Jurídico e Direito
Planejamento Tributário já é uma realidade em Manaus

Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo, o planejamento tributário emerge como uma ferramenta indispensável para maximizar os lucros e garantir a sustentabilidade financeira das empresas. Em Manaus, onde a atividade industrial é uma das principais fontes de desenvolvimento econômico, entender e otimizar os impostos é essencial para o sucesso dos empreendimentos.
Manaus, situada na Zona Franca, desfruta de um regime tributário diferenciado que visa incentivar o desenvolvimento econômico da região. Contudo, essa vantagem não elimina a necessidade de um planejamento tributário eficiente. O sistema tributário brasileiro é complexo, com uma gama de impostos, taxas e contribuições que podem impactar significativamente a rentabilidade das empresas.
Empresas localizadas na Zona Franca de Manaus têm acesso a benefícios fiscais específicos. Um planejamento tributário bem elaborado visa maximizar o aproveitamento desses incentivos, como a redução ou isenção de impostos sobre a produção e comercialização de determinados produtos. O Regime tributário diferenciado para empresas instaladas na Zona Franca de Manaus (ZFM),Oferece isenção ou redução de diversos impostos federais, como IPI, PIS, COFINS e Imposto de Importação , visando promover o desenvolvimento econômico da região, atraindo investimentos e gerando empregos.
A escolha do regime tributário mais adequado para uma empresa em Manaus depende de diversos fatores, como o porte do negócio, o tipo de atividade exercida, o faturamento anual e as projeções de crescimento. É essencial realizar uma análise criteriosa, considerando os aspectos tributários, contábeis e financeiros, para tomar a decisão mais vantajosa e garantir a conformidade com a legislação vigente. Além disso, o apoio de profissionais especializados em contabilidade e planejamento tributário pode ser fundamental para maximizar os benefícios fiscais e reduzir os riscos de contingências fiscais
A questão dos Tributos no Brasil é um desafio muito grande. O contribuinte necessita de mais de 1.500 horas por ano, apenas para cumprir as obrigações acessórias impostas pelo fisco. Como no Brasil, temos mais de 90 tributos vigentes e alterações diárias na tributação, se faz necessário a realização do compliance tributário das empresas. Através do compliance, estuda-se qual o melhor regime tributário para o perfil e porte da empresa, é analisado o cadastro dos produtos realizando a parametrização dos itens de acordo com a melhor legislação vigente, observado a incidência de todos os tributos na entrada nas mercadorias e na saída também.
No Brasil, não existe uma outra forma de otimizar o processo de recuperação de créditos, é necessário utilizar a tecnologia somada a experiência de auditores, contadores e advogados para no somatório de forças termos o melhor resultado para o cliente, sem artifícios que configurem ou caracterizem sonegação fiscal, tudo realizado de acordo com a legislação vigente.
Hoje, com a tecnologia, quando uma nota fiscal é emitida faturando uma mercadoria para a empresa, a receita federal e a Sefaz dos estados já tomam conhecimento imediatamente e quando o cupom fiscal é emitido elas também sabem automaticamente. Atualmente, tanto o governo federal quanto os estados possuem mais conhecimento dos estoques das empresas que muitos empresários.
A tecnologia é uma grande aliada. No Brasil, em média, temos 40 alterações da legislação tributária por dia útil. Pensando nisso desenvolvemos ferramentas que conseguem alterar e parametrizar quase que em tempo real o cadastro de itens e a matriz tributária das empresas para que a tributação esteja sempre de acordo com a melhor legislação vigente, evitando com isso que ocorram pagamentos a maior ou a menor.
Ainda temos o desafio de integrar a comunicação entre os sistemas de auditoria e os diversos sistemas utilizados pelos clientes, mais acredito que em pouco tempo conseguiremos avançar ainda mais e obter resultados ainda melhores.
A REALIDADE EM MANAUS
Muitos empresários em Manaus acreditam que porque estão na Zona Franca não possuem o direito à créditos tributários, ou que não existe uma outra maneira que possam otimizar os custos tributários.
Nosso trabalho é exclusivamente no êxito, provido de cláusulas de confidencialidade bem rígidas por se tratar de informações contábeis e de faturamento das empresas. Logo, se a contabilidade das empresas manauras estiverem totalmente de acordo não haverá nenhuma despesa a ser paga pelo nosso trabalho, o cliente ganhou uma auditoria, tributária e contábil gratuita, porém, caso consigamos créditos desconhecidos da empresa, cobramos um pequeno percentual dos valores identificados quando o empresário tomar proveito desse crédito.
Em um ambiente empresarial dinâmico e competitivo como Manaus, o planejamento tributário se torna uma ferramenta indispensável para garantir a saúde financeira e o crescimento sustentável das empresas. Ao adotar estratégias inteligentes de gestão tributária, os empresários podem não apenas reduzir a carga fiscal, mas também criar vantagens competitivas significativas que impulsionam o sucesso a longo prazo.
