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Saúde

O Que É Comum, Mas Não É Normal? A Relação Entre Hábitos e Saúde

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Muitas pessoas acreditam que certos problemas de saúde e mudanças no corpo fazem parte do processo natural de envelhecimento.

O ganho de peso progressivo, alterações nos exames de sangue e a perda da disposição parecem ser consequências inevitáveis da vida adulta. 

No entanto, essa percepção está errada. Embora esses problemas sejam comuns, eles não são normais — e entender essa diferença pode ser a chave para uma vida mais saudável e equilibrada.

Este artigo explora essa ideia, destacando como padrões alimentares e escolhas de estilo de vida podem influenciar diretamente a saúde. 

Além disso, abordamos a importância da educação nutricional, que vai muito além das dietas da moda e promessas milagrosas.

O Que Consideramos Normal, Mas Não Deveríamos?

A sociedade construiu uma visão distorcida do que é esperado em relação à saúde. Algumas ideias equivocadas incluem:

  • Ganho de peso progressivo na vida adulta: Muitos acreditam que é natural engordar com o passar dos anos, especialmente após os 30 ou 40 anos. Esse pensamento faz com que as pessoas aceitem o sobrepeso sem questionar suas causas.
  • Exames de sangue alterados: Níveis elevados de triglicerídeos, colesterol e glicose no sangue são frequentemente tratados com leveza, muitas vezes com piadas sobre “ser um doce de pessoa” (pelo alto nível de açúcar no sangue) ou estar “gotoso” por causa do ácido úrico alto (que causa gota). O problema é que esses marcadores são sinais de alerta para doenças metabólicas.
  • Fadiga e falta de energia constantes: Muitas pessoas acreditam que se sentir cansado o tempo todo é uma consequência inevitável da vida adulta. No entanto, essa falta de disposição pode estar ligada a má alimentação, sedentarismo e deficiência de nutrientes.
  • Aceitação de hábitos pouco saudáveis: O consumo excessivo de açúcar, alimentos ultraprocessados e a falta de exercícios são vistos como normais na rotina moderna. No entanto, esses hábitos podem ser os principais responsáveis pelo aumento de doenças crônicas.

O primeiro passo para mudar essa realidade é questionar o que é considerado normal e adotar uma nova perspectiva sobre saúde e alimentação.

O Papel da Educação Nutricional no Emagrecimento e na Saúde

A falta de conhecimento sobre alimentação saudável é um dos maiores obstáculos para quem busca perder peso e melhorar a saúde. 

Muitas pessoas querem emagrecer, mas evitam se aprofundar no assunto. 

Preferem soluções rápidas e fórmulas milagrosas, o que as leva a cair em ciclos repetitivos de dietas restritivas e efeito sanfona.

Essa resistência ao aprendizado cria um padrão perigoso:

  1. A pessoa busca uma solução rápida, como uma dieta da moda.
  2. Inicialmente, ela consegue perder peso, mas sem entender os fundamentos por trás das escolhas alimentares.
  3. Ao enfrentar desafios ou sair da dieta, ela retorna aos velhos hábitos e recupera o peso perdido.
  4. Sente-se frustrada e busca outra solução milagrosa, repetindo o ciclo.

A educação nutricional é a chave para quebrar esse padrão. 

Ao invés de apenas seguir regras sem compreendê-las, é essencial entender como os alimentos afetam o corpo, como equilibrar a alimentação e como fazer escolhas sustentáveis.

Por Que Dietas Restritivas Não Funcionam?

Dietas extremamente restritivas costumam falhar porque:

  • Não são sustentáveis: Cortar drasticamente grupos alimentares pode gerar deficiências nutricionais e desejos incontroláveis.
  • Causam efeito sanfona: Como a maioria das dietas se baseia na restrição extrema, é difícil mantê-las a longo prazo. O peso perdido retorna rapidamente quando a pessoa volta aos hábitos antigos.
  • Não ensinam hábitos saudáveis: A pessoa pode até seguir uma dieta por um período, mas, sem compreender os princípios por trás dela, não consegue aplicá-los ao longo da vida.

Para emagrecer de forma definitiva, é necessário aprender a classificar os alimentos, equilibrar macronutrientes e entender como encaixar indulgências sem prejudicar o progresso.

Nada é Proibido, Mas Tudo Deve Ser Encaixado na Rotina

Muitas dietas impõem uma mentalidade de restrição total, fazendo com que os alimentos sejam classificados como “bons” ou “ruins” de forma radical. 

Esse tipo de abordagem pode gerar culpa e ansiedade em relação à comida.

A melhor estratégia é entender que nenhum alimento precisa ser completamente proibido, mas é essencial saber como e quando consumir cada tipo de alimento. Algumas diretrizes incluem:

  • Alimentos liberados para consumo frequente: Proteínas de qualidade, gorduras saudáveis, vegetais e legumes e folhas low-carb.
  • Alimentos que devem ser consumidos com moderação: Alimentos naturais mais calóricos, como queijos, castanhas, receitas adaptadas como pães low-carb.
  • Alimentos que devem ser consumidos ocasionalmente: Doces, ultraprocessados, frituras e bebidas alcoólicas.

