Cultura
Projeto leva jovens de comunidades para a produção cinematográfica e tem filme selecionado em festival

Sediado no Alto da Boa Vista, “Estudos, Câmera e Ação” transforma realidades por meio da educação tendo o cinema como ferramenta
O projeto “Estudos, Câmera e Ação”, parceria da Asbrinc (Associação Brincar e Crescer) com a Sociedade Brasileira das Religiosas do Sagrado Coração de Jesus, surge com o propósito de continuar o legado pedagógico e social da instituição no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Com foco na justiça social, igualdade e no bem comum, a iniciativa atua com um olhar integral sobre as necessidades dos adolescentes da região, superando barreiras educacionais e sociais, e oferecendo apoio essencial para a formação cidadã e o fortalecimento dos direitos humanos.
A proposta abrange o reforço escolar, a formação sociocultural e o apoio em aspectos psicológicos, físicos e nutricionais, sempre com a missão de melhorar a qualidade de vida e as condições de aprendizagem de jovens da comunidade. As atividades do projeto não apenas buscam reverter a defasagem escolar, mas também oferecer uma formação de base que capacite os participantes a transformar sua realidade e atuar como agentes de mudança.
As dinâmicas incluem aulas de reforço escolar em Matemática e Português de maneira prática e interativa para estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II, integradas a Oficinas de Audiovisual e Novas Tecnologias, realizadas com foco no desenvolvimento da comunicação, compreensão crítica e na criação de narrativas sociais.
A Oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias tem como objetivo capacitar os jovens a criar suas próprias narrativas audiovisuais, utilizando ferramentas simples como celulares e softwares de edição. Os alunos abordam temas sociais como desigualdade, homofobia e violência infantil, e desenvolvem campanhas de conscientização sobre o aquecimento global e o combate à exploração sexual infantil. Além da produção de vídeos e campanhas, as oficinas promovem debates sobre o uso responsável das redes sociais, a saúde mental e a importância da comunicação na sociedade contemporânea.
Já as Oficinas Culturais oferecem módulos de fotografia e cinema, permitindo aos alunos explorarem a história da fotografia e sua relação com o mundo moderno, e entenderem o audiovisual como uma ferramenta para a expressão cultural e a reflexão crítica. O trabalho prático inclui atividades no território local e tem como base a metodologia freiriana, promovendo o pensamento crítico e a construção coletiva de saberes.
Desafios
O Alto da Boa Vista enfrenta carências históricas em áreas essenciais, como educação, lazer, cultura e segurança pública, com instituições de ensino em condições precárias. Além disso, o aumento da violência social, o agravamento da fome e a ascensão do crime organizado são desafios que afetam diretamente as crianças e adolescentes da região.
No entanto, o “Estudos, Câmera e Ação” atua para transformar esse cenário, utilizando a educação e a cultura como ferramentas de empoderamento e inclusão social. O projeto oferece suporte a adolescentes das escolas municipais para que eles possam superar as dificuldades de aprendizagem e adquirir novas habilidades.
– O objetivo central do “Estudos, Câmera e Ação” é a formação integral de jovens cidadãos, capacitados não apenas academicamente, mas também em aspectos sociais e culturais, estimulando a reflexão crítica e a compreensão do seu papel na sociedade – explica Daniel Paes, presidente da Asbrinc e um dos responsáveis pelo projeto.
Reconhecimento
“Pátria Amada”, filme desenvolvido pela turma do projeto, foi selecionado para a 18ª edição do Festival Visões Periféricas, que acontecerá de forma online entre os dias 12 e 18 de março no Rio de Janeiro. O curta-metragem aborda a fome e a desigualdade social no Brasil e foi realizada na oficina de Audiovisual e Novas Tecnologias, ministrada pela professora Paula Marques, que dirige o filme com João Gabriel Prado. A produção contou com suporte e parceria da Asbrinc com o Ponto de Cultura Cine Floresta Nossa.
O filme será exibido na “Mostra Visorama” do festival, entre os dias 14 e 16 de março.
– O projeto se revela como um agente de transformação social, proporcionando ferramentas para a construção de um futuro mais justo e igualitário. Por meio de uma abordagem integral que combina reforço escolar, cultura, tecnologia e direitos humanos, seguimos empenhados em proporcionar uma educação transformadora, comprometida com a cidadania e com o desenvolvimento integral dos jovens, como protagonistas do futuro que desejam construir para si mesmos e para sua comunidade – destaca Paula Marques, que também é coordenadora de projetos e educadora da Asbrinc.
