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Educação

MTE lança cursos profissionalizantes para quem não tem o ensino básico

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© Jose Cruz/Agência Brasil

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lançou nesta quinta-feira (10) um programa para oferecer inicialmente 25 mil vagas gratuitas em cursos profissionalizantes na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) em todo o país. Os cursos são para jovens entre 18 e 29 anos que precisaram abandonar a escola e não concluíram a educação básica: ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) e/ou ensino médio (1ª a 3ª série).

Cerca de10 milhões de jovens estão aptos a participar do programa. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o objetivo é aliar a elevação da escolaridade com a qualificação profissional, atendendo a demandas do setor industrial.

“Entre muito desafios, temos o desafio de qualificar melhor o nosso mercado de trabalho. Então é preparar para o ensino médio, para o ensino profissionalizante, para a universidade e preparar o mercado de trabalho para melhor remunerar os trabalhadores e trabalhadoras, porque há uma faixa, uma camada muito mal remunerada”, disse Marinho durante o lançamento do programa na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.

>>Quase 10 milhões de jovens sem ensino básico estão fora da escola

Realizada em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a iniciativa foi batizada como SEJA PRO+, e tem como slogan “Trabalho e Emprego”. O investimento previsto é R$ 200 milhões.

Pelas regras do programa, os cursos de formação e qualificação serão voltados para áreas que demandam mão de obra nas indústrias das localidades dessas pessoas e abordarão noções básicas de direitos dos trabalhadores.

Segundo a pasta, as primeiras 3 mil vagas estarão disponíveis na Bahia, nos municípios de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Camaçari, Salvador, Juazeiro, Jequié, Teixeira de Freitas, Luís Eduardo Magalhães e Ilhéus.

Segundo os Sesi, as inscrições começarão ainda este mês. Os interessados em acessar os cursos devem procurar a unidade do Sesi mais próxima ou acessar o portal do Sesi da Bahia.

Ao final do curso, uma lista com o nome dos alunos concluintes será encaminhada ao Ministério, que repassará às agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine), para inserir esses trabalhadores no mercado de trabalho.

Isenção do IRPF

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defende projeto de isenção do IRPF em tramitação no Congresso.  Foto-arquivo: José Cruz/Agência Brasil

Durante o lançamento do programa de cursos profissionalizantes, o ministro Luiz Marinho defendeu a proposta do governo de isentar do pagamento do Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil, enviado ao Congresso Nacional, em março pelo governo federal.

O projeto do governo também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. A matéria está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Segundo o Ministério da Fazenda, a isenção deverá gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,8 bilhões e será financiada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganham mais de R$ 50 mil por mês – ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país.

Marinho reafirmou que a medida não vai ter impactos para as empresas.

“É um processo de distribuição de renda, no imposto de renda da pessoa física, de quem tem uma renda pessoal de mais de um milhão de Reais ao ano. Não tem sobretaxa nas empresas. Temos que criar condições, nesse processo de redistribuição de renda, criar condições de as empresas pagarem menos impostos. Mas, nesse processo, é preciso que as pessoas milionárias, nesse país, paguem. Estamos falando de 141 mil pessoas nesse Brasil,” defendeu.

A estimativa é que mais de 10 milhões de brasileiros deverão ser beneficiados. Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta valerá a partir de 2026.

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Bahia

Entrar em uma religião sem preparo pode ser perigoso: o alerta do Babalawo Sergio ifatokun

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O crescente interesse por religiões afro-brasileiras e afro-diaspóricas, como o culto de Ifá, o Candomblé e a Kimbanda, tem chamado a atenção de estudiosos, sacerdotes e praticantes antigos. Embora esse movimento represente um avanço na valorização da espiritualidade ancestral, ele também traz um risco cada vez mais comum: pessoas se envolvendo nessas tradições sagradas sem o devido preparo, conhecimento ou orientação.

Segundo o Babalawo Sergio ifatokun — sacerdote de Kimbanda, Candomblé e iniciado no culto de Ifá, conhecedor profundo dos fundamentos religiosos —, esse fenômeno tem causado desequilíbrios, frustrações e, em muitos casos, experiências espirituais negativas que poderiam ser evitadas com mais consciência e responsabilidade.

