Outras
No RS, casarão de 117 anos resistiu a várias enchentes do Rio Taquari

Do cenário de destruição que se vê no bairro Navegantes, em Arroio do Meio, no Vale do Taquari, onde centenas de casas foram praticamente varridas do mapa nas enchentes do ano passado, no Rio Grande do Sul, um detalhe não passa nada despercebido a quem chega no local.
No começo da rua, bem na esquina, nota-se um casarão antigo de dois pisos, com aspecto robusto e grandes janelas. No mastro instalado no alto, uma bandeira gaúcha tremula apontada para o rio. É praticamente o único edifício que se manteve de pé naquela área.
Tradicional ponto gastronômico da região, a Casa do Peixe, restaurante dirigido pela mesma família há 70 anos, acabou se tornando um símbolo de resiliência gaúcha na maior catástrofe já vivida pelo estado. Com 117 anos de existência, o casarão manteve sua estrutura intacta diante da força da correnteza que tentou arrastá-lo em maio de 2024.
“A água chegou no sótão da casa grande, que é esse prédio aqui onde estamos, foram 8,5 metros [de altura]. E ali, nos fundos, na casa onde eu moro mesmo, cobriu tudo”, conta Solange Oliveira Schneider à Agência Brasil.
Ela e o marido, Darcísio Schneider, conhecido como Picolé, tocam o negócio há 40 anos. O restaurante foi aberto pelo pai de Solange, ainda na década de 1950.
Construído no início do século passado para ser um moinho, o imóvel possui parede grossas e resistiu à famosa enchente de 1941, até então a maior da história do estado.
Diversas outras enchentes, de menor porte, voltariam a ocorrer naquela região ao longo das décadas. Em 2023, por exemplo, a água passou de 3,8 metros, relata a proprietária.
Apesar do desespero inicial, Solange decidiu retomar o negócio, impulsionada por essa resistência centenária.
“Quando a gente foi fazer um raio-x da casa para ver [as avarias], vimos que não atingiu em nada [na estrutura]. Então, não tinha porque a gente não recomeçar”.
A limpeza do imóvel ainda levou meses. “Tivemos que arrancar árvore de dentro para chegar no assoalho do andar de cima”, descreve.
A Casa do Peixe finalmente reabriu as portas no dia 20 de setembro do ano passado, justamente na data em que se comemora o início da Revolução Farroupilha, quando o estado lutou por independência do império.
Agora, o imóvel passa por estudos para se tornar um patrimônio tombado pelo estado do Rio Grande do Sul.
Aberto de terça a sábado para almoço e jantar, o restaurante mais antigo de Arroio do Meio serve um rodízio de pescados de água doce e salgada, em preparos como escabeche, ensopado e filé.
O movimento na Casa do Peixe ainda não se recuperou da enchente, mas a inauguração da ponte sobre o Rio Forqueta, há cerca de um mês, deve ajudar. Destruída pelas enchentes, a ponte liga Arroio do Meio a Lajeado, conectado diversos municípios da região.
Situação em Arroio
Pelo levantamento da Prefeitura de Arroio do Meio, a demanda por moradias no município é de 700 casas. Desse total, cerca de 100 devem ser viabilizadas pelo programa Compra Assistida, do governo federal.
As demais serão construídas em dois novos bairros que serão criados no município, fora da área alagável. Esse processo, segundo o prefeito Sidnei Eckert, ainda levará alguns anos.
“Os contratos estão sendo assinados, os projetos estão sendo colocados no papel e encaminhados, mas a partir daí vem a questão da empresa, que precisa fazer toda a infraestrutura do loteamento. Tudo isso precisa acontecer, é muito difícil que com menos de 2 ou 3 anos essas casas estejam concluídas”, prevê.
Já o bairro Navegantes, na chamada área de arraste, onde as casas foram levadas pela correnteza, será construído um parque público linear, com pistas de caminhada, ciclovias e equipamentos de lazer, como em outras cidades do Vale do Taquari.
