Economia
Petrobras reduz preço da gasolina A para as distribuidoras

Os preços de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras terão uma redução de 5,6%, a partir desta terça-feira (3). Segundo a empresa, o preço médio deste tipo de venda passará a ser de R$ 2,85 por litro, o que representa um recuo de R$ 0,17 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para composição da gasolina C vendida nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,08 /litro, uma redução de R$ 0,12 a cada litro de gasolina C”, explicou a Petrobras em nota divulgada nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro.
Incluindo a redução de amanhã, desde dezembro de 2022 a Petrobras recuou os preços da gasolina para as distribuidoras em R$ 0,22 / litro, ou seja, uma queda de 7,3%. “Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 0,60 / litro ou 17,5%”, informou.
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Transparência
Para assegurar transparência no acompanhamento dos preços, a Petrobras publica no seu site informações relacionadas à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor.
Assim, eles têm também uma melhor compreensão do processo da companhia. Para buscar as informações basta acessar o link
Economia
Haddad ressalta importância de Alckmin nas negociações sobre tarifas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez elogios nesta quinta-feira (21) à postura do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nas negociações sobre o aumento nas tarifas de exportação impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil.
Ao participar da cerimônia de abertura do Salão do Turismo, em São Paulo, Haddad afirmou que Alckmin “tem dado um show de dignidade nas tratativas do Brasil com os Estados Unidos”.
“É muito importante ter uma pessoa de cabeça erguida nos representando. É muito importante ter uma pessoa que não abaixe a cabeça para o grito e para o desaforo. Uma pessoa que sabe se colocar, que sabe defender os interesses nacionais, uma pessoa que sabe a importância que o Brasil tem no mundo. Porque sem o respeito nós não vamos trazer turista para cá, nós não vamos trazer investimento para cá, nós não vamos trazer as atenções do mundo para o potencial do Brasil”, disse o ministro.
Haddad também comentou sobre os avanços do turismo no país e sua relação com a situação econômica.
“Quando o turismo vai bem, é sinal de que nós temos a busca de um país um pouco mais justo. Quando o turismo vai bem, a gente tem muitos motivos para comemorar. Quando sobra um dinheiro para fazer turismo é porque essa família já conseguiu honrar boa parte dos seus compromissos rotineiros, já pagou a conta da luz, já pagou a escola do filho, já pagou a água. Então, quando o turismo vai bem, é sinal que o desemprego está em baixa, que a inflação está sendo controlada, é sinal que a renda do trabalhador, sobretudo das camadas de até quatro ou cinco salários mínimos, está prosperando. É sinal que nós temos um país um pouco mais justo”.
Para o ministro da Fazenda, mais importante do que o país continuar crescendo, é continuar crescendo com justiça social.
“Crescer 3% ao ano é muito importante. Agora tão ou mais importante quanto isso é crescer com um pouco mais de justiça social. Quando você vê que o trabalhador teve um aumento de renda nos últimos 3 anos, que ele não tinha desde o plano real, aí você começa a ver algum horizonte, alguma esperança de futuro. Isso significa que a família brasileira vai honrar seus compromissos, mas vai ter um tempinho para o lazer”, destacou.
Além de Haddad, a cerimônia oficial de abertura do Salão do Turismo contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; do ministro do Turismo e presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, Celso Sabino, e do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Salão do Turismo
Com o tema Diversidade, Inclusão e Sustentabilidade no Turismo, o Salão do Turismo é a maior vitrine do setor no país. O evento reúne representantes das 27 unidades federativas para promover a cultura, a gastronomia, os destinos turísticos e as experiências regionais.
O encontro é uma iniciativa do Ministério do Turismo voltada à promoção, valorização e à comercialização de roteiros e experiências nacionais, em sintonia com as diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo (PRT) e da Política Nacional de Turismo. O evento tem como objetivos fomentar a economia do ramo, democratizar o acesso a viagens e valorizar as riquezas culturais e naturais do país.
Em sua fala, Geraldo Alckmin ressaltou a importância do turismo para a saúde e também para a geração de empregos.
“Turismo é saúde. Cada vez mais se valoriza o sistema imunológico. O ser humano não é máquina, ele precisa de lazer e descanso. E o turismo promove também a saúde, aproxima as pessoas e o contato com a natureza nesse país fascinante que é o Brasil. Turismo também é o grande empregador, baseado em menor capital, e distribui renda”, disse.
