Economia
Microcrédito cresce 13% em Aracaju impulsionado pelo período de São João
A demanda por crédito para investir no próprio negócio no período junino provocou um incremento anual de 13% no volume da carteira de recursos concedidos pelo Santander Brasil a microempreendedores de Aracaju. Segundo dados de abril do Prospera, o programa de microcrédito do Banco, as mulheres são as que mais procuram essa modalidade de crédito, alcançando 74,4% do total dos clientes na capital sergipana.
Os números também reforçam a expansão do empreendedorismo em Sergipe. Entre janeiro e abril deste ano, o Prospera emprestou R$ 16 milhões aos empreendedores aracajuanos, atingindo uma carteira total de R$ 21,3 milhões. Esses valores estão distribuídos entre os 8,2 mil clientes do Prospera em Aracaju, público que cresceu 17% em relação ao mesmo período de 2023. A maioria deles está concentrada nos ramos de cosméticos, vestuário e beleza (cabeleireiro, manicure e pedicure).
“O Santander Brasil vem atuando em várias frentes para fomentar o empreendedorismo em Sergipe. Essa projeção do Banco, com um importante crescimento na carteira do Prospera em Aracaju, deve representar um impacto na geração de renda e novos negócios, além de solidificar aqueles já existentes em um período tão relevante para a região. Neste período, a cultura local respira os festejos juninos, e a economia pulsa com o crescimento nas vendas do comércio e no setor de serviços em geral”, destaca Paulo César de Lima Alves, diretor do Santander Brasil e responsável pela Rede Nordeste do Banco.
PROSPERA
O programa Prospera Santander Microfinanças faz parte da estratégia de bancarização e inclusão financeira com foco principal no microempreendedor informal. Atualmente, são mais de um milhão de clientes ativos. O Prospera Santander não possui uma agência física específica. No programa, o Especialista Prospera vai até o empreendimento do cliente e analisa a necessidade de crédito. Após a análise, o Especialista oferece as modalidades de crédito individual ou pelo aval solidário – no qual os tomadores de recursos são reunidos em grupos de quatro empreendedores, que se tornam responsáveis pela adimplência de cada um.
“O microcrédito do Prospera é uma linha barata e de fácil acesso. Por isso, microempreendedores optam por tomá-lo para comprar mercadorias, matéria prima e, até mesmo, investir na estrutura ou expansão do próprio negócio. Além da oferta do crédito, os clientes do Prospera contam com atenção personalizada de um especialista, que apoia na gestão empresarial e identificação de oportunidades, contando com a oferta completa de produtos do Santander para contribuir na sua jornada”, diz Fernando da Hora, head do Prospera Santander Microfinanças.
Economia
Bolsa sobe 0,37% e quase volta a bater recorde
Na contramão das incertezas no exterior, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de tranquilidade. Após duas quedas, a bolsa de valores voltou a subir e quase bateu recorde. O dólar fechou estável, mas registrou queda na semana.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta sexta-feira (14) aos 157.739 pontos, com alta de 0,37%. Por volta das 14h45, na máxima do dia, o indicador chegou aos 158,3 mil pontos, mas desacelerou nas horas finais de negociação, influenciado pelas incertezas nos Estados Unidos.
A bolsa brasileira está no segundo maior nível da história, só perdendo para terça-feira (12) pela diferença de apenas 10 pontos. Com alta de 2,39% na semana, o Ibovespa acumula alta de 5,49% em novembro.
O dólar comercial fechou a semana vendido a R$ 5,297, com recuo de apenas 0,02%. Apesar do fechamento estável, a cotação teve um dia de oscilações. Nos primeiros minutos de negociação, chegou a R$ 5,31, caiu para R$ 5,27 por volta das 13h e diminuiu a queda durante a tarde, com a pressão do mercado internacional.
A moeda estadunidense caiu 0,7% na semana. A divisa acumula queda de 1,54% em novembro e de 14,26% em 2025.
