Saúde
O Efeito Destrutivo das Telas na Infância: Um Alerta da Pediatra

Irritabilidade, atraso na fala, insônia e crises de birra podem ter uma causa silenciosa: o excesso de telas no dia a dia da criança.
Por trás de cada criança irritada, desatenta ou agitada, pode haver uma rotina silenciosamente dominada pelas telas. O alerta é da Dra. Fernanda Lago, médica pediatra com mais de uma década de experiência e uma atuação marcada pela escuta ativa, prevenção e olhar integrativo sobre o desenvolvimento infantil.
Formada pela Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (RO) e com residência em Pediatria no Hospital Regional do Mato Grosso do Sul, Dra. Fernanda possui pós-graduação em Psiquiatria Infantil e Neurologia Pediátrica, além de especialização em Neurociência e Transtornos do Espectro Autista (TEA). Sua prática clínica abrange desde o pré-natal pediátrico até os 17 anos, sempre com foco na promoção da saúde e no fortalecimento do vínculo familiar.
E, entre os principais desafios enfrentados pelas famílias atualmente, ela destaca um dos mais negligenciados: a superexposição de crianças às telas — celulares, tablets, TVs e videogames.
“O uso excessivo de telas na infância afeta diretamente o desenvolvimento neurológico, o comportamento, o sono, a alimentação e até o vínculo com os pais. E o pior: os danos, muitas vezes, não são percebidos até que se tornem sintomas reais e duradouros.”
Estudos recentes mostram que a exposição prolongada às telas pode atrasar o desenvolvimento da linguagem, reduzir a capacidade de concentração e aumentar os riscos de ansiedade e irritabilidade em crianças pequenas. Mesmo entre os maiores, o tempo em frente às telas tem sido associado ao sedentarismo, dificuldades escolares e relações sociais empobrecidas.
Um estudo publicado na revista científica JAMA Pediatrics revelou que crianças expostas a mais de duas horas de tela por dia apresentavam risco significativamente maior de atraso no desenvolvimento da linguagem e dificuldade de autorregulação emocional — dois pilares essenciais para o aprendizado e a convivência social.
Para Dra. Fernanda, o problema vai além do tempo de exposição: envolve o tipo de conteúdo consumido, o momento em que isso acontece e, sobretudo, a ausência de interações humanas significativas.
“A criança precisa ser vista por inteiro: corpo, mente e ambiente. Quando o ambiente é dominado por estímulos artificiais e instantâneos, a mente infantil perde o espaço para desenvolver a criatividade, a empatia e a autorregulação.”
Dra. Fernanda reforça que os primeiros mil dias de vida — da gestação aos dois anos — são decisivos para o cérebro em formação. Nessa fase, o excesso de telas pode ter efeitos ainda mais prejudiciais, interferindo diretamente no desenvolvimento da linguagem, da atenção e do vínculo afetivo.
“Uma criança que cresce olhando para a tela, em vez de olhar para o rosto dos pais, tem menor oportunidade de aprender a se comunicar, a regular suas emoções e a desenvolver segurança afetiva.”
Embora os dados alarmem, a especialista reforça que não se trata de culpa, mas de consciência parental. Por isso, além dos atendimentos clínicos, ela compartilha conhecimento com milhares de famílias em suas redes sociais, abordando temas como alimentação, aleitamento, vacinação e desenvolvimento neuropsicomotor.
Atualmente, Dra. Fernanda também se aprofunda em Educação Parental e Medicina Integrativa, com foco em suplementação pediátrica e práticas preventivas que apoiam o neurodesenvolvimento saudável.
“O papel da pediatria não é apenas tratar doenças, mas orientar, acolher e prevenir. Cada consulta é uma oportunidade de empoderar os pais e ajudar a construir um ambiente mais nutritivo e afetivo para as crianças.”
