Saúde
Poltronas de pós-operatório para locação em Tangará da Serra

Quando o assunto é recuperação com qualidade, as poltronas de pós-operatório para locação em Tangará da Serra da Conforte-se se destacam por oferecer conforto e segurança na medida certa. Desenvolvidas para atender as necessidades de quem está no pós-cirúrgico, essas poltronas garantem um suporte ergonômico completo, contribuindo para a sua tranquilidade e bem-estar.
As poltronas de pós-operatório para locação em Tangará da Serra contam com estrutura reforçada, reclinação suave e sistemas que facilitam a movimentação do paciente sem causar dores ou desconfortos. Esse suporte é essencial para evitar complicações e acelerar o processo de reabilitação.
Optar pelas poltronas de pós-operatório para locação em Tangará da Serra da Conforte-se é escolher o que há de melhor em cuidado humanizado e tecnologia. Com atendimento dedicado e entrega rápida, você tem a certeza de estar em boas mãos em um dos momentos mais delicados da vida.
Saúde
Anvisa proíbe versões manipuladas da semaglutida, usada no Ozempic

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a manipulação da substância semaglutida, utilizada em canetas de emagrecimento como Ozempic e Wegovy e no medicamento via oral Rybelsus. Em despacho publicado na última segunda-feira (25) no Diário Oficial da União, a agência estabeleceu os critérios para importação e manipulação de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) agonistas do hormônio GLP-1, usado em tratamentos de diabetes tipo 2 e obesidade.
Segundo a decisão, os insumos obtidos por via biotecnológica, caso da semaglutida, só podem ser importados para fins de manipulação se forem do mesmo fabricante registrado no Brasil.
“Atualmente, a semaglutida possui registro apenas como produto biotecnológico. Portanto, não é permitida a importação nem a manipulação da semaglutida sintética até que exista um medicamento registrado com o IFA sintético”, explicou a agência.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) considerou a proibição da manipulação da semaglutida um passo fundamental para a proteção da população brasileira “contra práticas que colocam em risco sua saúde e minam a confiança na medicina baseada em evidências”
A Novo Nordisk, detentora da patente da semaglutida e fabricante do Ozempic, do Wegovy e do Rybelsus, considera a decisão da Anvisa um benefício para a saúde pública e para os pacientes brasileiros.
“Medicamentos irregulares não oferecem garantia de pureza, dosagem correta, estabilidade ou esterilidade, podendo resultar em ineficácia do tratamento, reações adversas graves e contaminação, colocando a saúde e segurança do paciente em risco”, diz a empresa, em nota.
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Mounjaro
Na decisão, a Anvisa manteve a permissão para a manipulação da tirzepatida, outra substância utilizada no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, conhecida comercialmente como Mounjaro.
Para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os riscos que levaram à proibição da semaglutida são “idênticos e igualmente graves” no caso da tirzepatida manipulada.
“A manutenção de uma proibição parcial, restrita apenas à semaglutida, abre espaço para a migração do mercado irregular para a tirzepatida manipulada, perpetuando o risco sanitário e expondo pacientes a produtos inseguros”, diz a entidade.
A SBEM solicitou formalmente que a Anvisa estenda a medida cautelar também à tirzepatida, proibindo sua manipulação em território nacional.
Saúde
Oftalmologistas apontam risco de atendimento por pessoas sem formação

Dados adiantados nesta terça-feira (26) pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que, desde janeiro de 2017, foram feitas quase 3 mil denúncias contra pessoas ou estabelecimentos que praticaram atendimentos ou procedimentos oftalmológicos de forma irregular no país.
O CBO avalia que há um cenário de aumento das denúncias de atendimentos oftalmológicos oferecidos por pessoas sem formação em medicina e aponta que isso ocorre, muitas vezes, em óticas e estabelecimentos comerciais.
Os números mostram que, entre janeiro de 2017 e junho deste ano, foram efetuadas 2.950 representações por conta de ações ilegais, incluindo a realização de exames, o diagnóstico de doenças e a prescrição de lentes por não médicos, sendo 142 representações apenas no primeiro semestre de 2025.
Em nota, a entidade avalia que não se trata apenas de uma questão legal, mas de um risco à saúde pública e classifica como fundamental que a população se informe, desconfie de soluções fáceis e busque sempre atendimento com médicos oftalmologistas.
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Entenda
De acordo com o CBO, exames oftalmológicos devem ser realizados por profissionais formados em medicina e, portanto, com um registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), além do Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Além disso, esses profissionais devem atuar em locais que atendam às exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), incluindo critérios para a estrutura física, os equipamentos utilizados e as condições sanitárias em geral.
Para a entidade, as normas garantem que o paciente encontre no profissional segurança, eficiência e adequação às regras para cuidar da saúde ocular — requisitos, segundo o conselho, não cumpridos em atendimentos realizados por óticas e estabelecimentos comerciais.
Encontro
O aumento no número de denúncias envolvendo atendimentos oftalmológicos oferecidos por pessoas sem formação em medicina será um dos temas debatidos durante o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, em Curitiba.
O encontro começa nesta quarta-feira (27) e deve reunir especialistas, pesquisadores e representantes de inovações tecnológicas recentes voltadas para a saúde ocular. Os debates seguem até o próximo sábado (30).
*A repórter viajou para o 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia a convite do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Saúde
Riscos modificáveis estão associados a quase 60% dos casos de demência

