Conectar empresas, agências e plataformas de forma colaborativa é a chave para gerar valor real, acelerar resultados e construir crescimento sustentável no mercado digital
O e-commerce brasileiro vive uma fase de expansão e amadurecimento acelerado. Estimativas mostram que o setor movimentou mais de R$ 200 bilhões em 2024 e pode ultrapassar R$ 234 bilhões em 2025, com crescimento impulsionado pela digitalização de pequenas e médias empresas e pela adoção de tecnologias como automação e inteligência artificial. Nesse contexto de alta competitividade, as parcerias estratégicas entre plataformas, agências e soluções complementares estão se tornando vitais não apenas para crescer, mas para crescer com sustentabilidade.
Para mim, como CEO da Agência Catus, ficou claro que o diferencial não está em quem trabalha isoladamente, mas em quem entende que o sucesso depende de uma engrenagem completa. Acredito que o mercado digital deixou de premiar a competição unilateral e passou a valorizar a interdependência. As marcas precisam se enxergar como parte de uma engrenagem maior. Quando tecnologia, operação e relacionamento se unem de forma estratégica, todos os lados ganham: o parceiro, a plataforma e o cliente final.
Essa visão encontra eco nas práticas lideradas por Claudia Figueiredo, coordenadora de parcerias da Olist. Ela afirma que na Olist as parcerias são estruturadas com foco em gerar valor por meio da colaboração, conectando o melhor do ecossistema para atender às necessidades dos lojistas e posicionando os parceiros como canais estratégicos e rentáveis de aquisição, com menor custo e maior tempo de vida do cliente. Essa declaração mostra que a parceria é concebida como ponto de impacto, com foco em eficiência e resultado contínuo.
Claudia explica ainda que o programa foi desenhado para capacitar as agências implementadoras, com o objetivo de lançar lojas de alta qualidade e impulsionar o GMV dos sellers. Além disso, ela reforça que a jornada do parceiro traz clareza sobre responsabilidades, metas e potencial de crescimento, permitindo que cada colaborador evolua conforme sua performance e comprometimento.
A governança é outro ponto essencial dessa estrutura. Com processos bem definidos, recompensas claras e capacitação contínua, a Olist garante uma experiência fluida ao lojista, desde o setup da loja até o amadurecimento da operação. O resultado é um ciclo de confiança e aceleração: quando Olist e parceiro atuam em sinergia, somam reputações, encurtam o ciclo de decisão e aumentam a satisfação do cliente, ampliando o impacto positivo no e-commerce brasileiro.
Na prática, como agência implementadora, percebemos que essa estrutura traz resultados concretos. Nossa função vai além da execução técnica. Nosso trabalho é traduzir a estratégia em resultado. Quando o parceiro entende isso e caminha junto, o crescimento se torna sustentável. Isso exige não só alinhamento de expectativas, mas também compatibilidade de cultura, agilidade de processo e clareza de papéis fatores que reduzem atritos e aceleram a entrega de valor aos lojistas.
O mercado digital não para de evoluir. Novas ferramentas, canais emergentes e mudanças no comportamento do consumidor exigem que as parcerias sejam vivas e dinâmicas. Claudia observa que fortalecer parcerias vai além de capacitar, é também dar voz aos parceiros. Afinal, são eles que estão na linha de frente com o cliente e conhecem de perto seus desafios, tanto na implementação quanto na sustentação das lojas.
Ela complementa que o mercado digital é dinâmico, e por isso a Olist investe continuamente em análises, benchmarks e pesquisas de mercado, garantindo que seus processos estejam atualizados e alinhados às necessidades dos parceiros e lojistas. Na frente de parcerias, os dados são usados para identificar gargalos em onboarding e customer success, otimizando a jornada em tempo real e aumentando a retenção. Além disso, encontros trimestrais com parceiros ajudam a compartilhar resultados, evoluções e insights, criando um espaço genuíno de troca e cocriação.
Quando uma agência e uma plataforma se conectam com esse nível de maturidade, a vantagem competitiva se amplifica. Projetos avançam mais rápido, a satisfação dos lojistas cresce, a rotatividade cai e o retorno sobre o investimento se fortalece. Na Catus acreditamos que esse tipo de parceria transforma a operação em movimento contínuo, não em evento pontual.
Claudia resume bem esse olhar de ecossistema ao afirmar que liderar uma área de parcerias é estar exatamente no ponto onde negócio, relacionamento e propósito se encontram. Para ela, a área de parcerias é uma das mais estratégicas dentro de uma empresa porque conecta frentes internas ao mercado e gera impacto que vai além do produto, chegando até o cliente final. O que a motiva é ver a inteligência coletiva do ecossistema em ação, unindo empresas, parceiros e clientes para impulsionar um crescimento sustentável. Ela compara o movimento ao darwinismo: colaboração e adaptabilidade são os verdadeiros motores de evolução dos negócios.
O futuro do e-commerce passa pela integração entre colaboração e tecnologia. Inovação não será medida apenas pela adoção de ferramentas, mas pela capacidade de unir competências humanas, dados e automações. Como CEO da Catus, acredito que crescer sozinho ainda é possível, mas crescer junto, com clareza de papéis, visão compartilhada e execução alinhada, é o que garante longevidade e resiliência no mercado digital.