Segundo o vice-presidente, uma das melhores maneiras de estimular o turismo é melhorar a renda da população.
“A melhor maneira da gente estimular o turismo é melhorar a renda do povo, as pessoas terem emprego e ter melhor renda, ter um dinheirinho para poder viajar, conhecer e poder promover o turismo”, disse.
De acordo com Alckmin, poder viajar se tornou mais possível ao brasileiro por causa das duas reformas planejadas pelo atual governo: a tributária e a do consumo.
“Faz-se justiça com a questão tributária e se permite que as pessoas possam ter um recurso a mais. E agora a inflação está caindo. Cai a inflação, melhora a renda das pessoas, aumenta o emprego e diminui o imposto sobre a renda. Isso ajuda as pessoas a também avançarem mais”, ressaltou.
Aumento de turistas
De acordo com o ministro do Turismo, Celso Sabino, nos últimos anos o Brasil vem se tornando um dos principais destinos turísticos do mundo, recebendo muito mais turistas estrangeiros do que recebemos, por exemplo, durante a Copa do Mundo.
“Segundo dados da Polícia Federal, 2024 registrou mais ingressos de estrangeiros do que quando sediamos a Copa do Mundo ou as Olimpíadas. Foram mais de 6,75 milhões turistas estrangeiros conhecendo e visitando cada lindo encanto do nosso país. E esses estrangeiros deixaram um importante incremento financeiro para geração de empregos, que foi da cifra de mais de R$ 42 bilhões, segundo dados do Banco Central”, disse.
Sabino destacou que o brasileiro também tem passado a visitar mais o país nos últimos anos.
“O ano de 2024 foi o ano em que o brasileiro mais quis e mais viajou dentro do nosso país. Somente de avião, nós demos um salto de 97 milhões de passagens aéreas para cidades brasileiras em 2022 para 118 milhões de passageiros cruzando os céus do Brasil em 2024. Sendo que, segundo a nossa Pesquisa de Tendências do Turismo Verão 2024-2025, apenas 27% dos brasileiros optam pelo modal aéreo”.
E a perspectiva, destacou Sabino, continua otimista para este ano.
“De janeiro a julho deste ano, o Brasil já registrou, segundo a Polícia Federal, a entrada de 5,95 milhões de estrangeiros. A perspectiva para o segundo semestre, que historicamente é melhor do que o primeiro, traz a projeção do Ministério do Turismo de que este ano o Brasil, que nunca chegou a receber 7 milhões de turistas estrangeiros no ano, alcance a marca de 10 milhões de turistas estrangeiros em 2025”, ressaltou o ministro.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, também ressaltou que o Brasil vive atualmente o seu melhor momento do turismo.
“O momento que a gente está vivendo é o melhor ano da história do turismo do Brasil. Em 2024, nós tivemos um crescimento no turismo nacional em mais de 10%, e um crescimento de mais de 12% no turismo internacional”.
Silvio Costa destacou que, por esse crescimento no turismo, o governo vem investindo no fortalecimento dos aeroportos do país, principalmente nos regionais.
“A gente está trabalhando muito para avançar em aeroportos regionais, porque é fundamental que a gente possa estimular o desenvolvimento do turismo regional. Hoje nós temos quase 30 aeroportos regionais em andamento, entre novos e requalificados, e a gente espera fazer mais de 50 aeroportos nesses próximos 4 ou 5 anos no país”, disse.
Economia
Entenda o que muda no imposto de renda com a nova lei e por que a insenção até R$ 5 mil voltou ao debate

Isenção já é lei para salários de até dois mínimos, mas Congresso discute ampliar o benefício para quem ganha até R$ 5 mil — e reacende o debate sobre justiça fiscal no Brasil
Boas notícias para o bolso de milhões de brasileiros! Aquela mudança no Imposto de Renda que garantia isenção para quem ganha até dois salários-mínimos não é mais provisória. Agora é lei, sancionada e definitiva.
Na prática, isso significa um alívio direto na folha de pagamento. Se você está nessa faixa de renda, o “leão” não morderá mais uma parte do seu salário todo mês. “O efeito é aliviar o peso do imposto para quem ganha menos, garantindo que esse público tenha mais dinheiro disponível para o consumo e as necessidades básicas”, explica Fabrizio Caldeira, advogado especialista em direito tributário.
