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Cultura

Organizações transformam vidas

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Por Diogo Marquez, diretor da ACB – Associação Comunidade Batista

Em um país marcado por desigualdades históricas, as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos emergem como pilares fundamentais na promoção dos direitos básicos: saúde, educação e lazer. Essas entidades, movidas por um compromisso filantrópico, atuam onde o Estado muitas vezes não alcança, oferecendo soluções práticas e eficazes para comunidades em situação de vulnerabilidade.

O Brasil conta com mais de 815 mil organizações sem fins lucrativos, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Mapa das OSC – Seja bem-vind@. Essas entidades desempenham um papel crucial na implementação de políticas públicas e na oferta de serviços essenciais.

A atuação dessas organizações é potencializada por recursos provenientes de emendas parlamentares, especialmente as impositivas, que destinam verbas públicas para projetos sociais. Dados do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), divulgados recentemente, mostram que em 2024, as emendas representaram 27% das despesas discricionárias da União, alcançando R$ 40,89 bilhões — um crescimento real de 12% em relação a 2023 . Esses recursos permitem a expansão de programas de saúde, educação e lazer, garantindo que iniciativas bem-sucedidas possam ser replicadas em diferentes regiões.

Na ACB – Associação Comunidade Batista, temos testemunhado o impacto transformador dessas parcerias. Por meio de cursos profissionalizantes, atividades culturais e esportivas, conseguimos oferecer oportunidades reais de desenvolvimento para milhares de pessoas. Essas ações não apenas capacitam indivíduos, mas também fortalecem comunidades inteiras, promovendo inclusão e cidadania.

É fundamental reconhecer e valorizar o papel das organizações sem fins lucrativos na consolidação dos direitos básicos da sociedade. Elas são agentes de mudança, capazes de transformar realidades e construir um futuro mais justo e igualitário para todos.

Sobre o autor: Diogo Marquez é diretor-geral da ACB – Associação Comunidade Batista, organização da sociedade civil sem fins lucrativos com sede em Goiânia (GO), que atua na promoção da qualificação profissional, assistência social e fortalecimento de vínculos familiares.

Cultura

Andrea Beltrão apresenta Antígona no Festival de Teatro Amir Haddad

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Foto: Nana Moraes

A Mostra de ensaio aberto acontece no dia 8 de julho dentro da programação do festival.

Na próxima terça-feira, 8 de julho, a Casa do Tá Na Rua será palco de um encontro cênico potente e simbólico: a atriz Andrea Beltrão interpreta trechos da tragédia Antígona, de Sófocles, em uma leitura dramatizada com direção e comentários ao vivo de Amir Haddad, dentro da programação do Festival de Teatro Amir Haddad.

O evento integra a Mostra de Literatura – Ensaios Abertos, um dos destaques da terceira edição do festival, que acontece de 6 a 13 de julho e já se firmou como uma das principais plataformas de Arte Pública do país. A proposta é lançar luz sobre os processos criativos e promover o diálogo entre artistas e público.

Com texto adaptado a partir da tradução irreverente de Millôr Fernandes, a dramaturgia de Antígona foi concebida por Andrea Beltrão e Amir Haddad em um processo colaborativo que une fidelidade ao clássico e ousadia contemporânea. A versão original do espetáculo, dirigida por Amir, conquistou público e crítica, tendo ultrapassado a marca de 40 mil espectadores e rendido a Andrea o Prêmio APCA de Melhor Atriz em 2017, reafirmando a força desse encontro entre dois grandes nomes da cena teatral brasileira.

A trajetória do festival vem sendo pavimentada pelas edições anteriores, realizadas em 2023 e 2024, consolidando um espaço onde o teatro de rua ganha força como um gesto revolucionário, capaz de transformar paisagens urbanas e fortalecer laços sociais. Mais do que uma homenagem a Amir Haddad, o festival reafirma o compromisso com a democratização da cultura e a arte como ferramenta de transformação coletiva.