> “Religião de matriz africana não é espetáculo, nem moda. É compromisso de alma, é aliança com os ancestrais. E todo compromisso exige preparação, escuta e entrega real”, alerta o babalawo.

O caminho espiritual exige iniciação e não improviso

Muitos chegam atraídos por promessas de resultados rápidos — amor, dinheiro, poder espiritual — sem entender que as religiões afro-brasileiras são sistemas completos, com liturgias próprias, regras, tempo de aprendizado e iniciações profundas.

No Ifá, por exemplo, a consulta ao oráculo é o primeiro passo. A partir dela, entende-se quem é a pessoa espiritualmente, quais forças regem seu destino (ori), e se ela está ou não pronta para uma iniciação. Pular etapas nesse processo é como construir uma casa sem fundação: os riscos são altos.

> “Se a pessoa não está preparada, o oráculo vai mostrar. Não se entra no culto por curiosidade. Se entra por chamado, por missão, e com a orientação certa”, afirma Ifatokun.

O mesmo vale para o Candomblé, que possui ciclos de aprendizado chamados de obrigações. Cada etapa — desde o bori (oferta à cabeça) até a feitura completa de santo — é um renascimento, um mergulho nos arquétipos e nos elementos que sustentam o axé (força vital) do iniciado.

As consequências de entrar despreparado

Entre os efeitos mais comuns para quem se inicia sem preparo ou com sacerdotes despreparados estão:

* Desconexão espiritual: a pessoa passa por um ritual sem compreender seu significado ou função espiritual, criando uma relação vazia com o sagrado.

* Confusão emocional e energética: rituais mal conduzidos podem desestruturar o equilíbrio do ori (mente espiritual) e causar desequilíbrio mental, emocional e até físico.

* Perda de recursos e tempo: falsas promessas levam muitos a gastar dinheiro com “iniciações expressas” ou “rituais mágicos” sem nenhum valor real.

* Rompimento com os ancestrais: em vez de se aproximar da ancestralidade, o iniciado sem preparo pode se afastar ainda mais dela, por não honrar os fundamentos corretos.

Além disso, o risco de cair nas mãos de falsos sacerdotes ou pessoas sem fundamento é real e crescente.

> “O verdadeiro sacerdote orienta, acolhe, prepara e ensina. Ele não pressiona ninguém a se iniciar, nem cobra valores abusivos. Ele entende que a espiritualidade é sagrada, e não comércio”, pontua o Babalawo.

Como saber se você está pronto para entrar em uma religião afro-brasileira?

Sergio Ifatokun oferece orientações práticas para quem sente o chamado, mas ainda está em dúvida ou busca fazer isso da maneira correta:

Busque conhecimento antes de qualquer ritual

Leia, participe de rodas de conversa, assista a palestras. Conhecer minimamente o sistema religioso é essencial para evitar enganos. Espiritualidade sem consciência é terreno fértil para frustração.

Faça uma consulta com oráculo legítimo

No caso do Ifá, a consulta com o opele ou os ikins indicará os caminhos e revelará se há ou não um chamado espiritual real. A consulta sempre vem antes da iniciação.

Observe o comportamento do sacerdote

Um verdadeiro líder espiritual é ético, discreto e transparente. Ele respeita seu tempo e sua liberdade. Desconfie de quem impõe decisões, usa o medo ou promete milagres imediatos.

Evite pressa. Espiritualidade é processo

Cada etapa tem seu tempo. Não se compare com outras pessoas ou com o que vê nas redes sociais. O que é certo para um pode não ser para você neste momento.

Desconfie de rituais “instantâneos”

Iniciação séria exige preparo, tempo e recolhimento. Quem oferece iniciações rápidas ou “pacotes espirituais” está, na maioria das vezes, longe da tradição verdadeira.

Conclusão: espiritualidade com consciência é proteção

A busca espiritual é legítima e bonita. Mas como ensina o Babalawo Sergio Ifatonun, entrar em uma religião é entrar em uma aliança com forças ancestrais que merecem respeito. Fazer isso com consciência, orientação e humildade é a única forma segura de trilhar esse caminho.

