Cultura
Os Garotin são confirmados no Festival Timbre 2025 e levam a alma sonora de São Gonçalo ao palco em Uberlândia

Grupo sensação do novo pop brasileiro se junta a Samuel Rosa, Duda Beat, CPM 22, BK’, FBC, Di Ferrero e Lenine na escalação eclética do festival
O Festival Timbre 2025 segue ampliando sua proposta de reunir gerações e estilos em um encontro musical transformador. A mais nova atração confirmada é o trio Os Garotin, fenômeno da cena contemporânea e representantes de uma nova safra da música brasileira. Formado por Anchietx, Cupertino e Leo Guima, o grupo levará ao palco do Timbre um show repleto de carisma, originalidade e a mistura envolvente que os tornou uma das maiores revelações dos últimos anos.
Oriundos de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, Os Garotin surgiram a partir de encontros despretensiosos entre amigos músicos e, em pouco tempo, conquistaram espaço nos principais palcos do país. Misturando R&B, soul, funk americano e ritmos da MPB, o som do trio é, ao mesmo tempo, sofisticado e popular, urbano e afetivo. Em 2023, o grupo lançou o EP Os Garotin Session, gravado ao vivo, e desde então não parou mais. Em pouco mais de um ano, passaram pelos palcos do Festival Doce Maravilha, do Meca, abriram shows de artistas como Rubel e Seu Jorge, e mais recentemente brilharam no Rock in Rio 2024, onde se apresentaram no Pavilhão Itaú.
De São Gonçalo para o mundo
Com um nome inspirado na canção “Os Garotin de São Gonçalo”, o trio não esconde suas raízes. Foi em meio ao cotidiano da cidade que a musicalidade do grupo começou a se moldar, a partir de encontros em igrejas, rodas de música e aniversários de amigos. Em 2020, com o impulso das redes sociais e o incentivo de nomes como Paula Lavigne, Juliette, Rubel e Caetano Veloso – com quem, inclusive, gravaram a faixa “Nossa Resenha”, acompanhada de um clipe que celebra as ruas, praias e botecos do Rio – Os Garotin ganharam projeção nacional.
Hoje, com quase meio milhão de ouvintes mensais no Spotify, mais de 45 milhões de streams e músicas como “Zero a Cem”, “Calor do Momento” e “Queda Livre”, o trio é reconhecido por uma estética sonora refinada, letras que equilibram intimidade e potência emocional, e apresentações ao vivo que transbordam energia e conexão com o público.
Indicações ao Grammy e álbum inédito a caminho
O ano de 2024 foi decisivo para Os Garotin. Em novembro, o grupo foi finalista do Prêmio Multishow, indicado na categoria “Brasil” por votação popular, e logo em seguida, alcançou uma conquista inédita: três indicações ao Grammy Latino — nas categorias Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, Artista Revelação e Melhor Álbum de Engenharia de Gravação, pelo disco Os Garotin de São Gonçalo, lançado em maio.
Agora, em meio à turnê Pouco a Pouco, com a qual vêm percorrendo diversas cidades brasileiras, os artistas se preparam para lançar seu primeiro álbum completo, com 12 faixas inéditas, ainda neste semestre. A parceria com a Bonus Track (produtora de festivais como MITA e Doce Maravilha) e com o MangoLab reforça a proposta artística e o cuidado estético do trio, que já é apontado como uma das grandes forças criativas da nova música brasileira.
Ingressos
Com a confirmação de Os Garotin, o Festival Timbre 2025 fortalece ainda mais seu posicionamento como um festival de encontros — entre gerações, estilos e visões de mundo. O trio se junta a um time de peso que inclui Samuel Rosa, Duda Beat, CPM 22, BK’, FBC, Di Ferrero e Lenine, criando uma programação que dialoga com a memória afetiva do público, sem abrir mão do olhar para o futuro da música brasileira.
Os ingressos para o Festival Timbre 2025 estão disponíveis pela plataforma Ingressolive, com pagamento via PIX ou cartão de crédito, e parcelamento em até 3x sem juros. Além da venda online, o público também pode adquirir os ingressos presencialmente na Loja da Cultura FM, localizada no Terminal Central de Uberlândia. No ponto físico, além do parcelamento facilitado, os compradores ainda podem adquirir o ingresso sem a taxa de conveniência.
Um festival que marca história
Com mais de uma década de história e mais de 170 shows realizados, o Festival Timbre é um dos maiores festivais de música do interior do Brasil. É o principal evento de música independente do Triângulo Mineiro e um importante fomentador da cultura nacional.
Pelos palcos do evento já passaram artistas de todas as regiões do país, com destaque para nomes como Elza Soares, Duda Beat, Baco Exu do Blues, Anavitória, Zeca Baleiro, Pitty, Tiago Iorc, Marina Sena, Emicida, Rael, Nação Zumbi, Karol Conká, Criolo, Maria Gadú, Armandinho, Bayana System, Maneva, Detonautas e Criolo, além de diversos artistas em início de carreira que tiveram no Timbre a oportunidade de se apresentar para grandes públicos.
O Timbre é mais do que um festival; é um movimento que promove a diversidade, a inclusão e o fortalecimento da cultura. Desde 2018, o evento assume o compromisso de uma line-up composta por pelo menos 50% de artistas mulheres, além de valorizar artistas negros, LGBTQIA+ e talentos mineiros. Também investe em iniciativas sociais, ambientais, reafirmando seu papel como um evento transformador para a cidade e para o país.
Cultura
“Macacos”, aclamado espetáculo de Clayton Nascimento, chega ao Teatro Nova Iguaçu Petrobras

