Empresas & Negócios
MOOUI, marca de decoração infantil, anuncia sua expansão para mercados internacionais

Com nova base em Barcelona (ESP), loja atenderá clientes europeus a partir deste ano.
A MOOUI, marca pioneira no mercado de decoração infanto-juvenil, chega a 2024 com a decisão de expandir seus negócios para fora do Brasil a partir deste ano. Com uma reputação estabelecida por sua qualidade nos produtos, criatividade e compromisso com o desenvolvimento da criança, a empresa está pronta para levar sua expertise e seus produtos para novos mercados ao redor do mundo.
Esta expansão representa um marco significativo na história da empresa e abre portas para oportunidades de crescimento e desenvolvimento global. A empresa já tem, desde o começo deste ano, uma nova sede na cidade de Barcelona, na Espanha.
“A decisão de expandir para fora do Brasil reflete nossa visão de longo prazo e nosso compromisso em atender às necessidades dos clientes em escala global”, disse Thais Carballal, criadora da MOOUI. “Estamos entusiasmados com a perspectiva de oferecer nossos produtos para novos públicos e estamos comprometidos em manter os mesmos padrões de excelência que nos tornaram reconhecidos no mercado brasileiro. Fizemos algumas consultorias para entender a melhor forma de operar lá fora, de constituir essa empresa. O principal desafio é tirar do papel. Fazer todo esse planejamento, como a abertura de empresa, entender as legislações, entender impostos.” conta.
A expansão internacional da marca abrange todos os países, mas, no momento, segue focada em começar com o mercado europeu, principalmente França, Espanha, Reino Unido e Alemanha, principais mercados de e-commerce da Europa. “Já tivemos também muita solicitação para o leste europeu, para a Rússia, para o Oriente Médio, para a Ásia e Estados Unidos. Não excluímos nenhum contato. Estamos em processo de expansão porque acreditamos que não há produtos semelhantes disponíveis fora do Brasil, o que nos leva a identificar um mercado a ser explorado”, comenta.
A MOOUI já adaptou os produtos para o novo mercado. Eles já têm selos de qualidade, que são selos obrigatórios para entrar na Europa, entre eles o Standard 100 by OekoTex.”É necessário nos adaptar, uma vez que se trata de um cliente diferente, com hábitos distintos. Precisamos realizar essas mudanças para que eles possam se identificar com o material de marketing, sentindo-se representados no ambiente em que vivem. Já ajustamos também as nossas redes sociais, traduzindo as postagens e stories. Tudo se resume a uma questão de adaptação”, afirmou Thais.
A participação em feiras também é uma das principais estratégias da marca, que participou em janeiro da Playtime em Paris (FR), uma feira boutique que teve como principal foco a inovação.
“O impacto na feira foi enorme. Recebemos muitas visitas, fizemos bons contatos e fechamos pedidos importantes e relevantes. Cerca de 90% dos visitantes não estavam familiarizados conosco, portanto, foi fundamental estarmos presentes para sermos reconhecidos”, relatou Thais.
A empresa está ansiosa para estabelecer parcerias estratégicas, explorar novos mercados e proporcionar impacto positivo nas pessoas além das fronteiras nacionais. A MOOUI já tem uma equipe local em Barcelona para fazer atendimento aos clientes e aos lojistas (B2B e B2C), sempre com a equipe do Brasil para dar suporte.
“Para o primeiro ano, estabelecemos como objetivo atingir 10% do faturamento das vendas aqui no Brasil como meta de faturamento no exterior. Nossa meta é bastante ambiciosa, visando conquistar uma parcela significativa do mercado desde o início. Acreditamos que esse objetivo é viável devido à nossa equipe robusta, bem como à base de clientes existente que aguarda ansiosamente a operação local para concretizar suas compras”, comenta.
“Já estamos gerando receita, uma vez que finalizamos os pedidos e estamos alcançando esse número desde janeiro e fevereiro. Estamos bastante otimistas de que conseguiremos atingir essa meta. Além disso, temos estratégias específicas e contamos com alguns key accounts que pretendemos conquistar para ajudar a alcançar esse volume com mais tranquilidade.”
A sócia local, Thais Curti, traz consigo uma extensa experiência em estratégias B2B e no mercado infantil, agregando seu conhecimento à MOOUI para contribuir no desenvolvimento desse novo mercado.
“Estou entusiasmada em contribuir com o desenvolvimento da MOOUI nessa nova etapa. Estou comprometida em impulsionar o crescimento da empresa e estou ansiosa para trabalhar em conjunto com a equipe do Brasil para alcançar nossos objetivos comuns. Será um grande desafio e estamos prontos para isso”, comentou Thais Curti.
A MOOUI é uma marca que possui mais de 1.200 estampas já desenvolvidas e que transmite mensagens positivas para as crianças, para que, por meio delas, moldamos o mundo que queremos ter no futuro. De forma lúdica, diversos produtos da MOOUI abordam temas pertinentes à sociedade atual e prezam pela sustentabilidade com redução de embalagens, utilização de retalhos e preservação do meio ambiente por meio de boas práticas.
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FM Logistic cresce 22% na movimentação da Páscoa 2025

