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O amor em meio à guerra: “A Pedra Escura”, premiada peça espanhola, volta aos palcos cariocas

Com Lucas Popeta, Vino Fragoso, participação de Carmo Dalla Vecchia (off) e direção de João Fonseca, espetáculo faz temporada no Teatro Domingos Oliveira, na Gávea
A força do diálogo, da compreensão e do amor em meio aos horrores da guerra. Esse é o ponto de partida de “A Pedra Escura”, sucesso de público e crítica, que volta aos palcos cariocas no Teatro Municipal Domingos Oliveira, no Planetário da Gávea. A montagem inédita no Brasil de um dos mais premiados e importantes textos do teatro espanhol moderno, escrito por Alberto Conejero, fará temporada de 27 de junho a 14 de julho, de quinta a domingo, às 20h.
Baseada em uma história real, a peça se passa no quarto de um hospital militar, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), dividido entre o prisioneiro Rapún (Vino Fragoso) e o guarda Sebastian (Lucas Popeta). Um revolucionário e um garoto. Dois homens que não se conhecem são forçados a compartilhar as horas terríveis de uma contagem regressiva que pode terminar com a morte de um deles ao amanhecer.
Ao prisioneiro, restam poucas horas de vida e a missão de salvar o último trabalho que Federico Garcia Lorca (Carmo Dalla Vecchia, em off), um dos maiores escritores espanhóis de todos os tempos, deixou sob sua custódia. Para isso, precisa convencer o jovem militar a salvar o texto de teatro, que conta a história de amor entre dois homens, motivo pelo qual Lorca foi fuzilado pelo exército franquista um ano antes, em 1936.
A produção, que fez sua estreia no Brasil em 2023 no Teatro Poeirinha, tem direção de João Fonseca e ficha técnica repleta de nomes de destaque no teatro nacional.
Arte em luta
“A Pedra Escura” combina tensão dramática e pulso poético para levantar questões importantes, como a barbárie causada por uma guerra, a importância de preservar a memória e a cultura de um povo. E o papel crucial da educação e da arte para a construção de uma sociedade mais humana e menos desigual.
– Eu queria fazer um espetáculo que fosse dramatúrgico, mais concreto, e com temática LGBTQIAPN+. Desde quando comecei a me descobrir bissexual quis levar ao palco essa pauta, pois há pouca representatividade nas artes e na mídia. Em 2018, conheci o trabalho de Alberto Conejero ao ler “Como Posso Não Ser Montgomery Clift?” e, no ano seguinte, começamos a conversar sobre o projeto da montagem de “A Pedra Escura”. Convidei para a direção o João Fonseca, que foi uma das primeiras pessoas que conheci no Rio de Janeiro, por meio do Paulo Gustavo – revela Vino Fragoso, ator e idealizador do projeto.
João Fonseca reforça o papel da peça de Alberto Conejero na preservação da trajetória de Rafael Rodrigues Rapún, companheiro de Federico Garcia Lorca nos últimos anos de sua vida e inspiração para os seus “Sonetos do Amor Obscuro”.
– São muitos anos de obscuridade, muitos anos sem que as personagens LGBTQIAPN+ que fizeram parte da história tivessem suas vidas contadas e sua importância reconhecida. Muitos anos de perseguição por governos autoritários sem nunca vir um pedido de desculpas. “A Pedra Escura” é um encontro de dois jovens atropelados pela Guerra Civil Espanhola, guerra que destrói tudo, inclusive os vencedores. Desse encontro surge a esperança de que, mesmo aniquilados, não desaparecemos por completo. A arte e a memória resgatarão a beleza e a poesia – destaca.
Ficha técnica:
Autor: Alberto Conejero
Direção: João Fonseca
Idealização e Tradução: Vino Fragoso
Atores: Lucas Popeta e Vino Fragoso
Participação Especial (Off): Carmo Dalla Vecchia
Assistente de Direção: Andre Celant
Direção de Movimento: Johayne Hildefonso
Preparação Vocal: Adriana Micarelli
Preparação de Ator (Vino F.): Thais Mansano
Trilha Sonora: Tony Lucchesi
Violão: Gabriel Quinto
Figurino: Nello Marrese
Desenho de Luz: Felicio Mafra e Felipe Antelo
Cenografia: Vino Fragoso
Produção de Cenografia: Plantha e Giovanna Garcia
Projeto Gráfico: Plantha
Fotografia Editorial: Robert Schwenck
Filmes: LordBull
Assessoria de Imprensa: Carlos Pinho
Mídias Sociais: Plantha
Produção: Vino Fragoso e Paloma Ripper
Coprodução: LP Artes entretenimento
Realização: Plantha
Serviço:
Temporada: de 27 de junho a 14 de julho
Dias e horários: quinta a domingo, às 20h
Local: Teatro Municipal Domingos Oliveira (Planetário) – Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea, Rio de Janeiro – RJ
Entrada: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), vendas na bilheteria do teatro e pelo site https://riocultura.eleventickets.com/
Duração: 70 minutos
Gênero: drama
Classificação indicativa: 16 anos
Mais informações: @apedraescura
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Brazilian Fest Brasília estreia com quatro noites, público estimado de 400 mil pessoas e entrada franca na Esplanada dos Ministérios

Brazilian Fest Brasília estreia com quatro noites, público estimado de 400 mil pessoas e entrada franca na Esplanada dos Ministérios
Com estrutura de megafestival e acesso livre, evento acontece entre os dias 29 de maio e 1º de junho com atrações como Zezé di Camargo, Raça Negra, É o Tchan e Solange Almeida
Crédito: Divulgação Divulgação
Legenda: Cartaz oficial do Brasília Fest 2025 destaca o line-up completo dos quatro dias de evento gratuito, que acontece de 29 de maio a 1º de junho na Esplanada dos Ministérios, com shows de Raça Negra, É o Tchanm Zezé di Camargo, Solange Almeida e outras atrações.
