Economia
Moradores do DF podem concorrer a 3 mil bolsas gratuitas para atuação em investimentos e produtos financeiros

O Santander Brasil está com inscrições abertas para o programa Santander Certificações, que oferece 3 mil bolsas de estudo voltadas à preparação para as certificações CPA-10, CPA-20 e CEA – credenciais essenciais para quem deseja atuar com investimentos e produtos financeiros no mercado brasileiro. A iniciativa é realizada em parceria com a Academia de Finanças Rafael Toro, referência na formação para o setor bancário.
Serão 800 vagas para o curso preparatório da CPA-10, 2.000 para a CPA-20 e 200 para a CEA. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://app.santanderopenacademy.com/pt-BR/program/santander-certificacoes-financeiras-2025?utm_source=Imprensa&utm_medium=Press-Release&utm_campaign=SOABR-Certificacoes25-Whatsapp . O candidato deverá realizar um teste de conhecimentos gerais. Os 3 mil candidatos mais bem ranqueados receberão gratuitamente o curso online da Academia Rafael Toro.
Além da preparação para as certificações da ANBIMA, os bolsistas também terão acesso a uma trilha complementar de desenvolvimento com cursos de Excel básico e intermediário, inteligência artificial aplicada ao mercado financeiro e um módulo especial com mentoria e orientações para entrevistas no setor bancário. A proposta é formar não apenas profissionais tecnicamente preparados, mas também mais competitivos e prontos para os desafios práticos da carreira no setor.
Ao final do curso, será aplicado um simulado oficial da prova da ANBIMA. Os participantes que obtiverem as melhores performances nessa etapa serão contemplados com vouchers que custearão 100% do valor da prova, também patrocinados pelo Santander. Isso significa que, além da capacitação, os alunos terão a oportunidade de concluir o processo de certificação de forma totalmente gratuita.
“Com esta iniciativa, buscamos democratizar o acesso à qualificação técnica exigida pelo mercado financeiro. O Santander quer abrir caminhos para que mais pessoas possam conquistar as certificações necessárias e se posicionar de forma competitiva nesse setor, independentemente de sua formação ou momento de carreira,” afirma Marcio Giannico, Senior Head de Governos, Instituições, Universidades e Universia no Brasil.
As certificações CPA-10 e CPA-20 são exigências mínimas para quem deseja atuar com a distribuição de produtos de investimento em agências bancárias ou plataformas digitais. Já a CEA é voltada a profissionais com perfil mais sênior, qualificados para assessorar clientes com maior volume financeiro e coordenar equipes de atendimento. No Santander, por exemplo, a certificação CPA-20 é obrigatória para se candidatar às vagas de assessoria de investimentos AAA, que atuam diretamente com a carteira de alta renda. Atualmente, o Banco conta com vagas abertas para atuar nesse segmento. Acesse as oportunidades https://santander.wd3.myworkdayjobs.com/pt-BR/SantanderCareers?q=assessor&locationCountry=1a29bb1357b240ab99a2fa755cc87c0e
As inscrições para o programa podem ser feitas até o dia 28 de julho por meio da plataforma Santander Open Academy. Para participar, é necessário ter mais de 18 anos e estar cursando ou já ter concluído graduação ou pós-graduação em qualquer área do conhecimento.
Economia
Haddad: governo tem plano para socorrer setores afetados por tarifaço

As áreas técnicas da equipe econômica e do Ministério das Relações Exteriores concluíram o desenho do plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pela imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos, revelou nesta quarta-feira (23) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As medidas serão levadas na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A área técnica dos três ministérios envolvidos [Fazenda, Indústria e Relações Exteriores] vão me apresentar amanhã os detalhes. Provavelmente semana que vem nós devemos levar para o presidente [Lula]”, afirmou o ministro, que não adiantou detalhes sobre nenhuma medida.
Elaborado com base nos parâmetros definidos por Haddad e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o plano de contingência ainda precisa ser avaliado pelos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Casa Civil, Rui Costa, antes de serem enviadas a Lula, que tomará a decisão final.
Dificuldades
Haddad reiterou que a prioridade do governo continua sendo a negociação com os Estados Unidos. O ministro, no entanto, admitiu que a Casa Branca está interditando qualquer debate.
“Nós [do Ministério da Fazenda] estamos falando com a equipe técnica da Secretaria do Tesouro [estadunidense], mas não com o secretário Scott Bessent”, disse Haddad. Alckmin tem conseguido falar com alguns secretários americanos, mas não tem recebido respostas da Casa Branca.
“A informação que chega é que o Brasil tem um ponto, o Brasil tem razão em querer sentar à mesa, mas que o tema está muito concentrado na assessoria da Casa Branca, daí a dificuldade de entender melhor qual vai ser o movimento [dos Estados Unidos]”, justificou Haddad.
Apesar das dificuldades, o ministro afirmou ainda ver espaço para negociações com o país, baseados nas experiências de acordos recentemente fechados com o Vietnã, o Japão, a Indonésia e as Filipinas. Haddad também citou avanços nas negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia como fator que pode estimular o Brasil.
“Houve boas surpresas em relação a outros países nos últimos dias. Podemos chegar à data de 1º de agosto com algum aceno e alguma possibilidade de acordo, mas para haver acordo precisa haver duas partes sentadas à mesa para chegar a uma conclusão. Não dá para antecipar um movimento que não depende só de nós, mas o Brasil nunca saiu da mesa de negociação”, acrescentou Haddad.
Governadores
O ministro elogiou a iniciativa de governadores em oferecer ajuda aos setores dos respectivos estados afetados pelo tarifaço do governo Donald Trump. No entanto, disse que as medidas de ajuda locais têm pouco alcance diante do impacto sobre as exportações brasileiras.
“Toda ajuda é bem-vinda, mas são movimentos um pouco restritos, não tem um alcance, porque uma linha de R$ 200 milhões, você está falando de US$ 40 milhões, enquanto estamos falando de US$ 40 bilhões de exportação”, afirmou Haddad.
O ministro referiu-se a uma linha de crédito de R$ 200 milhões anunciada nesta quarta pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Apesar do alcance restrito, Haddad reconheceu o esforço dos governadores de se mobilizarem em torno das empresas e dos setores econômicos afetados.
“É bom saber que os governadores estão mobilizados e percebendo, finalmente, que é um problema do Estado brasileiro. É bom notar que eles estão mudando de posição, deixando de celebrar uma agressão estrangeira ao Brasil. Isso é importante: caírem na real e abandonarem o movimento inicial que fizeram de apoio ao tarifaço contra o Brasil”, comentou.
Economia
Em dez anos, frota de motocicletas cresce 42% no país

