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Cultura

Novo curso da Escola Itaú Cultural oferece recursos para os professores acompanharem as crianças pela literatura

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Créditos: Itaú Social_Duanne Carvalho

Com quatro horas de duração e autoformativo, o curso “Formação como curadoria: Literatura para crianças” busca sensibilizar educadores no processo de análise e seleção de obras literárias para crianças e mediar o contato entre elas e os livros

A Escola Itaú Cultural lançou o curso Formação como curadoria: Literatura para crianças, que pode ser acompanhado de modo autoformativo em escola.itaucultural.org.br. As aulas, com duração total de quatro horas, são voltadas para formadores e professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, além de educadores e instrutores de salas de leitura, profissionais de bibliotecas, pesquisadores e interessados em geral.

Organizado pelas equipes do Itaú Cultural e do Itaú Social, o programa parte do pressuposto de que a curadoria para e com as crianças é de grande responsabilidade, uma vez que está diretamente ligada à ideia de que tipo de leitor será formado. Em especial, se o objetivo for a formação de crianças leitoras com amplo repertório estético e cultural, pensamento crítico e que construam empatia.

“A formação oferece inspiração e estratégias para educadores no processo de curadoria de obras literárias para crianças, permitindo que realizem seleções enriquecedoras e alinhadas com a necessidade e interesse das crianças”, diz Juliana Yade, coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social. “Acreditamos que essa interação favorece a experiência leitora tanto das educadoras como das crianças, além de estimular a imaginação, desenvolver habilidades cognitivas e criar uma conexão de afeto duradoura com a leitura”, completa.

Assim, oferecendo recursos como vídeos, podcast e PDFs, o objetivo de Formação como curadoria: Literatura para crianças é demonstrar a importância da curadoria e mediação do livro de literatura para crianças; oferecer repertório teórico e ferramentas práticas para isso. Por fim, abrir para discussão para as possibilidades de formar um público leitor desde a infância.

Com conteúdo teórico e prático, o conjunto da formação apresenta o que é curadoria, debate como se pode formar leitores e introduz o conceito de direito à literatura, formulado pelo crítico literário Antonio Candido. Levando sempre em conta o papel das próprias crianças na escolha do seu caminho como leitores, as aulas trazem os seguintes tópicos: Apresentação; Para começar a discussão; Qualidade literária; Quem é a criança para qual apresentamos a literatura?; O que confere qualidade às obras literárias?; Atividade prática; Quem faz a curadoria?; Encerramento.

Por fim, o curso indica uma série de materiais para aprofundar o horizonte aberto pelas aulas e estabelecer uma relação contínua com as obras literárias. Ainda, apresenta dicas para uma boa curadoria. Por exemplo, diversificar os temas, buscando autores com diferentes vivências e trajetórias (mulheres, homens, brasileiros, estrangeiros, brancos, negros, indígenas) e livros de gêneros variados (conto, novela, poesia, do clássico ao contemporâneo). Importante, também, não subestimar a criança, procurando selecionar livros que não menosprezem a capacidade dos leitores – seja pela linguagem escrita, ilustração e pelos formatos utilizados, seja pelas características dos personagens e pelos tipos de conflito que vivem.

Outra dica é pensar nas imagens para priorizar livros que ampliem o repertório estético das crianças, observando como as ilustrações e o texto dialogam entre si e se complementam. Ainda fugir de estereótipos e preconceitos, sempre apresentando livros que abordem, sob uma perspectiva afirmativa a diversidade, seja ela de gênero, raça, origem/nacionalidade, religiosa e de inclusão de pessoas com deficiência. Em outras palavras, livros que tratem de preconceito e exclusão social – e das dificuldades e violências surgidas daí – são ótimas opções, mas também é importante escolher aqueles que retratem a vida das pessoas para além da discriminação, com personagens que experimentam o cotidiano e têm experiências comuns.

A quinta e última dica é acolher diferentes formas de participação, levando em conta as diversas possibilidades de conversa que os livros apresentam. É importante considerar, também, obras que possam mobilizar o engajamento e a leitura conjunta, como as que apresentam a repetição de uma frase ou de um trecho ao longo da história. As crianças participam dos momentos de leitura de muitas maneiras – quietas observando o mediador, repetindo as palavras, conversando com os personagens, escutando enquanto brincam, em pé, dançando de olho no livro.

Conteúdos relacionados

Fruto de uma parceria entre Itaú Social e TV Cultura, o programa Lugar de Livros tem como objetivo sensibilizar educadores e famílias sobre a importância da literatura na primeira infância. Com 60 episódios de cinco minutos cada, a iniciativa destaca o papel da leitura de forma simples e humanizada, por meio de experiências reais, contribuindo para a formação de novos leitores e o fortalecimento do olhar de toda a sociedade para a relevância do trabalho já realizado por projetos sociais e bibliotecas. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do Itaú Social.

