Educação
Pé-de-Meia: confira dicas de como usar as parcelas depositadas

O Ministério da Educação (MEC) iniciou, nesta segunda-feira (26) o pagamento da terceira parcela de 2025 do programa Pé-de-Meia a estudantes do ensino médio regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública de todo o país.
O valor de R$ 200 é referente à frequência às aulas e será repassado até 2 de junho, conforme o mês de nascimento do participante do programa.
Educação financeira
Para ajudar os beneficiários na administração do dinheiro que recebem no Pé-de-Meia, o Ministério da Educação (MEC) divulgou vídeos da especialista em gestão financeira Nathália Rodrigues, a Nath Finanças, com orientações e apresentação de conceitos de educação financeira.
O material faz parte de uma série de dez vídeos curtos que serão publicados no Youtube do Ministério da Educação, a partir da parceria firmada entre a pasta e a influenciadora digital.
Durante a série, Nath Finanças explica que o primeiro passo para começar o planejamento é definir metas e objetivos, de curto e longo prazo.
“Não adianta pegar o dinheiro do Pé-de-Meia para gastar com besteira, sendo que você também tem outras prioridades.”
Nath Finanças orienta o estudante a listar seus objetivos de vida, em curto, médio e longo prazos, “porque assim você vai conseguir se organizar financeiramente da melhor maneira possível.”
O segundo passo, de acordo com a especialista é registrar rendimentos e gastos, sejam eles fixos, variáveis ou extras, em uma planilha, bloco de notas ou caderno.
“Pegue seus gastos e anote semanalmente. Tire um dia da semana para você se organizar”, incentiva.
Em seguida, Nath diz aos jovens que é preciso organizar as parcelas e os financiamentos, de modo a saber exatamente o que precisa pagar e quando.
Para ela, é fundamental guardar dinheiro, mesmo que pouco. Por fim, a empreendedora defende a formação de uma reserva financeira de emergência para imprevistos.
Dicas resumidas
Gastar, guardar ou investir? A partir das dicas de educação financeira da Nath finanças, o Ministério da Educação publicou em sua rede social um resumo aos estudantes, separado em três tópicos, com passo a passo.
1. Planejamento de gastos, antes de gastar
· o gasto deve caber no orçamento do estudante e de sua família;
· os gastos fixos não devem ser esquecidos, a exemplo de transporte, alimentação e aluguel;
· se conseguir, ter uma reserva de emergência;
2. Cuidado com o crédito
· evitar parcelamento de dívidas sem necessidade;
· ter atenção aos juros e multas cobrados e às cláusulas de contratos firmados;
· caso tenha dívidas, é melhor renegociar prazos e valores antes de perder o controle financeiro;
3. Economizar
· definir metas e pensar como alcançar o valor pretendido;
· separar uma quantia todos os meses, com base nas metas estabelecidas;
· lembrar que economizar representa mais segurança e liberdade no futuro.
Parcelas do incentivo
Ao todo, programa de incentivo financeiro-educacional paga aos estudantes participantes durante o ensino médio regular:
· 1 parcela anual pela matrícula, em cada um dos três anos do ensino médio;
· 9 parcelas de R$ 200, por ano, pela frequência mensal mínima de 80% nas aulas, em todos os meses letivos;
· R$ 1 mil por ano letivo concluído com aprovação, depositados na poupança; e
· R$ 200 extras, em parcela única, para quem participar dos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e for concluinte do ensino médio.
Os valores da chamada da Poupança do ensino médio podem somar até R$ 9,2 mil por aluno, no fim da última etapa da educação básica.
Os depósitos são feitos pelo MEC em uma conta aberta automaticamente pela Caixa Econômica Federal em nome dos estudantes que cumprem os critérios do programa, que pode ser movimentada pelos estudantes maiores de 18 anos.
Pé-de-Meia
O Pé-de-Meia é voltado a estudantes matriculados no ensino médio público inseridos no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).
Lançado em janeiro de 2024, o programa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino.
Educação
SPBC começa com debates sobre territórios, ciência e desenvolvimento

