo precisa se adaptar a essa nova realidade hormonal. Essa adaptação provoca diversas mudanças e sintomas, que vão desde alterações no ciclo menstrual até impactos no metabolismo, na pele, no sono e no estado emocional.
É nesta fase que as mulheres podem experimentar ondas de calor, suores noturnos, secura íntima, oscilações de humor e outras manifestações típicas do climatério e da menopausa.
Compreender essa dinâmica hormonal e suas repercussões é fundamental para que cada mulher possa reconhecer essa transição, buscar os cuidados adequados e adotar hábitos que favoreçam o equilíbrio e a qualidade de vida nessa nova etapa.
Os efeitos da queda de estrogênio: como o corpo se transforma
A queda dos níveis de estrogênio na menopausa provoca uma série de mudanças profundas no corpo da mulher, afetando diversos sistemas e funções essenciais.
Esse hormônio exerce um papel fundamental na regulação do metabolismo, na proteção do coração, na manutenção da saúde dos ossos, na qualidade da pele e até no equilíbrio emocional.
Quando os níveis de estrogênio diminuem, o organismo precisa se adaptar, o que pode resultar em sintomas físicos e emocionais desafiadores para muitas mulheres.
Metabolismo: a taxa metabólica basal e o ganho de peso
A taxa metabólica basal (TMB) é a quantidade de calorias que nosso corpo consome em repouso para manter funções vitais, como circulação e respiração. Durante a menopausa, a TMB cai em torno de 5 a 10%, principalmente pela perda de massa muscular e menor estímulo hormonal.
O estrogênio ajuda a distribuir a gordura corporal, favorecendo acúmulo nos quadris e coxas. Sem ele, a gordura se desloca para o abdômen, gerando aquela “barriguinha” que muitas mulheres percebem. Essa gordura visceral é metabolicamente ativa e libera substâncias inflamatórias que aumentam o risco para diabetes tipo 2 e resistência à insulina.
Por isso, muitas mulheres sentem que “comem igual, mas ganham peso”. É necessário ajustar a alimentação e o exercício para lidar com essa nova realidade.
Coração: a proteção perde força
Antes da menopausa, o estrogênio atua como protetor cardiovascular, mantendo as artérias flexíveis, equilibrando colesterol (aumentando o HDL bom e reduzindo o LDL ruim) e regulando a pressão arterial.
Com a deficiência hormonal, essa defesa diminui: o risco de doenças cardíacas aumenta, com chance até três vezes maior de infarto em mulheres na pós-menopausa. O colesterol total pode subir entre 10 e 20%, e a pressão alta se torna mais comum. A gordura abdominal e o processo inflamatório contribuem para lesões nas artérias, fadiga e inchaço.
Ossos, pele, sistema urinário e mais mudanças
O estrogênio também é essencial para a saúde óssea; sua falta acelera a reabsorção, levando à osteoporose, pode-se perder até 20% da massa óssea em cinco anos após a menopausa, aumentando o risco de fraturas.
Na pele, o colágeno diminui, o que provoca ressecamento, rugas e perda de elasticidade. Os cabelos podem ficar mais finos e as unhas mais frágeis. O sistema genital sofre com ressecamento vaginal, gerando desconforto nas relações sexuais (dispareunia) e infecções frequentes. A mucosa da uretra afina, podendo causar incontinência urinária leve.
Ondas de calor e suores noturnos ocorrem em 75% das mulheres, prejudicando a qualidade do sono e contribuindo para insônia crônica.
Saúde mental e bem-estar: o impacto emocional
A redução do estrogênio afeta neurotransmissores cerebrais como a serotonina, o que pode resultar em irritabilidade, ansiedade, depressão e “névoa mental” (dificuldade de concentração e memória). A libido também normalmente diminui, interferindo na vida sexual e nos relacionamentos.
Cada mulher reage de maneira única, com sintomas mais leves ou intensos, mas é fundamental reconhecer esses sinais para buscar suporte e autocuidado.
Como navegar pela menopausa com saúde e disposição
A menopausa é um momento de grandes transformações no corpo e na mente da mulher, mas também uma oportunidade para priorizar o autocuidado e adotar hábitos que promovem saúde e bem-estar. Embora os sintomas e desafios possam parecer intensos, existem estratégias eficazes para aliviar os desconfortos e fortalecer o organismo nesta nova fase.
A chave está na combinação entre acompanhamento médico especializado, uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e o manejo adequado do sono e do estresse. Além disso, cuidados complementares e mudanças no estilo de vida ajudam a garantir qualidade de vida e disposição para aproveitar cada dia ao máximo.
