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Na casa dos clássicos: conheça a vida dos autores brasileiros para além do cânone

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Foto: Divulgação / Carlos Costa

Talvez você conheça Mário de Andrade por ter publicado “Macunaíma”. Mas sabia que, além de gostar de carnaval e cachaça, ele adorava seus sobrinhos e promovia as brincadeiras nos eventos da família? Ou lembrava que Euclides da Cunha, consagrado por “Os Sertões”, foi morto após um crime passional e até hoje ninguém tem certeza sobre quem era o verdadeiro culpado? São estes acontecimentos curiosos que o pesquisador Carlos Costa apresenta no livro Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira.

A obra conduz os leitores pelos bastidores das vidas dos nossos cânones literários, no intuito de mostrar que, por trás de seus feitos extraordinários, há pessoas comuns. Ao condensar mais de uma década de pesquisa na publicação, o autor expõe os grandes nomes da literatura brasileira por meio de um ângulo que não está presente no ensino das escolas tradicionais e, por isso, talvez seja um conhecimento de difícil acesso às pessoas.

Com linguagem coloquial, Carlos Costa desperta a atenção do público interessado nas trajetórias íntimas dos famosos, ao mesmo tempo que propaga informações sobre a produção literária no Brasil. Para isso, ele delimita uma linha do tempo: narra histórias desde o século XVI, quando Pero Vaz de Caminha registrou em uma carta suas impressões sobre a terra ainda desconhecida aos europeus, até meados da década de 1920, com o marco da Semana de Arte Moderna em São Paulo.

Pagu queria sair de casa, mas não tinha idade para isso. Pediu ajuda a Tarsila e Oswald, que prometeram ajudá-la. O plano era o seguinte: Pagu casar-se-ia formalmente com um primo de Tarsila, viajariam em “lua de mel” para Santos, e de lá cada um seguiria seus caminhos. E assim foi feito. Pagu seguiu para a Bahia e o quase quarentão Oswald foi atrás… Quando voltou, Tarsila já sabia do romance dele com Pagu. Soube através de um pai de santo que Oswald levara para casa a fim de espantar as coisas negativas. Ou seja: soube por um desconhecido. Estava tudo acabado: Tarsiwaldo, o casal ícone do modernismo, não existia mais. (Escritores são humanos, pg. 438)

Entre as páginas, é possível encontrar fatos inusitados sobre Gregório de Matos, José de Alencar, Álvares de Azevedo e outros. A partir das narrativas, o pesquisador revela quem eram os autores “da porta de casa para dentro” e, sem fazer juízos de valor sobre o que é certo ou errado, desmitifica o aspecto de divindade atrelado à imagem de figuras célebres. No texto, temas sensíveis e atuais são abordados, como feminicídio, racismo, preconceitos sociais e corrupção política.

Carlos explica: “Várias são as referências, os exemplos de homens e mulheres que viraram sinônimo de tenacidade, criação, talento e coragem. Mas essas pessoas não são estátuas, elas são humanas, de carne e osso, com erros e acertos. Por trás desses cânones, havia pessoas de chinelo nos pés, que espirravam, transpiravam suor azedo, tinham preconceitos, sentiam frio, medo, ciúmes e raiva”.

FICHA TÉCNICA
Título: Escritores são humanos: histórias cotidianas da literatura brasileira
Autor: Carlos Costa
Editora: Cepe
ISBN: 978-65-5439-158-0
Páginas: 512
Preço: R$ 60 (físico)
Onde encontrar: Cepe Editora

Sobre o autor: Formado em Psicologia e em Letras, Carlos Costa é pós-graduado em Linguística e se dedica à pesquisa sobre literatura brasileira. Em paralelo, foi psicólogo clínico, trabalhou durante anos com informática e agora é servidor público federal. Nasceu em Parnaíba, no Piauí, e mora em Olinda, em Pernambuco.

Redes sociais: Instagram

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Lançamento da obra “Direito Internacional e Economia Digital” reúne especialistas na Livraria da Vila

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Foi realizado na noite do dia 26/06, na Livraria da Vila, em São Paulo, o lançamento da coleção “Direito Internacional e Economia Digital”, publicação da Editora GZ. O evento reuniu juristas, acadêmicos e profissionais do direito em um encontro que destacou os principais desafios e transformações trazidos pela economia digital no cenário jurídico internacional.

A obra, coordenada pelos renomados professores Gustavo Monaco e Anna Carolina Pinho, reúne contribuições de diversos especialistas da área, entre eles a advogada **Roberta de Amorim Dutra, sócia da Advocacia Amorim & Rodrigues, que participou como coautora. Sua colaboração reforça o papel da advocacia brasileira na discussão de temas como regulação digital, proteção de dados, tributação e contratos transnacionais no ambiente virtual.

Dividida em três volumes, a coleção oferece uma análise aprofundada sobre as novas fronteiras do direito internacional diante das inovações tecnológicas e da crescente interconexão entre mercados e jurisdições.

