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Estilo de Vida

Nascimentos no país atingem em 2022 menor patamar em 45 anos

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Maternidade
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil registrou 2.542.298 nascimentos em 2022, segundo dados das Estatísticas de Registro Civil divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é 3,5% menor do que o registrado em 2021 (2.635.854) e 10,8% abaixo da média dos dez anos antes da pandemia de covid-19, de 2010 a 2019 (2.850.430). Essa é a quarta redução consecutiva nos nascimentos registrados, que atingiram o menor patamar desde 1977, ou seja, em 45 anos.

“A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos censos demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, afirma a pesquisadora do IBGE Klívia Brayner

Foram observadas quedas, de 2021 para 2022, em todas as regiões do país, com destaques para as regiões Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%). Entre as 25 unidades da Federação, as principais reduções ocorreram na Paraíba (-9,9%), no Maranhão (-8,5%), em Sergipe (-7,8%) e no Rio Grande do Norte (-7,3%).

Os únicos estados com aumento no número de nascimentos no período foram Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%).

Os meses com maiores números de nascimentos registrados em 2022 foram março (233.177) e maio (230.798). Outubro registrou o menor número: 189.003.

O IBGE também constatou que houve recuo na participação das mães com até 29 anos entre o total de nascimentos, entre 2000 e 2022. Por outro lado, as mães com 30 anos ou mais aumentaram sua participação.

De acordo com os dados apresentados nesta quarta-feira, as mães com menos de 20 anos respondiam por 21,6% dos nascimentos em 2000, passando para 18,5% em 2010 e para 12,1% em 2022. A mesma tendência ocorreu com as mães entre 20 e 29 anos, que passaram de 54,5% em 2000, para 53,1% em 2010 e 49,2% em 2022.

A parcela das mães com 30 a 39 anos, por outro lado, subiu de 22% em 2000 para 26,1% em 2010 e 34,5% em 2022. As mães com 40 anos ou mais respondiam por 2% dos nascimentos em 2000, passando para 2,3% em 2010 e 4,2% em 2022.

O total de nascimentos ocorridos e não registrados no Brasil em 2021 foi estimado em 55.511, ou seja, 2,1% do total.

Óbitos

A pesquisa também revelou que o Brasil registrou 1,5 milhão de mortes em 2022, uma queda de 15,8%, ou seja, 281,5 mil a menos em relação ao ano anterior. A queda das mortes é um efeito da imunização da população contra a covid-19.

O ano de 2021 tinha registrado recorde de mortes (1,78 milhão), na série histórica da pesquisa, iniciada em 1974. Ainda assim, 2022 teve aumento dos óbitos em relação a 2019, ano pré-pandemia (1,31 milhão de mortes).

No início de 2022, a covid-19 ainda afetou o número de mortes, devido à variante ômicron. Janeiro teve um total de 161,18 mil óbitos, o quinto mês com maior mortalidade da pandemia, ficando atrás apenas do período de março a junho de 2021.

Um dado que chama a atenção em relação a 2022 é o aumento do número de mortes para a população com menos de 15 anos. O crescimento chegou a 7,8% em relação a 2021 para as pessoas com até 14 anos. Entre as crianças de 1 a 4 anos, a alta foi ainda maior (27,7%).

Para Klívia, o aumento das mortes nessa faixa etária pode ter relação com a vacinação tardia de crianças e adolescentes contra a covid-19, já que entre as principais causas dos óbitos estão doenças respiratórias como gripe, pneumonia, bronquiolite e asma.

 

Fonte: Agência Brasil

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Saúde

Receita retida: entenda como fica a venda de canetas emagrecedoras

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© REUTERS/Hollie Adams/Proibida reprodução

Farmácias e drogarias de todo o país passaram a reter receitas de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras. A categoria inclui medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Wegovy.

A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias depois.

Com a mudança, a prescrição dos medicamentos passou a ser feita em duas vias e a venda só pode ocorrer com a retenção da receita nas farmácias e drogarias, assim como acontece com antibióticos.

A validade das receitas médicas de canetas emagrecedoras, segundo a Anvisa, é de até 90 dias a partir da data de emissão, período durante o qual o pedido pode ser utilizado pelo paciente.