Além do espetáculo de Andrea Beltrão, a programação contará com uma seleção especial de montagens dirigidas ou supervisionadas por Amir Haddad, reunindo grandes nomes do teatro brasileiro, como Clarice Niskier, Elisa Lucinda, Gilson de Barros, Marco Nanini e Tonico Pereira. O festival não apenas homenageia a trajetória de Amir Haddad, mas também reafirma a arte como ferramenta de transformação coletiva.

Este ano, pela primeira vez, grupos icônicos como Tá Na Rua (RJ), Imbuaça (SE), Galpão (MG), Ói Nóis Aqui Traveiz (RS) e Pombas Urbanas (SP) se apresentam a cada dia do festival na Lapa, promovendo uma vida cultural e um diálogo intenso direto com a cidade um diálogo intenso e direto com o público.

crédito: Victor Curi

Além das apresentações cênicas, o festival estreia sua Mostra Literária LAPALAVRA, em sintonia com o título de Capital Mundial do Livro 2025, concedido ao Rio de Janeiro pela UNESCO. Esse novo espaço reúne dramaturgias, cordéis e obras que dialogam com as artes cênicas, proporcionando encontros com escritores e debates sobre a escrita teatral.

O 3º Festival de Teatro Amir Haddad é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS e também pelo programa de fomento à cultura carioca, o Pró-Carioca Linguagens – Edição PNAB.

O evento também contará com exibições de filmes que refletem a trajetória de Amir Haddad e a relevância da arte pública no Brasil, e abre portas para a Mostra de Cenas Curtas, que convida novas vozes teatrais a explorar narrativas experimentais em performances de até 15 minutos.

A programação imersiva, também inclui oficinas de variadas linguagens, incluindo Oficina de LIBRAS, palestras e vivências culturais, que passeiam pela cultura popular brasileira, como samba, carnaval, bumba meu boi, funk, ballroom, etc. O 3º Festival de Teatro Amir Haddad reforça sua missão de tornar a arte acessível, pulsante e parte integrante da vida urbana. 

Mais sobre a Prefeitura do Rio:

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, cuida de um dos maiores patrimônios brasileiros: a cultura carioca. São mais de 50 equipamentos espalhados por toda a cidade, entre teatros, arenas, museus, bibliotecas, salas de leitura e centros culturais. Uma das maiores redes municipais de equipamentos de cultura da América Latina.

Investimos mais de R$200 milhões por ano em cerca de 1.200 projetos pensados, produzidos e estrelados pela cena cultural carioca. São milhares de empregos gerados e um grande aporte financeiro para a cidade.

Criada em 2013, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura da cidade do Rio de Janeiro (Lei do ISS) é o maior mecanismo de incentivo municipal do país em volume de recursos e busca estimular o encontro da produção cultural com a população. Acreditamos que a cultura é um vetor fundamental de desenvolvimento econômico e social e de protagonismo da diversidade, democracia e da nossa identidade.

Serviço: 

Festival de 06 a 13 de julho  – No Coração do Rio de Janeiro – Lapa

Festa de abertura no Circo Voador 06 de julho, de 14h às 22h

Programação oficial do Festival  07 a 13 de julho

Nos espaços da Praça Cardeal Câmara (Lapa) e na Casa do Tá Na Rua (Av. Mem de Sá 35. Lapa)

Mais informações: https://www.instagram.com/festivalamirhaddad/ 

FICHA TÉCNICA 

Direção Geral: Amir Haddad

Idealização, Curadoria e Direção Criativa: Máximo Cutrim

Coordenação: Maria Helena da Cruz

Direção de Produção: Maria Ines Vale Produções

Produção Executiva: Isadora Figueira

Iluminação: Aurélio de Simoni

Direção de Arte: Maurício Nacif

Programação Visual: Leandro Felgueiras

Ilustrações (estampas loja e capa catálogo): João Incerti 

Colaboração: Noix Entretenimento & Cultura / Bucker Produções Artísticas / Instituto Casa Poema / Centro de Teatro do Oprimido.