A FM Logistic, um dos principais operadores de logística e supply chain do mundo, tem se preparado para uma operação robusta na Páscoa de 2025, se consolidando como referência em logística e armazenagem para o setor de chocolates. Com foco em todo o Brasil, a empresa ampliou a capacidade de armazenagem para os produtos da época sazonal em quase 20 mil m², distribuídos entre as unidades de Anhanguera e Cajamar, em São Paulo.
De acordo com Pamela Martins, gerente sênior de desenvolvimento de negócios da FM Logistic, a expectativa é de um crescimento médio de 22% na movimentação em relação ao ano passado, com uma distribuição superior a 10 milhões de produtos diversos de chocolate.
“Para atender a essa demanda, a FM Logistic inicia seu planejamento com seis meses de antecedência, envolvendo todas as áreas da empresa, incluindo operações, recursos humanos, projetos, financeiro e TI. Além disso, a empresa conta com mais de 15 anos de experiência na operação de Páscoa, o que garante alta acuracidade de inventário e capacidade produtiva em curto prazo”, explica.
Segundo a executiva, a operação da Páscoa não se limita aos tradicionais ovos de chocolate, abrangendo também bombons, barras e kits diversos. O pico da movimentação ocorre em fevereiro, exigindo sinergia e rápida adaptabilidade para garantir que os produtos cheguem às gôndolas dos maiores varejistas em todo o território nacional.
“Para nossos clientes do segmento de chocolates e varejo, a Páscoa é a maior operação do ano. Com foco, expertise e dedicação conseguimos entregar uma logística eficiente e de alto desempenho, ano após ano”, destaca.
Este é o segundo ano consecutivo em que a FM Logistic realiza ampliações para atender às empresas fabricantes de chocolates. Investimentos constantes reafirmam o compromisso da empresa em oferecer soluções logísticas estratégicas que garantem eficiência e competitividade ao mercado.
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Universidade e Indústria: desafios e contradições na busca pela eficiência da inovação

por Ivan Ribeiro, Karini Borri e Diogo de Prince
Recentemente, tivemos um estudo publicado na revista britânica ‘Applied Economic Letters’. A pesquisa, desenvolvida como projeto do Centro de Estudos da Ordem Econômica (CEOE), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), trouxe à tona uma discussão fundamental sobre as diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a eficiência da inovação — entendida como a relação entre a quantidade de patentes e recursos aplicados em pesquisa & desenvolvimento (P&D).