Além disso, o podcast Leia com uma criança traz conversas, leituras conjuntas e trocas de experiências voltadas para crianças, famílias, mediadores de leitura e educadores. Os episódios são apresentados por Kiara Terra, narradora de histórias, autora e pesquisadora das infâncias. Ao todo são nove episódios, disponíveis nas principais plataformas de áudio: Spotify, Google podcasts, Apple podcasts, Deezer e Amazon Music.

O Itaú Cultural apresentou, de abril a novembro de 2023, o podcast Ficções: crianças em parceria com os selos infantis da Companhia das Letras. Ao todo foram 16 episódios com livros de literatura infantil, entre os quais estiveram títulos de autores como Mai Bigio, Nina Rizzi, Tino Freitas e Wilson Marques. Todos eles estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, como Spotify, além do site do Itaú Cultural.

O Itaú Cultural e o Itaú Social integram a Fundação Itaú. Saiba mais em fundacaoitau.org.br.

SERVIÇO: Escola Itaú Cultural
Formação como curadoria: Literatura para crianças
Em escola.itaucultural.org.br
Duração: 4 horas
Autoformativo

Editora e criadora da Rede Brasileira de Notícias. Fazendo também parte da redação do Imprensabr. Sempre com comprometimento com a imparcialidade na informação.

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Cultura

Artista plástica Duda Oliveira defende a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS na COP 30

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Duda Oliveira
Duda Oliveira
 
Suas telas tem como característica serem mergulhadas na Baía de Guanabara antes de serem trabalhadas
 
 

A artista plástica Duda Oliveira está na COP 30, participando das manifestações civis e dos debates sobre a importância da arte como instrumento de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e do papel de ruptura com as práticas de enraizamento cultural não sustentáveis na Green Zone.

 
 
Conhecida por seu posicionamento pela defesa e conscientização sobre a preservação da vida, do meio ambiente, Duda Oliveira tem como característica em seu trabalho  mergulhar tecido lona crua na Baía de Guanabara, repleta de derivados de petróleo e dejetos de óleos, cujo aquecimento, alimento orgânico, estimulam a proliferação de fungos, resultando em um esfumaçado plástico natural peculiar em suas pinturas. As telas não foram pintadas, foram mergulhadas. E o branco que emergiu delas não era ausência, era prenúncio. Foi preciso calor, tempo, matéria, toque, escuta. E então, como num sussurro biológico, as cores nasceram do fundo: do fundo do mar, do fundo do mundo, do fundo da gente. 
 
 
Duda Oliveira quer mostrar que a imagem da mulher também se transformou, sob a inspiração de novos modelos estéticos. A arte sempre em seu papel altruísta, apenas sinalizou o que já estava pungente e silenciado por antigos valores. Um dos motivos pelos quais defende os ODS.
 

Artista plástica contemporânea e Mestre em Ciência da Sustentabilidade, niteroiense, que estudou arte experimental na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e História da Arte e da Arquitetura do Brasil, na Puc/Rio, desde 2018 vem apresentando sua arte num ritmo intenso de exposições. Os trabalhos da artista vêm ganhando destaque nas Feiras Internacionais da Alemanha, Luxemburgo, em Salas Culturais em Portugal, nos Museus MASP, MAC Niterói, dentre outros relevantes espaços culturais no Brasil e exterior.
 

“Somente a arte tem o poder de propagar o acesso ao real e grande poder de transformação. A arte nos torna iguais, permitindo a verdadeira ordem democrática das coisas, a compreensão verdadeira e espontânea do belo”, diz a artista plástica.
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Cultura

A exposição “Amazônidas” celebra a potência feminina e artística da Amazônia no Centro Cultural Correios RJ.

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Francelino Alves
Francelino Alves

O Instituto Mulheres Artistas da Amazônia desembarca no Rio de Janeiro para apresentar a exposição “Amazônidas” no Centro Cultural Correios RJ, com o objetivo de  fortalecer e dar visibilidade à rica produção artística feminina da Amazônia. A abertura (vernissage) ocorrerá no dia 10 de dezembro de 2025, e poderá ser visitada  de 11 de dezembro de 2025 a 21 de fevereiro de 2026, com entrada franca.

Com curadoria de Renata Costa, “Amazônidas” reunirá nove artistas que apresentarão 35 obras, propondo uma reflexão profunda sobre a identidade cultural na Amazônia, através de diversas linguagens, como pinturas, fotografias, instalações e esculturas.

O projeto ganhou força e foi inspirado pela realização da COP 30 em Belém e as artistas compartilharam suas vivências, que as inspiraram a explorar artisticamente a riqueza da cultura local. As obras abordam temas centrais como ancestralidade, biodiversidade, religiosidade, cotidiano ribeirinho e o patrimônio arquitetônico herdado dos colonizadores.

