Saúde
Novembro azul: suplementos que melhoram a saúde do homem
Uma dieta balanceada com a suplementação adequada de nutrientes pode ser uma grande aliada em ajudar na diminuição do risco de câncer de próstata
No mês em que são celebrados o Dia Internacional do Homem (19/11) e o Novembro Azul, diversas campanhas são feitas para reforçar a importância da prevenção ao câncer de próstata e promover a saúde do homem. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros. O alerta para a doença abre espaço para uma reflexão mais ampla sobre os pilares da saúde masculina, a partir de práticas preventivas, como atividade física regular e alimentação saudável.
“Alguns estudos indicaram que uma dieta rica em frutas e vegetais, particularmente aqueles que contêm antioxidantes, como licopeno (encontrado em tomates) e selênio (encontrado em castanhas do Brasil e sementes de girassol), pode estar associada a um risco reduzido de câncer de próstata”, explica o sócio-proprietário da rede Palato Especiarias e especialista em suplementação, Pedro Lisboa.
Além disso, a suplementação de micronutrientes pode contribuir no processo de cuidado da saúde do homem porque as vitaminas e minerais são essenciais para o crescimento, função imunológica, combate a doenças e outros benefícios para o corpo. “Para a manutenção da saúde do homem, podem ser indicados suplementos de vitamina E, zinco, selênio ou complexos de vitaminas, adequados para as suas necessidades”, conta Pedro que reuniu os suplementos mais indicados para a manutenção da saúde do homem:
- Multivitaminas masculinas:
“Elas são formuladas para atender às necessidades específicas dos homens, muitas vezes com níveis aumentados de certas vitaminas e minerais essenciais para a saúde masculina, como vitaminas B, vitamina D, zinco e magnésio”, explica Pedro. - Ômega-3:
O especialista afirma que “o ômega-3, geralmente encontrado em óleo de peixe, pode ajudar a promover a saúde cardiovascular, reduzir a inflamação, melhorar as articulações e fortalecer os músculos”. - Coenzima Q10:
Em relação a coenzima Q10, Pedro informa que é uma substância produzida pelo corpo com propriedades antioxidantes essenciais para a produção de energia. “Ela contribui na saúde cardiovascular e pode ajudar a manter a saúde do coração”, relata. - Suplementos de zinco:
O zinco é simplesmente vital para a manutenção e promoção do bom funcionamento do corpo, afirma Pedro. “É um mineral que desempenha um papel essencial em várias funções corporais, incluindo a manutenção da saúde imunológica e reprodutiva”, destaca. - Suplementos de vitamina D:
A deficiência de vitamina D está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e comprometimento do sistema imunológico. “Esse tipo de vitamina ajuda na saúde dos ossos, contribui para o reforço do sistema imune e atua na manutenção de níveis equilibrados de cálcio no sangue”. - Probióticos:
Os probióticos são microrganismos vivos, normalmente bactérias benéficas, que promovem a saúde digestiva e o equilíbrio intestinal, melhorando assim a saúde imunológica e mental. “Num mundo onde as pessoas consomem vários alimentos que inflamam o intestino e a microbiota intestinal, são cada vez mais comuns os casos de disbiose intestinal, onde há um comprometimento na absorção dos nutrientes de uma alimentação. Os probióticos, aliados a uma alimentação equilibrada, rica em alimentos naturais, verduras, oleaginosas, são capazes de restaurar a microbiota do intestino”.
Pedro reforça que a eficácia e os benefícios específicos dos suplementos podem variar de pessoa para pessoa, e a dosagem correta deve ser determinada de acordo com as necessidades individuais após consultar um médico ou um nutricionista. A Palato Especiarias é referência em produtos naturais e essências na Bahia e oferece uma variedade de itens, disponibilizados nas lojas localizadas na Ferreira Costa, Itapuã e Simões Filho.
Saúde
Brasil chega a 16 mortes confirmadas de intoxicação por metanol
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19) novo boletim sobre intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. O número de mortes subiu para 16 em todo o país. São agora 97 casos registrados, sendo 62 confirmados e 35 em investigação. No geral, 772 suspeitas foram descartadas.

São Paulo é o estado mais atingido, com 48 casos confirmados, sendo cinco em investigação. Nove óbitos são do estado. 511 notificações de intoxicação foram descartadas pelas autoridades paulistas.
As demais mortes são três no Paraná, três em Pernambuco e uma em Mato Grosso.
Há outros 10 óbitos sob análise, com cinco em São Paulo, quatro em Pernambuco e um em Minas Gerais. Mais de 50 notificações de mortes já foram descartadas.
Foram confirmadas intoxicações por metanol também em outros estados: seis no Paraná, cinco em Pernambuco, dois em Mato Grosso e um no Rio Grande do Sul.
Casos suspeitos são investigados em Pernambuco (12), no Piauí (5), no Mato Grosso (6), no Paraná (2), na Bahia (2), em Minas Gerais (1) e no Tocantins (1).
Saúde
Primeira unidade inteligente do SUS será no hospital da USP
O primeiro Instituto Tecnológico de Emergência do país, o hospital inteligente do Sistema Único de Saúde (SUS), será construído no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa poderá reduzir o tempo de espera na emergência em 25%, com atendimento passando de uma média de 120 minutos para 90 minutos.