Farmácias e drogarias, por sua vez, devem incluir, no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, a escrituração da movimentação de compra e venda dos medicamentos.

Off label

Ainda de acordo com a Anvisa, a mudança não altera o direito do profissional médico de prescrever canetas emagrecedoras para finalidades diferentes das descritas na bula – prática conhecida como uso off label.

“É uma decisão tomada com responsabilidade pelo médico e sempre com o devido esclarecimento ao paciente, garantindo que ele esteja bem-informado sobre o procedimento”, informou a agência.

Uso indiscriminado

A retenção do receituário de canetas emagrecedoras já era defendida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, pela Sociedade Brasileira de Diabetes e pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Em nota aberta, as entidades citam que o uso indiscriminado desse tipo desse tipo de medicamento gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento.

“A venda de agonistas de GLP-1 sem receita médica, apesar de irregular, é frequente. A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém não a retenção da mesma pelas farmácias. Essa lacuna facilita o acesso indiscriminado e a automedicação, expondo indivíduos a riscos desnecessários”, destacou o documento.

Versões manipuladas

Em fevereiro, as entidades divulgaram outra nota na qual alertam sobre “graves riscos” associados ao uso de medicamentos injetáveis de origem alternativa ou manipulados para tratar obesidade e diabetes.

“Medicamentos biológicos, como a semaglutida e a tirzepatida, exigem processos rigorosos de fabricação para assegurar que o organismo utilize e metabolize a substância de forma eficaz e segura. Essas moléculas são administradas por injeções subcutâneas, o que demanda padrões rigorosos de esterilidade e estabilidade térmica.”

O uso de versões alternativas ou manipuladas, segundo a nota, figura como “prática crescente, preocupante e perigosa” e carece de bases científicas e regulatórias que garantam eficácia, segurança, pureza e estabilidade do produto, “expondo os usuários a sérios riscos à saúde, pois não passam pelos testes de bioequivalência necessários, tornando impossível prever seus efeitos no corpo humano”.

Dentre as recomendações que constam na nota está:

– que profissionais de saúde não prescrevam semaglutida ou tirzepatida alternativas ou manipuladas. “Apenas utilizem medicamentos aprovados por agências reguladoras, com fabricação industrial certificada e vendidos em farmácias”;

– que pacientes rejeitem tratamentos que incluam versões alternativas ou manipuladas dessas moléculas – incluindo vendas diretas em sites, aplicativos ou em consultórios – e busquem alternativas aprovadas pela Anvisa;

– que órgãos reguladores e fiscalizadores, em especial a Anvisa e os conselhos de medicina, intensifiquem ações de fiscalização sobre todas as empresas e pessoas envolvidas na prática.

 

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Saúde

Neuropediatra especializada em autismo estabelece residência em Fortaleza

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Fortaleza acaba de ganhar uma importante aliada na atenção à infância e ao diagnóstico precoce de transtornos do neurodesenvolvimento. A neuropediatra Angélica Ávila, reconhecida por sua atuação especializada no atendimento a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fixou residência na capital cearense, ampliando sua presença no estado e fortalecendo laços com as famílias que já acompanhava em sua agenda regular na cidade.

Mais do que uma mudança geográfica, a permanência em Fortaleza representa a consolidação de uma proposta de cuidado que vai além do consultório: segundo a médica, cada consulta é uma oportunidade de oferecer suporte real e construir, junto com os cuidadores, um percurso mais leve, embasado em informação, conexão e acolhimento.

“Meu trabalho é centrado na criança e na família. É comum que, diante do diagnóstico de TEA, surjam muitas dúvidas, angústias e também expectativas. Por isso, considero essencial criar um espaço seguro, onde os pais se sintam escutados e acolhidos. O tratamento começa aí”, explica a neuropediatra.

