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Polícia do Rio apreende 30 pistolas que saíram de São Paulo
A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu 30 pistolas semiautomáticas dentro de um ônibus de turismo que saiu do bairro do Brás, em São Paulo. O destino final do carregamento era o Complexo do Alemão, região alvo da Operação Contenção no fim de outubro.

A apreensão foi feita no posto da barreira fiscal de Nhangapi, em Itatiaia, na região sul fluminense.
Policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), após denúncia, revistaram o interior e o bagageiro do ônibus, onde encontraram três caixas de papelão contendo seis almofadas, cujo peso excessivo levantou suspeita dos policiais. Ao serem abertas, revelaram um arsenal composto por 30 pistolas semiautomáticas de diversas marcas e calibres e 63 carregadores, embalados no interior das almofadas.
De acordo com as investigações, a mulher responsável pela bagagem teria sido contratada por uma intermediária para transportar o armamento até o Rio de Janeiro, onde um motorista de aplicativo entraria em contato para recolher as caixas e entregá-las no Complexo do Alemão.
A investigação prossegue para identificar os integrantes da cadeia criminosa responsável pelo transporte e distribuição das armas.
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Ato na UFPA enterra simbolicamente combustíveis fósseis
O campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) em Belém recebe a partir desta quarta-feira (12) uma série de eventos relacionados à Cúpula dos Povos. Durante todo o dia, movimentos sociais e lideranças de povos tradicionais participaram de uma agenda extensa de eventos e atos políticos.

É o caso da manifestação artística liderada pela professora Inês Antônia Santos Ribeiro, professora da Escola de Teatro e Dança da UFPA, e coordenadora geral do programa de extensão Alto do Círio, ligado ao Círio de Nazaré.
Durante a abertura da Cúpula dos Povos, um ato simbólico promoveu o “Funeral dos Combustíveis Fósseis”. Conectados em um corpo de cobra, eles denunciaram os impactos climáticos causados pelo uso de combustíveis derivados do petróleo, gás natural e carvão mineral.
A Boiuna, também conhecida como cobra grande, é um elemento importante da cultura amazônica. E foi usada como símbolo de abertura de caminhos para as lutas e as demandas das populações tradicionais da Amazônia.
“A nossa intenção é que a Boiuna enterre os combustíveis fósseis. Já que ela está embaixo de Belém sustentando essa terra, ela vai afundar, vai levar, vai engolir simbolicamente os combustíveis fósseis”, disse Inês.
A professora explica que, por meio da arte, é possível lembrar que a crise climática afeta fauna, flora e as pessoas que habitam os territórios ameaçados.
“A arte é política, a arte é cultura. Pelos seus símbolos, ela pode representar a grande mensagem que queremos passar: de que somos vítimas de uma violência climática. Nesse território existem vidas que precisam ser sustentadas pelos nossos encantados, seres espirituais que são guardiões da natureza e da floresta”, disse Inês.
A professora ressalta que os símbolos servem para mobilizar a população. “Eles são capazes de sensibilizar sem o uso das palavras, e trazer mensagens importantes aqui na Cúpula dos Povos de que devemos parar a destruição e proteger o nosso planeta”, complementou.
Cúpula dos Povos
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A Cúpula dos Povos ocorre entre os dias 12 e 16 de novembro na UFPA, em paralelo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Aqueles que não ocupam lugares de destaque e espaços de decisão da COP reúnem forças, pautas e propõem um documento conjunto para influenciar os líderes mundiais nos compromissos para combater o aquecimento global e a injustiça climática.
O primeiro dia de Cúpula começou com uma barqueata pelas águas da Baía do Guajará. A manifestação reuniu mais de 200 embarcações, com cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores. Dentro da barca principal, que reuniu movimentos sociais e jornalistas, povos tradicionais se apresentaram com músicas, poesias e compartilharam as principais bandeiras de lutas.
Na UFPA, delegações de diferentes movimentos sociais foram acolhidas pelos organizadores da Cúpula. Em salas de debate, especialistas compartilharam estudos sobre transição energética e interseccionalidade de gênero, raça, classe e território. Também houve uma roda de “artivismo” feminista popular e antirracista.