O investimento para essa unidade, de R$ 1,7 bilhão, será garantido a partir de uma cooperação com o Banco do BRICS, que fará a avaliação final da documentação protocolada pelo ministério. A previsão é que a unidade entre em funcionamento em 2029.
Para a implantação do hospital, o governo federal assinou acordo de cooperação técnica (ACT) com o HC e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que cederá o terreno para a unidade. Esse era o último documento para a conclusão do pedido de financiamento junto ao banco.
A unidade faz parte da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, lançada pela pasta para modernizar a assistência hospitalar no país. A gestão da unidade e a operação serão de responsabilidade do HC, com custeio compartilhado entre o Ministério da Saúde e a secretaria de saúde do estado de São Paulo.
“Com o hospital inteligente, estamos trazendo para o Brasil aquilo que tem de mais inovador no uso da inteligência artificial, tecnologia de dispositivos médicos e da gestão integrada de dados para cuidar das pessoas e salvar vidas. Estamos tendo a chance de inovar a rede pública de saúde, e o melhor de tudo, 100% SUS. Além do primeiro hospital inteligente, também vamos expandir a rede para 13 estados com UTIs que contarão com a mesma tecnologia”, destacou Alexandre Padilha, em evento de apresentação do projeto, nesta quarta-feira (19)..
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Modernização
Além da redução do tempo de espera por atendimento no pronto-socorro, o ministério afirmou que a expectativa é que o hospital acelere o acesso a UTIs, reduza o tempo médio de internação e aumente o número de atendimentos. Isso porque a unidade será totalmente digital, com uso de inteligência artificial, telemedicina e conectividade integrada.
“O tempo em que pacientes clínicos ficam na UTI, por exemplo, passa de uma média de 48 horas para 24 horas, e o tempo de enfermaria passa de 48 horas para 36 horas. Com a integração dos sistemas será possível também reduzir custos operacionais em até 10%”, disse a pasta, em nota.
O hospital terá capacidade anual para atender 180 mil pacientes de emergência e terapia intensiva, 10 mil em neurologia e neurocirurgia e 60 mil consultas ambulatoriais de neurologia. Segundo o governo federal, a estrutura seguirá os padrões internacionais de sustentabilidade, com certificação verde e sistemas de acompanhamento de consumo energético, água e resíduos.
Saúde
OMS: 840 milhões de mulheres no mundo foram alvo de violência
Quase uma em cada três mulheres – cerca de 840 milhões em todo o mundo – já sofreu algum episódio de violência doméstica ou sexual ao longo da vida. O dado, divulgado nesta quarta-feira (19) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), praticamente não mudou desde o ano 2000.

Apenas nos últimos 12 meses, 316 milhões de mulheres – 11% delas com 15 anos ou mais – foram vítimas de violência física ou sexual praticada pelo parceiro. “O progresso na redução da violência por parceiro íntimo tem sido dolorosamente lento, com uma queda anual de apenas 0,2% nas últimas duas décadas”, destacou a OMS.
Pela primeira vez, o relatório inclui estimativas nacionais e regionais de violência sexual praticada por alguém que não seja o parceiro. É o caso de 263 milhões de mulheres com 15 anos ou mais. “Um número que, segundo especialistas, é significativamente subnotificado devido ao estigma e ao medo”, alertou a OMS.
“A violência contra mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade e, ainda assim, uma das menos combatidas”, avaliou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”, completou, ao citar que acabar com a violência sexual contra mulheres não é apenas uma questão política, mas de dignidade, igualdade e direitos humanos.
“Por trás de cada estatística, há uma mulher ou menina cuja vida foi alterada para sempre. Empoderar mulheres e meninas não é opcional, é um pré-requisito para a paz, o desenvolvimento e a saúde. Um mundo mais seguro para as mulheres é um mundo melhor para todos”, concluiu Tedros.
Riscos
A OMS alerta que mulheres vítimas de violência enfrentam gestações indesejadas, maior risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e depressão. “Os serviços de saúde sexual e reprodutiva são um importante ponto de entrada para que as sobreviventes recebam o atendimento de alta qualidade de que precisam”.
O relatório destaca ainda que a violência contra mulheres começa cedo, e os riscos persistem ao longo da vida. Ao longo dos últimos 12 meses, 12,5 milhões de adolescentes com idade entre 15 e 19 anos (16% do total) sofreram violência física e/ou sexual praticada pelo parceiro.
“Embora a violência ocorra em todos os países, mulheres em países menos desenvolvidos, afetados por conflitos e vulneráveis às mudanças climáticas são afetadas de forma desproporcional”, ressaltou a OMS.
A Oceania, por exemplo, com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, registrou uma taxa de prevalência de 38% de violência praticada por parceiro ao longo do último ano – mais de três vezes a média global, de 11%.
Apelo à ação
Segundo o relatório, mais países coletam dados para fundamentar políticas públicas de combate à violência contra a mulher, mas ainda existem lacunas significativas – sobretudo em relação à violência sexual praticada por pessoas que não são parceiros íntimos, e a grupos marginalizados como mulheres indígenas, migrantes e com deficiência.
Para acelerar o progresso global e gerar mudanças significativas na vida de mulheres e meninas afetadas pela violência, o documento apela para ações governamentais decisivas e financiamento com o objetivo de:
- Ampliar programas de prevenção baseados em evidências;
- Fortalecer serviços de saúde, jurídicos e sociais centrados nas sobreviventes;
- Investir em sistemas de dados para monitorar o progresso e alcançar grupos mais vulneráveis;
- Garantir a aplicação de leis e políticas que empoderem mulheres e meninas.



