Meio Ambiente
Pau-Brasil quer neutralizar o futuro: como a consultoria capixaba virou referência em créditos de carbono e sustentabilidade no Brasil

Com atuação técnica em florestas, biodiversidade, agricultura e comunidades tradicionais, a Pau-Brasil aposta em soluções integradas e dados geoespaciais para transformar o mercado ambiental e combater as mudanças climáticas
No coração do Espírito Santo, uma empresa tem se destacado como protagonista na corrida pela sustentabilidade e na geração de valor ambiental no Brasil. A Pau-Brasil Consultoria Técnica, sediada em Vila Velha, é hoje uma das principais referências nacionais no desenvolvimento de projetos de créditos de carbono e soluções baseadas na natureza, com atuação que alia tecnologia, ciência e impacto social.
Fundada por especialistas com ampla bagagem em ecologia, geoprocessamento, direito ambiental e engajamento comunitário, a Pau-Brasil desenvolve estudos socioambientais que servem de base para projetos de conservação florestal, reflorestamento, manejo sustentável e geração de créditos de carbono – um mercado global em expansão diante das urgências climáticas.
“Nosso propósito é claro: queremos tornar o mundo um lugar melhor. E isso começa com a conservação da biodiversidade, a redução das emissões e a valorização de comunidades que cuidam da terra”, afirma Rômulo Arantes, CEO da Pau-Brasil e um dos pioneiros do mercado de carbono no país, com mais de 20 anos de experiência.
Consultoria técnica com impacto real
A Pau-Brasil se diferencia pela abordagem multidisciplinar. A empresa atua em quatro frentes principais: geotecnologia (SIG), mudanças climáticas, biodiversidade e comunidades. Essas áreas são coordenadas por especialistas como Mayara Alencar, engenheira ambiental à frente dos projetos de mudanças climáticas; Marcella Tavares, bióloga e mestre em ecologia humana; e Mateus Trez, geógrafo e especialista em sistemas geoespaciais, responsável pelo departamento de SIG e monitoramento via sensoriamento remoto.
“Nosso trabalho começa muito antes do primeiro crédito ser emitido. Avaliamos o potencial de cada área com precisão geoespacial, calculamos estoques de carbono com base em metodologia científica rigorosa, analisamos a dinâmica do desmatamento e o impacto das ações humanas ao longo do tempo”, explica Alan de Brito, gerente de projetos e doutor pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Além da parte técnica, o time da Pau-Brasil se debruça sobre o aspecto humano de cada projeto. Comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas são ouvidas em consultas livres, prévias e informadas (CLPI), processo fundamental para garantir que o desenvolvimento sustentável seja também inclusivo.
“Ao promover acesso à água, educação, geração de renda e fortalecimento cultural, os projetos ganham legitimidade e eficácia social. A floresta em pé precisa beneficiar quem a protege”, diz Marcella Tavares.
Biodiversidade como ativo ambiental
Outro diferencial da Pau-Brasil é a incorporação da biodiversidade como componente-chave na validação dos projetos de carbono. A equipe de especialistas inclui nomes como Juliana Narita e Yanna Fernanda, que desenvolvem diagnósticos de fauna e flora, além de programas de conservação de espécies ameaçadas.
“A conservação dos habitats não é só uma consequência dos projetos – ela é um requisito de qualidade. E quanto mais biodiverso é o ambiente, maior é o impacto positivo que ele pode gerar”, aponta Marco Sandrini, biólogo e especialista em identificação botânica.
Crescimento com responsabilidade
A maturidade técnica da Pau-Brasil também se reflete em sua governança. A coordenadora jurídica Flavia Busato, com mais de uma década de atuação em gestão de riscos, garante que os projetos estejam alinhados às exigências regulatórias e padrões internacionais, como os da Verra e do IPCC.
“Temos uma atuação pautada pela ciência e pela integridade. E acreditamos que é possível aliar rentabilidade à responsabilidade, transformando ativos ambientais em oportunidades reais de desenvolvimento sustentável”, afirma Busato.
