Prefeitura inicia recadastramento para atualização de frota de veículos municipais
A Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria Municipal de Administração (SECAD), deu início a um processo de recadastramento de todos os veículos pertencentes às Secretarias Municipais, nesta segunda-feira (17/3). A ação tem como objetivo identificar inconsistências, regularizar a frota e garantir o uso adequado dos recursos públicos.
O recadastramento está sendo realizado no estacionamento do Pronto Atendimento (PA) de Santo Amaro de Ipitanga, localizado na Avenida Dois de Julho, das 8h às 17h, e ocorrerá de segunda a sexta-feira (21/3). Jeferson Matos, diretor de Patrimônio da SECAD, explicou ainda, que a ação visa identificar e corrigir falhas no controle da frota municipal. “Estamos fazendo a identificação completa do patrimônio da prefeitura, especialmente em relação aos veículos. Encontramos muitas discrepâncias de informações, inclusive no abastecimento. Por isso, iniciamos essa ação, que deve se tornar anual. O objetivo é avaliar as condições dos veículos, a quilometragem, providenciar manutenção adequada e verificar o uso correto de combustível”, afirmou.
Matos destacou ainda que muitos veículos foram abandonados no Departamento de Manutenção (DEMAN) por problemas simples. “Temos carros com 10, 12 anos de uso, sucateados parados e outros faltando peças simples para voltar a rodar. Essa vistoria vai prevenir que isso aconteça novamente nessa gestão. Também estamos verificando a documentação dos veículos, incluindo o responsável”, completou.
A iniciativa foi bem recebida por servidores e motoristas, que destacaram a importância da medida para a manutenção e preservação dos veículos. O motorista Adailton Lima, conhecido como Dadái, elogiou a ação. “Trabalho no município há cerca de cinco anos e, sendo sincero, esta é a primeira vez que participo de uma ação como essa. Achei realmente admirável. Em outras gestões, não houve esse tipo de fiscalização e cuidado”, relatou.
Para manter o ordenamento e garantir um processo organizado, a gestão administrativa montou um cronograma de atendimento. Nos dias 17 e 18 de março serão recadastrados os veículos da Saúde; 19/3 da Infraestrutura, Serviços Públicos e Desenvolvimento Social e Cidadania; 20/3 da Educação, Segurança Defesa Civil e Ordem Pública; e no dia 21/3 demais secretarias municipais.
Ao todo, 108 veículos passarão por inspeção de forma rotativa. A ação deve resultar em uma série de análises para avaliar a necessidade de substituição de carros e renovação da frota. Os agentes do patrimônio estão organizando o serviço conforme a disponibilidade dos motoristas e veículos.
Davi Santana, coordenador da Educação, aproveitou a oportunidade para adiantar o recadastramento de seu veículo. “No passado, tive momentos em que precisei consertar o carro por conta própria para poder usá-lo, por falta de manutenção básica. Antes, não havia vistorias como essa, que são essenciais para preservar os veículos, que são nossas ferramentas de trabalho. Nós, como funcionários, precisamos zelar por eles e cuidar de cada carro como se fosse nosso”, disse. Esse recadastramento também leva em consideração a disponibilidade de motoristas e veículos para além do cronograma.
A iniciativa da Prefeitura de Lauro de Freitas representa um avanço na gestão do patrimônio público, garantindo maior transparência e eficiência no uso dos recursos municipais e no cuidado com a vida de servidores e cidadãos.

Esporte
Chile joga bem e derrota seleção peruana por 3 a 0 na Copa América

O Chile protagonizou a primeira vitória da edição 2025 da Copa América de futebol feminino. Na noite deste sábado (12), as atletas da La Roja superaram a seleção peruana pelo placar de 3 a 0 em confronto realizado no Estádio Banco Guayaquil, em Quito (Equador).
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— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) July 12, 2025
Com três pontos, as chilenas ocupam agora a primeira posição do Grupo A, que tem Equador e Uruguai dividindo a segunda posição com um ponto cada. Já a Argentina, que folga na rodada inicial da competição, é a quarta colocada, enquanto o Peru é o lanterna da chave.
Após um primeiro tempo sem alterações no marcador, o Chile assumiu o controle das ações na etapa final para ficar com a vitória. O primeiro gol da La Roja saiu aos 17 minutos, quando Yenny Acuña recebeu passe na intermediária e arriscou um chute que fez a bola explodir no travessão. A bola ficou viva na área e a atacante Pamela Cabezas aproveitou a indecisão da goleira Maryory Sánchez para chutar para o fundo do gol.
Mesmo em vantagem, o Chile continuou atacando. E o segundo saiu aos 38. A atacante Sonya Keefe aproveitou bola que estava viva na área e bateu girando o corpo para marcar um lindo gol. A fome das chilenas era tamanha que, já nos acréscimos, Mary Valencia aproveitou falha da defesa adversária dentro da área para ficar com a bola e bater forte para dar números finais ao marcador.
