Educação
Quem é o estudante brasileiro que busca os Estados Unidos para estudar e crescer profissionalmente

O perfil do estudante brasileiro que escolhe os Estados Unidos como destino educacional é amplo e multifacetado, refletindo a diversidade de objetivos, idades, áreas de interesse e trajetórias profissionais. Ainda assim, é possível identificar padrões entre os principais grupos que compõem essa crescente comunidade acadêmica internacional. A maior parte dos estudantes brasileiros nos EUA está na faixa dos 18 aos 35 anos, mas há também adolescentes matriculados no ensino médio (high school) e adultos em programas de pós-graduação.
Muitos optam por realizar o curso superior completo em universidades americanas, enquanto outros participam de programas de intercâmbio acadêmico ou cultural. Além disso, mestrados e doutorados são escolhas frequentes, especialmente em áreas como engenharia, ciências biológicas, negócios e tecnologia.
Outro segmento significativo busca os EUA para aprimorar o inglês por meio de programas de ESL (English as a Second Language), aproveitando a imersão cultural como diferencial. Há também estudantes que ingressam em escolas privadas de ensino médio ou participam de programas de intercâmbio educacional.
Os estudantes brasileiros enxergam nos Estados Unidos uma oportunidade de obter uma formação internacional de alto prestígio e impulsionar o currículo, aperfeiçoar o inglês acadêmico e profissional, ter acesso à pesquisa de ponta e tecnologias avançadas, explorar áreas de estudo pouco desenvolvidas no Brasil, expandir o networking internacional e abrir portas no mercado global de trabalho.
Entre as áreas de maior interesse, destacam-se STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), Negócios e Administração, Comunicação, Mídia e Marketing, Direito Internacional, Psicologia e Ciências Sociais, além de Moda, Design e Artes Visuais — especialmente em centros criativos como Nova York e Los Angeles.
A especialista em educação internacional Alessandra Crisanto ressalta que, à medida que a indústria STEM continua a evoluir, os Estados Unidos permanecem na vanguarda do avanço tecnológico, graças à capacidade de atrair e integrar talentos internacionais. Segundo ela, as políticas proativas do governo americano refletem o compromisso de manter essa posição, promovendo uma força de trabalho diversificada e inovadora.
Grande parte dos estudantes brasileiros no exterior vem de famílias de classe média e alta, com recursos suficientes para custear os estudos e a estadia nos Estados Unidos — um dos requisitos fundamentais para obtenção do visto de estudante (F-1). No entanto, há também diversas oportunidades de bolsas de estudo, como Fulbright, OAS (Organização dos Estados Americanos) e as bolsas diretas oferecidas por universidades americanas. Em anos anteriores, o programa Ciência sem Fronteiras também teve papel relevante na inserção de brasileiros no ensino superior americano.
Estudantes oriundos de grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba ainda são predominantes. Contudo, observa-se um crescimento expressivo na participação de estudantes de outras regiões do Brasil, impulsionado pela maior disseminação de informações, acesso a plataformas digitais e programas de incentivo educacional.
O visto F-1 é o mais comum entre estudantes brasileiros, sendo direcionado a cursos acadêmicos de longo prazo e permitindo que o estudante permaneça legalmente nos Estados Unidos durante a duração do curso, desde que mantenha a carga horária em tempo integral. Já o visto J-1 é utilizado em programas de intercâmbio e pode incluir experiências como treinamento prático ou estágio supervisionado. Apesar de o F-1 ser estritamente voltado para educação, ele oferece opções legais de trabalho, como o CPT (Curricular Practical Training), que permite experiências profissionais relacionadas ao curso enquanto o estudante ainda está matriculado, e o OPT (Optional Practical Training), que permite trabalhar legalmente por até 12 meses após a graduação — ou até 36 meses no caso de cursos nas áreas STEM.
Compreender essas possibilidades desde o início e planejar cuidadosamente a trajetória acadêmica e profissional pode ampliar significativamente as chances de sucesso após a formação, seja no retorno ao Brasil com um diferencial competitivo, seja na construção de uma carreira internacional.
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Alessandra Crisanto e Study & Work USA
Educação
Candidatos ao ProUni 2/2025 já podem participar da lista de espera