Um olhar que nasce da experiência

O diferencial de Angélica está em sua abordagem integral, que une rigor científico com empatia e uma escuta qualificada. Mais do que uma escolha profissional, a forma como conduz os atendimentos tem raízes pessoais profundas. “Essa forma de cuidar nasceu da minha própria história. Cresci ao lado do meu irmão, que só foi diagnosticado com autismo na vida adulta. Durante anos, minha família percorreu um caminho difícil, sem direcionamento, enfrentando muito sofrimento que poderia ter sido evitado”, compartilha.

Segundo a médica, muitas das comorbidades que o irmão apresenta hoje poderiam ter sido prevenidas com um diagnóstico precoce e acompanhamento adequado. Essa vivência, conta, transformou sua trajetória médica em uma missão: fazer com que outras famílias não passem pelo mesmo. “Meu objetivo é que ninguém se sinta sozinho diante do diagnóstico. Quando unimos acolhimento e conhecimento, o caminho pode ser mais leve — porque a jornada já é, por si só, bastante complexa.”

Compromisso com o cuidado

Agora estabelecida em Fortaleza, Angélica Ávila pretende ampliar sua atuação local e aprofundar o vínculo com a comunidade, promovendo também iniciativas de formação, orientação e escuta ativa para pais, educadores e profissionais da saúde. “A empatia não pode ser apenas discurso. Ela precisa ser prática, constante, um compromisso real com o cuidado”, reforça.

Com a presença da médica em tempo integral na cidade, Fortaleza passa a contar com uma especialista que une excelência clínica, vivência pessoal e uma abordagem humanizada para atender uma das maiores demandas da infância contemporânea: o acompanhamento qualificado e afetivo para crianças com autismo e suas famílias.

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Saúde

Centro de diagnósticos para câncer aumenta capacidade do SUS

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

Com a inauguração de um centro de diagnósticos do Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e com o hospital AC Camargo, na capital paulista, o sistema público poderá realizar mais 400 mil exames por ano, analisando amostras para câncer. A doença atinge cerca de 700 mil pessoas por ano no país.

O centro foi inaugurado como parte do programa Agora tem Especialistas, do Ministério da Saúde, e receberá aporte de R$ 126 milhões. Batizado de Super Centro para Diagnóstico do câncer, tem foco em telemedicina e capacidade para realizar até mil laudos por dia, diminuindo o tempo de retorno de laudo de 25 para 5 dias, o que se espera que diminua o tempo para diagnóstico e início do tratamento.

Durante o lançamento, na tarde de hoje, em São Paulo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que o Instituto do Coração (Incor) já tem feito o atendimento por médicos especialistas à distância. Segundo ele, a teleconsultoria pode reduzir em até 70% as filas por atendimento cardiológico. 

“Isso desafoga as filas, leva cuidado rápido para quem está esperando e otimiza o uso dos especialistas disponíveis no país”, disse Padilha. 

Nesta sexta, o ministro acompanhou a simulação de um diagnóstico por telepatologia no A.C.Camargo Cancer Center, que passou a integrar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Especializada em diagnóstico à distância, a instituição compartilhará sua expertise com o SUS, atendendo unidades de todo o país.

Segundo a pasta, o SUS continua responsável pelos procedimentos de coleta de material para biópsia. A partir daí, as amostras podem tomar dois caminhos até o diagnóstico: logística por transporte especializado ou digitalizado e transmitido remotamente ao centro pelos hospitais da rede pública, inicialmente 20 unidades pólo que receberão treinamento do A.C. Camargo.  

Em seguida, o hospital ofertará telelaudo para conferência diagnóstica ao vivo e, ainda, uma segunda opinião, que poderá ser solicitada para confirmação do diagnóstico, esclarecimento de dúvidas e apoio na decisão terapêutica. 

Também em agenda na capital paulista, Padilha anunciou repasse de R$ 8,2 milhões ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) para a compra de um acelerador linear, equipamento de tratamento para câncer, como parte do financiamento de 121 novos aparelhos, parte do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus II), que investirá R$400 milhões para recompor a capacidade tecnológica da rede pública. Os hospitais interessados em participar deverão aguardar abertura das inscrições, prevista para 14 de julho. 

Ainda como parte da agenda do ministro foi feito anúncio de R$ 12 milhões para ampliação de atendimentos no Instituto do Coração.

*Com informações da Agência Saúde São Paulo

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