Aqui, você encontrará algumas orientações práticas e acessíveis para viver a menopausa com mais leveza, energia e confiança.
Consulta médica e terapia hormonal
O primeiro passo é procurar seu ginecologista, endocrinologista ou nutrólogo para avaliar seus sintomas e exames. A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser indicada para repor o estrogênio e a progesterona, aliviando ondas de calor, protegendo ossos e coração. Porém, essa decisão é individualizada e deve sempre contemplar riscos e benefícios.
Alimentação: o combustível do novo corpo
Priorize alimentos integrais: frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras (frango, peixe) e gorduras saudáveis (abacate, azeite).
Reduza açúcares e carboidratos refinados para controlar o peso abdominal.
Inclua fontes de cálcio (laticínios, espinafre, sardinha) e vitamina D (sol moderado) para fortalecer os ossos.
Consuma ômega-3 (salmão, chia) para diminuir inflamação e cuidar do coração.
Isoflavonas da soja podem ajudar a aliviar os fogachos.
Beba bastante água para combater o ressecamento.
Evite cafeína e álcool, que pioram os suores noturnos.
Faça refeições menores e frequentes para estabilizar o açúcar no sangue.
Exemplo prático: um smoothie matinal com banana, espinafre e iogurte grego é nutritivo, saboroso e energizante.
Exercícios físicos: movimente-se para rejuvenescer
Caminhadas diárias de 30 minutos aceleram o metabolismo, fortalecem o coração e elevam o humor.
Treinos de força (musculação, pilates) ajudam a manter massa muscular e ossos saudáveis.
Yoga e tai chi são aliados para o sono, relaxamento e redução do estresse.
Hidroginástica é indicada para quem tem dores articulares.
Comece com 3 sessões semanais e aumente progressivamente.
Sono e manejo do estresse: recupere sua energia
Crie rotinas para o sono: quarto escuro, fresco e sem aparelhos eletrônicos antes de dormir.
Pratique técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda.
Suplementos como magnésio (sementes de abóbora) e vitamina D auxiliam no sono e no humor.
Encontre hobbies prazerosos para diminuir a ansiedade e o estresse.
Cuidados gerais e suplementação
Não fume: o tabagismo pode antecipar a menopausa e aumentar riscos cardíacos.
Modere o consumo de álcool.
Faça check-ups anuais: mamografia, densitometria óssea e exames de colesterol.
Utilize lubrificantes à base de água para o ressecamento íntimo.
Busque apoio psicológico ou grupos para compartilhar experiências.
Consulte seu médico antes de usar suplementos ou fitoterápicos (como black cohosh).
Empodere-se e abrace a menopausa com confiança
A menopausa é um rito de passagem, um momento de redescoberta e cuidado consigo mesma. Apesar dos desafios ocasionados pela diminuição do estrogênio, como alterações no peso, coração, emoções e qualidade de vida, é possível viver essa fase com leveza, vigor e alegria.
Com alimentação adequada, exercícios, sono restaurador, acompanhamento médico e práticas de autocuidado, você pode emergir fortalecida, pronta para aproveitar hobbies, viagens e momentos com quem ama.
Você não está sozinha: milhões de mulheres passam por essa transformação e florescem!
Abrace essa nova versão de você com carinho, seu corpo e sua mente agradecerão.
Saúde
Farmacêutica brasileira amplia atuação em harmonização facial

A harmonização facial tem se consolidado como um dos procedimentos mais procurados no campo da estética, combinando conhecimentos científicos e técnicas voltadas para resultados equilibrados. Nesse contexto, a farmacêutica esteta Larissa Uua Pino tem construído uma trajetória marcada por formação especializada e experiência internacional.
Graduada em Farmácia pela Universidade São Judas Tadeu e pós-graduada em Farmácia Estética pela Nepuga Fapuga, Larissa direcionou sua carreira para a área estética após atuar em empresas do setor farmacêutico, entre elas Eurofarma, Hypera Pharma, Althaia Equaliv e Gaman Pharma. Nessas organizações, participou de áreas estratégicas ligadas a assuntos regulatórios, garantia de qualidade e pesquisa sensorial.
No campo clínico, desenvolveu prática em procedimentos como aplicação de toxina botulínica, preenchimento com ácido hialurônico, bioestimuladores, peelings químicos e terapias de rejuvenescimento. Sua formação inclui ainda cursos voltados para rinomodelação, otomodelação, protocolos pré e pós-operatórios e técnicas complementares, como microagulhamento e hidratação labial avançada.
A busca por atualização levou a profissional a realizar apimoramento na língua inglesa nos Estados Unidos, incluindo o Laurel College Center, em Maryland, onde teve contato com a língua diariamente.