Mesmo que os investimentos sejam expressivos e o número de patentes cresça, ainda se gasta muito para cada nova ideia – ou seja, os resultados são limitados em termos de eficácia.
O estudo também sugere que ecossistemas com menor intervenção governamental e maior competitividade estão frequentemente associados ao aumento na quantidade de patentes registradas e a maiores montantes de P&D. A abertura de mercado, individualmente, é insuficiente para gerar eficiência na inovação. É como se os países estivessem fazendo um uso parcial e limitado do ‘ranking’ da OCDE, pois usam o modelo de concorrência, mas não conseguem converter todo o esforço em resultados proporcionais.

O caso do Brasil ilustra perfeitamente a contradição. O país ocupa a 24ª posição em número de registros de patentes e o 15º em capital de P&D, mas, quando se analisa a eficiência desses investimentos, o posicionamento cai drasticamente, para 45° lugar. Um sinal claro de que, apesar dos esforços e recursos investidos, o retorno em inovação é insatisfatório.
Existe certa resistência quanto à aproximação entre instituições acadêmicas e o empresariado, como se fosse algo ilegítimo. -É preciso que as pesquisas feitas dentro da universidade tragam progressos para a sociedade. Caso contrário, apesar do grande volume investido em P&D, o Brasil continuará atrás no próprio ranking.
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Empreendedoras inovam e impulsionam economia do país apesar dos preconceitos

O empreendedorismo feminino avança no Brasil, mesmo diante de desafios persistentes, como o preconceito de gênero e o acesso desigual ao crédito. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empreass (SEBRAE), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 34% dos negócios no país são liderados por mulheres, o que representa mais de 10 milhões de empreendedoras.
Grande parte dessas mulheres começaram a empreender por necessidade. Ainda assim, construíram negócios criativos, inovadores e com alto potencial de crescimento. Porém, as barreiras são inúmeras. Uma das principais está no acesso ao crédito. Estudo do SEBRAE, com dados do Banco Central, mostra que empresas com lideranças femininas pagam, em média, juros de 40,6% ao ano, contra 36,8% para os homens. De acordo com o Sebrae, essa diferença configura uma relação de consumo desigual, marcada por preconceitos que refletem uma forma de “violência econômica e social velada”.
Apesar de apresentarem maior nível de escolaridade que os homens, as mulheres ainda ganham 22% menos, mesmo como proprietárias de seus negócios. Segundo a análise do Sebrae, as dificuldades são estruturais e envolvem desde o machismo no mercado até a sobrecarga de responsabilidades dentro e fora do ambiente empresarial.
Mesmo diante desse cenário, histórias de sucesso inspiram outras mulheres a empreender. É o caso da consultora Lilian Aliprandini, CEO da Acceta, uma das empresas que mais cresce no Brasil. Ela destaca que é possível aumentar os lucros com estabilidade mesmo diante dos desafios “É comum iniciar com medo e insegurança, sem saber se terá resultados. Você precisa acreditar no seu potencial, investir em capacitação e buscar redes de apoio. O empreendedorismo feminino é a força que move a economia”, pontua Lilian.
A empresária também destaca a importância das parcerias e dos colaboradores, bem como da busca por conhecimento constante. ”Capacitação é a chave! Quanto mais você aprende, mais segura se sente para tomar decisões importantes. E, principalmente, não caminhar sozinha. Participar de redes de apoio e trocar experiências com outras mulheres empreendedoras faz toda a diferença”, aconselha.
Ela reforça que o empreendedorismo feminino é, atualmente, uma força fundamental na transformação da economia brasileira “Fato é que as mulheres atuam em pequenos e grandes negócios e são fontes de inovação, criatividade e produtividade. É preciso reconhecer isso com políticas públicas, crédito justo e mais visibilidade”. Os pequenos negócios representam 97% do total de empresas no Brasil e são responsáveis por 26,5% do PIB nacional, movimentando os principais setores da economia, como serviços, comércio e indústria leve.
O caminho é desafiador, mas o protagonismo feminino no empreendedorismo é uma realidade que cresce a cada dia. “Não é fácil, mas é possível. Se você tem um sonho, comece! O primeiro passo é fundamental!”, finaliza Lilian.