Siga-nos nas Redes Sociais

Outras

Parque da Tijuca ganha investimento em infraestrutura e novo mirante

Publicado

em

Parque da Tijuca ganha investimento em infraestrutura e novo mirante
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Abrigo de uma das maiores florestas urbanas do mundo, o Parque Nacional da Tijuca (PNT), no Rio de Janeiro, receberá um plano de melhorias no valor de R$ 75 milhões para revitalizar o Corcovado e outras áreas da Unidade de Conservação (UC). O anúncio foi feito nesta terça-feira (3), pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque. 

“O Parque Nacional da Tijuca é um patrimônio de todos os brasileiros. Conservar e melhorar as condições de uso público da Tijuca é uma prioridade para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e que serve como exemplo para o fortalecimento de todo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A história de restauração da área é também uma inspiração para nossos desafios atuais de restaurar a cobertura vegetal em pelo menos 12 milhões de hectares nos diferentes biomas do Brasil”, disse o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.

Os investimentos, previstos para os próximos três anos, serão das duas concessionárias que operam no parque e realizam o transporte de visitantes no espaço, Trem do Corcovado e Paineiras-Corcovado. Um dos 74 parques nacionais localizados do Brasil, o Parque Nacional da Tijuca recebeu no último ano mais de 4 milhões de visitantes (4.464.247), além de ser a unidade mais visitada do país entre 2008 e 2022.

Inauguração

Com o anúncio do plano de melhorias, duas novas atrações também foram inauguradas: a trilha “Paineiras-Corcovado”, com 1,15 km de extensão; e o mirante Cartão Postal, construído em vidro e com visão panorâmica da cidade. O acesso ao mirante se dá por meio da trilha, que integra o percurso da “Trilha Transcarioca”, primeira de longo curso nacional que se estende por 180 km, conectando seis unidades de conservação da capital fluminense.

Localizado a cerca de 600 metros do nível do mar, do mirante é possível observar a Lagoa Rodrigo de Freitas, a praia do Leblon, na Zona Sul, e outros pontos turísticos. “Está aberto ao público um novo acesso que deve popularizar a visita ao monumento natural do Corcovado, permitindo que os visitantes tenham uma experiência mais completa, combinando a contemplação da cidade com uma imersão na Mata Atlântica.”, afirma o diretor de Áreas Protegidas do MMA e um dos idealizadores da Trilha Transcarioca, Pedro da Cunha e Menezes.

Obras

O plano elaborado garante a realização de obras de infraestrutura, de acessibilidade e de melhorias com foco no Corcovado e em alguns setores da Unidade de Conservação.

“Hoje, estamos avançando em conservação, infraestrutura e segurança, ao mesmo tempo em que atendemos às demandas sociais e econômicas associadas ao Parque. Além disso, com esses aditivos, vamos fortalecer ainda mais a fiscalização e a gestão contratual das concessões”, afirmou o presidente do ICMBio, Mauro Pires, presente no anúncio ao lado de Capobianco e outras autoridades, como o gerente da Gerência Regional do Sudeste do ICMBio, Breno Herrera, e a chefe do Parque Nacional da Tijuca, Viviane Lasmar Pacheco.

As prioridades para os recursos — R$ 25 milhões até 2027 — serão obras de infraestrutura em diferentes áreas do parque. O investimento também permite a contratação de auditorias, consultorias e equipes técnicas especializadas, além do custeio de projetos de manejo de espécies exóticas, monitoramento dos impactos da visitação e apoio ao desenvolvimento de pesquisas, cursos e publicações científicas. 

Na região do Corcovado, onde está localizado um dos principais cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro, a estátua do Cristo Redentor, algumas intervenções começam neste ano, para estabilizar encostas e melhorar o sistema de drenagem de vias, como na Estrada das Paineiras.

“As obras de contenção das encostas do Parque já começaram e devem ser uma constante, devido às condições naturais e, claro, à intensificação dos eventos climáticos, que provocam chuvas cada vez mais intensas. Entre março e abril de 2025 deverá ser iniciada a obra de manutenção e reforço do contraforte do platô do Alto Corcovado”, detalha  o gerente da Gerência Regional do Sudeste do ICMBio, Breno Herrera.