Fatores de risco modificáveis foram associados a quase 60% dos casos de demência no Brasil por um estudo liderado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Segundo os pesquisadores, as três condições evitáveis com maior impacto são: baixa escolaridade no início da vida, perda da capacidade visual não tratada e depressão.
Os fatores de risco modificáveis são aqueles podem ser evitados ou atenuados por políticas públicas, intervenções de saúde ou iniciativas individuais de prevenção. Isso os diferencia do envelhecimento e da predisposição genética, por exemplo, que também influenciam na incidência da doença.
Estudos populacionais mais recentes, do Relatório Nacional sobre a Demência, do Ministério da Saúde, estimam que entre 12,5% e 17,5% da população idosa no Brasil tenham alguma forma da doença, que se torna mais importante conforme aumenta o percentual de brasileiros nessa faixa etária.
“Estratégias de saúde pública podem levar a reduções mais substanciais e equitativas na prevalência e na incidência da doença e devem ser priorizadas, com foco especial no acesso educacional desde a infância, no cuidado oftalmológico acessível e na ampliação dos serviços de saúde mental, sobretudo para populações em situação de vulnerabilidade”, concluem os pesquisadores, em artigo publicado este mês na sessão Regional Health Americas, da revista científica The Lancet.
A pesquisa estimou a contribuição de cada um dos 14 fatores de risco modificáveis demência, utilizando dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A soma de todos eles pode ser associada a 59,5% dos casos de demência, proporção acima da média mundial, que é de 45%.
Fatores de risco modificáveis
A baixa escolaridade na fase inicial da vida foi o fator modificável com a maior porcentagem de associação a casos de demência, associada a 9,5% de casos; seguida pela perda visual na velhice, com 9,2%; e pela depressão na meia-idade com 6,3%.
Os outros 11 fatores modificáveis que aumentam o risco de demência, segundo a pesquisa, são:
- isolamento social;
- poluição do ar;
- traumatismo cranioencefálico;
- hipertensão arterial;
- diabetes;
- obesidade;
- falta de atividade física;
- tabagismo;
- consumo excessivo de álcool;
- perda auditiva;
- e colesterol elevado.
A influência da educação no início da vida está relacionada à reserva cognitiva: durante o aprendizado, os neurônios criam novas conexões, o que aumenta a capacidade do cérebro de compensar danos no futuro. Os estímulos cognitivos também explicam porque a perda visual tem tanto impacto:
“O nosso cérebro integra as informações que nós recebemos do meio externo, através da audição e da visão, com as informações que a gente já sabe do mundo. E, a partir disso, a gente programa uma resposta. Então, quando a gente tem uma perda visual, parte da nossa estimulação cerebral cessa. A gente deixa de enxergar coisas que nos ajudariam a melhorar a nossa memória e estimular nosso cérebro”, complementa a professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP, Cláudia Suemoto, uma das autoras da pesquisa.
Esse mesmo mecanismo também pode explicar a influência da depressão, explica Cláudia Suemoto: “Quando a pessoa está deprimida, ela não sente vontade de fazer coisas novas, de estimular o cérebro com novos desafios. Uma outra explicação, mais biológica, é que o desbalanço de neurotransmissões, que acontece na depressão, poderia, a longo prazo, levar à perda neural. Então, existem essas duas hipóteses, que provavelmente não são concorrentes, as duas devem ter impacto”.
Mas a proporção brasileira foi maior do que a média mundial em 10 fatores, incluindo os três principais. Para os pesquisadores, isso demonstra “como as desigualdades socioeconômicas e o acesso inadequado à educação e aos cuidados de saúde mental podem contribuir para o risco de demência“. As exceções foram perda auditiva, colesterol elevado, isolamento social e consumo excessivo de álcool.
Políticas públicas preventivas
Além disso, a pesquisa identificou que a contribuição da baixa escolaridade e da perda visual não tratada foi maior nas regiões mais pobres do Brasil e entre as pessoas negras, tanto em relação à média nacional, quanto em comparação com regiões mais ricas e pessoas brancas. A professora de Geriatria da Faculdade de Medicina da USP enfatiza que as descobertas apontam medidas de prevenção, que podem ser tomadas individualmente, mas devem, principalmente, fundamentar políticas públicas:
“No Brasil, nós estamos envelhecendo rapidamente, e o aumento da idade é o principal fator de risco para demência, mas esse não é modificável ─ enquanto estivermos vivos, estaremos envelhecendo. Não há país no mundo que consiga lidar com uma população envelhecida que tenha uma alta prevalência de demência. Por isso, a prevenção é essencial.
“A gente pensa em demência como uma doença da velhice, porque ela é muito mais frequente após os 65 anos. Mas a prevenção começa cedo e deve ser feita em vários momentos da vida”, alerta Cláudia Suemoto.
A geriatra defende que os gestores devem olhar para esses fatores ─ como baixa educação, depressão e risco cardiovascular ─ e planejar intervenções e programas de saúde pública que ajudem e informem a população. “Ao aumentar a escolaridade, tratar a depressão, diagnosticar e tratar pressão alta, diabetes, colesterol, perda visual, perda auditiva, também se previne a demência”, complementa a professora da USP.
*Colaborou Ana Cristina Campos