Siga-nos nas Redes Sociais

Outras

Operação que parou vias expressas no Rio nesta terça teve 20 presos

Publicado

em

© Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

A operação da Polícia Civil em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro nesta terça-feira (10) resultou em 20 criminosos presos, apreensão de oito fuzis, duas pistolas, granadas e coquetéis molotov, além de drogas. A ação mirou uma organização que controla a região nomeada por criminosos como Complexo de Israel, que inclui Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau.

Segundo a Polícia Civil, o planejamento da ação levou sete meses e resultou na identificação de 44 traficantes sem mandados de prisão anteriores. A operação é parede de uma série de ações voltadas ao desmantelamento da estrutura criminosa do Terceiro Comando Puro (TCP) na região, facção que controla o complexo de comunidades.

A troca de tiros entre policiais e criminosos fez com que a Avenida Brasil, a principal via expressa da cidade, e a Linha Vermelha, fossem fechada por cerca de uma hora e 30 minutos, enquanto as forças de segurança do Estado entravam nas comunidades da região, que é comandada por Álvaro Malaquias Santos Rosa, o Peixão, o criminoso mais procurado do Rio.

As localidades ficam em uma área cortada por vias importantes da região metropolitana do Rio de Janeiro, e o tiroteio levou pânico aos cidadãos que faziam seus deslocamentos de rotina no período da manhã. Motoristas de carros, caminhões e motociclistas chegaram a abandonar os veículos para buscar abrigo na mureta de cimento que divide as pistas das vias expressas; enquanto passageiros de ônibus dividiam espaço no chão dos coletivos para fugir das balas. 

>> Siga o perfil da Agência Brasil no Facebook 

Ao menos duas pessoas foram feridas em ônibus: um era motorista e trafegava pela Linha Vermelha, e o outro era um passageiro que estava na Avenida Brasil. O condutor seguia internado, com quadro de saúde estável, no início da noite e aguardava cirurgia no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN)Outras duas pessoas foram baleadas durante a operação e também encaminhadas para o HMAPN.

Escolas e postos de saúde do complexo ficaram fechados por medida de segurança e mais de 50 linhas de ônibus urbanos e intermunicipais tiveram o trajeto alterado, por causa do fechamento da Avenida Brasil e do riscos para a população. Sobre os transtornos provocados à população, o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, disse que “esse estado de coisas” não é provocado pela polícia.

“Os causadores destes ataques que interferem na rotina da população são esses narcoterroristas que atiram deliberadamente contra trabalhadores, em vias de grande circulação, a fim de cessar as ações das forças de segurança”, disse Curi. “As investigações tiraram esses marginais do anonimato, e, agora, eles não ficarão mais tranquilos, não vão dormir tranquilos. Estamos gerando para eles a mesma intranquilidade que eles geram para a população de bem, o morador da comunidade, que é oprimido 24 horas por dia”.

De acordo com a Polícia Civil, a facção impõe seu domínio com o uso de barricadas, drones para monitoramento das forças de segurança, toque de recolher e monopólio de serviços públicos, além de promover intolerância religiosa. Peixão, chefe da organização criminosa, se declara evangélico. 

Ataque a aeronaves

Segundo a polícia, o traficante promove a intimidação sistemática de moradores, expulsão de rivais, ataques a agentes de segurança e ações coordenadas para impedir operações policiais. Foi identificado pelas investigações um grupo responsável pelo monitoramento de viaturas, queima de ônibus e organização de protestos simulados com o objetivo de obstruir o trabalho policial. Também foi apontada a existência de um núcleo especializado em tentar abater aeronaves policiais, com armamento pesado e treinamento específico, informou a corporação.

“Eles ficavam em oito pontos específicos da comunidade, em locais protegidos, com seteiras, com fuzis e lunetas. A função deles era só atirar nos helicópteros que se aproximavam. Para se ter ideia, nós últimos cinco anos, foram mais de 70 ataques às nossas aeronaves”, explicou Felipe Curi.

Uma construção irregular dos traficantes foi demolida, conforme autorização judicial. Era uma torre utilizada pelos bandidos para atacar a polícia, instalada em uma falsa igreja de três andares para despistar as forças de segurança. Nesse lugar com visão privilegiada, os criminosos se escondiam para atacar as forças de segurança do Estado.

 

 

 

Fonte

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outras

AGU assinará acordo para indenizar família de Vladimir Herzog

Publicado

em

© Divulgação

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quarta-feira (18) que vai assinar um acordo judicial para o pagamento de indenização aos familiares do jornalista Vladimir Herzog, assassinado durante o período da ditadura militar no país.

O ato simbólico da assinatura do acordo será realizado no dia 26, em São Paulo. A família do jornalista deverá receber R$ 3 milhões em danos morais e valores retroativos da reparação econômica.

O acordo será feito no âmbito da ação judicial na qual a família processou a União em busca da reparação.

De acordo com o advogado-geral da União, Jorge Messias, a celebração do acordo demonstra o compromisso do órgão com a reparação das violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura.

“Dirimir conflitos de maneira consensual e promover a justiça histórica, além de serem mandamentos da nossa Constituição, são compromissos éticos da AGU”, afirma Messias.

Vladimir Herzog era diretor de jornalismo da TV Cultura em outubro de 1975, quando foi procurado por militares na emissora e, um dia depois, compareceu espontaneamente à sede do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi/SP), na Vila Mariana, em São Paulo.