A 77ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começou neste domingo (13) na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife. Com o tema Progresso é ciência em todos os territórios, que pretende abordar a ciência como integrante do desenvolvimento nacional, seu papel na criação de um país mais justo, plural e conectado.
Os debates e discussões começam na segunda-feira (14) e seguem até o próximo sábado (19). Serão cerca de 200 eventos, entre painéis, mesas-redondas, conferências, apresentações culturais, premiações e atrações científicas interativas.
Os organizadores do evento vão lançar a Pesquisa Nacional: Vozes, Territórios e o Futuro da Ciência Brasileira.
“A SBPC está começando um novo ciclo, e queremos ouvir as pessoas. Lançamos uma pesquisa para entender melhor quem faz parte da nossa comunidade, onde estamos, quais os desafios que enfrentamos e o que esperamos para evolução da ciência no Brasil”, explica a vice-presidente da entidade, Francilene Garcia.
A coordenadora-geral do evento, a cientista Cláudia Linhares, disse que a intenção da SBPC este ano é abordar a diversidade brasileira, sob todos aspectos, olhando atentamente para os desafios de cada território, das grandes metrópoles às áreas rurais, periféricas e marginalizadas, observando as desigualdades.
“Trataremos das desigualdade que vão desde o financiamento da ciência e da educação até às desigualdades sérias, tais como a fome, a violência, temas que perpassam as ciências da saúde, as exatas e as humanas”, afirmou a coordenadora, que também é professora de computação da Universidade Federal do Ceará (UFC).
A ExpoT&C, que faz parte da reunião anual da SBPC, abre nesta segunda-feira, no campus Dois Irmãos da UFRPE. Com mais de 40 expositores, vindos de outras universidades e institutos de pesquisas públicos e privados, empresas, órgãos governamentais, sociedades científicas, agências de fomento, a mostra vai trazer as tecnologias mais avançadas, além de produtos e serviços desenvolvidos no país.
Para o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, “esse evento é mais uma oportunidade para a SBPC demonstrar como a ciência pode contribuir para fortalecer a produção nacional”.
Ribeiro lembrou que “desde a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que incorporou, na década de 2010, o termo inovação, hoje amplamente reconhecido no setor produtivo, buscamos valorizar o ciclo virtuoso entre ciência e a geração de bens e serviços. Nosso propósito é que essa conexão seja cada vez mais reconhecida e promovida em nossa sociedade”.
Educação
Rio de Janeiro forma a primeira turma de professor indígena

O estado do Rio de Janeiro formou a primeira turma de magistério indígena. A cerimônia certificou 16 estudantes do Colégio Indígena Estadual Guarani Karai Kuery Renda, na aldeia Sapukai, em Angra dos Reis, na região da Costa Verde fluminense. A formação foi possível graças a um convênio entre a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
No acordo, a secretaria entrou com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define as aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver na educação básica – da Educação Infantil ao Ensino Médio – no Brasil, e a universidade cooperou com a parte técnico-pedagógica.
Para a secretária de Educação, Roberta Barreto, o momento é histórico para a educação do Rio de Janeiro.
“Estamos orgulhosos e com a sensação de dever cumprido ao promover essa reparação histórica, com a educação indígena nesse colégio nosso, que é considerado o maior colégio indígena do Rio de Janeiro. Parabéns aos graduados, que agora estão aptos a assumir turmas tanto em sua própria escola quanto em outras unidades da rede”, afirmou a secretária.
A cerimônia teve o tradicional cântico sagrado, palestra sobre a luta da educação escolar indígena na aldeia, apresentação de capoeira e entrega de certificados, entre outras atividades.
“Nesses dois anos, tivemos um avanço significativo na educação indígena em nosso estado. A comunidade está feliz. Estamos vivendo uma reparação histórica do ensino na escolarização indígena. Nossos povos originários merecem todo o respeito e seus direitos constitucionais preservados”, avaliou o diretor-geral da unidade escolar, Domingos Júnior, há dois anos no cargo.
“Graças ao convênio, temos a primeira turma do magistério indígena do estado. Essa formação vai possibilitar que a cultura e os saberes sejam difundidos, passando de geração para geração. É uma oportunidade de os indígenas serem escolarizados pelos seus pares, nas línguas guarani mbyá e portuguesa”, disse a diretora regional pedagógica da Sul Fluminense, Tânia Borges, destacando a importância da parceria entre a Secretaria de Educação e a UFF.
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Educação
MEC quer estender Pé-de-Meia a todos do ensino médio da rede pública

O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A declaração foi dada durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024.
Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso Nacional.
“Eu tenho debatido muito isso com os próprios presidentes das Casas [Câmera e Senado], com a própria Comissão de Educação sobre a importância de a gente garantir, no orçamento do ano que vem, a possibilidade de ampliar os recursos para universalizar o Pé-de-Meia no Brasil.”
O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024, o Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa Família. No segundo semestre, a chamada “poupança do ensino médio” foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de jovens do ensino médio público, em um ano.
Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos letivos do ensino médio.
“Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também não tenha recebido o Pé-de-Meia”, exemplificou.
Pé-de-Meia
O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.
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