Notícias
Polícia Militar recolhe pistolas de água no carnaval em Salvador
Este carnaval de 2024 é o primeiro após a proibição do uso das pistolas de água ou objetos que disparem líquido nos blocos de rua, em Salvador. Desde as festas que antecedem a folia, a Polícia Militar do estado já atua na orientação e recolhimento dos objetos em todo o circuito entre a Barra e Ondina.
Segundo a Polícia Militar, entre os mais de 1,1 mil objetos recolhidos entre a quinta-feira (8) e esta sexta (9), por serem proibidos para o acesso às festas carnavalescas, havia algumas pistolas d’água, que foram retiradas após orientação do folião sobre a proibição.
A retirada do objeto das festas de carnaval na Bahia foi motivada pelo uso indevido que alguns brincantes faziam para importunar sexualmente mulheres ou, até mesmo, agredir outros participantes dos blocos com disparos de urina, no lugar de água.
Dia 29 de janeiro, o governador do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, regulamentou, por meio de um decreto, a Lei 14.584 aprovada pela Assembleia Legislativa do estado em junho de 2023, da deputada estadual Olívia Santana (PCdoB). A época da aprovação, a parlamentar destacou em seu discurso a importância da iniciativa no enfrentamento ao assédio sexual e objetificação dos corpos femininos. “A luta em defesa das mulheres foi vitoriosa, foi uma luta por nossa integridade física. É a reafirmação do direito da mulher ir e vir sem ser ofendida.”
De acordo com as normas, estão proibidos “todo artefato, artesanal ou não, que acionado por mecanismo manual ou automatizado, dispare água ou outros líquidos”. O decreto também estabelece que todas os objetos recolhidos deverão ser doados às “cooperativas de reciclagem, preferencialmente lideradas por mulheres”.
Perfurantes
Entres os objetos recolhidos, a Polícia Militar da Bahia alerta para o grande volume de perfurocortantes. São facas, garfos, chaves de fenda, tesouras e estiletes recolhidos nas 42 barreiras montadas nos acessos ao circuito de carnaval.
“São objetos que seriam utilizados para crimes contra a vida e contra o patrimônio, como roubos e furtos. Seguiremos vigilantes e impedindo que entrem com esses itens na nossa festa”, reforçou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner.
Fonte: Agência Brasil
Notícias
Rio de Janeiro tem previsão de ventos fortes e ressaca até domingo
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR-Rio) informa que o deslocamento de um sistema de baixa pressão próximo à costa da Região Sudeste e a passagem de uma frente fria vão intensificar os ventos na capital fluminense entre esta sexta-feira (7) e o domingo (9). Nesta sexta, a previsão é de ventos moderados a pontualmente fortes a partir da noite. Já no sábado (8), há previsão de rajadas de vento moderadas a fortes, principalmente durante a tarde. Na madrugada de domingo, ainda poderão ocorrer rajadas de vento moderadas a ocasionalmente fortes.

Nesse período, as rajadas de vento poderão atingir intensidade entre 50 quilômetros por hora (km/h) e 100 km/h. O aviso meteorológico tem validade até as 6h de domingo.
A Marinha do Brasil informou que a chegada de um ciclone extratropical que ser aproxima do litoral do Rio vai impactar as condições do mar e emitiu um aviso de ressaca para a orla da cidade. O fenômeno terá início na tarde deste sábado e tem previsão de término na noite de domingo. As ondas podem atingir 3,5 metros de altura. Os banhistas e as embarcações de pequeno porte devem evitar o mar, devido à altura das ondas.
Sobreaviso
Diante das condições meteorológicas previstas, a Secretaria de Estado de Defesa Civil está de sobreaviso, a partir desta noite, com o Gabinete Integrado de Gestão de Risco mobilizado. A medida foi adotada por meio do Centro Estadual de Gerenciamento de Desastres, com o objetivo de reforçar o monitoramento e a pronta resposta a possíveis ocorrências em diferentes regiões do estado.
