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Mulheres no Audiovisual promove empoderamento feminino por meio de oficinas gratuitas de produção de vídeos em Uruçuca (BA)

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Foto: Divulgação

Com a missão de valorizar o olhar da mulher contemporânea sobre a condição feminina na sociedade, o projeto MAV – Mulheres no Audiovisual oferece oficinas para pessoas com 15 anos ou mais, moradoras de Uruçuca, no interior da Bahia. Todas as atividades do curso são gratuitas e acontecem entre os meses de novembro e dezembro de 2023.

A iniciativa nasceu como uma resposta à necessidade de fomentar a inclusão e a atuação feminina no audiovisual e na Cultura, uma vez que as produções audiovisuais têm sido comandadas quase exclusivamente sob a perspectiva masculina ao longo dos séculos, com pouquíssimas referências à atuação de profissionais mulheres em sua construção.

Parte desta falta de representatividade por trás das câmeras se apresenta como resultado da desigualdade de gênero ainda existente no cenário cultural. Apesar de importantes políticas públicas e de esforços para tornar o consumo e o acesso à cultura menos desfavoráveis às mulheres brasileiras, o cenário ainda está distante do ideal.

Dessa forma, os principais objetivos do MAV são: despertar o interesse para a profissionalização através das atividades artísticas e técnicas desenvolvidas pelo projeto, fomentando a ocupação destes espaços tradicionalmente masculinos também por mulheres; contribuir para a valorização da mão de obra feminina no mercado de trabalho do audiovisual; ocupar artisticamente espaços públicos incentivando e fomentando a Cultura local; democratizar o acesso à Cultura buscando sempre atingir comunidades que não recebem rotineiramente projetos de caráter e qualidade semelhantes de forma gratuita.

Tanto do ponto de vista do ensino quanto da aprendizagem, as oficinas gratuitas de produção de vídeos buscam valorizar a narrativa do gênero feminino, tornando a prática mais convidativa, plural e potente.

O projeto ‘Mulheres no Audiovisual’ é uma ação cultural realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal. A execução em Uruçuca (BA) conta com apoios de Instituto Incentivar, Circo da Lua, Instituto Arapyaú, Barracão do Bairro Novo e Centro Educacional do Município de Uruçuca.


Atividades do projeto
A iniciativa promove uma palestra aberta ao público com o tema “Como Entrar no Mercado de Trabalho de Vídeos”. Além de apresentar um pouco sobre o contexto desse setor no país, a ideia do bate-papo é falar um pouquinho sobre a oficina e convidar a população a participar das atividades.

Já as oficinas de produção de vídeo do projeto acontecem em três diferentes turmas, entre os dias 21 de novembro e 1º de dezembro. As atividades da Turma 1 acontecem no Instituto Arapyaú, das 9h às 12h; da Turma 2, no Barracão do Bairro Novo, das 9h às 12h; e da Turma 3, no Centro Educacional do Município de Uruçuca, das 19h às 22h.

As participantes aprendem a prática do audiovisual voltada à roteirização, filmagem, captura de áudio, edição e planejamento para a produção de vídeo. O projeto oferece estrutura para que as alunas possam colocar em prática os conteúdos aprendidos como microfones, iluminação e tripés.

E, como forma de encerramento do projeto, está previsto um evento gratuito no dia 14 de dezembro, a partir das 15h, no Circo da Lua. Na ocasião, são entregues os certificados de conclusão das oficinas e exibidos os vídeos produzidos pelas participantes.

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Bahia

Cineclube Augusto Omolu exibe ‘Eleonora’, filme que aborda amor e etarismo no interior do Pantanal

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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira, 23 de setembro, às 9h da manhã, a Casa Augusto Omolu realiza mais uma exibição da segunda edição do Cineclube Augusto Omolu – Um Olhar para a Longevidade, com o curta-metragem “Eleonora”, da cineasta Lígia Tristão Prieto. A sessão é gratuita, com acessibilidade e será seguida de um bate-papo com os professores da ONG.

Produzido pelo Grupo Casa e filmado em Aquidauana (MS), o filme traz à tona reflexões delicadas e urgentes sobre amor, envelhecimento, preconceito e liberdade no contexto rural. Com 18 minutos de duração, a obra foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo e é classificada como livre.

Sinopse

No interior do Pantanal, Eleonora, uma mulher com mais de 60 anos, enfrenta o preconceito da sociedade local por viver sozinha e amar livremente. Entre o adeus a um amor do passado e a descoberta de um novo afeto com um homem mais jovem, a personagem ressignifica sua própria existência.