Para mais informações: https://www.asbrinc.org/
Cultura
Clube do Livro “Meu Corpo Sou Eu” apresenta segundo ciclo com encontros sobre literatura, corpo e escuta em comunidade

Projeto reúne obras de autoras como Valeska Zanello, Malu Jimenez e Carmen Maria Machado em conversas online, entre julho e novembro, dedicadas às pessoas que encontram na leitura um lugar de pertencimento e questionamento
Depois de três encontros livros como A Gorda (Isabela Figueiredo), Fome (Roxane Gay) e Meu corpo, minhas medidas (Virgie Tovar), o Clube do Livro ‘Meu Corpo Sou Eu‘ chega ao seu segundo ciclo com mais cinco encontros pensados para quem quer ler o mundo pelas páginas de um livro — mas também pelas dobras, memórias e marcas do corpo.
Idealizado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni, o clube é uma das ações do projeto Meu Corpo Sou Eu, voltado à conscientização sobre a gordofobia e suas interseções com gênero, raça e classe. A mediação das conversas conta também com a participação da jornalista, escritora, curadora e psicanalista Jéssica Balbino, autora dos livros Gasolina & Fósforo e Traficando Conhecimento.
A programação do clube reúne autoras contemporâneas que abordam, com diferentes estilos e perspectivas, o modo como os corpos – especialmente os de mulheres e pessoas gordas – são atravessados por discursos sociais, afetivos e políticos. As obras que compõem este ciclo são A prateleira do amor, de Valeska Zanello, Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara, Lute como uma gorda, de Malu Jimenez, Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira e O corpo dela e outras farras, de Carmen Maria Machado.
Os encontros acontecem uma quarta-feira por mês, das 19h30 às 21h30, com participação livre: é possível adquirir encontros avulsos ou o pacote completo com desconto. As conversas acontecem ao vivo, via Google Meet, e ficam gravadas por 10 dias para quem não puder acompanhar no horário. Além disso, há um grupo exclusivo no WhatsApp e envio de materiais complementares.
“No clube, a gente lê para se reconhecer, mas também para se desestabilizar com cuidado. É uma experiência muito potente estar num espaço em que a escuta é genuína e a troca acontece com acolhimento. O clube é isso: um lugar onde a literatura nos conecta, mas o que sustenta é o que cada pessoa traz do próprio corpo, da própria vivência”, comenta Néli Simioni.
Para Jéssica Balbino, não se trata só de ler. “Trata-se de abrir espaço para o que uma história provoca dentro de nós. Às vezes, é deixar que a palavra toque onde a gente passou anos mandando calar”, reflete.
Agenda dos encontros
16 de julho – A prateleira do amor, de Valeska Zanello
13 de agosto – Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara
10 de setembro – Lute como uma gorda, de Malu Jimenez
15 de outubro – Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira
12 de novembro – O corpo dela e outras farras, de Carmem Maria Machado
Valores e política de bolsas
Valores por encontro: R$ 80 (ideal), R$ 60 (intermediário) e R$ 30 (mínimo/social)
Pacote com 5 encontros: R$ 360 (ideal) e R$ 270 (intermediário), via Pix
Inscrições parceladas via Sympla: R$ 400 (ideal) e R$ 300 (intermediário) + taxa da plataforma
Inscrições via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento-online/clube-do-livro-meu-corpo-sou-eu.
Pix para inscrições: neliane.simioni@gmail.com
Com política de escuta e acolhimento, o clube oferece bolsas integrais para pessoas gordas, negras, indígenas, PCDs e mães solo. A cada cinco inscrições pagas, uma bolsa é gerada. Quem tiver interesse, pode escrever para meucorposoueu@gmail.com para solicitar sua participação.
Sobre as facilitadoras
Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação pela Unicamp, colunista do Estado de Minas e produtora de conteúdo para a revista TPM. Escreve sobre corpo, diversidade, literatura e periferia. É autora dos livros “Gasolina & Fósforo” e “Traficando Conhecimento”. Atua também como educadora, consultora, roteirista, podcaster, curadora de literatura, diversidade e conteúdo. Viciada em café, tem medo de estátuas e acredita que as narrativas em disputa podem transformar o mundo. Nas horas “vagas”, é psicanalista.