Sediado em Alagoas, Sysley tem uma presença consolidada em vários estados brasileiros, incluindo Sergipe, São Paulo e Distrito Federal. Sua atuação na área pública remonta a 2005, porém, foi a partir de 2018 que ele passou a se dedicar especificamente à consultoria tributária, tornando-se uma referência no ramo.
Sysley Sampaio – Advogado Tributarista.Pós em Direito Público, Mestrando em Direito Tributário,MBA em Recuperação de Créditos Tributários, sócio da TexGroup e Membro da Aliança tributária.
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Assessor nega ter sido consultado por Bolsonaro sobre ações golpistas

O ex-subchefe de assuntos jurídicos da Presidência da República Renato de Lima França negou nesta sexta-feira (30) ter recebido do ex-presidente Jair Bolsonaro pedido para elaboração de estudos para implantação de medidas golpistas após o resultado das eleições de 2022.
França prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como testemunha de defesa de Bolsonaro na ação penal da trama golpista. O ex-subchefe era um dos conselheiros jurídicos do ex-presidente.
Perguntado pelo advogado de Bolsonaro se o ex-presidente solicitou algum estudo ou aconselhamento para implantação de medidas de estado de sítio, de defesa ou operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), França respondeu que nunca foi consultado sobre os temas.
“Não, nada, nem solicitação de estudo. Nada desses temas foi demandado pelo presidente a minha pessoa”, afirmou.
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Acampamentos
O ex-comandante do Comando Militar do Planalto (CMP) general Gustavo Henrique Dutra também prestou depoimento na tarde de hoje na condição de testemunha do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, um dos réus da ação penal da trama golpista.
O general confirmou que participou de uma reunião, no dia 6 de janeiro de 2023, com o então secretário para pedir ajuda na retirada de pessoas em situação de rua do acampamento golpista que estava montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília.
Para o militar, a reunião foi um “um cafezinho de cortesia” com Anderson Torres. Naquele momento, segundo ele, o acampamento estava esvaziado, e cerca de 200 pessoas em situação de rua estavam no local.
“Mostrei que o acampamento estava esvaziado. Havia 200 pessoas, eram pessoas em situação de rua e pedi apoio da secretaria”, completou.
Os depoimentos das testemunhas de defesa do Núcleo 1 da trama golpista serão encerrados na próxima segunda-feira (2). O último a depor será o senador Rogério Marinho (PL-RN), testemunha de Bolsonaro. Até o momento, cerca de 50 testemunhas foram ouvidas.
Em março deste ano, Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista passaram a responder a uma ação penal pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Núcleo 1
Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o Núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- Augusto Heleno, general de Exército, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general de Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
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PF mira prefeito de Palmas em operação sobre vazamentos no STJ

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (30) a 9ª fase da Operação Sisamnes, que apura a venda de decisões em judiciários estaduais e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), bem como o vazamento de informações sigilosas sobre investigações.
Nesta fase, buscas e apreensões foram realizadas em endereços ligados ao prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, que teve o passaporte apreendido e foi proibido de deixar o país. Os agentes estiveram também na prefeitura da capital do Tocantins.
Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito sobre o caso.
Em nota, a PF disse que “os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas”.
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De acordo com as investigações, teriam sido prejudicadas apurações contra juízes e advogados do Tocantins. A PF pediu a prisão de Campos, por obstrução de Justiça, que não foi autorizada por Zanin.
Zanin , no entanto, autorizou diligências pedidas pela PF para apurar o suposto tratamento privilegiado ao advogado Thiago Marcos Barbosa, preso em fase anterior da Sisamnes. Ele é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, que na ocasião negou qualquer envolvimento e disse não ser investigado.
O advogado teria sido um dos beneficiados pelo vazamento de informações do STJ, após ter sido alertado por Campos, segundo interceptações telefônicas feitas com autorização judicial.
A PF pediu a prisão preventiva de Campos, medida que obteve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não foi autorizada por Zanin.
Nesta sexta-feira, em entrevista transmitida por emissoras locais de Pamlas, o prefeito Eduardo Siqueira Campos disse ser “fonte de muita gente” e que teve as informações sobre processos no STJ por meio de advogado regularmente constituído.
“Eu só sei o que dizem por aí. Eu não tenho nenhuma informação privilegiada. Estou aqui para responder em relação a suposto vazamento de informação perante o STJ. Eu não tenho fonte no STJ, não é meu papel”, afirmou o prefeito.
A Operação Sisamnes teve como origem a investigação do assassinato de um advogado no Mato Grosso. Ao analisar o celular da vítima, os policiais encontraram informações indicando a venda de sentenças em diferentes tribunais, abrindo diversas frentes de investigação, incluindo no STJ.
Em ocasião anterior, durante fase que teve como alvo servidores do tribunal, o STJ divulgou nota na qual negou que ministros da Corte tivessem conhecimento de qualquer eventual irregularidade cometida por integrantes de seus gabinetes.