No DOI-Codi, foi torturado e assassinado. Os militares criaram uma falsa cena de suicídio. Na missa de sétimo dia, na Catedral da Sé, uma multidão com mais de 8 mil pessoas compareceu para o ato ecumênico. O episódio ficou marcado como um símbolo de luta contra a ditadura militar e pela volta da democracia.

Fonte

Continue Lendo

Outras

“Foi mais um dia de terror”, diz moradora de Canoas sobre chuva no RS

Publicado

em

© Frame bahgossip/Intagram

A noite passada e toda a madrugada desta quarta (18), de temporal incessante em Canoas, Rio Grande do Sul, trouxeram as piores lembranças para a técnica em administração Patrícia Vargas, de 51 anos, moradora do bairro São Luiz. “Foi mais um dia de terror”, resume Patrícia. 

O temporal reavivou o trauma de maio do ano passado, quando foi tudo destruído na casa em que ela e a mãe, de 75 anos, moram.

“Não conseguimos dormir. Eram três horas da manhã e pensamos que a água iria invadir de novo a nossa casa”, recorda.

Ela e a mãe não dormiram.  A água estava para entrar na porta da cozinha. “Ficou a menos de um dedo para entrar”. Quem passou pelas dificuldades das cheias do ano passado sabe bem o desastre que estas podem provocar.

“Só quem perdeu tudo sabe o que isso significa. Eu tenho 51 anos. Eu nunca esperava passar por duas experiências dessas em tão pouco tempo”.

Perdas

 Em maio d2 2024, a casa inteira ficou como uma piscina de água e lama de mais de meio metro de altura. Não restaram móveis ou eletrodomésticos. Só restou uma geladeira.

Patricia Vargas diz que esperava que fossem tomadas providências mais efetivas nesse último ano. “A gente está se sentindo meio abandonada. Ninguém do meu bairro dormiu na última noite. E aqui o nhttps://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-06/rio-grande-do-sul-esta-mais-preparado-para-chuvas-diz-governadorosso bairro é pequeno, tem cerca de 3 mil pessoas.” 

Inclusive, para se ajudarem nos alertas, os moradores criaram um grupo em aplicativo de mensagens. Foi inclusive por meio de uma vaquinha entre amigos que ela conseguiu comprar alguns móveis para viver. “Depois que teve a enchente, essa foi a pior noite de todas.”

Instabilidade

A prefeitura de Canoas informou, na terça (17), que monitora as condições de instabilidade do município em vista dos prognósticos de dias chuvosos feitos pelos institutos de meteorologia.  

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul, nesta quarta, chamou a atenção para o risco de alagamentos também em áreas da Serra, de vales e do litoral norte do estado. A previsão é de “chuvas volumosas” também nesta quinta-feira (20).

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu hoje um alerta vermelho, que indica grande perigo na escala de grau de severidade para o volume de chuvas que deve ser registrado no Rio Grande do Sul nos próximos dias, superior a 60 milímetros por hora (mm/h) ou acima de 100 mm/dia.

Duas mortes

O governo gaúcho postou, nesta tarde, na rede X, mensagem informando que as equipes continuam atuando em todas as regiões para proteger vidas e minimizar os impactos das chuvas no estado.

A Defesa Civil confirmou, até agora, a morte de duas pessoas. Até a manhã desta quarta-feira, 51 cidades haviam informado problemas, como casas alagadas, estradas obstruídas e pontes danificadas, por causa da água. 

Mais de 1.300 pessoas estão desalojadas e mil foram enviadas para abrigos.

O Inmet mantém um alerta vermelho de grande perigo sobre o Rio Grande do Sul, com possibilidade de chuvas acima de 60 mm/h.

Nas redes sociais, o governador Eduardo Leite fez um alerta sobre as chuvas, mas disse que as atuais não se comparam com as do ano passado.

Fonte

Continue Lendo

Outras

Defesa Civil emite alerta severo para cheia do Rio Taquari

Publicado

em

© Alexandre Pessoa/Divulgação

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta na tarde desta quarta-feira (18) de risco muito alto de inundação nas cidades de Lajeado e Estrela, em razão da elevação do Rio Taquari, que atingiu a cota de inundação. O alerta tem validade até as 10h de quinta-feira (19).

O alerta vermelho (risco muito alto) indica que a população deve evitar as áreas inundáveis e não retornar a locais que já foram evacuados. 

A prefeitura de Lajeado informou que iniciou o plano de contingência na madrugada desta quarta-feira com a retirada de moradores que residem próximo ao rio.  

De acordo com o governo municipal, na manhã desta quarta-feira a medição do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) registrou a marca de 18,92 metros. O nível normal do rio em Lajeado é de 13m, e a cota de inundação é de 19m. 

>> Siga o perfil da Agência Brasil no Facebook 

A retirada inclui famílias residentes em áreas que ficam até a cota dos 21 metros. A previsão atual da CPRM indica que o nível do Rio Taquari pode chegar a 20,25m. 

Entre setembro de 2023 e maio de 2024, três enchentes históricas arruinaram cidades inteiras da região do Vale do Taquari, destruindo casas, indústrias, estradas e pontes. 

Em caso de emergência, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil do município pelo telefone (51) 3982-1150 ou pelo WhatsApp (51) 99828-4971.

As fortes chuvas que atingem o estado já deixaram duas pessoas mortas e uma desaparecida. Segundo a Defesa Civil estadual, até a manhã desta quarta-feira (18), o número de desalojados (pessoas que tiveram que deixar suas residências e se alojar na casa de parentes, amigos ou hotéis) chegava a 1.336. Outras 1 mil pessoas estão temporariamente em abrigos públicos ou de entidades assistenciais.

Fonte

Continue Lendo