O curta propõe um mergulho na delicadeza do tempo, na força da autonomia feminina e na luta contra o etarismo, preconceito ainda invisibilizado, mas recorrente, sobretudo entre mulheres maduras.

Sobre a produção

Rodado em apenas quatro dias em locações como o Haras Campos Freire, as Furnas dos Baianos e a região de Piraputanga, o filme é um marco da produção independente do Centro-Oeste, reunindo uma equipe majoritariamente formada por mulheres e pessoas negras. A protagonista, Ana Lúcia Serrou, de 65 anos, estreia no cinema com uma performance emocionante e pessoal, que dialoga diretamente com sua vivência.

A sessão faz parte da programação do Cineclube Augusto Omolu, que desde 2023 vem promovendo acesso ao audiovisual, memória e debates sobre temas urgentes a partir do olhar das comunidades negras e periféricas de Salvador. Este ano a temática é a Longevidade e tratar das relações amorosas na terceira idade é premente para visibilizar aspectos vitais da existência que seguem sendo silenciados pelo etarismo, como o desejo, o afeto, o direito ao recomeço e à autonomia emocional das pessoas idosas.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

Serviço:
Data:
Terça-feira, 23 de setembro de 2025
Horário: 9h
Local: Casa Augusto Omolu – Baixa de Quintas, Salvador/BA
Filme: Eleonora
Entrada gratuita

Bate-papo com professores da Casa após a sessão

Mais informações: @cineclubeaugusto.omolu

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Bahia

Preta Gil será homenageada pelo Grupo Gay da Bahia com prêmio In memoriam

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Preta Gil (Foto: Alex Santana)
Preta Gil (Foto: Alex Santana)

A cantora, atriz e apresentadora Preta Gil ganhará uma homenagem emocionante, concedida in memoriam, na 13ª edição do Prêmio Ordem do Mérito Cultural da Diversidade LGBT+, no dia 5 de setembro, às 16h, no Terraço do Arquivo Público Municipal, em Salvador. Entre os 30 agraciados desta edição, o reconhecimento à artista marca a sua contribuição para a música e a cultura brasileira, além de destacar sua trajetória em defesa dos direitos humanos e da diversidade. 

Preta Gil sempre fez da sua voz uma trincheira contra o preconceito e a discriminação. Em 2006, foi madrinha da Parada do Orgulho LGBT+ da Bahia, e desde então se consolidou como uma aliada firme da comunidade. Sua postura pública, destemida e acolhedora, transformou-se em inspiração para milhares de pessoas que encontraram em sua arte e em suas palavras um espaço de reconhecimento e pertencimento. 

Filha do cantor e compositor Gilberto Gil, Preta construiu sua carreira com autenticidade e irreverência, transitando entre a música, a televisão e o ativismo. Ao longo dos anos, consolidou-se como símbolo de representatividade ao abordar sem tabus temas relacionados a identidade, liberdade e diversidade. Sua obra e sua presença no cenário cultural brasileiro seguem como legado vivo, que continua a ecoar mesmo após sua partida. Marília Gil, filha de Gilberto Gil e irmã de Preta, representará a homenageada.

A 13ª edição do Prêmio Ordem do Mérito Cultural da Diversidade LGBT+ reforça, assim, a missão do Grupo Gay da Bahia de unir história e futuro: lembrar as lutas que abriram caminhos e celebrar novos protagonistas que continuam a construir um Brasil mais justo, plural e inclusivo. A Semana da Diversidade Cultural LGBT+ de Salvador conta com patrocínio do Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador, Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil e InterPride.

Serviço

13º Prêmio Ordem do Mérito Cultural da Diversidade LGBT+

Data: 5 de setembro

Horário: 16h

Local: Terraço do Arquivo Público Municipal (Rua Portugal, nº 5, Comércio)

Gratuito

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Bahia

Fé em Xeque: Brasil e EUA na Encruzilhada da Liberdade Religiosa

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Zizi Martins é ativista da liberdade religiosa, destaca as problemáticas e desafios da liberdade religiosa no Brasil e nos Estados Unidos..

A liberdade religiosa é um direito natural positivado como fundamental nas constituições do Brasil e dos Estados Unidos há séculos. Porém, nos dias atuais, os cristãos enfrentam desafios significativos para manifestar sua fé, sendo alvo de ações e interpretações estatais que, em alguns casos, revelam um viés anticristão.