De 29 de maio a 1º de junho, a capital federal se transforma em palco para o maior festival gratuito do Brasil: o Brazilian Fest – Edição Brasília. Com entrada franca e curadoria plural, o evento promete reunir mais de 400 mil pessoas ao longo de quatro dias na Esplanada dos Ministérios, celebrando a diversidade musical, o acesso à cultura e o orgulho de ser brasileiro. A proposta inclusiva, o festival espera reunir mais de 400 mil pessoas ao longo dos quatro dias, em uma área que equivale a sete campos de futebol do Maracanã.
Com mais de 70 mil m² de estrutura, o evento oferece shows, ações sociais e experiências imersivas, sem cobrança de ingresso, redefinindo o modo como o brasileiro se relaciona com cultura e lazer. “O Brazilian Fest Brasília foi pensado para incluir, emocionar e pertencer — sem catraca, sem filtro e sem distinção”, afirma Marcelo Brandi, idealizador do festival e nome consagrado no mercado artístico nacional e nome com mais de 27 anos no show business.
É a estreia do festival em Brasília, marcando o retorno do Brazilian Fest após mais de três décadas de história. Mais do que shows, o evento entrega pertencimento. Com estrutura de grandes festivais pagos — mas sem catraca —, o projeto é um símbolo de que cultura é direito, e o palco também é de todos.É a estreia do festival em Brasília, marcando o retorno do Brazilian Fest após mais de três décadas de história. Mais do que shows, o evento entrega pertencimento. Com estrutura de grandes festivais pagos — mas sem catraca —, o projeto é um símbolo de que cultura é direito, e o palco também é de todos.
Atrações principais por dia:
- Quinta-feira (29/05): Solange Almeida, Pablo do Arrocha, Zezé Di Camargo
- Sexta-feira (30/05): Marília Tavares, Murilo Huff, Manu Bahitdão
- Sábado (31/05): Traia Véia, Raça Negra
- Domingo (01/06): Atração Surpresa, É o Tchan
Além do Palco Fes — com dimensões de 60×30 metros e boca de cena de 22x10m, comparável aos maiores festivais do mundo — o evento contará com o Palco MPB, de 25x14m, voltado para artistas emergentes e performances durante as trocas de palco.
Mais do que entretenimento, o Brazilian Fest Brasília propõe um novo paradigma para os festivais brasileiros: democratizar o acesso à música sem abrir mão da excelência. Segundo levantamento Datafolha (2023), mais de 70% dos brasileiros afirmam não frequentar eventos pagos por falta de recursos. Com entrada franca, estrutura premium e curadoria diversa, o festival responde diretamente a esse desejo reprimido por participação cultural.
A proposta também impacta positivamente a economia e a saúde pública. Durante todos os dias, o evento disponibilizará uma estrutura com 13 tendas de atendimento gratuito, oferecendo exames odontológicos, oftalmológicos, ginecológicos e clínicos, além de aferição de pressão e glicemia.
“A cultura acessível não é sinônimo de entrega simplificada. Cultura gratuita não é menor — é maior. O palco, quando acessível, vira espelho. A música não é só um show — é uma declaração de que a vida de quem assiste também importa”, destaca Brandi.
“O som da nossa gente não tem catraca. O Brazilian Fest entrega o que há de melhor em estrutura e curadoria, com acesso livre. A cultura é de todos, e o palco também”, completa.
O Brazilian Fest Edicão Brasília é uma realização da Brazilian Fest, maior produtora de festivais gratuitos do Brasil, com edições já confirmadas para Goiânia (outubro) e São Paulo (dezembro). A empresa se destaca por reunir marcas e artistas em torno de um mesmo propósito: ampliar o alcance da cultura nacional com impacto social real.
Após 27 anos de história, o Brazilian Fest Show retorna com nova identidade estratégica e posicionamento claro: cultura é direito, e acesso é compromisso. O festival se assume como o maior evento musical de entrada franca do país, com curadoria diversa, estrutura premium e impacto social real.
Inspirado em um Brasil que canta, dança e não para, o projeto valoriza o Brasil real. É um espaço onde o Brasil inteiro canta junto — com orgulho, afeto e liberdade.