Curadoria das conversas de Arte Pública: Ana Carneiro 

Curadoria da Mostra Literária: Nando Rodrigues 

Curadoria da Mostra de Cenas Curtas: Amnah Asad

Assistente (Direção de Produção): Lucas Figueiredo 

Assistente (Curadoria): Erik Martins

Assistentes (Instituto Tá na Rua): Caroll Eller e Renata Bronze

Comunicação: Sacode

Assessoria de Imprensa: Gira Hub

Tradução em Libras: Felipe Oliver, Monica Pizzo e Liliane Bentes

Consultoria em Acessibilidade: Eduardo Victor – Além da Rampa

 

Grupo Tá Na Rua: Amir Haddad, Carol Eller, Daniel Ávila, Erise Padilha, Evandro Castro, Giovanna Cherly, Isadora Figueira, Luciana Pedroso, Marcelo Evangelista, Máximo Cutrim, Maria Helena da Cruz, Renata Bronze e Rosa Douat. 

Realização: Instituto Tá na Rua 

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Cultura

Última semana para visitar a exposição ‘Jayme Fygura: De Corpo e Alma’ na CAIXA Cultural Salvador

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Foto: Daniel Lisboa
Foto: Daniel Lisboa

Ainda dá tempo de conferir a exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”, em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até o dia 6 de julho. A mostra inédita é um tributo póstumo ao artista plástico, poeta e performer que marcou profundamente a cena cultural soteropolitana com sua estética singular e sua vivência artística intensa.

Realizada pela Ernesto Bitencourt Galeria de Arte, com curadoria do artista e pesquisador Danillo Barata, a exposição reúne dezenas de obras inéditas, incluindo pinturas, esculturas, objetos performáticos, manuscritos, estudos, documentos e vestimentas. Também compõem a mostra projeções audiovisuais, entre elas o documentário Sarcófago, de Daniel Lisboa, e o registro de um show do artista.

Jayme Fygura, conhecido como “o homem da máscara de ferro”, explorou com profundidade temas como corpo, espiritualidade e resistência. Suas obras, construídas a partir de materiais reciclados, tensionam noções de humanidade e subalternidade com figuras híbridas e impactantes. A paleta cromática, dominada por dourado, vermelho e azul, evoca a cosmologia afro-brasileira, com referências visuais a orixás como Obaluaiê e Exu.

A mostra oferece uma experiência imersiva com recursos de acessibilidade, incluindo tradução em Libras, audiodescrição e placas em braile. Com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, a exposição reafirma o compromisso com a valorização da arte contemporânea brasileira e da diversidade cultural.

Serviço

Exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”

Visitação: Até 6 de julho de 2025

Horário: 9h às 17h30 (terça a domingo)

Local: CAIXA Cultural Salvador (Rua Carlos Gomes, nº 57 – Centro)

Classificação: Livre

Mais informações: www.caixa.gov.br/caixacultural

Realização: Ernesto Bitencourt Galeria de Arte

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

Gratuito

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Cultura

Michael Muller lança a Azurite Publishing nos EUA para dar voz internacional a autores brasileiros e latinos

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O escritor e cineasta brasileiro Michael Muller, radicado há anos em Los Angeles, Califórnia, acaba de dar um passo importante na conexão cultural entre a América Latina e o mercado editorial de língua inglesa. Com o objetivo de facilitar o acesso de autores brasileiros e latinos ao disputado mercado norte-americano, ele lança oficialmente a Azurite Publishing, uma editora com sede nos Estados Unidos dedicada a publicar ficção em inglês, especialmente obras de romance, suspense e literatura jovem (YA – Young Adult).