> “Religião não é para quem tem pressa. É para quem tem propósito. Antes de qualquer ritual, se conecte com o saber. Porque conhecimento é o maior escudo espiritual que alguém pode ter”, finaliza Ifatokun

Ifatokun – Sacerdote de Ifá, Kimbanda e Candomblé 

Ifatokun é um sacerdote altamente respeitado nas tradições espirituais afro-brasileiras, com mais de 20 anos de dedicação aos caminhos, Kimbanda e Candomblé, e também em Ifá. Sua trajetória é marcada por um profundo compromisso com a preservação e a transmissão dos ensinamentos ancestrais, guiando discípulos e consulentes em suas jornadas espirituais.  

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Educação

Com transmissão ao vivo pela internet, Fórum Diálogos na Educação debate humanização no ambiente escolar

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Carolina Pires
Carolina Pires

Evento gratuito está com inscrições abertas e terá palestra de abertura da psicanalista e escritora Elisama Santos, seguida de mesa redonda com profissionais da educação, além da apresentação do projeto vencedor do concurso cultural realizado pelo Instituto EP

 

A quarta edição do Fórum Diálogos na Educação, promovida pelo Instituto EP, acontecerá no dia 22 de maio, a partir das 9h, com o tema “Humanizar para se entender”. O evento gratuito voltado especialmente a educadores da Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II da rede pública terá transmissão on-line, ao vivo, entre 9h e 12h30. Educadores, professores e gestores podem se inscrever no Fórum e receberão, ao final, um certificado de participação.

Para a preparação desta edição, o Instituto EP realizou rodas de conversa com educadores em Campinas, Rio Claro, Hortolândia, Araras, Limeira, Piracicaba,

Capivari e Pirassununga. As rodas desempenham um papel essencial na valorização do educador e na identificação de questões importantes no ambiente escolar, que servem como base para definir o tema de cada edição do Fórum. Neste ciclo, foram identificados assuntos relacionados diretamente com humanização – clima, tecnologia, acessibilidade e inclusão, saúde mental e escuta afetiva – que serão discutidos na mesa redonda com especialistas durante o fórum.

“O termo “humanizar” nos lembra que, por trás de cada interação, processo e tecnologia, existem pessoas com emoções, histórias e significados únicos. Humanizar é enxergar o outro como um ser singular, cheio de valor e dignidade. É reafirmar que o que realmente nos define não é apenas a eficiência, mas nossa capacidade de sentir, acolher e transformar vidas. Essa abordagem valoriza a conexão genuína e o cuidado, tornando tudo mais humano e verdadeiro”, explica Renata Coutinho Nogueira, gerente do Instituto EP.

Programação

Com apoio institucional do PECEGE, Fundação Educar e Instituto Arcor, o Fórum acontecerá no PECEGE, no Parque Tecnológico de Piracicaba, com vagas presenciais limitadas para o período da manhã e inscrição obrigatória pelo site. No início do evento será apresentado o projeto vencedor do Concurso Cultural Boas Práticas na Educação, realizado pelo Instituto EP e selecionado entre diferentes projetos enviados por professores da educação infantil e do ensino fundamental da rede pública. O educador vencedor receberá um prêmio de R$ 6 mil, mesmo valor a ser entregue à escola onde o projeto é realizado. 

Na sequência, a psicanalista e escritora Elisama Santos fará uma palestra a partir das 9h30. Autora dos best-sellers “Educação não violenta”, “Por que Gritamos”, “Conversas Corajosas” e apresentadora do “SAC das Emoções”, no GNT, e do videocast “Tá com Tempo?”, Elisama é reconhecida por seu trabalho na área de educação e psicologia, abordando temas relacionados à convivência, respeito e métodos de educação que incentivam a convivência pacífica e o respeito mútuo.

A programação seguirá com uma mesa redonda com a participação de Danila Di Pietro Zambianco, mestra em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP; Kaká Werá, escritor e educador conhecido por seu trabalho de valorização da cultura indígena e por promover a educação com foco na diversidade e na história do Brasil; Andreia dos Santos de Jesus, educadora dedicada a criar processos educacionais inclusivos; e 

Claudio Thebas, educador, escritor e palhaço, reconhecido por criar projetos que promovem o contato, a empatia e a mudança positiva na sociedade, usando a arte do palhaço e a educação como ferramentas.