Nas suas criações, as artistas transformam memória e fé em expressões visuais, reivindicando espaço e voz na história da arte brasileira. “Amazônidas” convida o público a aprofundar-se nessa diversidade e força, revelando a Amazônia como um cenário vibrante, matéria-prima e principal fonte de inspiração. Durante a visita à mostra, os espectadores são convidados a contemplar a beleza estética, assim como a profundidade histórica e emocional que cada obra transmite.

Segundo Andréa Noronha, presidente do IMAA, “A cultura amazônica é rica e diversificada, e as mulheres desempenham um papel fundamental na preservação e inovação dessa herança. Projetos como a exposição “Amazônidas” não apenas promovem a arte, mas também ajudam a empoderar essas artistas, mostrando suas histórias e suas vozes.”

SERVIÇO



Exposição Coletiva: “Amazônidas”

Curadoria: Renata Costa

Artista Convidado: Francelino Mesquita

Artistas participantes: Andréa Noronha, Aracely Miranda, Ariany Machado, Cristina Gemaque, Maria Libonati, Milene Fonseca, Paula Guedes, Renata Costa, Rose Maiorana e Rosana Uchôa.

Abertura (Vernissage): 10 de dezembro de 2025, das 16h às 19h.

Visitação: 11 de dezembro de 2025 a 21 de fevereiro de 2026.

Local: Centro Cultural Correios Rio de Janeiro – Corredor Cultural – Galeria B – Térreo

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, no 20 – Centro – RJ

Funcionamento: Terça a sábado, das 12h às 19h.

Entrada: Gratuita.

Assessoria de Imprensa  IMAA: Mayara Domont 

Assessoria de Imprensa (apoio): Paula Ramagem

Classificação Indicativa: Livre

Acessibilidade: Espaço adaptado para pessoas com mobilidade reduzida.

Informações e catálogo das obras em exposição: @mulheresartistasdaamazonia /
@consult_mayaradomont

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A exposição “Amazônidas” celebra a potência feminina e artística da Amazônia no Centro Cultural Correios RJ.

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Francelino Alves

O Instituto Mulheres Artistas da Amazônia desembarca no Rio de Janeiro para apresentar a exposição “Amazônidas” no Centro Cultural Correios RJ, com o objetivo de  fortalecer e dar visibilidade à rica produção artística feminina da Amazônia. A abertura (vernissage) ocorrerá no dia 10 de dezembro de 2025, e poderá ser visitada  de 11 de dezembro de 2025 a 21 de fevereiro de 2026, com entrada franca.

Com curadoria de Renata Costa, “Amazônidas” reunirá nove artistas que apresentarão 35 obras, propondo uma reflexão profunda sobre a identidade cultural na Amazônia, através de diversas linguagens, como pinturas, fotografias, instalações e esculturas.

O projeto ganhou força e foi inspirado pela realização da COP 30 em Belém e as artistas compartilharam suas vivências, que as inspiraram a explorar artisticamente a riqueza da cultura local. As obras abordam temas centrais como ancestralidade, biodiversidade, religiosidade, cotidiano ribeirinho e o patrimônio arquitetônico herdado dos colonizadores.

Nas suas criações, as artistas transformam memória e fé em expressões visuais, reivindicando espaço e voz na história da arte brasileira. “Amazônidas” convida o público a aprofundar-se nessa diversidade e força, revelando a Amazônia como um cenário vibrante, matéria-prima e principal fonte de inspiração. Durante a visita à mostra, os espectadores são convidados a contemplar a beleza estética, assim como a profundidade histórica e emocional que cada obra transmite.

Segundo Andréa Noronha, presidente do IMAA, “A cultura amazônica é rica e diversificada, e as mulheres desempenham um papel fundamental na preservação e inovação dessa herança. Projetos como a exposição “Amazônidas” não apenas promovem a arte, mas também ajudam a empoderar essas artistas, mostrando suas histórias e suas vozes.”

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Exposição Coletiva: “Amazônidas”

Curadoria: Renata Costa

Artista Convidado: Francelino Mesquita

Artistas participantes: Andréa Noronha, Aracely Miranda, Ariany Machado, Cristina Gemaque, Maria Libonati, Milene Fonseca, Paula Guedes, Renata Costa, Rose Maiorana e Rosana Uchôa.

Abertura (Vernissage): 10 de dezembro de 2025, das 16h às 19h.

Visitação: 11 de dezembro de 2025 a 21 de fevereiro de 2026.

Local: Centro Cultural Correios Rio de Janeiro – Corredor Cultural – Galeria B – Térreo

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, no 20 – Centro – RJ

Funcionamento: Terça a sábado, das 12h às 19h.

Entrada: Gratuita.

Assessoria de Imprensa  IMAA: Mayara Domont 

Assessoria de Imprensa (apoio): Paula Ramagem

Classificação Indicativa: Livre

Acessibilidade: Espaço adaptado para pessoas com mobilidade reduzida.

Informações e catálogo das obras em exposição: @mulheresartistasdaamazonia /
@consult_mayaradomont

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