Saúde
OMS vai cortar custos e rever prioridades com anúncio de saída dos EUA
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta segunda-feira (3) uma série de medidas para reduzir custos e priorizar programas da entidade. A decisão foi tomada depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que vai .
“O anúncio dos Estados Unidos tornou nossa situação ainda mais crítica”, disse Tedros, ao discursar na abertura da reunião anual do conselho executivo da entidade. “Informamos um conjunto de medidas com efeito imediato para proteger ao máximo nossa força de trabalho.”
O pacote, segundo o diretor-geral, inclui fazer um realinhamento estratégico de recursos; congelar o recrutamento de novos profissionais de saúde, exceto em áreas consideradas mais críticas; reduzir despesas com viagens; renegociar os principais contratos de aquisição de produtos e insumos e reduzir investimentos.
Em sua fala, Tedros defendeu o trabalho da OMS e as reformas recentes conduzidas pela entidade. Ele reiterou o apelo para que os Estados Unidos reconsiderem a decisão de deixar a lista de países-membros e pediu que o governo de Donald Trump dialogue com a agência sobre a possibilidade de novas mudanças.
“Lamentamos a decisão e esperamos que os Estados Unidos reconsiderem. Acolheríamos com agrado um diálogo construtivo para preservar e reforçar a relação histórica entre a OMS e os Estados Unidos”, concluiu o diretor-geral.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Diagnóstico de Covid longa passa despercebido nos serviços de saúde
Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela elevado índice de Covid longa na cidade do Rio de Janeiro, além de altas prevalências de sintomas associados à síndrome pós-Covid, tais como fadiga, dor articular e comprometimento cognitivo. Os dados apontam que a síndrome permanece despercebida nos serviços de saúde, indicando que os pacientes não conseguem obter os cuidados necessários e os serviços de saúde não estão preparados para cuidar deles. A pesquisa aponta ainda que, apesar do alto custo da Covid longa para indivíduos, famílias e sociedade, a conscientização e compreensão sobre essa condição são muito baixas.
A pesquisa realizada em parceria com a Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard T. H. Chan School of Public Health) e a Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres (London School of Economics and Political Science), objetiva fortalecer o cuidado com a síndrome pós-Covid no Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram coletados entre novembro de 2022 e abril de 2024.
Também conhecida como Covid longa, a síndrome pós-Covid é uma condição crônica associada à infecção (CCAI), que pode se desenvolver após uma infecção por SARS-CoV-2, podendo durar de três meses até anos. A síndrome envolve entre um a vários sintomas, que podem variar ao longo do tempo. Os pacientes também podem apresentar danos em alguns órgãos.
A coordenadora do projeto no Brasil, Margareth Portela contou que “o estudo foi uma iniciativa internacional, interdisciplinar e com engajamento de pacientes, com vistas a estimar a prevalência de Covid longa, a partir da probabilidade de pacientes que foram hospitalizados por Covid-19 em hospitais do SUS, na cidade do Rio de Janeiro”.
A pesquisadora da ENSP explicou ainda que o estudo buscou, “identificar as necessidades, o uso e as barreiras de acesso aos serviços de saúde. No componente quantitativo do estudo, realizamos 651 entrevistas com pacientes hospitalizados durante o quadro agudo da doença. O componente qualitativo incluiu 29 entrevistas com gestores e profissionais de saúde da rede, além de 31 entrevistas sobre a experiência de pacientes vivendo com a Covid longa, independentemente de hospitalização prévia”, esclareceu Portela.
Sintomas
Os resultados da pesquisa apontaram alta prevalência de sintomas pós-Covid: 91,1% dos entrevistados relataram, pelo menos, um sintoma; e 71,3% afirmaram vivenciar pelo menos um sintoma frequente. Do total de entrevistados, 39,3% falaram em síndrome pós-Covid, mas apenas 8,3% tiveram um diagnóstico de Covid longa de um profissional de saúde. Também foi constatada elevada mortalidade (12%) entre a alta do paciente e o seu recrutamento para o estudo até dois anos depois.
Os cinco sintomas mais comuns da doença foram: fadiga, mal-estar pós-exercícios (piora ou surgimento de sintomas entre 24 e 72 horas após esforço físico ou cognitivo), dor nas articulações, alterações no sono e comprometimento cognitivo.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Emergências dos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes são reabertas
As emergências dos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes, nas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro, foram reabertas nesta segunda-feira (3). Segundo a prefeitura da cidade, a reabertura vai ampliar a oferta de assistência hospitalar. A medida também faz parte de um cronograma de revitalização completa dos hospitais, que já receberam melhorias desde a , formalizada em dezembro de 2024.
As ações para a reabertura dos serviços incluem reparos emergenciais, reforma de salas e consultórios, limpeza das instalações e contratação de 370 profissionais de saúde ao todo, entre médicos e enfermeiros.
Em um primeiro momento, os serviços funcionarão em espaços provisórios. Com as obras, que têm conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026, as unidades contarão com centros de Emergência Regional, nos mesmos moldes dos grandes hospitais de urgência e emergência da rede municipal, além de ambulatórios e serviços de alta complexidade.