Os participantes do Fórum que estiverem no PECEGE poderão visitar a exposição “Máscaras Africanas: arte, cultura e ancestralidade”, com máscaras confeccionadas em técnicas diversas por professores de artes da rede municipal de Hortolândia, que utilizaram juta, contas de madeira, ráfia natural, fio de sisal, barbante, búzios, argolas e outros materiais. O projeto foi idealizado pelo coordenador Adelson Martins dos Santos, coordenador dos professores de arte. 

A transmissão das atividades no período da manhã será feita pelo site Diálogos na Educação – Compromisso com o futuro . O evento contará com tradução em libras e audiodescrição como recursos de acessibilidade.

Já no período da tarde, grupos de trabalho se reunirão de forma presencial, no PECEGE, para aprofundar, de forma prática, diferentes aspectos dentro do tema principal do evento, “Humanizar para se entender”. As vagas para os grupos são exclusivas para convidados e já estão preenchidas. Os facilitadores que irão conduzir os grupos são:

Grupo Conectar:

– Fábio Henrique Cogo e Gleice Marini de Souza, professores da rede estadual de ensino, em Piracicaba

Grupo Reconhecer:

Marilda Soares, professora doutora, coordenadora pedagógica do curso Educação e Transformação (Diálogos para Equidade/SESC) e professora associada e orientadora do MBA em Gestão Escolar (PECEGE/USP/ESALQ).

Grupo Integrar:

Valeria Tânia de Souza Pedroni: professora nas redes estadual e municipal de ensino

Grupo Escutar:

Claudio Thebas, educador, escritor e palhaço.

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Educação

Caixa amplia prazo para alteração em contrato do Novo Fies

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© Wilson Dias/Agência Brasil

A Caixa prorrogou o prazo para aditamento (alterações) dos contratos do Novo Fies, referentes ao primeiro semestre de 2025. Os estudantes de instituições de ensino superior têm até o dia 30 de junho para fazerem acréscimo de renovação semestral, transferência de curso ou de instituição, suspensão temporária e encerramento antecipado – manutenções consideradas obrigatórias. 

As alterações podem ser feitas pelo portal SifesWeb e pelo aplicativo Fies Caixa. 

Os estudantes também poderão solicitar o aumento do prazo de utilização do financiamento a partir do dia 1º de junho, a chamada dilatação, que é prolongar o prazo do auxílio caso o estudante não tenha concluído o curso até o último semestre previsto do financiamento. A mudança ficará disponível até 15 de julho.

Para efetivar o aditamento e solicitação de dilatação, os alunos devem estar em dia com os pagamentos de boleto único.

Aditamento

Conforme regras do Novo Fies, os contratos entre os alunos e a Caixa devem ser aditados semestralmente. A renovação é iniciada pela faculdade e deve ser validada pelo aluno.

O que pode ser feito 

Pelo Fies Caixa, os alunos podem solicitar a dilatação do prazo de utilização do contrato, validar o aditamento de renovação do contrato, visualizar e gerar boletos de parcelas em aberto, acessar dados cadastrados e solicitar a suspensão temporária do contrato.

Esses serviços também estão disponíveis no site SifesWeb.

Entenda  o Fies

O Fies é o programa do governo federal que concede financiamento a estudantes para cursarem graduação em instituições privadas com adesão ao programa e têm avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Pode se inscrever no processo seletivo do Fies e do Fies Social o candidato que atenda às seguintes condições:

  • Ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota no exame válida até o momento anterior à abertura das inscrições;
  • Ter obtido pontuação igual ou superior a 450 pontos na média aritmética das notas alcançadas nas cinco provas do Enem e nota superior a zero na prova de redação;
  • Não ter participado do exame como treineiro;
  • Ter condições de atingir a frequência mínima exigida para o semestre letivo referente ao primeiro semestre de 2025, no curso, turno e local de oferta da instituição de ensino superior onde deseja estudar.
  • Ter renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025) para o Fies;
  • No caso do Fies Social, inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 758, em 2025).

* Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão

Fonte

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