A floresta como ativo do futuro
Em um mercado global estimado em US$ 1 trilhão até 2037, segundo dados da McKinsey, a pauta do carbono não é mais apenas ambiental – é também estratégica. E empresas como a Pau-Brasil estão mostrando que o Brasil, com sua riqueza ecológica e diversidade humana, pode ser protagonista nesse novo cenário.
“A natureza é o nosso maior ativo. E cuidar dela é, ao mesmo tempo, uma urgência climática, uma obrigação ética e uma enorme oportunidade econômica”, resume Rômulo Arantes.
Meio Ambiente
ABRAPS realiza ODS Talks 2025: Evento Pré-COP acontece em São Paulo

O ODS Talks 2025 reúne líderes para debater ESG e os desafios Pós-COP30.
A ABRAPS, Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável, realiza em São Paulo a edição 2025 do ODS Talks, evento que antecipa a agenda climática nacional e continental na esteira da COP30.
O encontro Pré-COP será realizado no Auditório Alice Keller da Roche Brasil (Av. das Nações Unidas, 17007 Torre Sigma) e reúne especialistas em mudanças climáticas, sustentabilidade, políticas públicas e negócios para debater expectativas, desafios e soluções de governança e mercado conectadas ao tema ESG.
Com programação prevista para o dia 24 de outubro, das 9h às 18h, o ODS Talks Pré-COP surge como espaço de articulação entre sociedade civil, setor privado e órgãos públicos.
Nesse contexto, o evento é uma oportunidade para avaliar caminhos práticos de implementação das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para refletir sobre os desdobramentos da próxima COP30, que será realizada em Belém (Pará) em novembro.
A saber, as inscrições e informações práticas sobre o evento estão disponíveis na página oficial do evento: odstalks.com.br
ODS Talks ABRAPS 2025: Destaques do evento
- Painéis temáticos sobre ESG, adaptação e mitigação, financiamento climático e justiça socioambiental;
- Espaço para troca de experiências entre profissionais que participarão da COP30 e iniciativas nacionais que podem ser escaladas;
- O público-alvo inclui gestores públicos, representantes do setor privado, acadêmicos, organizações da sociedade civil e profissionais de sustentabilidade interessados em alinhar práticas locais às agendas globais.
Sobre o ODS Talks
O ODS Talks é o encontro anual promovido pela ABRAPS que reúne debates e palestras relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, promovendo também network e articulação entre atores que atuam pela transição socioambiental sustentável no Brasil. O formato do evento combina painéis, mesas de debate e momentos para proposição de iniciativas colaborativas.
Sobre a ABRAPS
A ABRAPS, Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável, organiza desde 2017 o ODS Talks como principal encontro anual dos profissionais engajados com o desenvolvimento sustentável no país, mobilizando experiências regionais e nacionais para avançar na implementação dos ODS.
Inscrições via Sympla
Programação completa: página do ODS Talks
Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação – Soul ESGS
E-mail: contato@soulesgs.com
Meio Ambiente
Estudo aponta desvio no uso de incentivos fiscais: recursos para obras de saneamento financiaram expansão de concessionárias

Um estudo inédito mostra que bilhões de reais em incentivos fiscais, criados pelo governo para ampliar o acesso da população à água potável e à rede de esgoto, vêm sendo usados por concessionárias privadas de saneamento para financiar a compra de novas concessões – e não para investimentos diretos em obras.
Segundo a pesquisa “O Sequestro do Financiamento do Saneamento Básico no Brasil”, realizada pelo CICTAR em parceria com o SINDAE-Bahia, 54,3% dos R$ 38,9 bilhões captados em debêntures incentivadas na última década tiveram como destino principal ou secundário o pagamento de outorgas em leilões de saneamento. Em outras palavras, R$ 21,1 bilhões que deveriam ajudar a levar água e esgoto a milhões de brasileiros foram usados para ampliar o controle de empresas privadas sobre o setor.