No solo, o ator enfrenta o desafio de retratar o preconceito a partir do relato de um homem negro que busca respostas para o racismo do cotidiano
Criado, dirigido e atuado por Clayton Nascimento, o aclamado monólogo “Macacos” chega ao palco do Teatro Nova Iguaçu Petrobras nos dias 26 e 27 de julho, sábado, às 20h, e domingo, às 19h. No solo, o ator enfrenta o desafio de retratar o preconceito contra os povos pretos a partir do relato de um homem negro que busca respostas para o racismo do cotidiano, além de trazer pontos importantes da história de sua comunidade. A dramaturgia foi criada a partir do caso do goleiro Aranha, do Grêmio, ofendido pela torcida tricolor gaúcha em 2014.
O título do espetáculo faz referência a uma das formas de ofensa racista mais usadas para atacar pessoas negras no mundo todo. A peça se desenrola num fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações que surgem em cena, tendo como pano de fundo a história do Brasil e situações de violência racial vividas por grandes artistas negros, de Elza Soares a Machado de Assis e Bessie Smith, até os relatos e estatísticas de jovens presos e executados pela polícia em dados coletados pelo Atlas da Violência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, cruzados com os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
De acordo com matéria publicada no site da Revista Piauí em julho de 2024 (sob o título “Eu só tinha um sonho, um batom e uma bermuda”, de autoria do jornalista Gilberto Porcidonio) a respeito do artista, um desses casos de morte violenta citadas na peça é a “de Eduardo de Jesus Ferreira, filho de Terezinha Maria de Jesus. O menino de 10 anos foi assassinado pela Polícia Militar com um tiro na cabeça enquanto brincava na porta de casa, no Complexo do Alemão, em abril de 2015. No ano de 2023, um advogado que estava na plateia, terminado o monólogo, procurou Terezinha para conversar. Tornou-se seu representante legal. Um mês depois, unindo as forças da arte, de uma mãe lutadora e de um advogado conseguiu-se fazer com que a investigação da morte fosse desarquivada pelo Ministério Público do Rio.”
Macacos começou a ser escrita em 2015 e surgiu primeiro como cena curta em 2016, tendo estreado no seu formato longo em 2022. Desde então, a peça já participou de festivais em Fortaleza, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Pernambuco e Amazonas, além de temporadas internacionais por países como Rússia, Holanda, Alemanha, Estados Unidos, Uruguai e Chile. Na temporada carioca, em 2023, ganhou o reconhecimento da classe artística, sendo elogiada por atrizes como Fernanda Montenegro, Renata Sorrah, Deborah Bloch, Camila Pitanga, Neusa Borges e pelo ator Caio Blat. O espetáculo acumula mais de uma dezena de premiações, entre elas “Prêmio Especial do Júri por Relevância Temática e Proposição Cênica” do IX Festival Niterói em Cena, do XIV Festival de Esquetes de Cabo Frio, do XX Festival de Teatro do Rio de Janeiro e do VIII Festival de Teatro do Amazonas, além dos Prêmios Shell, APCA, Associação de Produtores de Teatro, e Deus Ateu de Teatro, estes na categoria de melhor ator.




Clayton Nascimento
Ator, dramaturgo, diretor e professor brasileiro. Vencedor do Prêmio Shell de Teatro como Melhor Ator em 2023. Sua peça MACACOS foi aclamada pelo público e pela crítica, sendo considerada um importante documento histórico e dramático pelo jornal O Globo. Graduado pelo Teatro Escola Célia Helena, pela Escola de Arte Dramática, e em Educomunicação pela USP, onde é mestrando na Escola de Comunicação e Artes, estudou também na SP Escola de Artes e na Casa do Teatro. É professor de graduação do Teatro Escola Célia Helena. Na TV, ele participou da série Carcereiros, Selvagem, Dois Tempos (Disney Plus), A Caverna de Petra (Globoplay), As Five e da novela Fuzuê (Rede Globo). Atuou também como preparador de elenco na Rede Globo e no filme Erva do Gato, de Novíssimo Edgar, com Gracê Passô e Jup do Bairro. Em 2024 roteirizou, dirigiu e apresentou o especial Falas Negras pela Rede Globo, que teve uma ampla aceitação e comoção pública. No programa, trouxe em formato de experimento social, uma denúncia sobre o sistema de reconhecimento facial, utilizado pelo estado para condenar injustamente, em sua maioria corpos negros, acusados por crimes não cometidos.
No início de 2025 apresentou ao lado da atriz Renata Sorrah, o 35º Prêmio Shell de Teatro.
Ficha técnica:
Clayton Nascimento – Diretor, Ator e Dramaturgo
Cyntia Monteiro/Lúcio Bragança Junior – Iluminação
Terezinha Maria de Jesus – Part. Especial
Alex Junior – Diretor de Produção
Beatriz de Franco – Assistência de Produção
Cia do Sal – Produção
Programação recheada de atrações
O Teatro Nova Iguaçu Petrobras está com a programação recheada de atrações. Confira a agenda completa e adquira seu ingresso em https://ingressodigital.com/pesquisa.php?busca=S&pg=1&txt_busca=nova+igua%C3%A7u
Serviço:
“Macacos”
Dia e hora: 26 e 27 de julho, sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Local: Teatro Nova Iguaçu Petrobras – Rua Coronel Bernardino de Melo, 1081, Caonze, Nova Iguaçu – RJ
Ingressos: de R$ 45 a R$ 90, vendas pelo site https://ingressodigital.com/evento/16474,16475/macacos
Rede social:
Teatro Nova Iguaçu Petrobras – https://www.instagram.com/teatronovaiguacupetrobras/
Exposição
Carla Carvalhosa apresenta a exposição ‘Faces’, no Capitu Café, com trabalhos inéditos e escultura de Machado de Assis, feita em parceria com o cartunista Alviño