Com trajetória que combina experiência acadêmica, atuação em indústrias farmacêuticas e prática clínica, Larissa integra um grupo crescente de profissionais brasileiros que investem em atualização constante e contribuem para o desenvolvimento da harmonização facial em diferentes contextos.
https://www.instagram.com/dralarissapino
(Foto: Divulgação)
Saúde
Áurea Favero: da nutrição à escrita com precisão e escuta

Áurea Favero é nutricionista e autora do livro Nutricionista e Louco Todo Mundo Tem um Pouco, lançado em 2025 com 315 páginas
A obra parte de uma premissa direta: “De nutricionista e louco, todo mundo tem um pouco”. Mais que provocativo, o título traduz o espírito do livro; um olhar crítico e acessível sobre os dilemas alimentares da vida real.
A autora combina formação científica com observação clínica, sem perder o contato com a experiência cotidiana de quem busca equilíbrio à mesa. “Nutrição não é sobre números ou moda. É sobre compreender o que o corpo precisa e oferecer isso com consciência”, afirma logo nas primeiras páginas.
A obra reúne relatos, análises e orientações que ajudam o leitor a identificar padrões, reconhecer armadilhas e tomar decisões com mais autonomia. “O que as pessoas mais precisam não é de mais informação, e sim de organização daquilo que já sabem e não conseguem colocar em prática”, observa.
Ao desmontar discursos idealizados e dietas radicais, Áurea propõe uma escuta ativa do corpo e uma abordagem mais funcional. Ela escreve para quem já tentou de tudo e não quer mais viver entre culpa e rigidez. “Olhar para os alimentos com outros olhos” é, para ela, o primeiro passo para uma relação mais lúcida com a comida.
Recentemente, a nutricionista tornou-se mãe de gêmeos, dois meninos, e já era mãe de um. Em entrevista exclusiva, falou sobre como a nutrição se torna ainda mais vital durante a gestação: “Não é só sobre o bebê, é sobre a mãe também. É o que sustenta emocionalmente, dá clareza, regula o sono, o humor e prepara o corpo para o que vem depois. Eu vivi isso intensamente.”
Com esse cruzamento entre maternidade e ciência, a escritora reafirma o que sempre defendeu: alimentação precisa ter base, mas também precisa se adaptar. “A teoria é valiosa, mas a prática exige flexibilidade. A vida real não tem menu fixo.”
Nutricionista e Louco Todo Mundo Tem um Pouco não oferece fórmulas. Oferece caminhos que pedem reflexão, escuta e coerência. Como ela mesma sintetiza: “Nutrir é escolher. E escolher exige saber para onde se quer ir.”
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Saúde
Conitec rejeita inclusão de canetas emagrecedoras no SUS

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou ao Ministério da Saúde não incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) a liraglutida e a semaglutida, princípios ativos de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras. O pedido de incorporação ao SUS foi feito pela Novo Nordisk, farmacêutica fabricante do Wegovy, que tem como princípio ativo a semaglutida.
Em nota, o ministério informou que as decisões da Conitec sobre a incorporação de medicamentos ao SUS “consideram as melhores evidências científicas disponíveis, abrangendo eficácia, segurança e análises de custo-efetividade”. Segundo a pasta, no caso da liraglutida e da semaglutida, o impacto financeiro estimado é de R$ 8 bilhões anuais.
O comunicado destacou ainda dois acordos de parceria firmados entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS para a produção da liraglutida e da semaglutida. Os acordos estabelecem a transferência de tecnologia da síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do medicamento final para Farmanguinhos, unidade técnico-científica da Fiocruz.
“Cabe ressaltar ainda a importância estratégica da ampliação da oferta de medicamentos genéricos. Essa medida estratégica estimula a concorrência, contribui para a redução de preços, amplia o acesso da população a tratamentos de qualidade e fortalece as condições para a incorporação de novas tecnologias ao SUS”, concluiu o ministério.
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Controle
Desde junho, farmácias e drogarias começaram a reter receitas de canetas emagrecedoras. Além da semaglutida e da liraglutida, a categoria inclui ainda a dulaglutida, a exenatida, a tirzepatida e a lixisenatida.
A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.
Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”.
Uso indiscriminado
A retenção do receituário de canetas emagrecedoras era defendida por entidades como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Em nota aberta, elas citam que o uso indiscriminado desse tipo de medicamento gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento.
“A venda de agonistas de GLP-1 sem receita médica, apesar de irregular, é frequente. A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém, não a retenção da mesma [receita] pelas farmácias. Essa lacuna facilita o acesso indiscriminado e a automedicação, expondo indivíduos a riscos desnecessários”, destacou o documento.