Em acordo com o projeto de acessibilidade desenvolvido pela Coordenação de Obras e Projetos de Engenharia e Arquitetura (Copea) do ICMBio, serão construídas rampas para auxiliar o acesso de pessoas com deficiência (PcD) ao Alto Corcovado, adaptações nos banheiros, implementação de piso tátil e instalação de sinalizações adequadas. Outras obras envolvem melhorias gerais, como a modernização dos elevadores, das escadas rolantes, dos banheiros, a realização de projeto paisagístico, a implementação de coleta de lixo seletivo e a revisão das pilastras de sustentação do estacionamento.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br

A ImprensaBr é um portal de notícias que fornece cobertura completa dos principais acontecimentos do Brasil e do mundo.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Outras

Lei que cria CNH gratuita para população de baixa renda é sancionada

Publicado

em

© Marcello Casal JrAgência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (27), um projeto de lei que permite que recursos arrecadados com multas de trânsito possam ser aplicados para custear a habilitação de condutores de baixa renda. A norma ainda estabelece regras para transferência de propriedade de veículo por meio eletrônico.

Pela nova lei, agora em vigor, serão beneficiados as pessoas de baixa renda que estejam no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Até então, a legislação de trânsito previa que os recursos provenientes de multas deveriam ser aplicados exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. O custeio, previsto no projeto, abrangerá as taxas e demais despesas relativas ao processo de formação de condutores e do documento de habilitação.

O projeto de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE) foi aprovado pelo Congresso Nacional no fim de maio.

Segundo o Palácio do Planalto, a lei aprovada ainda estipula regras para a transferência de propriedade e vistoria por meio eletrônico. No caso de transferência de propriedade, o contrato de compra e venda deve conter assinaturas eletrônicas qualificadas ou avançadas. A vistoria de transferência poderá ser realizada em formato eletrônico a partir de critérios do órgão executivo de trânsito dos estados e do Distrito Federal.

O contrato de compra e venda de veículo em meio digital, devidamente assinado pelo comprador e pelo vendedor perante o órgão de trânsito da União, terá validade em todo o território nacional e deve ser acatado pelos órgãos de trânsito dos estados e do Distrito Federal.

 

Fonte

Continue Lendo

Outras

Governo assina acordo para acelerar regularização fundiária

Publicado

em

© Cláudio Kbene/ PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, assinaram nesta sexta-feira (27) um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que vai permitir atuação conjunta para acelerar a regularização fundiária de 1,9 milhão de hectares – o equivalente a cerca de 7% do território do estado que atualmente pertence à União.

“A iniciativa integrará sistemas de gestão e agilizará a titulação de terras públicas rurais e urbanas, envolvendo os Ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto de Terras do Tocantins (Itertins)”, informou o Palácio do Planalto.

A cerimônia, no município de Araguatins (TO), incluiu ainda a entrega de sete novos assentamentos com capacidade para beneficiar 896 famílias; de 169 títulos de regularização fundiária em terras públicas federais para agricultores familiares; e de 17 títulos de propriedade para assentados da reforma agrária.

Projetos

Os sete Projetos de Assentamento (PAs) abrangem as seguintes áreas:

– PA Taboca II (930 hectares, 39 unidades familiares);

– PA Recanto da Esperança (781 hectares, 57 unidades familiares);

– PA Recanto do Bebedouro (800 hectares, 50 unidades familiares);

– PA Águas Claras (1.162 hectares, 84 unidades familiares);

– PA Vitória IV (382 hectares, 20 unidades familiares);

– PA Santa Maria (4.943 hectares, 292 unidades familiares);

– PA Esmeralda (6.557 hectares, 354 unidades familiares).

Segurança jurídica

Também foram entregues 350 títulos de regularização fundiária para moradores do município de São Bento (TO). A ação permite que a prefeitura passe a emitir títulos individuais, consolidando a posse dos terrenos onde as famílias construíram casas. Esta é a segunda entrega na localidade, de um total que deve beneficiar 1.028 famílias.

Fonte

Continue Lendo

Outras

Médicos Sem Fronteiras: 94% dos hospitais de Gaza estão destruídos

Publicado

em

© Médicos sem Fronteiras/Divulgação

Profissionais da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estiveram recentemente na Faixa de Gaza relatam um cenário de terra devastada pelos bombardeios do exército israelense. Segundo a coordenadora do MSF em Jerusalém Oriental que atendia os territórios de Gaza e Cisjordânia, Damares Giuliana, 94% dos hospitais de Gaza estão fora de funcionamento porque foram bombardeados ou despejados. Os 6% que ainda funcionam também foram danificados.

“O que está acontecendo ali é limpeza étnica. São atos que podem configurar crime de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio. Quando se proíbe a entrada de alimentos, você está usando o alimento como arma de guerra. Está minando todas as possibilidades de vida, porque não tem água, não tem luz, não tem aquecimento no inverno”.