Para o especialista, o fato de a regra ter virado lei traz mais segurança. “Chega de incerteza. Com a lei, as pessoas podem se planejar financeiramente sem medo de que a regra mude de uma hora para outra”, avalia.
Apesar do avanço, a nova lei não resolve um problema antigo: a tabela do Imposto de Renda continua muito defasada. Se ela fosse corrigida pela inflação acumulada, milhões de brasileiros que hoje pagam imposto poderiam estar isentos ou, no mínimo, pagando bem menos. “Esse é um ponto que o governo ainda precisa enfrentar”, afirma Fabrizio Caldeira.
E é por isso que o debate já esquentou de novo no Congresso. A bola da vez é uma proposta bem mais ousada: isentar do IR todo mundo que ganha até R$ 5 mil por mês. Se aprovada, a medida beneficiaria não apenas os trabalhadores de menor renda, mas também uma grande fatia da classe média, que hoje sente o peso da carga tributária.
Claro que um benefício tão grande tem um custo. Isentar salários de até R$ 5 mil significaria uma perda de arrecadação enorme para o governo. “É fundamental que o projeto venha com uma solução para compensar essa perda, para que o alívio de um lado não se transforme em cortes na saúde e na educação do outro”, pondera o advogado.
Para Fabrizio Caldeira, a discussão precisa ser ainda mais ampla. Não basta só mexer na isenção. É preciso uma reforma completa do Imposto de Renda, para que ele se torne mais simples e, principalmente, mais justo. “O IR deveria ser um instrumento de justiça fiscal. Precisamos de um modelo que não pese tanto no bolso de quem ganha menos e que faça as grandes rendas contribuírem de forma mais proporcional”, conclui.
Economia
Ministro minimiza impacto do tarifaço no mercado de trabalho

Poucas empresas brasileiras levarão sua linha de montagem para os Estados Unidos, como forma de amenizar os impactos do tarifaço do governo norte-americano contra produtos brasileiros. A avaliação é do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Para ele, nesse caso, os efeitos negativos para o mercado de trabalho do país serão diminutos.
Já no pior dos cenários projetados, tendo como base uma pesquisa do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a redução das vagas de emprego seria de, no máximo, 320 mil em um total estocado de 48 milhões de empregos.
“Convenhamos: não seria o desastre total”, disse Marinho, ao reiterar que este seria o cenário “caso absolutamente tudo desse errado”. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (21) durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Um dos objetivos do tarifaço aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos importados é o de estimular empresas a se instalarem em território norte-americano, gerando empregos e riquezas àquele país.
>>Entenda: tarifaço de Trump é capaz de reindustrializar Estados Unidos?
Compradores substitutos
Marinho disse que, nas viagens que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm feito, ouviu depoimentos de empresários que informaram ter encontrado compradores substitutos, para escoarem a produção que estava destinada a compradores dos Estados Unidos.
“O empresário tem de olhar o mercado; um mercado secundário ou outro comprador. Pode ser que o outro país não vá querer, eventualmente, pagar o mesmo preço pago pelos norte-americanos. Mas muitas vezes é preferível você ter o menor resultado do que ter um prejuízo”. acrescentou.
Ele lembrou que as compras públicas ajudarão, em especial, o setor de produtos alimentícios destinados a hospitais, merendas escolares e presídios, por exemplo.
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Atenção especial
Segundo o ministro, o governo dará atenção especial aos setores mais afetados por produzirem essencialmente para o mercado norte-americano.
“Evidentemente alguns setores serão fortemente atingidos. Outros serão levemente atingidos ou não serão atingidos porque produzem essencialmente para outros mercados ou para o mercado brasileiro”, disse.
Perguntado sobre o risco de as empresas levarem linhas de montagem para os EUA, a fim de amenizar os impactos do tarifaço, ele disse que não vê “”um movimento grande em relação a isso”, e que, nesse caso, “o impacto ao mercado de trabalho será diminuto”, até porque economia e mercado de trabalho vivem um bom momento no Brasil.
“Com as medidas e iniciativas que o governo está tomando e com o diálogo com o empresariado brasileiro, daremos conta de passar esse processo. E o Brasil sairá mais forte depois desse processo”, complementou.