O prefeito acredita que, até o final de sua gestão, em 2028, o local ainda esteja em processo de construção. Nem mesmo os entulhos das casas destruídas começaram a ser retirado. O gestor diz que busca mais recursos para fazer o serviço de uma só vez, ainda sem previsão.
Galeria Um ano de chuvas no Rio Grande do Sul, Arroio do meio. – Joédson Alves/Agência Brasil
Outras
Crianças participam do 2º Circuito de Educação Ambiental com oficinas e atividades interativas

Evento reuniu mais de 300 crianças em um circuito interativo com foco em fauna, flora e sustentabilidade
A maior cachoeira da América Latina, construída com materiais recicláveis, foi palco, na manhã desta sexta-feira (17/10), da segunda edição do Circuito de Educação Ambiental, uma ação que combinou aprendizado, diversão e conscientização ecológica. Com 25 metros de altura, a cachoeira do Eco Resort Castelinho, em Santo Aleixo (Magé/RJ), foi erguida a partir de 40 toneladas de resíduos recicláveis coletados na Baía de Guanabara por pescadores do Projeto Águas da Guanabara, incluindo cerca de 3 mil pneus de caminhão, garrafas PET, isopor e outros materiais. Os próprios pescadores estiveram presentes no evento, reforçando o vínculo entre comunidade, sustentabilidade e educação ambiental. A água que abastece a cachoeira vem de um sistema próprio de captação de chuva, garantindo um espetáculo sustentável e educativo para crianças e visitantes.
A atividade, realizada das 8h às 11h30, reuniu mais de 300 alunos das redes municipal e estadual de Magé e Petrópolis, que participaram de um circuito composto por 11 estações educativas voltadas para temas como fauna, flora, conservação e sustentabilidade.
O evento começou com um café da manhã coletivo oferecido pelo Eco Resort Castelinho, seguido de uma sequência de vivências práticas e interativas, conduzidas por instituições ambientais parceiras. Cada estande ofereceu uma experiência diferente, despertando nas crianças o senso de curiosidade e cuidado com a natureza.

A ação reforçou o compromisso do Eco Resort Castelinho com a educação ambiental contínua e o engajamento social. Famoso por abrigar a maior cachoeira artificial do Brasil construída com materiais recicláveis, o resort reafirma seu papel como um espaço de aprendizado, sustentabilidade e transformação comunitária.
“Nosso objetivo é plantar sementes de consciência nas crianças, que são os verdadeiros guardiões do futuro. Queremos que elas sintam na prática o valor de cuidar da natureza e descubram que sustentabilidade é uma escolha possível e inspiradora”, afirmou André Marinho de Moraes, idealizador do Eco Resort Castelinho.
“Quando aproximamos a conservação da natureza das crianças, estamos garantindo o futuro da nossa biodiversidade. Este circuito é um exemplo de como o turismo ecológico e a educação ambiental podem caminhar lado a lado em prol de um mesmo propósito”, ressaltou Victor Valente da Silva, chefe da APA Petrópolis/ICMBio.
Pescadores do Projeto Águas da Guanabara participam do evento e reforçam a sustentabilidade da cachoeira
Os próprios pescadores, que coletaram cerca de 40 toneladas de resíduos da Baía de Guanabara — incluindo pneus de caminhão, garrafas PET, isopor e outros materiais — para a construção da cachoeira, estiveram presentes no evento. “A participação dos pescadores no Projeto Águas da Guanabara reflete nosso compromisso com a preservação ambiental e a conscientização das futuras gerações. Este evento é um exemplo claro de como a união entre comunidade e natureza pode gerar resultados positivos para todos”, afirmou Luiz Claudio Stabille Firtado, presidente da Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro (FEPERJ).
O Circuito de Educação Ambiental é uma realização conjunta do Eco Resort Castelinho, APA Petrópolis e ICMBio, com participação de importantes parceiros ambientais e apoio da empresa Sequóia de Santo Aleixo, demonstrando a força das parcerias público-privadas para gerar impacto positivo.