“Israel bombardeia hospitais, escolas, proíbe a circulação de veículos, obriga as pessoas a andar quilômetros e quilômetros para buscar a parca quantidade de alimentos e no caminho sofrem ataques de drones, de helicópteros, de tanques de guerra, de atiradores”, recorda Damares.

A Médicos Sem Fronteiras promoveu nesta semana na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de Janeiro, encontro com profissionais para contar sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza.

Em 2 de março deste ano, Israel proibiu a entrada e saída de suprimentos e insumos médicos da Faixa de Gaza. No dia 18 de março, Israel encerrou o cessar-fogo e retomou os bombardeios.

“São 365 quilômetros quadrados para uma população de 2,2 milhões, mas as pessoas estão concentradas em apenas 15% do território. Agora é um território muito menor por conta das ordens de despejo e das regiões militarizadas por Israel. Foi feito um sufocamento”, afirmou a coordenadora.

A Faixa de Gaza é um território palestino que tem sido alvo de intensos bombardeios e ataques por terra do Exército de Israel desde um atentado do grupo islâmico Hamas a vilas israelenses, em outubro de 2023, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e fez 220 reféns. O Hamas, que governa Gaza, sustenta que o ataque foi uma resposta ao cerco de mais de 17 anos imposto ao enclave e também à ocupação dos territórios palestinos por Israel.

Os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, desde então, já fizeram mais de 56 mil vítimas e deixaram mais de 100 mil feridos, além de destruírem hospitais, escolas e todo tipo de infraestrutura que presta serviços à população. Um bloqueio às fronteiras do território também dificulta a entrada de alimentos e medicamentos, agravando a crise humanitária. Segundo Israel, o objetivo é resgatar os reféns que ainda estão com o Hamas e eliminar o grupo completamente.

Bloqueio

A enfermeira Ruth Barros ficou dois meses entre o final de fevereiro até o fim de abril na região norte de Gaza, a mais devastada. Ela conta que, antes da volta dos bombardeios, havia suprimentos, os mercados tinham produtos, vegetais, frutas, legumes. As pessoas estavam tentando reconstruir suas casas e os hospitais estavam sendo reabilitados.

“Depois de 2 de março, quando começou o bloqueio à entrada e saída de materiais, a gente teve que começar a racionalizar e a pensar como faria nossas atividades. Só conseguimos trabalhar com o estoque de medicamentos que já estava disponível na região norte”.

Segundo Ruth, as necessidades aumentavam à medida que caíam as bombas, e a capacidade de resposta era cada dia mais reduzida. “O norte de Gaza está completamente destruído. As pessoas vivem em tendas. As edificações foram destruídas. Todas as unidades de saúde foram devastadas”.

De acordo com a enfermeira, os bombardeios afetam a saúde mental da população ─ muitas crianças com sintomas de estresse pós-traumático e adultos com sintomas depressivos.

“Atuei em zonas de conflito, mas a destruição não chegou ao mesmo nível do que ocorre em Gaza. Estamos falando de falta de água, comida e abrigo. Necessidades humanas básicas estão deterioradas e colapsadas em Gaza. As explosões destruíram as tubulações, então é esgoto a céu aberto, o que traz mais doenças. As pessoas estão fazendo uma refeição por dia, comendo enlatados. A desnutrição aumentou drasticamente”, relata.

O médico generalista Paulo Reis ficou na região central de Gaza, um pouco mais preservada, na coordenação de um hospital de campanha que atende exclusivamente casos de trauma. Ele chegou no começo de março e saiu em meados de maio. Paulo conta que os insumos médicos que disponíveis em Gaza são os estoques feitos antes do fim do cessar-fogo.

“A situação era cada vez mais difícil, porque cada vez menos havia estruturas de saúde em pé. Eram feitas 20, 30 cirurgias por dia de vítimas de bombas e tiros. Quando eu cheguei lá, eram 50 pacientes internados. Quando saí, eram 80 pacientes internados no hospital de campanha. A grande diferença de Gaza para outros locais de conflitos é o volume. Já trabalhei em zonas de guerra, mas com essa quantidade de vítimas, de explosões, nunca vi assim. Em Gaza, os bombardeios são a toda hora. Não tem um momento que você não escute bomba. Os drones são 24 horas. É tão frequente que as pessoas sequer deixam de conversar, de fazer alguma coisa cotidiana porque uma bomba explodiu relativamente perto”, completa o médico.

Fonte

Continue Lendo