Ter clareza sobre essa classificação permite que a alimentação seja mais equilibrada e flexível, evitando excessos sem criar uma mentalidade de privação.

O Primeiro Passo para uma Mudança Real

A mudança de hábitos não acontece da noite para o dia. No entanto, pequenos passos podem fazer uma grande diferença. Algumas atitudes para começar incluem:

  • Investir em conhecimento: Assistir aulas, ler artigos e aprender sobre alimentação saudável ajuda a tomar decisões melhores no dia a dia.
  • Fazer pequenas mudanças graduais: Em vez de cortar tudo de uma vez, substitua um alimento ultraprocessado por uma versão mais natural, aumente o consumo de vegetais e priorize proteínas.
  • Criar um ambiente favorável: Se a casa está cheia de alimentos não saudáveis, a tentação será maior. Organizar a cozinha com opções nutritivas facilita escolhas melhores.
  • Praticar a consistência: Pequenas escolhas diárias, quando feitas de forma contínua, geram um impacto muito maior do que dietas extremas seguidas por pouco tempo.

Conclusão: Desafiando o “Normal” para Viver Melhor

Muitas condições de saúde que consideramos normais são, na verdade, sinais de um estilo de vida que pode ser melhorado. 

O ganho de peso progressivo, exames alterados e fadiga constante não devem ser aceitos como parte inevitável do envelhecimento.

A chave para a mudança está na educação nutricional e na adoção de hábitos sustentáveis. Quando aprendemos a nos alimentar de forma equilibrada, conseguimos manter um peso saudável sem precisar de dietas restritivas e sem abrir mão do prazer de comer.

O primeiro passo para essa transformação é questionar o que é comum, mas não necessariamente normal, e buscar conhecimento para construir uma relação mais saudável com a alimentação.

Henrique Morgani é Especialista em Link Building, acumulando mais de 8 anos de experiência combinada em SEO e redação. Com formação em Direito, ele descobriu grande paixão no Marketing Digital.

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Saúde

Estudo com PrEP injetável aponta maior adesão ao medicamento

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

Um estudo que avalia a adoção da profilaxia pré-exposição (PrEP) injetável para evitar a contaminação por HIV indicou que as pessoas aderiram melhor a essa forma de prevenção do que aquelas que usaram a PrEP oral, atualmente disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os resultados da pesquisa ImPrEP CAB, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram apresentados há alguns dias na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, realizada nos Estados Unidos. Entre outubro de 2023 e setembro de 2024, os pesquisadores acompanharam cerca de 1,4 mil pessoas que receberam a medicação em unidades públicas de saúde de seis cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Campinas, Florianópolis e Manaus.

Os pesquisadores avaliam que a PrEP injetável é uma ferramenta com potencial para enfrentar os desafios de adesão à medicação oral diária, particularmente entre as pessoas mais novas, e pode ajudar o Brasil a frear o aumento de casos de HIV e a carga desproporcional de infecções entre jovens de minorias sexuais e de gênero.

O uso da PrEP injetável no Brasil, com o medicamento cabotegravir, foi aprovado em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e a incorporação no SUS está em avaliação pelo Ministério da Saúde.

Metodologia

Foram selecionadas pessoas de 18 a 30 anos que são homens que fazem sexo com homens, transgênero ou não-binárias. Os participantes do estudo nunca tinha utilizado a PrEP e procuraram esses serviços de saúde em busca do medicamento ou para fazer o teste de detecção do HIV.

Todos puderam escolher de que forma iriam utilizar a PrEP, e 83% preferiram a versão injetável, que consiste na aplicação, a cada dois meses, do medicamento cabotegravir. Já os 17% de participantes que preferiram utilizar a PrEP oral deveriam tomar diariamente os antiretrovirais tenofovir e entricitabina, na forma de um comprimido combinado. Essa é a profilaxia tradicional distribuída pelo SUS desde 2017.

O acompanhamento dos participantes mostrou que 94% das pessoas que optaram pela prep injetável compareceram ao serviço de saúde para tomar as injeções no tempo correto, o que garantiu que a grande maioria permanecesse protegida contra a infecção durante quase todo o tempo de estudo. Nenhum desses pacientes testou positivo para o HIV.

Já as pessoas que preferiram utilizar a PrEP oral ficaram protegidas durante apenas 58% dos dias de acompanhamento devido à menor adesão ao tratamento, com medicação oral de uso diário. Entre as pessoas desse segundo grupo, uma testou positivo para HIV.

Os pesquisadores também fizeram uma comparação com dados de cerca de 2,4 mil pessoas, de 14 cidades, que utilizam a PrEP oral pelo SUS, e identificaram que a cobertura foi ainda menor: 48%. Nesse grupo, nove pessoas foram infectadas pelo vírus.

O Ministério da Saúde informou, em nota, que acompanha a realização do estudo, mas não disse se há alguma previsão de inclusão da estratégia no SUS. De acordo com a pasta, a PrEP ─ mesmo em sua forma oral, como está disponível hoje ─ é “estratégia essencial na prevenção da infecção pelo HIV” e “uma das principais iniciativas para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.” O Ministério informou ainda que o Brasil dobrou o número de usuários em três anos, atingindo a marca de 119 mil usuários em 2025.