Outras
A complexidade e a liderança por trás dos grandes projetos submarinos

O setor de óleo e gás permanece como um dos pilares estratégicos da economia mundial, responsável por movimentar trilhões de dólares e impulsionar a inovação tecnológica em escala global.Nesse cenário, a exploração offshore, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, tornou-se fundamental, exigindo o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais complexas e seguras.
Empresas que atuam com tecnologia submarina têm papel decisivo nesse ecossistema. Elas desenvolvem sistemas integrados de produção submarina, válvulas, bombas, compressores, árvores de natal molhadas e equipamentos de controle de fluxo capazes de operar sob condições extremas de pressão e temperatura. O objetivo é aumentar a eficiência da produção, reduzir custos operacionais e garantir a segurança ambiental das operações.
Nos últimos anos, a digitalização e a automação transformaram profundamente o setor. Sensores inteligentes, sistemas de monitoramento remoto e análise de dados em tempo real permitem prever falhas, otimizar a produção e aumentar a vida útil dos equipamentos. Essa integração entre engenharia, automação e inteligência artificial redefiniu o conceito de eficiência operacional no fundo do mar.
Liderança e Estratégia em Projetos Submarinos
Nesse ambiente altamente técnico e competitivo, profissionais de liderança exercem papel essencial para o sucesso de cada operação. À frente de projetos complexos está Bruno Rompkovski, executivo com sólida trajetória internacional no setor, que atua como responsável pelas áreas de Licitações, Propostas, Operações Comerciais e Projetos em uma das maiores empresas globais de tecnologia submarina.
Rompkovski liderou projetos submarinos de grande porte em diversas regiões do mundo, unindo conhecimento técnico e visão estratégica. Em sua função como Western Hemisphere Tender Manager, ele supervisiona o portfólio de propostas para produtos, sistemas e serviços submarinos no Hemisfério Ocidental, assegurando consistência global, conformidade e alinhamento com os objetivos corporativos.
Sua atuação envolve definir e implementar estratégias de licitação, gerenciar propostas complexas e desenvolver soluções competitivas que impulsionam receitas e destravam casos de negócios desafiadores junto a grandes operadores do setor. O papel que desempenha exemplifica a importância de uma liderança técnica e comercial integrada, capaz de conectar engenharia de ponta, inovação e resultados financeiros sustentáveis.
Os desafios enfrentados por gerentes comerciais e diretores de projetos nesse setor são notáveis. “O ciclo de vendas de soluções submarinas é longo, técnico e envolve contratos de alto valor, frequentemente em múltiplas jurisdições, exigindo uma combinação rara de visão estratégica, domínio técnico e capacidade de negociação”, afirma Bruno.
Atuando em posições que exigem tanto visão comercial quanto conhecimento técnico aprofundado, Bruno gerencia negociações complexas e coordena equipes multidisciplinares. A experiência de Rompkovski ilustra como o sucesso no setor depende de uma atuação integrada, em que gestão, engenharia e estratégia comercial caminham lado a lado para garantir resultados sustentáveis e inovadores.
O futuro do mercado de óleo e gás, em especial no segmento de tecnologia submarina, aponta para uma integração cada vez maior entre inovação, sustentabilidade e automação. A busca por operações mais seguras, eficientes e com menor impacto ambiental orienta novos investimentos em inteligência artificial, robótica submarina e soluções energéticas híbridas.
Assim, o setor continua sendo um dos mais desafiadores e fascinantes do mundo industrial. Profissionais como Bruno Rompkovski exemplificam o perfil de liderança que impulsiona essa transformação — combinando excelência técnica, gestão estratégica e visão global em um ambiente onde inovação e resiliência são essenciais para o sucesso.
Outras
Zurich Seguros anuncia Thales Amaral como novo diretor comercial regional RJ/ES/N/NE