Seleção brasileira
A seleção brasileira inicia a sua caminhada na competição no próximo domingo (13), quando medirá forças com a Venezuela a partir das 21h (horário de Brasília) no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda. Esse confronto, assim como todos os outros que tiverem a participação do Brasil, contarão com a transmissão da TV Brasil.
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Copa América
A Copa América reúne as 10 seleções filiadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), divididas em duas chaves de cinco times. O Brasil está no Grupo B. As brasileiras ainda terão pela frente a Bolívia (no dia 16 de julho a partir das 18h), o Paraguai (no dia 21 de julho às 21h) e a Colômbia (no dia 25 de julho novamente às 21h).
No Grupo A figuram Argentina, Chile, Peru, Uruguai e o Equador. Os dois primeiros colocados de cada chave avançam às semifinais, previstas para os dias 28 e 29 de julho. A decisão está agendada para o dia 2 de agosto.
Outras
Pesquisador indígena cataloga 150 plantas medicinais de seu território

A meta inicial era encontrar tratamentos para as três enfermidades mais recorrentes do povo Pataxó Hã-Hã-Hãi, da Terra Indígena Caramuru/Paraguassu, no sul da Bahia: verminoses, diabetes e hipertensão.
Assim começou a pesquisa do etnobotânico Hemerson Dantas dos Santos Pataxó Hãhãhãi, que – como o próprio nome indica – pertence a etnia e é doutorando do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Depois, já no âmbito formal da pesquisa acadêmica, Hemerson ampliou seu estudo e catalogou 175 plantas medicinais utilizadas pelo seu povo. A intenção foi resgatar os saberes ancestrais no uso de tais plantas, perdidos ao longo dos tempos.
Entre as várias descobertas ao longo da pesquisa, Hemerson constatou que, curiosamente, muitas das plantas medicinais utilizadas são espécies exóticas, introduzidas posteriormente no território.
Para o pesquisador, isso demonstra a fragmentação e o deslocamento forçado da população originária, acompanhados da devastação ambiental, ações de grileiros e instalação de grandes fazendas.
A história da terra indígena, território da pesquisa de Hemerson, é mesmo atribulada. Também conhecida como Terra Indígena Caramuru/Paraguassu, tem uma extensão de 54.105 hectares. Em 1926, foi tornada reserva indígena pelo então Serviço de Proteção ao Índio (SPI).
Na década de 40, com a expansão da cultura cacaueira, as terras foram invadidas por fazendeiros, expulsando boa parte dos indígenas do local. Nos anos de 1970, o governo da Bahia chegou a extinguir a reserva e concedeu títulos de propriedade a invasores.
Confrontos
No início dos anos 80, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), depois de uma longa batalha litigiosa na Justiça, conseguiu o reconhecimento das terras novamente aos indígenas, o que não impediu de existirem confrontos pela terra na região até hoje.
“Grande parte da cobertura de mata hoje se perdeu, virou pastagem. E, com isso, muitas das plantas citadas pelos anciões da aldeia foram muito difíceis de localizar e outras mesmo desapareceram”, disse Hemerson, ao comentar sobre as principais dificuldades que enfrentou no transcorrer da pesquisa.
“Quando eles voltam na década de 1980, muitas coisas tinham mudado, todo o cenário, então não tinha mais floresta, agora só pasto, as plantas foram perdidas. Então, o que foi interessante, que ele (Hemerson) cita bastante, foi ter entrado em contato com esse conhecimento sobre essas plantas do passado, dos anciões, que conheciam as plantas que existiam nas florestas antes da expulsão na década de 1940, e de tomar consciência de que era o conhecimento desses anciões”, completou Eliana Rodrigues, orientadora do doutorando na pesquisa.
No que diz respeito propriamente aos resultados do estudo, o pesquisador descobriu 43 plantas utilizadas para o tratamento de três enfermidades – diabetes, verminoses e hipertensão. E a mais comum para as verminoses utiliza-se o mastruz. No combate a diabetes, a moringa, e para hipertensão, os indígenas recorrem ao capim-cidreira.
Além disso, a investigação verificou que 79% das 175 plantas pesquisadas têm seus usos em consonância com apontamentos da literatura científica recente.
Eliana destacou que o trabalho não representa apenas o registro do conhecimento do seu povo: “Mas ele também está resgatando”. Segundo Eliana, muitos dos conhecimentos do passado foram perdidos, mas ainda muito o que foi conservado como se pode ver no estudo.
“Hemerson é o primeiro pesquisador etnobotânico do mundo”, disse Eliana sobre as relações entre o pesquisador indígena e seu objeto de pesquisa.
Povos e plantas
O termo “etnobotânico”, inclusive, diz respeito à ciência que descreve a relação entre diferentes povos e suas plantas. “Registra o conhecimento sobre determinadas culturas sobre suas plantas e usos, para qualquer finalidade, como medicinal, alimentar, construção civil e naval, para qualquer coisa”, explica Eliana.