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STF: Ciro Nogueira e Tarcísio negam saber de tentativa de golpe

Os ex-ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), hoje senador, e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), atual governador de São Paulo, disseram nesta sexta-feira (30) desconhecer qualquer envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro com alguma tentativa de ruptura institucional ou golpe de Estado.
Os dois foram ouvidos por videoconferência como testemunhas de defesa de Bolsonaro, na ação penal sobre uma trama golpista que teria tentado manter o ex-presidente no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022. A audiência foi presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cotado como possível representante do bolsonarismo na próxima corrida presidencial, Tarcísio afirmou “jamais” ter tratado ou ter ouvido Bolsonaro tratar de qualquer assunto relativo a algum tipo de golpe, seja antes ou depois de eleição. “Assim como nunca aconteceu enquanto fui ministro”, acrescentou.
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Após a derrota no pleito, quando já eleito governador e afastado do governo federal, Tarcísio disse ter visitado Bolsonaro ao menos duas vezes, “por amizade”, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
“Da mesma forma, nesse período, na reta final [do governo], nas visitas, tivemos várias conversas, jamais se tocou nesse assunto, jamais mencionou ruptura”.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) deu resposta similar, ao ser questionado pelo advogado Celso Vilardi, que defende Bolsonaro, sobre se o ex-presidente mencionou algum tipo de ruptura nos vários encontros entre os dois após a derrota eleitoral.
“Em hipótese nenhuma. Nunca aconteceu isso”, afirmou Nogueira, que é também presidente do PP. “Todas as determinações que o presidente me deu foi para que fizesse a transição da melhor forma possível”.
Assim como Tarcísio, o ex-ministro-chefe da Casa Civil voltou a relatar que Bolsonaro chegou a ficar depressivo durante o período pós-eleitoral, com “falta de interesse pela situação do país”, mas que a transição ocorreu “dentro da normalidade”, assegurou. “O presidente em momento nenhum quis obstacular qualquer situação”.
Dispensados
Estava previsto para a manhã desta sexta também o depoimento de Valdermar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro. O líder partidário, entretanto, foi dispensado pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, também réu na ação penal.
Valdemar chegou a ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento na trama golpista, mas acabou depois sendo poupado na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Outras testemunhas dispensadas nesta sexta foram os ex-ministros Gilson Machado (Turismo) e Eduardo Pazuello (Saúde), que falariam a tarde como testemunhas de Bolsonaro, mas foram dispensados pela equipe de defesa do ex-presidente.
Foi dispensado também o advogado Amaury Feres Saad, apontado no inquérito policial como um dos mentores intelectuais de uma minuta de decreto com teor golpista, mas que também não foi denunciado pela PGR.
Testemunhas de Torres
Ainda nesta sexta, foi ouvido o deputado distrital Hermeto (MDB), como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Hermeto foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores de Bolsonaro.
Hermeto foi questionado sobre o motivo de não ter indiciado Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF em 8 de janeiro, no relatório final da CPI.
“Eu não indiciei o secretário Anderson porque não vi nele a responsabilidade, porque o secretário de Segurança em exercício, o secretário-executivo [Fernando Souza de Oliveira], que estava no comando, e as forças de segurança respondiam a ele”.
A testemunha seguinte, a secretária de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Soares Marra, confirmou ter participado de uma reunião no dia 6 de janeiro, junto com o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, então chefe do Comando Militar do Planalto, e Torres.
A pauta na ocasião, segundo ela, foi a desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, onde bolsonaristas acampavam há meses e defendiam uma intervenção militar no país.
“No dia cinco, uma quinta-feria, eu recebi uma mensagem às oito e meia da noite, ainda tenho essa mensagem. O chefe de gabinete do secretário de Segurança Pública praticamente me convocando, dizendo que era uma reunião urgente”, contou Ana Paula.
No encontro, foram mostradas fotos que demonstraram uma relativa desmobilização do acampamento e estabelecido um plano para a retirada das pessoas do local na semana seguinte, junto com equipes de abordagem social, devido ao grande número de pessoas em situação de rua nos arredores.
Entenda
A ação penal 2668 foi aberta depois que a Primeira Turma do Supremo aceitou, em março, a parte da denúncia da PGR relativa ao chamado núcleo “crucial” do golpe, composto pelo que seriam as principais cabeças do complô.
Entre os réus dessa ação penal está o próprio Bolsonaro, apontado pela PGR como líder e principal beneficiário da trama golpista, além de Torres e outros sete ex-ministros de seu governo e assessores próximos.
As testemunhas do caso começaram a ser ouvidas em 19 de maio, por videoconferência, e seguem até 2 de junho. Na tarde desta sexta, às 14h, estão marcados os depoimentos de mais quatro testemunhas de Bolsonaro.
As audiências são presididas pelo ministro Alexandre de Morares, relator do caso. Em despacho, ele proibiu qualquer tipo de gravação das audiências. Jornalistas foram autorizados a acompanhar as falas da sala da Primeira Turma, no Supremo.