A proposta da Azurite Publishing nasce da percepção de uma lacuna: o mercado editorial dos Estados Unidos, que representa cerca de 80% das vendas de livros no mundo, ainda tem pouco acesso à literatura latino-americana contemporânea traduzida. Muller destaca que, embora existam muitos autores talentosos no Brasil, as barreiras para entrar nesse mercado são altas, exigindo agentes, traduções prontas e até uma forte presença nas redes sociais, algo que muitos escritores brasileiros ainda estão conquistando.

“Vi muitos autores incríveis ficarem de fora simplesmente por não conseguirem superar essas exigências. A Azurite nasce para derrubar essas barreiras e facilitar a exportação da nossa identidade literária para o mundo”, explica MichaelMuller.

Um editor que entende o autor porque também é um

Muller não está apenas abrindo portas para outros escritores; ele conhece, na pele, as dificuldades do ofício. Formado em Direção de Cinema e TV, com especialização em roteiro cinematográfico, ele iniciou sua jornada na literatura através da paixão pela narrativa e pela leitura — algo que nasceu ainda na infância, no Brasil, com as clássicas obras da Coleção Vagalume, como O Escaravelho do Diabo. Foi durante os anos de estudo em Londres que passou a levar a literatura mais a sério, mergulhando em autores como Machado de Assis e Nelson Rodrigues, de quem diz ser um verdadeiro apaixonado: “As obras de Nelson são estudos de psicologia disfarçados de ficção.”

Hoje, vivendo em Los Angeles, Michael já escreveu quatro livros, publicou dois e está finalizando o quarto, todos diretamente em inglês, dialogando com o público global. Essa vivência internacional dá a ele uma perspectiva única sobre como adaptar e posicionar autores latinos em um mercado exigente e competitivo.

Literatura brasileira na vitrine global

A Azurite Publishing começa sua atuação com foco exclusivo em ficção, especialmente nos gêneros que dominam as listas de best-sellers internacionais: romance, suspense/mistério e YA. Segundo Muller, há uma nova safra de autores brasileiros criando obras espetaculares, com enredos criativos, personagens cativantes e um olhar único sobre a vida — elementos que encantam leitores ao redor do mundo, mas que raramente chegam traduzidos às livrarias dos Estados Unidos.

O processo editorial da Azurite é profissional e aberto a diferentes formas de acesso: autores podem ser indicados por agentes, procurados diretamente pela equipe editorial ou até mesmo entrar em contato espontaneamente. “O importante é a qualidade da obra e o potencial de ressoar com o público global”, afirma Muller. A editora conta com tradutores especializados e uma equipe que entende tanto o contexto cultural brasileiro quanto as exigências do mercado editorial americano.

“Nosso diferencial é que somos uma ponte cultural. Falamos as duas línguas, conhecemos as duas realidades e acreditamos que a literatura é um dos caminhos mais poderosos para a inclusão e a diversidade no mercado editorial global”, destaca o fundador.

Olhar para o futuro com visão e propósito

A criação da Azurite Publishing vem em um momento em que a América Latina começa a despertar o interesse de novos leitores internacionais, mas ainda precisa de iniciativas estruturadas para transformar esse potencial em presença de mercado. A expectativa, segundo Michael Muller, é de que a editora publique seus primeiros títulos traduzidos ainda em 2025, com autores brasileiros que nunca haviam sido publicados em inglês.

Com uma trajetória que une cinema, roteiro e literatura, Michael constrói agora uma editora com DNA autoral e visão global. A Azurite Publishing não quer apenas publicar livros — quer contar boas histórias, abrir portas e construir pontes reais entre culturas. Para autores brasileiros e latinos que desejam ver suas histórias ganharem o mundo, a travessia agora tem um novo caminho — e um novo nome: Azurite Publishing.

Siga Michael Muller no Instagram:
https://www.instagram.com/nickmullerofficial?igsh=MWFjY3U1OWh5emk0MQ==

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