Seguindo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Organização Mundial da Saúde, a Dra. Fernanda orienta que crianças de 0 a 2 anos não devem ter contato com telas, nem mesmo como distração. Entre 2 e 5 anos, o tempo de exposição deve ser limitado a, no máximo, uma hora por dia, sempre com supervisão de um adulto. A partir dos 6 anos, o uso pode ser mais flexível, desde que haja equilíbrio, regras bem definidas e incentivo à atividade física e interações sociais.
Mais importante do que o controle do tempo de tela é a qualidade da presença dos pais. Para a Dra. Fernanda, o melhor presente que se pode oferecer a uma criança é estar verdadeiramente presente: olho no olho, colo, histórias contadas e brincadeiras ao ar livre são experiências insubstituíveis que constroem o cérebro e o coração dos pequenos.
A Dra. Fernanda Lago realiza atendimentos presenciais e também oferece consultas por telemedicina, garantindo praticidade e cuidado mesmo à distância.
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Saúde
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave estão em queda, diz Fiocruz

O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, destaca que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entrou em queda em grande parte do país, indicando uma tendência de reversão da doença.
O quadro é atribuído à interrupção do crescimento ou queda das hospitalizações pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças pequenas e de influenza A em idosos.
A análise dos especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta também para estabilidade nos casos de SRAG por Covid-19, que continuam baixos na maioria dos estados, com um pequeno aumento da doença no Estado do Rio de Janeiro.
A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, alerta que, embora os números de casos de VSR e influenza A estejam caindo, ainda há locais com crescimento pontual em algumas faixas etárias. Os números de hospitalizações por SRAG ainda são considerados altos. Por isso, ela reforça a importância das medidas preventivas.
“É importante que todos estejam em dia com a vacina contra a gripe, continuem tomando alguns cuidados e mantendo a etiqueta respiratória, como fazer isolamento ou sair de casa usando máscaras em casos de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, além de usar máscara em locais fechados e com muita aglomeração de pessoas. Além disso, pedimos que as pessoas verifiquem se estão em dia com a vacina contra a Covid-19, lembrando que idosos e pessoas imunocomprometidas precisam tomar doses de reforço a cada seis meses”, alerta a especialista.
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Incidência
Apesar da tendência de queda na maior parte do país, os casos de SRAG nas crianças, associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), continuam elevados na maioria do país, com exceção do Tocantins e Distrito Federal.
Os casos de SRAG entre os idosos, associados à influenza A, permanecem em níveis de moderado a muito alto nos estados da região Centro-Sul, além de alguns estados do Norte (Amapá, Rondônia e Roraima) e do Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
O InfoGripe observa a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com tendência de aumento na população idosa, associada à influenza A em alguns estados do Nordeste (Paraíba e Sergipe), e possibilidade de aumento de SRAG em crianças, associadas ao VSR em Roraima.
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento de casos de SRAG no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 27, de 29 de junho a 5 de julho.
Saúde
Hospital Ceuta oferece atendimento premium com foco em conforto, exclusividade e recuperação otimizada

Crédito: João Macêdo/ Agência MiThi.
Legenda: Com equipe especializada e ambiente controlado, o Ceuta garante protocolos assistenciais rigorosos desde o pré-operatório.
Com estrutura moderna e atendimento humanizado, o Hospital Ceuta adota um modelo de atenção voltado à exclusividade e ao bem-estar do paciente. Localizado em Águas Claras, o hospital alia alta tecnologia à lógica assistencial de curta permanência, buscando máxima eficiência e segurança nos procedimentos, sem a necessidade de longas internações.
“O Ceuta foi planejado para ser mais que um hospital: é uma experiência. Nossa proposta é oferecer um atendimento de excelência com alma de boutique, onde cada detalhe é pensado para que o paciente se sinta acolhido”, afirma o diretor técnico e sócio-fundador, Dr. Silvio de Moraes Júnior.