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CNU 2025: mulheres são 57,12% dos classificados para segunda fase
Entre os 42.499 candidatos classificados para segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2), 57,12% são mulheres, o que corresponde a 24.275 mulheres classificadas para fazer a prova discursiva, agendada para 7 de dezembro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Os percentuais são reflexo da ação afirmativa voltada às mulheres adotada pelo MGI para a segunda edição do certame.
No CNU 1, em 2024, as mulheres foram maioria nas inscrições (56%) e presença significativa na prova (54%), mas apenas 37% das aprovações finais.
A ministra da gestão, Esther Dweck, explicou na coletiva de lançamento do CNU 2025 que a medida de equiparação busca corrigir uma distorção observada na primeira edição do concurso unificado.
“É uma forma de mitigar desigualdades estruturais que dificultam o acesso das mulheres, especialmente aquelas com dupla ou tripla jornada”, declarou a ministra.
Política afirmativa
A novidade da edição de 2025 do chamado Enem dos Concursos garante a equiparação entre o número de mulheres e homens classificados para a segunda fase em cada cargo e modalidade da seleção.
O mecanismo para efetivar a equidade de gênero estabelece que quando o percentual de mulheres aprovadas na prova objetiva for inferior a 50%, candidatas adicionais são convocadas até que se alcance a paridade, ou seja, a equivalência no número de mulheres convocadas em relação ao número de homens.
A condição imposta é que elas tenham alcançado o número mínimo de acertos, previsto no edital de abertura do processo seletivo.
Sem a adoção desta medida afirmativa de equidade de gênero, o MGI aponta os percentuais de classificadas para a segunda fase do certame, se considerado o gênero, seria de 50,6% de homens e 49,4% de mulheres no total.
Na prática, com a medida, mais mulheres foram chamadas para equilibrar o número de homens e mulheres fazendo a prova discursiva em cada cargo e em cada modalidade.
Todos os classificados
A equiparação numérica foi aplicada somente nestes casos em que a proporção de mulheres era menor do que 50%.
O Ministério da Gestão esclarece que a medida não exclui os candidatos homens já classificados. Todos os homens que alcançaram a nota mínima em cada cargo foram classificados para a fase 2 do concurso, a da prova discursiva.
Blocos temáticos
Nos blocos 1,2 e 5, as mulheres foram maioria de classificadas, mas não em alguns cargos. Nesses blocos, portanto, houve só a equiparação residual nesses cargos específicos.
Nos blocos 3 e 4, mesmo com a equiparação, as mulheres não alcançaram a metade dos classificados, pois há cargos em que não houve mulheres com número de acertos suficiente para serem elegíveis à equiparação.
Apenas no Bloco 8 não foi necessária qualquer equiparação em nenhum cargo porque as mulheres, que já eram maioria de inscritas nos cargos, também foram maioria das pessoas classificadas para a segunda prova em todos os cargos.
No cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa do bloco 7, por exemplo, antes da equiparação seriam 888 mulheres classificadas e 1.490 homens. Com a medida, os 1.490 homens permanecem classificados, mas foram chamadas 731 mulheres a mais para garantir a equiparação na disputa da segunda fase. Todas as empatadas com a nota mínima necessária entre as mulheres serão convocadas para fazer as provas discursivas.
Confira a tabela com o quantitativo de homens e mulheres entre 42.499 candidatos aprovados para a segunda fase por bloco temático.
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Medida de equidade de gênero garante 57,12% de mulheres classificadas para a segunda fase do CNU – (Fonte: MGI)
Próximos passos
Após a divulgação dos resultados das provas objetivas, o MGI irá convocar, ainda nesta semana, as candidatas e os candidatos classificados para a prova discursiva, por meio de edital de convocação a ser publicado no Diário Oficial da União.
O Ministério da Gestão ainda anunciou que também serão publicados no Diário Oficial da União, nesta semana, outros editais de convocação para as seguintes estapas:.
- Avaliação de títulos
- Procedimento de confirmação/verificação complementar à autodeclaração para concorrer às vagas reservadas às pessoas candidatas negras, indígenas e quilombolas
- Para o procedimento de caracterização de deficiência.