Segundo o Censo 2022 do IBGE, o Brasil é majoritariamente cristão, com 56,7% se declarando católicos e 26,9% evangélicos, forma significativa de representação política e cultural. Nos EUA, os cristãos, sobretudo evangélicos, também são maioria com ampla influência política.

Embora muito se fale em perseguição, ela não é apenas percepção, mas pode ser avaliada por meio de ações específicas do Estado que afetam a presença cristã.No Brasil, há registros de proibições de manifestações religiosas em escolas sob a justificativa de laicidade, enquanto outras expressões culturais e religiosas continuam permitidas, evidenciando um padrão de discriminação institucional. Também existem denúncias sobre o uso de recursos públicos para apoiar ONGs que promovem pautas contrárias aos valores cristãos, como no combate à “ideologia de gênero”. O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional legislação estadual que obrigava a presença de exemplares da Bíblia em escolas públicas e bibliotecas – decisão que simboliza a retirada da presença obrigatória da fé cristã em espaços públicos, embora a Bíblia possa continuar presente de forma não mandatória.

Nos Estados Unidos, vários casos judiciais demonstram restrições ao exercício da fé cristã, como a proibição de orações oficiais em espaços públicos e a remoção judicial de símbolos religiosos cristãos, como presépios e cruzes, mesmo em locais com tradição histórica cristã. Litígios contra igrejas que recusaram prestação de certos serviços contrários às suas crenças também marcam o cenário.

Enquanto os EUA mantêm uma democracia representativa consolidada, em que o marco legal da liberdade religiosa é respeitado e menos vulnerável à interferência judicial excessiva, o Brasil enfrenta uma maior judicialização da política, com decisões que impõem restrições sem o aval do parlamento, caracterizando uma “juristocracia” que dificulta a plena expressão democrática e a segurança jurídica.

Esse fenômeno no Brasil está diretamente relacionado ao neoconstitucionalismo, corrente jurídica que atribui à Constituição um papel central e vinculativo absoluto, conferindo aos tribunais um papel ativo na interpretação dos direitos fundamentais, muitas vezes de forma dinâmica e flexível para atualizar o direito segundo novos valores sociais. O neoconstitucionalismo enfatiza a aplicação de princípios constitucionais como normas jurídicas concretas, promove a ponderação entre direitos e a abertura da interpretação à moral e à justiça social, o que amplia o alcance e a influência do Judiciário sobre as políticas públicas. Essa abordagem fortalece a judicialização da política e pode restringir decisões tomadas pela democracia representativa formalmente constituída.

Nos Estados Unidos, em contraste, a Suprema Corte (Supreme Court of the United States) é majoritariamente composta por juízes que adotam o originalismo constitucional, defendendo a interpretação da Constituição conforme o entendimento dos fundadores no período da promulgação. Esse método busca limitar a intervenção judicial e respeitar o papel do Legislativo, mantendo uma postura mais restrita sobre mudanças políticas e sociais via decisões judiciais. Embora haja reconhecimento que nenhuma interpretação é inteiramente desvinculada do contexto social, o originalismo atua para impedir a expansão desmedida da jurisdição e preservar o equilíbrio entre poderes.

É crucial preservar a democracia representativa porque ela é o meio legítimo para a maioria fortalecer e proteger o marco legal que assegura a liberdade de crença e culto. Relativizar essa democracia implica transferir decisões cruciais para tribunais, agências e instituições acadêmicas desprovidas da legitimidade popular, como ocorre no Brasil. Diferentemente, nos EUA, o sistema é mais equilibrado, mantendo a soberania popular e o respeito aos processos legislativos.

Esses exemplos reforçam que a liberdade religiosa dos cristãos está no centro de tensões políticas e jurídicas tanto no Brasil quanto nos EUA, com sua proteção dependendo do delicado equilíbrio entre democracia representativa e a atuação judiciária contida pelos limites constitucionais e, por isso histórica e socialmente responsável.

Zizi Martins é ativista da liberdade, atuando como vice-presidente do Conselho Administrativo da ANED, membro do IBDR, diretora e membro fundadora da Lexum. Advogada, Procuradora do Estado da Bahia, Especialista em Direito Administrativo (UFBA), Especialista em Direito Religioso (Unievangélica), Mestre em Direito (UFPE), Doutora em Educação (UFBA), Pós-Doutora em Política, Comportamento e Mídia (PUC/SP). Atua também como consultora e pesquisadora em liderança e gestão pública, além de comentarista política.*

Instagram: @zizimartinsoficial | Facebook: Zizi Martins | LinkedIn: Alzemeri Martins | X: @zizimartinss

 

 

 

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