O mercado financeiro brasileiro começou o dia influenciado pelas incertezas em torno do shutdown (paralisação do governo) nos Estados Unidos. As ações das empresas de tecnologia pararam de cair, mas a possibilidade de que os dados de inflação e de emprego na maior economia do planeta jamais sejam divulgados tumultuou as bolsas estadunidenses.
O Brasil foi parcialmente beneficiado em meio a informações de que o governo Donald Trump suspenderia parte das tarifas comerciais sobre café, carne, frutas e outros produtos agrícolas. A expectativa de que as exportações de alimentos subam ajudou a segurar as pressões pela alta do dólar e de queda na bolsa.
* Com informações da Reuters
Economia
COP30: quarto leilão do Eco Invest terá foco exclusivo na Amazônia
Programa do governo que pretende mobilizar capital privado para projetos sustentáveis, o Eco Invest Brasil terá foco exclusivo na Amazônia na próxima rodada. O edital do quarto leilão do programa foi lançado nesta sexta-feira (14) em Belém, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

Previsto para o início de 2026, o novo leilão do programa pretende mobilizar até US$ 4 bilhões, combinando recursos públicos e privados por meio de um modelo de financiamento misto (blended finance). Por meio do capital catalítico, o governo e instituições financeiras privadas aportam recursos de forma filantrópica, com maior tolerância a riscos de mercado.
Nesse sistema, o capital catalítico considera não apenas o retorno de mercado, mas o retorno social dos projetos. Esse dinheiro consegue alavancar recursos para investimentos convencionais.
Coordenado pelos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Embaixada do Reino Unido, o programa integra o Plano de Transformação Ecológica, estratégia que busca posicionar o Brasil como líder na economia de baixo carbono.
Foco na “floresta em pé”
Pela primeira vez, o Eco Invest Brasil destinará recursos exclusivamente para a região amazônica. A quarta edição do programa pretende reforçar cadeias produtivas sustentáveis que gerem renda, inclusão social e competitividade diante de atividades associadas ao desmatamento.
A próxima rodada do Eco Invest Brasil foi desenhada para alcançar pequenas empresas, cooperativas, comunidades tradicionais e produtores locais, segmentos que costumam ter dificuldade de acessar financiamentos de maior porte.
Os projetos deverão ser apresentados em três setores prioritários:
- Bioeconomia: inclui cadeias da sociobiodiversidade, bioindústrias, insumos sustentáveis e restauração ecológica e produtiva;
- Turismo ecológico sustentável: iniciativas de ecoturismo voltadas à atração internacional de visitantes;
- Infraestrutura habilitante: investimentos em energia renovável descentralizada, conectividade digital, transporte e logística para apoiar cadeias produtivas locais.
Modelo financeiro e incentivo extra
O Tesouro Nacional emprestará recursos às instituições financeiras vencedoras a juros de 1% ao ano. Em contrapartida, essas instituições deverão captar um volume de capital privado quatro vezes maior que o valor recebido, sendo pelo menos 60% de origem estrangeira.
Os recursos poderão ser repassados aos projetos por meio de crédito direto ou via fundos, sempre combinados a instrumentos destinados a reduzir o risco para os financiadores.
Esta edição tem uma inovação: um incentivo adicional do Tesouro equivalente a 20% do valor levantado. O dinheiro deverá ser aplicado em finalidades específicas, como assistência técnica e capacitação em projetos mais complexos e arriscados, com foco em pequenos produtores.
O programa também contará com um instrumento de hedge (proteção) cambial. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Banco Central, oferecerá US$ 3,4 bilhões em derivativos (instrumentos no mercado futuro) para reduzir riscos de variação cambial, como alta excessiva do dólar, com operação prevista para começar no primeiro semestre de 2026.
Metas, cronograma e critérios
A expectativa do governo é mobilizar até US$ 1 bilhão em recursos públicos, incluindo o Fundo Clima e o BID, e até US$ 3 bilhões em capital privado. A documentação do leilão será publicada nos próximos dias. As propostas deverão ser apresentadas no início de 2026, quando também está previsto o anúncio dos vencedores.