A mostra ”Faces’ expressa a criatividade, emoções e sensibilidade em sua trajetória artística ao utilizar diversas técnicas, estilos e materiais, ela busca libertar-se de regras pré-estabelecidas, dando maior originalidade à sua obra.
Cultura
Arthur Bomfim e a nova linguagem do realismo na tatuagem contemporânea

Com traços precisos, refinamento técnico e sensibilidade compositiva, Arthur Bomfim tem se firmado como uma das figuras mais relevantes da cena artística brasileira atual, especialmente no segmento de realismo preto e cinza. Seu trabalho vem despertando atenção não apenas pela qualidade de execução, mas pela forma como propõe um novo olhar sobre a tatuagem enquanto linguagem visual legítima, complexa e emocionalmente expressiva.
Natural de São Paulo, Arthur construiu uma trajetória marcada pela busca contínua da excelência. Ao longo dos anos, desenvolveu uma assinatura própria no campo do hiper-realismo, com foco em retratos humanos e animais que impressionam pela fidelidade, textura e equilíbrio de luz e sombra. O resultado são obras que evocam impacto estético imediato, mas que também revelam profundidade técnica e sensibilidade artística ao olhar atento.
O reconhecimento por seu trabalho não se restringe ao público geral. Dentro da própria comunidade de artistas, Arthur é apontado como um dos expoentes de uma nova geração de tatuadores que têm expandido os limites da técnica e do conceito no Brasil. Seu estúdio, localizado na capital paulista, tornou-se referência em produção autoral de alto nível, atraindo admiradores de diversas regiões e clientes públicos notáveis, incluindo MC Dricka, artista premiada e voz representativa do funk paulista com forte atuação em pautas de gênero e periferia, e MC Lele JP, nome em ascensão no cenário musical brasileiro com milhões de ouvintes mensais nas plataformas digitais.
https://www.instagram.com/tattooinvicto18
Ambos os artistas, reconhecidos por seu alcance popular e conexão com públicos diversos, confiaram em Arthur a criação de tatuagens que traduzissem aspectos simbólicos de suas trajetórias. A escolha reforça não apenas o prestígio do artista entre celebridades, mas também sua capacidade de dialogar visualmente com diferentes identidades culturais, mantendo sua integridade estética.
Sua atuação em eventos especializados, como a Tattoo Week São Paulo, uma das maiores convenções de tatuagem da América Latina, reforça seu lugar de destaque na cena profissional. Nessas ocasiões, é comum que sua presença seja citada por organizadores como exemplo de rigor técnico, estética apurada e contribuição cultural. Paralelamente, sua agenda, sempre cheia, e sua presença digital consistente evidenciam o alcance e a relevância de sua obra.
Arthur também atua como mentor, compartilhando conhecimento com novos profissionais e promovendo uma cultura de excelência e responsabilidade técnica. Essa dimensão educacional de sua carreira não apenas amplia seu impacto, como reforça o compromisso com o desenvolvimento coletivo do setor, algo cada vez mais valorizado em contextos artísticos contemporâneos.
Mais recentemente, seu nome tem circulado com frequência em redes internacionais de referência na tatuagem, o que contribui para a difusão de sua estética fora do Brasil. Essa movimentação global vem consolidando sua atuação como artista com linguagem própria e reconhecimento transnacional, o que naturalmente abre espaço para conexões culturais mais amplas.
Ao reunir técnica rigorosa, pesquisa visual e uma abordagem autoral madura, Arthur Bomfim simboliza uma vertente da tatuagem em que arte, identidade e excelência caminham juntas. Sua obra não apenas expressa domínio técnico. Ela comunica. E nesse diálogo silencioso entre a pele e a imagem, encontra-se um artista que sabe transformar o traço em experiência.
(Fotos: divulgação)