Regras que favorecem concessionárias
As debêntures incentivadas foram criadas em 2011 para financiar projetos estratégicos de infraestrutura. Até 2024, o benefício era a isenção de imposto de renda para os investidores. Com a Lei 14.801, a vantagem passou a ser das próprias empresas, que podem abater os juros pagos no imposto devido.
“Esse mecanismo, se não for regulado, tende a estimular ainda mais a concentração de concessões nas mãos de grandes grupos privados, deixando em segundo plano as obras de expansão do saneamento”, explica Livi Gerbase, pesquisadora do Cictar.
O caso BRK Ambiental
A BRK Ambiental, controlada pela canadense Brookfield, é exemplo dessa lógica. De 2017 a 2024, emitiu R$ 18,3 bilhões em dívidas, contra R$ 7,8 bilhões em investimentos. Sua maior expansão ocorreu em 2020, ao adquirir a concessão da Região Metropolitana de Maceió por R$ 2 bilhões – operação financiada com R$ 3,7 bilhões em debêntures, metade com incentivo fiscal.
Enquanto isso, os investimentos efetivos foram de apenas R$ 409 milhões nos três primeiros anos, e os gastos com juros ultrapassaram R$ 1 bilhão em 2024. A empresa elevou tarifas em 71% desde 2017, acumulou R$ 50 milhões em multas e foi alvo de duas CPIs por falhas nos serviços.
Déficit de saneamento permanece
Apesar de mais de uma década de incentivos fiscais, os indicadores mostram atraso:
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Apenas 59,7% da população brasileira tem acesso à rede de esgoto;
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Na zona rural, o índice é de 5,6%;
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O abastecimento de água atinge 83,1% do território nacional.
Risco ao Marco do Saneamento
O Novo Marco do Saneamento, aprovado em 2020, prevê universalizar o acesso à água até 2033 (99%) e ao esgoto (90%). Mas, até agora, a lógica dos leilões estruturados pelo BNDES privilegia quem paga a maior outorga, e não quem investe mais em obras.
Para as entidades que assinam o relatório, como a CNU e o Observatório de Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas), é urgente proibir o uso de debêntures incentivadas para pagamento de outorgas e direcionar os recursos a obras prioritárias, com controle social.
“O modelo atual concentra ativos, gera endividamento e não melhora os serviços. O Brasil precisa rever a política, ou as metas do Marco não serão cumpridas”, alerta Fernando Biron, do SINDAE-Bahia.
Meio Ambiente
O Instituto Bienal Amazônia (IBA) faz chamada aberta para filmes que tenham os 17 ODS da ONU como eixo principal e que serão exibidos na COP 30

O Instituto Bienal Amazônia está com chamada aberta até o dia 20 de setembro, para o Earth Film Festival (EFF), uma celebração internacional do cinema, reunindo arte, ativismo e consciência ambiental, com foco em inovação e sustentabilidade. Realizado no coração da Amazônia, o festival tem como propósito servir de plataforma criativa para chamar a atenção para narrativas climáticas urgentes, estimulando novas perspectivas e soluções para os desafios socioambientais globais.
O cinema tem um poder transformador , capaz de moldar mentalidades, influenciar comportamentos e inspirar políticas públicas. Ao canalizar a força da imaginação cinematográfica, buscamos ressignificar como a humanidade compreende e reage à crise climática. O objetivo é contribuir para uma cultura global em que a sustentabilidade seja uma prática cotidiana, criativa e comprometida com o planeta.
Além disso, o EFF vai dar visibilidade a vozes emergentes e consolidadas que promovem a conscientização climática por meio da arte e da inovação. Através de exibições públicas, ações educativas e oficinas, o Earth Film Festival-EFF conecta comunidades diversas em torno de uma visão comum: inovação, sustentabilidade, criatividade e resiliência.