O evento marcou não apenas o lançamento da obra, mas também um importante momento de integração entre teoria e prática jurídica, reafirmando o compromisso da comunidade acadêmica com a atualização constante frente às dinâmicas do mundo digital.

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Livro de Lucas Lucco propõe um mergulho emocional na poesia

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Repleta de sentimentos, obra será lançada em novembro pela editora Planeta de Livros

 

O cantor e compositor Lucas Lucco vai lançar seu primeiro livro de poesias. Intitulado “Emoccionado”, a obra tem previsão de chegar às livrarias em novembro deste ano pela editora Planeta de Livros.

Conhecido por suas letras românticas e sua conexão emocional com o público, Lucas mergulha agora no universo literário com uma coletânea de poemas escritos ao longo dos anos. Segundo o artista, muitos dos seus versos nascem antes mesmo das melodias – e nem todos acabam se transformando em canções. “Quase sempre, minhas composições musicais começam como poemas. Mas nem sempre os poemas se tornam músicas”, revela.

“Emoccionado” surgiu da necessidade de expressar sentimentos profundos e de dar voz a dores, amores e reflexões que o cantor não conseguiu traduzir em música. “Esse livro nasceu também do excesso. Do que eu senti e não consegui cantar, nem guardar”, conta.

Com textos que falam sobre o amor, a perda, o tempo e a distância, Lucas afirma que a obra vai além de um livro romântico. “Muita gente vai achar que é um livro de amor. Mas é mais que isso. É um livro sobre sentir demais. Sobre ser chamado de emocionado e aceitar isso como identidade. Porque foi isso que me disseram que eu era, e foi isso que me salvou”, afirma Lucas.

Para o artista, a escrita foi uma forma de cura e autoconhecimento – e ele espera que os leitores também se sintam tocados pela sinceridade das palavras. “Se um texto desses tocar alguém do jeito que me tocou ao escrever… então já valeu.”

O lançamento de “Emoccionado” marca um novo capítulo na trajetória de Lucas Lucco, agora também como autor. Mais do que uma estreia na literatura, o livro é um reflexo do artista que o público já conhece – sensível, intenso e guiado por emoções verdadeiras, traços que conquistaram milhares de fãs ao longo de sua carreira.

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Junior Rostirola relança “Encontrei um Pai” em edição especial e reforça mensagem sobre paternidade e propósito

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Obra que marcou a trajetória do autor ganha nova roupagem pela Editora Vélos, com proposta de ser uma ferramenta no processo de cura da orfandade emocional

Conhecido por transformar dor em propósito, o autor best-seller Junior Rostirola relança um dos livros mais importantes de sua trajetória: “Encontrei um Pai”. A obra, que marcou sua estreia no mercado editorial, chega agora em uma edição especial, com capa dura, acabamento refinado e conteúdo revisado e ampliado.

Mais do que uma biografia, o livro traz uma profunda reflexão sobre paternidade, propósito e destino — três pilares que guiam não apenas a vida do autor, mas também a transformação de milhares de leitores que encontram na obra inspiração para ressignificar suas próprias histórias. A simbologia da ponte na nova capa reflete essa travessia: da dor para a cura, da rejeição para o amor, da orfandade para a paternidade plena em Deus.

A obra chega ao mercado em uma edição especial pela Editora Vélos, com nova capa, acabamento premium em hot stamping dourado e conteúdo revisado, sem perder sua essência: ser uma ferramenta prática no processo de cura emocional e espiritual. “O objetivo desta obra não é simplesmente relatar uma trajetória de superação pessoal, mas atuar como uma ferramenta no processo de cura da orfandade e, consequentemente, de tudo o que ela gera — como medo, insegurança, sentimento de rejeição, vícios e tantos outros males”, afirma o autor.

Nascido em um lar disfuncional, marcado pela violência, abandono e rejeição, Junior viveu na pele os impactos da ausência de um pai. Foi na fé que encontrou não apenas o sentido da vida, mas também a figura de um Pai amoroso, presente e restaurador: Deus. Esse reencontro redefiniu sua trajetória e se tornou base de todo o seu trabalho ministerial e social.

Bacharel em Teologia e pós-graduado em Teologia Bíblica, Junior também é autor do best-seller “Café com Deus Pai”, obra que conquistou o coração dos leitores e foi reconhecida pela Revista Veja e pelo PublishNews como o livro mais vendido no Brasil em 2023 e 2024, ultrapassando a marca de 6 milhões de exemplares vendidos.

Em “Encontrei um Pai”, Junior não fala apenas da sua história, mas conduz o leitor a refletir sobre como romper com os ciclos de dor, abandono e rejeição. O livro mostra que a verdadeira paternidade transcende vínculos biológicos e se manifesta no amor, no cuidado e no propósito.

“Esse não é um livro sobre o meu passado. É sobre o seu futuro. Sobre entender que é possível sair da orfandade emocional, curar as feridas e acessar um destino de plenitude, alinhado com o propósito para o qual cada um de nós foi criado”, ressalta.

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