Néli Simioni é mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp e pesquisadora sobre corporalidades gordas, gordofobia e suas intersecções, pelo viés da Análise de Discurso. Com formação em Jornalismo e pós-graduação em Jornalismo Literário, desde 2016 escreve sobre os temas corpo e identidade. À frente do podcast Isso não é sobre Corpo e do projeto Meu Corpo Sou Eu, também é comunicadora, facilitadora de cursos na área e palestrante, além de consultora de comunicação corporativa.
Sobre o Meu Corpo Sou Eu
O Meu Corpo Sou Eu nasceu da necessidade de criar um espaço onde a gordofobia fosse questionada e onde as experiências de pessoas gordas fossem acolhidas e validadas. Pensado a partir do podcast Isso Não É Sobre Corpo, fundado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni em março de 2021, o projeto atua como plataforma de diálogo e conscientização sobre a ação da gordofobia como uma opressão que afeta toda a sociedade. Acesse www.meucorposoueu.com.br
Cultura
Clube do Livro “Meu Corpo Sou Eu” apresenta segundo ciclo com encontros sobre literatura, corpo e escuta em comunidade

Projeto reúne obras de autoras como Valeska Zanello, Malu Jimenez e Carmen Maria Machado em conversas online, entre julho e novembro, dedicadas às pessoas que encontram na leitura um lugar de pertencimento e questionamento
Depois de três encontros livros como A Gorda (Isabela Figueiredo), Fome (Roxane Gay) e Meu corpo, minhas medidas (Virgie Tovar), o Clube do Livro ‘Meu Corpo Sou Eu‘ chega ao seu segundo ciclo com mais cinco encontros pensados para quem quer ler o mundo pelas páginas de um livro — mas também pelas dobras, memórias e marcas do corpo.
Idealizado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni, o clube é uma das ações do projeto Meu Corpo Sou Eu, voltado à conscientização sobre a gordofobia e suas interseções com gênero, raça e classe. A mediação das conversas conta também com a participação da jornalista, escritora, curadora e psicanalista Jéssica Balbino, autora dos livros Gasolina & Fósforo e Traficando Conhecimento.
A programação do clube reúne autoras contemporâneas que abordam, com diferentes estilos e perspectivas, o modo como os corpos – especialmente os de mulheres e pessoas gordas – são atravessados por discursos sociais, afetivos e políticos. As obras que compõem este ciclo são A prateleira do amor, de Valeska Zanello, Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara, Lute como uma gorda, de Malu Jimenez, Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira e O corpo dela e outras farras, de Carmen Maria Machado.
Os encontros acontecem uma quarta-feira por mês, das 19h30 às 21h30, com participação livre: é possível adquirir encontros avulsos ou o pacote completo com desconto. As conversas acontecem ao vivo, via Google Meet, e ficam gravadas por 10 dias para quem não puder acompanhar no horário. Além disso, há um grupo exclusivo no WhatsApp e envio de materiais complementares.
“No clube, a gente lê para se reconhecer, mas também para se desestabilizar com cuidado. É uma experiência muito potente estar num espaço em que a escuta é genuína e a troca acontece com acolhimento. O clube é isso: um lugar onde a literatura nos conecta, mas o que sustenta é o que cada pessoa traz do próprio corpo, da própria vivência”, comenta Néli Simioni.
Para Jéssica Balbino, não se trata só de ler. “Trata-se de abrir espaço para o que uma história provoca dentro de nós. Às vezes, é deixar que a palavra toque onde a gente passou anos mandando calar”, reflete.
Agenda dos encontros
16 de julho – A prateleira do amor, de Valeska Zanello
13 de agosto – Se Deus me chamar não vou, de Mariana Salomão Carrara
10 de setembro – Lute como uma gorda, de Malu Jimenez
15 de outubro – Eu só cabia nas palavras, de Rafaela Ferreira
12 de novembro – O corpo dela e outras farras, de Carmem Maria Machado
Valores e política de bolsas
Valores por encontro: R$ 80 (ideal), R$ 60 (intermediário) e R$ 30 (mínimo/social)
Pacote com 5 encontros: R$ 360 (ideal) e R$ 270 (intermediário), via Pix
Inscrições parceladas via Sympla: R$ 400 (ideal) e R$ 300 (intermediário) + taxa da plataforma
Inscrições via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento-online/clube-do-livro-meu-corpo-sou-eu.
Pix para inscrições: neliane.simioni@gmail.com
Com política de escuta e acolhimento, o clube oferece bolsas integrais para pessoas gordas, negras, indígenas, PCDs e mães solo. A cada cinco inscrições pagas, uma bolsa é gerada. Quem tiver interesse, pode escrever para meucorposoueu@gmail.com para solicitar sua participação.