Em caso de empate, serão considerados critérios como capacidade de alavancagem (capacidade de levantar valores além do montante recebido), potencial de bioindustrialização (indústria que converte matéria prima renovável em outros produtos) e volume de capital estrangeiro.
Histórico e resultados anteriores
Criado na COP28, em 2023, o Eco Invest Brasil integra o Plano de Transformação Ecológica.
O programa realizou três leilões, o primeiro em 2024. Juntos, mobilizaram mais de R$ 75 bilhões (cerca de US$ 13,16 bilhões), dos quais R$ 46 bilhões (US$ 8 bilhões) vieram de investidores estrangeiros. Segundo o Tesouro Nacional, o programa já gerou US$ 14 bilhões em compromissos de captação internacional.
Repercussão
Representantes do governo e de organismos internacionais destacaram o papel estratégico da nova rodada. Por meio de participação em vídeo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o leilão mostra que “a floresta em pé gera mais valor e mais oportunidades do que a devastação”.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que a iniciativa fortalece cadeias da sociobiodiversidade e do turismo sustentável, “criando oportunidades que gerem renda, inclusão e conservação da floresta”.
Para o presidente do BID, Ilan Goldfajn, o novo leilão completa a “arquitetura” pensada para o programa, ao reunir financiamento misto, liquidez, preparação de projetos e hedge cambial.
A enviada especial para o clima do Reino Unido, Rachel Kyte, afirmou que o Brasil demonstra liderança global ao “converter patrimônio natural em prosperidade sustentável”.
O governo prevê que, em 2026, o ritmo do programa seja menor, com um ou dois leilões. A prioridade, informou o Ministério da Fazenda, será o aprimoramento da governança dos projetos beneficiados, com um portal público de transparência dos resultados.
Economia
Pesquisa Black Friday: 25% dos consumidores ainda não definiram orçamento para compras
Levantamento do Kwai com mais de 20 mil usuários mostra que ainda há espaço para marcas influenciarem decisões na reta final, principalmente por meio de conteúdos em vídeos
Com a proximidade da Black Friday, uma das datas mais relevantes para o varejo brasileiro, uma pesquisa conduzida pelo Kwai – app de criação e compartilhamento de vídeos curtos – com mais de 20 mil usuários ativos na plataforma revela um cenário estratégico para marcas: 25% dos consumidores ainda não definiram o orçamento para compras na Black Friday 2025, e que conteúdos em vídeo já despontam como fator decisivo na escolha de produtos e exercem influência direta na decisão de compra.
De acordo com os usuários, conteúdos em vídeo como unboxings, dicas, avaliações e inspirações são os principais gatilhos de compra. Somente no Kwai, 39% disseram buscar por ofertas e promoções, 35% acompanham demonstrações de produtos, 18% já compraram motivados por anúncios ou promoções e 7% utilizam o conteúdo como inspiração para presentes e novas aquisições. Esse comportamento também reforça a relevância da plataforma como espaço de descoberta e conversão, especialmente para consumidores que ainda estão em fase de decisão.
Ainda segundo o levantamento, 28% das mulheres que revelaram intenção em participar da Black Friday não definiram o valor que planejam investir, índice acima da média geral. Esse recorte aponta também serem elas um público-chave para ações de comunicação e campanhas direcionadas, especialmente em categorias de alto interesse para a data.
“O levantamento confirma que o vídeo pode sim desempenhar papel estratégico na definição de compras, especialmente entre consumidores que ainda não estabeleceram seu orçamento. E a plataforma oferece às marcas a possibilidade de atuar de forma direcionada e relevante, influenciando decisões no momento crítico da jornada de compra”, afirma Vitor Yu, gerente geral do Kwai For Business, unidade de negócios da plataforma, que reúne recursos e ferramentas para empresas desenvolverem e inserirem conteúdo patrocinado no aplicativo.
Metodologia – A pesquisa foi realizada no aplicativo Kwai (in-app), entre 2 e 13 de junho de 2025, com a participação de 20.612 usuários ativos. As questões incluíram múltipla escolha e escolha única, com foco em mapear a intenção de compra e o papel do Kwai na decisão dos consumidores.