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Turismo internacional no Brasil bate recorde em 2025
De janeiro a outubro deste ano, o Brasil registrou a visita de 7,68 milhões de turistas internacionais, o maior acumulado de visitantes estrangeiros para os primeiros 10 meses registrado na série histórica. O número representa um aumento de 42,2% sobre o mesmo período de 2024. O país deve receber 9 milhões de turistas estrangeiros em todo este ano, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

“A gente bateu o recorde antigo, que era 6,4 milhões em agosto. Hoje, a gente está superando em 11% a meta do Plano Nacional de Turismo, que era fechar este ano com 6,9 milhões [de turistas estrangeiros]”, disse o coordenador de Demanda a Transportes Multimodais da Embratur, Philipe Karat.
Para Karat, o país está com o mercado do turismo muito saudável e com investimentos sendo feitos no setor.
“A perspectiva dos próximos 3, 4 anos da aviação brasileira é muito boa, na medida em que os investimentos retornem”, disse.
Karat participou, nesta quarta-feira (12), do evento Brasil em expansão: conectividade aérea e turismo como motores de projeção global, promovido pelo Fórum EFE.
“O Aeroporto de Florianópolis acabou de bater o recorde de 1 milhão de passageiros internacionais. É o terceiro aeroporto brasileiro que chega nesse recorde, antes eram só Guarulhos [SP] e Galeão [RJ]. Um aeroporto do Sul, de uma capital que não é das mais populosas, [está] batendo um recorde de turista internacional”, destacou.
Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30
Os resultados positivos do setor decorrem de uma conjunção de fatores e do envolvimento de diversas instituições, e não de atores isolados, avalia Karat.
“Não posso dizer que [o responsável é apenas] a economia da Argentina, os empresários de Santa Catarina ou o Aeroporto de Florianópolis. Eu atribuo [os bons resultados] à coordenação do todo”, disse.
Investimentos
O diretor da companhia aérea espanhola Iberia, Juan Cierco, informou que já no primeiro semestre de 2026 a empresa destinará recursos para expandir a atuação na América Latina, principalmente no Brasil.
“Para a Iberia, o Brasil é muito mais do que um destino turístico. É um país de negócios, de intercâmbio cultural, de desenvolvimento econômico, de desenvolvimento social e, claro, de turismo”, disse, durante o evento.
O diretor executivo da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, Alejandro Gómez Gil, ressaltou que o Brasil tem dimensões continentais e uma carência de transporte por terra, o que gera uma demanda por transporte aéreo.
“Com uma infraestrutura terrestre que deixa a desejar em alguns lugares, e especialmente considerando as distâncias, voar no Brasil não é um luxo, é uma necessidade”, ressaltou.
“Voos domésticos para turismo ou viagens a negócios são essenciais. Turistas estrangeiros precisam dessas conexões aéreas. Estamos falando de cerca de 7 milhões de pessoas, e a maioria chega de avião”, acrescentou.
Benefícios
O turismo internacional pode trazer benefícios às populações locais, tanto na geração de renda para as comunidades como no estímulo à preservação da cultura e do meio ambiente.
Philipe Karat, da Embratur, apontou que o turismo é uma alternativa para evitar o desmatamento e a degradação do meio ambiente, considerando que é uma atividade que se beneficia da natureza preservada.
“Têm localidades em que houve, no começo do século passado, um movimento migratório muito grande para as regiões Sul e Sudeste. Hoje, esses são os lugares de desejo dos turistas do Sul e Sudeste. O turismo faz com que a migração seja menor, que as pessoas possam desenvolver a sua atividade na sua própria localidade”, disse.
Ele lembrou ainda que, na ocasião da Copa do Mundo no Brasil, a seleção da Alemanha treinou na Bahia e que hoje há investimento de empresas e ONGs alemãs na região.
“O turismo promove esse intercâmbio, ele acaba beneficiando as localidades”, disse.
A evolução do turismo internacional, afirmou Karat, começa com o turismo interno. “Vemos que a magnitude do turismo doméstico deve servir como alavanca para impulsionar o turismo internacional”, disse. E citou as cidades de Caldas Novas, em Goiás, e Porto Seguro, na Bahia, que são destinos turísticos relevantes no contexto da visitação nacional.
“Precisamos trabalhar com os aeroportos e companhias aéreas locais para formar alianças com companhias aéreas internacionais e trazer passageiros [estrangeiros] para esse lugar”, defendeu.