As descobertas da pesquisa de Hemerson deverão resultar em um livro sobre a pesquisa, outro de receitas para uso seguro das plantas e um audiovisual. Além disso, um viveiro de plantas foi implantado em uma aldeia para utilização da população local.
“Já estão desenvolvendo mudas no canteiro para poder distribuir ali entre os indígenas que moram naquelas aldeias próximas, além da aldeia de Hemerson”, completou a orientadora.
Outras
Planejamento da segurança em parques reduz riscos, mas não os elimina

A morte de uma menina de 11 anos dentro do Parque Nacional da Serra Geral chama atenção para a segurança nas unidades de conservação, que também são abertas ao turismo de aventura e contemplação. Logo após o acidente no Cânion Fortaleza, no município de Cambará do Sul (RS), a concessionária responsável pelo equipamento turístico declarou cumprir um conjunto de políticas e protocolos de segurança exigidos.
“Turistas são orientados a adotarem as práticas adequadas para a atividade em meio às trilhas, sobretudo nas bordas dos cânions. Placas sinalizam o caminho e alertam os visitantes ao longo do trajeto, sobre os riscos e as precauções que devem ser tomadas”, destaca a nota divulgada pela empresa Urbia Cânions Verdes, que atua nos Parques Nacionais de Aparados da Serra e Serra Geral.
De acordo com a empresa, também é mantida equipe de segurança com bombeiros civis treinados para atendimento a emergências ou acidentes. E, como as trilhas são classificadas de nível médio e intermediário, a contratação de guias de turismo registrados no Cadastur é opcional, mas não é intermediada pelo administrador do parque.
Todas essas regras integram o Sistema de Gestão de Segurança no Parque Nacional da Serra Geral, planejamento apresentado no Protocolo Operacional de Visitação (Prov), um documento aprovado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) dentro das exigências do contrato de concessão.
O documento é um plano detalhado de como funcionará cada área onde os visitantes podem acessar e que tipo de atividades pode ser praticadas por eles. Além de informações sobre horário de funcionamento, serviços disponíveis, monitoramento das visitas e restrições aos visitantes, também são descritos todos os componentes de segurança, seja de uso individual ou os que irão compor o ambiente, como sinalização, guarda-corpo e ancoragens fixadas ou naturais. Tudo deve ser aprovado pelo ICMBio, órgão técnico capaz de avaliar a viabilidade das atividades e equipamentos.
No caso do acidente do Parque Nacional da Serra Geral, o órgão informou, por meio de nota, que não foram detectadas falhas sistêmicas na segurança e na sinalização das áreas de visitação, mas acrescentou que “como órgão gestor e fiscalizador dos contratos de concessão dos serviços de apoio à visitação da unidade de conservação, tomará medidas para revisão e eventual reforço na segurança nos parques nacionais abertos à visitação.”
Turismo
Para o diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Luiz Del Vigna, é importante lembrar que seja uma caminhada em uma trilha no parque, um passeio a cavalo ou a descida em uma tirolesa, todas essas práticas implicam risco.
“O fato é que a atividade de turismo de aventura, em ambientes naturais, ambientes não controlados, é evidente que os riscos de acidentes, de incidentes, são maiores. Então, como há esse risco, a gente tem que se preparar e por isso criamos um conjunto de normas técnicas que versam sobre gestão de segurança”, diz
Del Vigna explica que são 44 as regras que regulam o setor do turismo de aventura, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. Entre as medidas previstas nas normas está o direito do consumidor saber que está pagando por uma atividade que implica um risco.
“Essa norma técnica brasileira é tão boa, que foi adotada pela ISO. Então, o que era uma norma técnica brasileira virou uma técnica internacional, que é uma norma expedida pela Suíça, pela ISO na Suíça, que é a ISO21101 o Sistema de Gestão de Segurança para Turismo de Aventura”, explica.
No Brasil, 75 parques nacionais são concedidos a empresas que operam o sistema de visitação e turismo de aventura. São unidades de conservação que variam muito no tamanho e na complexidade dos serviços oferecidos, mas que, de forma geral, são seguros, explica o diretor executivo.
“O ICMBio adotou nos seus regulamentos internos que dentro dos processos de concessões de serviços de natureza de turismo dentro das unidades de conservação federais é obrigado a ter um sistema de gestão de segurança. Então, os parques e os concessionários trabalham para isso”.
Riscos
Dentro dos parques, o risco é minimizado pelo processo de fiscalização e pela presença dessas normas técnicas no processo de concessão, afirma Del Vigna. O mesmo não ocorre no mercado externo de turismo de aventura.
O representante da Abert diz que a informalidade, a falta de fiscalização e a forma de consumo praticada pelo consumidor, que prioriza o custo à segurança, representam os principais desafios para o setor, quando o quesito é minimizar riscos.
“Os parques nacionais brasileiros são seguros, eles não oferecem riscos adicionais aos que são característicos da região, como talvez a segurança, no Rio de Janeiro, por exemplo. Não é um risco diferente de você estar em Copacabana, ou na Avenida Paulista.”