O último boletim epidemiológico publicado no final do ano passado aponta que, em 2023, foram notificados 46.495 casos de infecção pelo HIV no país, cerca de 2 mil a mais do que em 2022. Mais de 40% deles ocorreram em homens de 20 a 29 anos. Apesar disso, graças aos avanços no tratamento, entre 2013 e 2023, a mortalidade por aids caiu 32,9% no país.

 

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Saúde

São Paulo se aproxima de 300 mil casos confirmados de dengue

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

O estado de São Paulo está se aproximando dos 300 mil casos confirmados de dengue desde o início do ano. Segundo o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde, o estado já registrou 296.143 casos confirmados até esta sexta-feira (21).

Dentre os infectados, 273 foram a óbito e 545 desenvolveram dengue grave. Ainda há 465 óbitos em investigação.

Na última semana, iniciada no domingo (16), a transmissão de dengue diminuiu bastante no estado: foram 3.224 casos confirmados – a menor quantidade para uma semana desde o início do ano – e nenhum óbito.

Na semana anterior, de 9 a 15 de março, foram 18.586 casos confirmados e dois óbitos. A semana com o maior registro de casos foi de 9 a 15 de fevereiro, com 32.080 casos confirmados e 24 óbitos.

A região paulista com maior número de óbitos é a de São José do Rio Preto, com 86, seguida por Ribeirão Preto, com 34; e Campinas, também com 34 mortes.

a região com maior incidência de infectados, a cada 100 mil habitantes, é a de São José do Rio Preto (4,4 mil), seguida de Araçatuba (3,2 mil) e Araraquara (2,3 mil).

Neste sábado (22), o governo de São Paulo iniciou uma ação que pretende combater a desinformação e conscientizar a população sobre a doença. Até o próximo dia 31 de março, das 10h às 16h, uma cabine interativa será instalada em cinco comunidades da capital paulista: Heliópolis, São João, Cantinho do Céu, Paraisópolis e Jardim Planalto.

A ação tem o objetivo de esclarecer dúvidas sobre sintomas, tratamento e vacinação oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de combater fake news relacionadas à doença. 

>> Os principais sintomas da dengue são:

  • febre alta
  • dor atrás dos olhos
  • dores no corpo, músculos e articulações
  • manchas avermelhadas na pele e coceira
  • náuseas 

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Saúde

SUS passa a oferecer tratamento inovador de atrofia muscular espinhal

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© Paulo Pinto/Agência Brasil

Crianças que precisam de tratamento da atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1, doença rara que afeta os movimentos do corpo e também a respiração, terão, a partir desta segunda-feira (24), acesso a um tratamento inovador e gratuito pelo Sistema Único de Saúde. O SUS passará a realizar a terapia genética com o medicamento Zolgensma, que na rede particular custa em média R$ 7 milhões.

“É a primeira terapia gênica que está sendo introduzida no Sistema Único de Saúde. O SUS passa a fazer parte de um pequeno clube de cinco sistemas públicos nacionais no mundo a oferecerem esse medicamento para a sua população”, comemorou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A indicação desse tipo de terapia é para pacientes de até 6 meses de idade que não estejam com a ventilação mecânica invasiva acima de 16 horas por dia. De acordo com o Ministério da Saúde, com a incorporação do Zolgensma, o SUS passará a ofertar para AME tipo 1 todas as terapias modificadoras desta doença.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os 2,8 milhões de brasileiros nascidos vivos em 2023, cerca de 287 foram diagnosticadas coma a doença. Na prática, o tratamento faz uso do medicamento em substituição à função de um gene ausente ou que não está funcionando corretamente.

A incorporação do tratamento foi viabilizada por meio de um acordo firmado com a indústria internacional, que condiciona o pagamento ao resultado da terapia no paciente. 

“Vai seguir de forma permanente a avaliação do desempenho do medicamento, da melhoria da vida dessa criança e da vida da família, com marcadores clínicos de avaliação, ao longo do tratamento”, explica o ministro.

Protocolo

Para iniciar o tratamento, a família do paciente deve procurar um dos 28 serviços de referência para terapia gênica de AME, presentes nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

O paciente será acolhido e passará por uma triagem orientada pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atrofia Muscular Espinhal 5q Tipos 1 e 2, estabelecido pelo Ministério da Saúde. Nas próximas semanas, também será instalado um comitê para acompanhamento permanente dos pacientes que farão o uso do medicamento de dose única.

Antes do acordo, o Zolgensma já era ofertado pelo Ministério da Saúde em cumprimento a 161 ações judiciais.

Entenda

A AME é uma doença rara que interfere na capacidade de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover. A doença é considerada rara, por atingir menos de 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos.

Na rede pública, os pacientes de AME tipos 1 e 2, em outras faixas etárias, são tratados com os medicamentos de uso contínuo nusinersena e risdiplam. Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, esses medicamentos tiveram mais 800 prescrições emitidas para tratamento.

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