Com menor volume de internações e foco total em cirurgias eletivas, o hospital consegue oferecer atenção personalizada, sem o ambiente agitado típico de grandes centros médicos. Cada paciente é tratado de forma única, desde a ambientação do quarto até o cardápio individualizado, passando por protocolos assistenciais customizados. “Aqui, o paciente não divide o espaço ou a equipe com casos emergenciais ou de alta complexidade. Ele é o centro das atenções naquele momento”, destaca o diretor. Esse cuidado, segundo ele, contribui não apenas para o conforto físico, mas também para a tranquilidade emocional, fator decisivo para uma boa recuperação.
Modelo hospital dia
O Ceuta é o primeiro hospital dia de Brasília, modelo que permite que entre 70% e 80% das cirurgias, tradicionalmente realizadas em hospitais gerais, possam ser feitas com alta no mesmo dia, desde que os pacientes estejam dentro dos critérios clínicos de elegibilidade. “A curta permanência reduz o risco de infecções hospitalares, diminui a ansiedade e contribui para uma recuperação mais rápida, no conforto do lar”, explica o médico. A estrutura foi projetada para diminuir o estresse, com leitos privativos, design clean e uma estética diferente dos hospitais tradicionais.
Com o sucesso do modelo, o Ceuta já iniciou sua ampliação e pretende lançar novos centros cirúrgicos. A meta é manter o padrão de excelência enquanto expande sua atuação, sempre com foco em inovação, segurança e personalização da jornada hospitalar.
Serviço:
Contato Principal: (61) 3356-0020
Endereço: Lote 34, Avenida Sibipiruna – Águas Claras, Brasília – DF
Website Institucional: https://ceutahospitaldia.com.br/
Saúde
Produção acadêmica para residência: o que realmente conta na avaliação?

Um dado relevante para a medicina é que 8 em cada 10 dos maiores programas de residência médica realizam avaliação curricular, segundo levantamento da Demografia Médica publicada em 2025. Conforme a Resolução CNRM nº 17, de 21 de dezembro de 2022 esse item deve corresponder a 10% da nota final.
Essa etapa pode decidir a aprovação no programa de residência que muitos sonham. Apesar da relevância e do impacto na aprovação, muitos estudantes continuam apostando em atividades pouco relevantes ou mal documentadas.
Para a médica e especialista em preparação para programas de residência, Dra. Clara Aragão, a chave está em montar um currículo estratégico. “Coletar certificados sem planejamento não ajuda. Avaliar o edital com atenção e selecionar atividades alinhadas à especialidade faz toda a diferença”, afirma. Ela destaca que entender o que pontua é o primeiro passo para investir tempo e energia de forma inteligente.
Segundo Clara, os componentes mais valorizados são a iniciação científica com vínculo institucional por pelo menos um ano, publicações em periódicos indexados, apresentações em eventos científicos da área médica e monitorias devidamente reconhecidas. “O estudante precisa priorizar o que soma pontos e garantir comprovação com documentos oficiais”, explica.
Outro problema frequente é a falta de documentação adequada. “É comum ver certificados sem carga horária, sem assinatura ou sem registro da instituição. Isso pode zerar toda a pontuação, mesmo que a atividade tenha sido feita de fato”, alerta. A orientação de Clara é revisar cada comprovação antes de enviá-la no sistema de avaliação.
Para quem ainda está em início de graduação, ela aconselha um planejamento gradual: “Comece cedo. Desde o ciclo básico formando-se em atividades relevantes com tempo de duração e vínculo institucional. Currículo bem-feito se constrói ano a ano, não dois meses antes da inscrição.”
Além dos itens técnicos, a Dra. Clara também enfatiza o valor das soft skills: liderança em ligas, participação em projetos de extensão e habilidades de comunicação, que podem ser decisivos em entrevistas ou arguições curriculares exigidas por alguns programas.
Por fim, Clara avalia que, mesmo em um sistema em que a prova escrita pesa mais, a análise curricular pode eliminar candidatos fortes. “Reserve 10% da sua preparação para construir um currículo consistente. Um erro nessa etapa pode custar a vaga, mesmo com uma ótima performance na prova”, conclui.