A frota nacional de motocicletas cresceu 42% no período de uma década, de 2015 a 2024, ano em que o total de veículos motorizados de duas rodas atingiu 35 milhões no país. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Segundo os dados, o Brasil produz anualmente cerca de 1,8 milhão de unidades e é o sexto maior fabricante de motocicletas do mundo. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas estão aptas a conduzir motocicletas no país.
Nos últimos dez anos, os estados de Alagoas, do Amazonas e da Bahia foram os que registraram maior aumento no número de pessoas habilitadas para conduzir motos, com crescimento de 86,3%, 79,7% e 62,6%, respectivamente.
“O levantamento revela que esse avanço não se limita aos maiores centros urbanos nacionais: Alagoas, Amazonas, Bahia e Piauí lideram a lista, demonstrando que o uso da motocicleta tem se expandido por diversas regiões do país, especialmente fora dos principais polos econômicos”, destacou a Abraciclo, em nota.
Economia
Na OMC, Brasil diz que tarifas não podem ser usadas contra soberania

Representando o governo brasileiro na reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Fox-Drummond Gough, criticou o uso de “medidas comerciais unilaterais como instrumento de interferência nos assuntos internos de outros países”.
Durante o encontro, em Genebra entre os dias 22 e 23 de julho, foram debatidos, por iniciativa do Brasil, temas relativos à necessidade de respeito ao sistema multilateral de comércio baseado em regras.
“Infelizmente, neste exato momento, estamos testemunhando um ataque sem precedentes ao Sistema Multilateral de Comércio e à credibilidade da OMC. Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão interrompendo as cadeias de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, discursou o diplomata brasileiro.
Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento tarifário a ser aplicado a partir de 1º de agosto sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.
Nas manifestações, Trump tem associado a medida a supostas desvantagens comerciais na relação entre os dois países e, também, à forma como as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro têm sido conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Violação flagrante
Segundo Philip Fox-Drummond Gough, tais medidas unilaterais representam “violação flagrante dos princípios fundamentais que sustentam a OMC, essenciais para o funcionamento do comércio internacional”. Ele alertou sobre os riscos desse tipo de tratamento para a economia mundial, uma vez que mina coerências jurídicas e previsibilidade do sistema multilateral de comércio.
“Além das violações generalizadas das regras do comércio internacional – e ainda mais preocupantes –, estamos testemunhando uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como ferramenta para tentar interferir nos assuntos internos de terceiros países”, argumentou o diplomata brasileiro.
Reforma estrutural
Diante desse cenário preocupante, o Brasil voltou a defender que os países redobrem seus esforços em prol de uma reforma estrutural do sistema multilateral de comércio e da plena recuperação do papel da OMC.
“Continuaremos a priorizar soluções negociadas e a confiar em boas relações diplomáticas e comerciais. Caso as negociações fracassem, recorreremos a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo – e isso inclui o sistema de solução de controvérsias da OMC”, complementou.
Na sequência, o diplomata brasileiro disse que a incapacidade de encontrar soluções promoverá “uma espiral negativa de medidas e contramedidas que nos tornarão mais pobres e mais distantes dos objetivos de prosperidade e desenvolvimento sustentável”.
União das economias em desenvolvimento
Ao final, disse que o Brasil está pronto para começar a trabalhar em direção a uma reforma estrutural e abrangente da OMC, e defendeu a união das economias em desenvolvimento para lidar com a situação.
“As economias em desenvolvimento, que são as mais vulneráveis a atos de coerção comercial, devem se unir em defesa do sistema multilateral de comércio baseado em regras. Negociações baseadas em jogos de poder são um atalho perigoso para a instabilidade e a guerra”.