Sobre as facilitadoras
Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação pela Unicamp, colunista do Estado de Minas e produtora de conteúdo para a revista TPM. Escreve sobre corpo, diversidade, literatura e periferia. É autora dos livros “Gasolina & Fósforo” e “Traficando Conhecimento”. Atua também como educadora, consultora, roteirista, podcaster, curadora de literatura, diversidade e conteúdo. Viciada em café, tem medo de estátuas e acredita que as narrativas em disputa podem transformar o mundo. Nas horas “vagas”, é psicanalista.
Néli Simioni é mestre em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp e pesquisadora sobre corporalidades gordas, gordofobia e suas intersecções, pelo viés da Análise de Discurso. Com formação em Jornalismo e pós-graduação em Jornalismo Literário, desde 2016 escreve sobre os temas corpo e identidade. À frente do podcast Isso não é sobre Corpo e do projeto Meu Corpo Sou Eu, também é comunicadora, facilitadora de cursos na área e palestrante, além de consultora de comunicação corporativa.
Sobre o Meu Corpo Sou Eu
O Meu Corpo Sou Eu nasceu da necessidade de criar um espaço onde a gordofobia fosse questionada e onde as experiências de pessoas gordas fossem acolhidas e validadas. Pensado a partir do podcast Isso Não É Sobre Corpo, fundado pela jornalista e pesquisadora Néli Simioni em março de 2021, o projeto atua como plataforma de diálogo e conscientização sobre a ação da gordofobia como uma opressão que afeta toda a sociedade. Acesse www.meucorposoueu.com.br
Cultura
Nova Iguaçu recebe terceira edição do “Tapa no Black”, evento que celebra a beleza e a cultura periférica

No próximo dia 14 de julho, segunda-feira, das 13h às 19h, a Praça da Liberdade 32, em frente à Estação de Trem de Nova Iguaçu, será palco da terceira edição do Tapa no Black, um evento gratuito que une beleza, cultura afro e valorização do talento periférico, com diversos trancistas e profissionais da beleza dando “um tapa no visual” de quem for ao local.
Idealizado pela trancista, empresária e educadora social Gabriela Azevedo, o encontro oferece uma tarde repleta de atividades para quem quer dar um “tapa” no visual com estilo e ancestralidade. Estarão disponíveis serviços gratuitos de tranças, barbearia e dread makers, além de apresentações culturais, sorteios, DJ e a Loja de gabriela, a Paredão dos Cabelos, estará com promoções exclusivas.
“O Tapa no Black é mais do que um evento de beleza. É um espaço de valorização da identidade, de fortalecimento da cultura afro e de união da comunidade. Cada trança, cada corte, é um gesto de resistência e autoestima”, afirma Gabriela Azevedo. Todos os profissionais participantes receberão cadastro VIP na loja oficial do evento e certificado de participação, como reconhecimento simbólico do papel transformador que exercem na construção de uma estética negra positiva e autêntica.
Confira o cronograma completo:
13h00 – Abertura do evento
14h00 – Início dos serviços gratuitos de beleza
16h00 – Sorteios e apresentações culturais
18h00 – Encerramento com DJ e festa
Sobre Gabriela Azevedo
Gabriela começou a trançar aos 13 anos, movida por uma paixão que surgiu ainda na infância. Mãe de quatro filhos, educadora social e afroempreendedora da Zona Oeste do Rio de Janeiro, soma mais de 23 anos de trajetória no universo das tranças, sempre aliando conhecimento técnico e saberes ancestrais.
É autora do livro Trancistas em Movimento e criadora da metodologia Trança Terapia. Foi a primeira trancista com registro em cartório no Brasil e já organizou mais de 30 eventos voltados à valorização da profissão, como o primeiro Congresso Nacional e a primeira Batalha das Tranças do país. Também foi homenageada com a Tesoura de Ouro e indicada a diversas moções de reconhecimento por sua atuação em educação antirracista, cultura afro e afroempreendedorismo.
Gabriela é hoje uma referência nacional no setor, levando oficinas, cursos e palestras por todo o país, inspirando novas gerações de trancistas e construindo pontes entre estética, cultura e transformação social.
Não perca essa festa de beleza, empoderamento e cultura viva!
Acompanhe através das redes sociais: @trancaterapiaoficial | @paredaodoscabelos | @artenoblack