O Gabinete de Gestão de Risco atua de forma integrada, reunindo setores estaduais de emergência e permitindo uma atuação coordenada em situações de risco. Durante o período de ativação, as equipes permanecem em estado de atenção e prontidão, garantindo suporte às ações municipais de Defesa Civil e fortalecendo a capacidade de resposta em casos de desastres naturais.
A iniciativa também fortalece o trabalho do Grupo de Emergência de Apoio a Desastres (Gead), responsável por apoiar as operações em campo e pela articulação entre os órgãos envolvidos. O objetivo é ampliar a eficiência do sistema estadual de gestão de risco e assegurar que as medidas preventivas sejam implementadas de forma antecipada.
O monitoramento das condições meteorológicas e hidrológicas é realizado em parceria com o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ). As equipes seguem em acompanhamento contínuo, a fim de garantir a proteção da população e minimizar os impactos de possíveis eventos adversos.
Recomendações
Em casa:
- Feche as janelas, basculantes e portas de armários para evitar canalizações de ventos no interior de casa;
- Persianas, cortinas ou blecautes também devem estar fechados para evitar que estilhaços se espalhem, no caso de alguma janela quebrar;
- Aparelhos elétricos e registro de gás devem estar fechados. Dessa forma, não há agravamento em caso de queda de árvore;
- Evite deixar objetos que possam cair em locais altos;
- Mantenha as árvores do jardim ou do quintal sempre podadas e bem cuidadas;
- Fique atento: se houver falta de luz, cuidado com o uso de velas para evitar incêndios.
Na rua:
- Não se abrigue debaixo de árvores ou de coberturas metálicas;
- Evite a prática de esportes ao ar livre, especialmente, no mar;
- Evite ficar próximo a precipícios, encostas ou lugares altos sem proteção;
- Evite passar sob cabos elétricos, outdoors, andaimes, escadas;
- Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
- Não queime lixo, não ateie fogo em terrenos para remover vegetação, não acenda fogueiras ou jogue bitucas de cigarros em estradas ou terrenos com mata;
- Fique atento: caso haja queda de árvore, é possível que a rede de energia tenha sido rompida. Nessa situação, há risco de acidentes causados por raios.
Notícias
Marina Silva é convidada da estreia de Brasil no Mundo, na TV Brasil
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, é a primeira convidada do programa Brasil no Mundo que estreia neste domingo (9) na TV Brasil. A entrevista ocorre em Belém onde tem início no dia seguinte a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

O novo programa, que irá tratar de política internacional, será exibido sempre às 19h30 de domingo, com os jornalistas Cristina Serra, Jamil Chade e Yan Boechat, além de um convidado. Por uma hora, o programa vai debater temas em destaque no cenário internacional durante a semana.
A ministra Marina Silva acompanha as negociações da COP30 e trará informações sobre as expectativas do Brasil para as negociações que ocorrem dos dias 10 a 21 de novembro.
O programa terá três apresentadores fixos que conversarão com um convidado. Cristina Serra atua como jornalista há cerca de 40 anos, tendo atuado na Globo por 26 anos, como correspondente em Nova York entre outras funções. O jornalista Jamil Chade trabalha há 20 anos como correspondente de diversos veículos no escritório da ONU em Genebra, período em que contribuiu com BBC, CNN, Guardian e veículos brasileiros. Já Yan Boechat cobre conflitos internacionais há 20 anos para diversos veículos, como Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Já fez reportagens in loco na África, Oriente Médio, Rússia e América Latina.
Notícias
Abin diz que projeto das UPPs resultou na expansão nacional do CV
A forma como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram implementadas no Rio de Janeiro foram a “fagulha” que resultou na expansão da facção criminosa Comando Vermelho (CV) para outros estados.