“Assinar o rebranding do Brazilian Fest é reposicionar uma marca que tem alma, história e poder de mobilização real. Estamos construindo uma plataforma cultural de grande escala, com propósito e impacto.” afirma Bruna Panza, head comercial da Incode, responsável pela comunicação e captação de patrocínios do festival.
“Acreditamos no poder da cultura como motor de transformação. Essa nova fase do festival não é só sobre música, mas sobre criar pontes, gerar acesso e movimentar a economia criativa do país”, complementa Gilberto Júnior, CEO da Incode
Sobre a Brazilian Fest Show
A Brazilian Fest Show é referência nacional na produção de festivais com entrada franca. Com entrega de padrão internacional, curadoria musical diversa e ações sociais, seus projetos transformam o consumo de cultura no Brasil, promovendo inclusão, pertencimento e desenvolvimento local.
Serviço
Evento: Brazilian Fest Brasília
Data: De 29 de maio a 1º de junho de 2025
Local: Esplanada dos Ministérios, Brasília – DF
Entrada: Franca
Site: brazilianfestof.com.br
Instagram: @brazilianfestoficial
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Rafael Múrmura: A voz corajosa que enfrentou o crime disfarçado de influência digital.

O jornalista investigativo Rafael Múrmura tem sido uma das figuras mais ousadas e relevantes no cenário do jornalismo brasileiro nos últimos anos. Ex-policial militar, Múrmura canalizou sua experiência nas forças de segurança para um trabalho profundo e meticuloso de investigação jornalística — e seus resultados estão impactando diretamente o combate ao crime digital organizado.
Recentemente, Múrmura teve papel fundamental na deflagração da “Operação Falsas Promessas 2”, que levou à prisão de 24 pessoas envolvidas em um vasto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro através das redes sociais. Entre os detidos estão nomes conhecidos da internet, como os influenciadores Franklin Reis, Ramhon Dias, Nanam Premiações, Gaby Silva e Alexandre Tchaca.
O esquema, segundo as investigações, movimentou centenas de milhões de reais por meio de sorteios irregulares, aliciando seguidores e mascarando práticas ilícitas sob a fachada de entretenimento digital. Rafael Múrmura foi o responsável por reunir provas, denunciar práticas e, acima de tudo, resistir às tentativas de silenciamento que surgiram ao longo do processo.
Mesmo diante de ameaças de morte e tentativas de suborno — incluindo uma proposta de R$ 1 milhão para que abandonasse as denúncias — Múrmura manteve sua postura firme e ética, acreditando no valor da verdade e no impacto social de seu trabalho. “Acredito que o jornalismo é um serviço público. Não posso me calar quando vejo crimes sendo normalizados”, declarou em uma de suas entrevistas.
Além do caso das rifas, Múrmura também denunciou figuras públicas como Deolane Bezerra por supostos envolvimentos com tráfico e organização criminosa, o que gerou processos contra ele. Mesmo assim, ele não recuou.
Seu trabalho não apenas ajudou a polícia a prender criminosos, como também expôs uma realidade preocupante: a banalização da ilegalidade nas redes sociais e a fragilidade da fronteira entre influência e crime.
Rafael Múrmura é hoje referência de coragem, comprometimento e serviço à sociedade. Em um país onde a verdade, muitas vezes, é ameaçada, seu trabalho reacende a importância do jornalismo investigativo como ferramenta de justiça e transformação.
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Criadora de conteúdo relata recusa de exposição com quadros pintados com o corpo por galerias de São Paulo

Após recusa de cinco galerias, artista anuncia que vai expor os quadros na Avenida Paulista neste domingo
A criadora de conteúdo Bella Mantovani desenvolveu a exposição “Gênesis”, composta por quadros pintados utilizando o próprio corpo como instrumento de criação. A mostra inclui obras como Herma e Matrice, que propõem releituras visuais do corpo feminino como potência criadora e instrumento simbólico.
A ideia para a série surgiu quando Bella buscava uma forma de expressar a conexão entre corpo e espiritualidade. Inspirada por discussões sobre a presença feminina na arte e a liberdade de expressão corporal, ela decidiu utilizar seu corpo como ferramenta principal na criação das obras.
Apesar do desenvolvimento da série, Bella enfrentou resistência no circuito artístico tradicional. “Teve galeria que disse que o conteúdo era ‘inadequado para famílias’, e outras alegaram ‘temor de ofender públicos religiosos’. Uma chegou a dizer que não queria ‘problemas com grupos conservadores’”, revela.
Após receber cinco recusas em menos de duas semanas, a criadora de conteúdo decidiu apresentar a exposição fora do circuito tradicional. “Me disseram que era provocação gratuita, que faltava recato, que eu estava tentando aparecer. Mas essa exposição não é sobre escândalo. É sobre a liberdade de existir no próprio corpo.”
Bella agora planeja uma intervenção urbana para este domingo (27), quando pretende expor os quadros na Avenida Paulista, uma das mais emblemáticas da cidade de São Paulo.