Programação e Destaques
Exibições Oficiais: 10 filmes finalistas apresentados em diferentes cidades e transmitidos ao vivo para o mundo
Pavilhão Expo: Mostra de tecnologias climáticas, inovações verdes e arte sustentável
Palestra Magna: Dr. Louis Ventura, Ph.D. – Economista e Estrategista Cultural
Cerimônia de Premiação: Ao vivo em Belém, durante a COP30
Mostra Comunitária: Programação voltada a estudantes, professores e líderes de base
Pós-evento em Nova York (2026): Sessão especial de exibição e networking com stakeholders internacionais
Pós-evento: Nova York, 2026
O festival reúne anualmente cineastas, pensadores e agentes de mudança por meio de exibições, painéis, exposições e experiências imersivas. Sua programação é focada em sustentabilidade, inovação e transformação social, com curadoria da IBA Rouanet e parceria institucional da NYICAS – New York International Contemporary Art Society, organização sem fins lucrativos sediada nos Estados Unidos.
Sobre a inscrição
Para inscrever seu filme, é obrigatório selecionar no formulário um ou mais dos 17 ODS que o seu filme aborda, explorando de forma criativa temas como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, ação contra a mudança climática, proteção da vida na água e na terra, consumo e produção responsáveis, entre outros.
Inscrição: até 20 de setembro
LINK – https://institutobienalamazonia.org/earth-film-festival/
1º passo – https://filmmakers.festhome.com/f/9725
2º passo – https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdP-GoOussUrtAY-_tZGOxxSbZaWigWJjS5rM3RqQEk7X_nsQ/viewform
Pré-eventos: 1 a 30 de outubro – Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília
Evento principal: Belém – 1 a 30 de novembro, durante a COP 30
Pós-evento: Nova York, 2026
Sobre o IBA
O Instituto Bienal Amazônia (IBA) e a Saphira & Ventura Gallery estarão presentes na COP 30, com o propósito destacar as questões de gestão ambiental e sustentabilidade, além de discutir temas relacionados à Amazônia e seu ecossistema por meio da arte, projetos de arquitetura, design e inovação, bem como projetos educacionais, com a direção de sua co-fundadora e presidente, Alcinda Saphira.
Em novembro de 2024, até fevereiro de 2025, no Rio de Janeiro, conectou líderes, especialistas, artistas e cidadãos em uma reflexão profunda sobre os desafios ambientais atuais. A cultura foi utilizada como ferramenta de transformação social por meio de debates, lançamentos de documentários e exposições de arte, design, arquitetura e tecnologia, com a participação de artistas nacionais e internacionais
Em novembro de 2025, Belém, PA, sediará a 1ª Bienal Amazônia, com a participação de cerca de 400 artistas nacionais e internacionais, tornando-se uma das maiores exposições visuais do país. O objetivo é alinhar a Bienal com as discussões e decisões sobre mudanças climáticas e questões ambientais e sociais durante a COP 30.
A Bienal Amazônia visa promover a cultura brasileira, em especial a indígena, a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, conscientizando sobre a importância da floresta amazônica. Além de projetar a arte brasileira, a Bienal tem um compromisso com o fortalecimento da economia local, geração de empregos e incentivo ao turismo na região.
Sobre Alcinda Saphira, Presidente da Bienal Amazônia
Alcinda Saphira é uma líder destacada no mundo da arte, ocupando os cargos de Presidente, Curadora-Chefe e Sócia Co Fundadora da Saphira & Ventura Gallery, além de Presidente e Fundadora do Instituto Bienal Amazônia. Ela também é reconhecida como co-fundadora e curadora da conceituada New York International Contemporary Art Society e membro respeitado do Comitê Científico do Museu MIIT em Torino. Com uma rica experiência em rádio e televisão, a experiência de Saphira estende-se aos domínios da arte e da curadoria, apoiada por uma licenciatura em artes plásticas. Ela possui uma carreira impressionante de mais de 25 anos, durante os quais orquestrou e promoveu exposições nos EUA, Europa, Ásia e Brasil.
Instagram: https://bienalamazonia.org/