Essa constatação foi apresentada pelo coordenador Geral de Análise de Conjuntura Nacional da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Pedro de Souza Mesquita, à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, nessa quinta-feira (6).
Segundo o agente da Abin, a chegada das UPPs nessas localidades forçou os líderes do CV a fugirem do Rio de Janeiro, resultando em uma ampliação geográfica da facção criminosa pelo país.
“A fagulha desse processo é uma externalidade negativa do próprio projeto de UPP”, disse Mesquita durante audiência da comissão.
Novas áreas de atuação
“E, a partir do momento em que esses líderes são levados a deixar o Rio de Janeiro, eles inevitavelmente buscam, nas fronteiras norte, outros lugares para atuar, se organizar e poder retornar ao Rio. Esse processo vem desde 2013 e teve seu ápice no ano passado”, acrescentou.
De acordo com o coordenador do órgão central da atividade de inteligência do país, o mapeamento desse processo, conduzido com o objetivo de entender de forma mais precisa a situação da segurança no estado, e suas possíveis implicações para outras unidades da Federação.
“Isso vem desde 2013, e teve seu ápice certamente no ano passado”, disse Mesquita ao informar que, naquele ano, o CV atuava no Tocantins, Pará, em Rondônia e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro.
Ao longo de uma década, a expansão foi significativa. “Hoje, do Norte, a gente só não tem o Comando Vermelho como principal grupo em Roraima e no Amapá”, disse ele ao informar que a facção tem “presença relevante” nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, o Paraná e Rio Grande do Sul, mas que atuam também nas demais nos demais estados.
Ele explicou que a ampliação foi potencializada a partir do alinhamento com grupos criminosos que, na época, estavam enfrentando o avanço de outra facção criminosa em seus estados, o Primeiro Comando da Capital (PCC), com origem em São Paulo.
“O CV, então, começou a oferecer para esses grupos uma rede de acesso logístico a armas e drogas, por meio de uma cadeia de comando muito mais descentralizado do que a da facção paulista. A partir disso, a organização criminosa foi se proliferando”, completou.
PCC
Durante a audiência no Senado, Mesquita explicou que, se por um lado, o CV está ampliando nacionalmente seu campo de atuação, por outro o PCC tem ampliado sua atuação para outros países.
“Quando a gente fala hoje em transnacionalidade, a gente precisa olhar para esse ator conhecido como o Primeiro Comando da Capital. Esse é o maior case que a gente tem no país, e é sem sombra de dúvidas hoje o grupo que mais afeta a nossa estabilidade enquanto o país, perante a comunidade Internacional”, disse.
Segundo o coordenador da Abin, as investigações sobre a atuação do PCC mostram que esse avanço internacional vem sendo implementado desde 2016.
“Em 2018 a gente teve acesso a um comunicado deles convocando membros que falassem espanhol, para poder se proliferar pelos outros países”, disse. Naquele ano, a facção estava em 11 países, com cerca de mil membros.
“Hoje, 28 países têm a presença dessa organização criminosa, contando com mais de 2 mil membros. Isso é um processo que vem ocorrendo ao longo desses últimos 15 anos”, completou.
Governo do RJ
Contatado pela Agência Brasil, o governo do Rio de Janeiro informou que a nacionalização do Comando Vermelho “não pode ser atribuída exclusivamente” às UPPS.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmou que, de fato, o projeto, à época, concentrou-se na ocupação territorial, sem o devido acompanhamento de políticas públicas integradas, o que teria inviabilizado sua sustentabilidade no longo prazo.
“Naquele momento, a ampla divulgação das ações e a pressão sobre os territórios controlados pelo tráfico levaram muitos criminosos a se deslocarem para outros municípios e estados, o que contribuiu para o processo de expansão do Comando Vermelho”, acrescentou.
A Secretaria reforçou que “esse movimento teve vários fatores” e, na sequência, reafirmou a necessidade de união dos governos federal, estadual e municipal no combate ao narcotráfico.