“Hoje reabrimos duas emergências fundamentais para a cidade do Rio. O Hospital do Andaraí é uma unidade com mais de 80 anos e é essencial para essa região da cidade. Com a reabertura, será possível oferecer atendimento com maior qualidade à população. Quando a emergência do Andaraí fechou, o Hospital Souza Aguiar ficou sobrecarregado. Além disso, quando a emergência do Cardoso Fontes foi restrita, o Hospital Lourenço Jorge também teve sobrecarga. Então, mesmo sendo em um espaço temporário, é muito importante que esses dois hospitais voltem a ter emergência para aliviar os atendimentos de outras unidades”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
As novas emergências têm capacidade para 400 atendimentos diários cada. Com o fim das obras, a expectativa é que, juntos, os hospitais tenham capacidade para quase 500 mil procedimentos por ano. O Hospital do Andaraí, que hoje tem cerca de 300 leitos, passará a ter 450, e o Cardoso Fontes, que conta com 120 leitos, chegará a 250. Com isso, as unidades terão 700 leitos no total.
No Hospital do Andaraí, o cronograma de entregas inclui reformas das enfermarias, modernização dos centros de imagem, do parque tecnológico e outras readequações estruturais. Já no Hospital Cardoso Fontes, o planejamento prevê a abertura de uma nova ala pediátrica, um novo centro de imagem e melhorias nos Centros de Tratamento Intensivo (CTI), além da revitalização das instalações.
Hospital do Andaraí
O Hospital do Andaraí é referência em assistência médica na região da Grande Tijuca. Como unidade de média e alta complexidade, oferece atendimento hospitalar, ambulatorial e de emergência referenciada, incluindo cuidados oncológicos. Entre seus serviços, destacam-se microcirurgia, cirurgia plástica, suporte a grandes traumas e um Centro de Tratamento de Queimados, acompanhando os pacientes desde a regulação até a intervenção cirúrgica.
Hospital Cardoso Fontes
O Hospital Cardoso Fontes é uma referência em atendimento de média e alta complexidade na zona oeste da cidade. A unidade se destaca por sua atuação em fisioterapia oncológica, ginecologia, nefrologia – incluindo tratamentos para crianças com insuficiência renal –, pneumologia e urologia. Além disso, seu serviço odontológico para pacientes que necessitam de cuidados especiais, com aplicação de anestesia geral, é um dos principais referenciais do Sistema Único de Saúde no estado.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc
Saúde
Brasil encerrou janeiro com mais de 180 mil casos de dengue e 38 morte
O primeiro mês de 2025 registrou um total de 170.376 casos prováveis de dengue em todo o país, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação para a doença. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde indicam que o coeficiente de incidência do Brasil, neste momento, é 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Os números mostram que 54% dos casos prováveis foram registrados entre mulheres e 46%, entre homens. Desse total, 51,3% foram identificados entre pessoas brancas, 32,4% entre pessoas pardas, 4,4% entre pessoas negras e 1,1% entre pessoas amarelas. Os grupos que respondem pelo maior número de casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.
No ranking de estados com maior número absoluto de casos prováveis, São Paulo aparece na frente, com 100.025, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). em relação ao coeficiente de incidência, o Acre lidera com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).
Sudeste
Dados do ministério divulgados na semana passada mostram que, quando consideradas as quatro primeiras semanas de 2025, o cenário de dengue na Região Norte do Brasil segue no mesmo patamar de 2024, com números que a pasta classifica como “não muito exuberantes”.
O Nordeste mantém a mesma linha, com uma pequena redução no total de casos. O Centro-Oeste e o Sul registraram o que o ministério se refere como “redução substancial”, sobretudo em decorrência da queda de casos no Distrito Federal, em Goiás, no Paraná e em Santa Catarina.
“Nossa preocupação é o Sudeste. Quando olhamos os números, semana a semana, temos a impressão de que a situação está tranquila. Mas, quando mergulhamos o olhar sobre o estado de São Paulo, estamos observando, semana após semana, o dobro do número de casos de dengue quando comparamos com 2024”, destacou o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio.
“Chamo também a atenção para o montante de óbitos – tanto os óbitos já confirmados enquanto tal como os óbitos em investigação. Se considerarmos a possibilidade de dois terços desses 135 óbitos em investigação [no estado de São Paulo] sendo confirmados, estaremos em um patamar de mais ou menos 800 a 900 casos para cada óbito, o que é muito elevado.”
Segundo Rivaldo, o estado de São Paulo saiu de um patamar de quase 50 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2024 para praticamente 100 mil casos nas quatro primeiras semanas de 2025. “Ou seja, o dobro de casos. Bem diferente de Minas Gerais, onde há uma redução de aproximadamente 85% em números absolutos – de 123 mil para 16 mil casos, quando comparados 2024 com 2025”.
Dengue tipo 3
Para o secretário, o aumento na circulação do sorotipo 3 da dengue no Brasil figura como um dos principais causadores da elevação verificada pela pasta no número de casos da doença no Sudeste. “Em especial no estado de São Paulo e um pouco no Paraná também”, destacou.
“Desde julho do ano passado, mês a mês, está crescendo a detecção do sorotipo 3 Brasil afora. Então, em algumas localidades que ainda não registraram dengue 3, muito provavelmente, é questão de tempo, infelizmente”, concluiu Rivaldo.
Segundo o site Agenciabrasil.ebc,
Com informações: Agenciabrasil.ebc