A partir desta segunda-feira (25), os candidatos que não foram pré-selecionados nas duas primeiras chamadas do Programa Universidade para Todos (ProUni), edição 2/2025, podem se inscrever para participar da lista de espera.
O prazo termina amanhã, às 23h59, e a manifestação de interesse deverá ser feita pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.
Para o segundo semestre de 2025, o ProUni ofereceu mais de 211 mil bolsas. Desse total, cerca de 118 mil eram integrais e 93 mil parciais, que custeiam metade da mensalidade. As bolsas são destinadas a mais de 370 cursos de 887 instituições privadas de ensino superior.
A lista dos candidatos pré-selecionados por meio da lista será divulgada no dia 29 de agosto. Quem for pré-selecionado deverá comparecer à instituição de ensino escolhida, entre 29 de agosto e 5 de setembro, para comprovar as informações prestadas em sua inscrição, incluindo a entrega de documentos, que também poderá ser feita por meio eletrônico.
A partir do registro da aprovação do candidato, as instituições de ensino deverão providenciar a emissão do Termo de Concessão de Bolsa, entre 30 de agosto e 12 de setembro.
O Ministério da Educação reforça que é proibida a cobrança por parte das instituições de qualquer tipo de taxa para a seleção dos candidatos ao Prouni. No entanto, de acordo com o edital, as instituições podem optar por efetuar um processo próprio de seleção, desde que já tenham comunicado aos candidatos pré-selecionados sobre a existência dessa exigência.
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Sobre o ProUni
Em 2025, o Prouni comemora 20 anos e contabiliza mais de 3,5 milhões de estudantes beneficiados desde a primeira edição, em 2005. O programa oferece bolsas de estudo parciais e integrais a estudantes de baixa renda que tenham concluído o ensino médio preferencialmente em instituições públicas, ou em colégios privados na condição de bolsista.
Educação
Enamed 2025 recebe 105 mil inscrições na primeira edição

A primeira edição do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) contabiliza 105.320 inscrições, sendo 96.635 confirmados, após o pagamento da taxa de inscrição.
Do total de confirmados no Enamed 2025, 39.839 são estudantes concluintes do curso de medicina neste ano. A participação é obrigatória e a inscrição foi feita pelo coordenador do curso de graduação em medicina.
O Enamed será anual, com início este ano, para avaliar e monitorar a qualidade dos cursos de medicina ao longo dos anos. O novo exame aperfeiçoa o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 56.796 candidatos já são formados em medicina, e estão interessados em usar o resultado do exame para concorrer nos processos seletivos de residência médica de acesso direto do Exame Nacional de Residência (Enare).
O Enare amplia o acesso à residência médica, modalidade de ensino de pós-graduação destinada somente a médicos formados, sob a forma de cursos de especialização.
Perfil
Do total de 96.635 candidatos confirmados no Enamed 2025, as mulheres são a maioria, representando 58.963 inscritas. Os homens inscritos são 37.672.
Os participantes de 25 anos a 29 anos de idade, são 50.009, sendo 32.692 público externo e 17.317, formandos.
Provas
As provas serão realizadas em 19 de outubro, em 225 municípios.
Na prova serão observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso, além das normas e legislações de regulamentação da profissão de médico no Brasil.
O exame terá 100 questões objetivas, de múltipla escolha, com a mesma quantidade para cada uma das áreas da medicina abordadas.
Serão cobrados conteúdos, habilidades e competências das seguintes áreas: clínica médica; cirurgia;
- ginecologia e obstetrícia;
- pediatria;
- medicina da família e comunidade;
- saúde coletiva e saúde mental.
Também faz parte do Enamed o questionário obrigatório para o estudante concluinte do curso de medicina inscrito no Enade.
Para os demais participantes, deverá ser preenchido o questionário contextual.
O levantamento é composto, ainda, pelo questionário de percepção de prova.
Saiba mais sobre o Enamed no site do exame.
Educação
Pé-de-Meia: pagamento da sexta parcela começa nesta segunda-feira

O Ministério da Educação (MEC) inicia, nesta segunda-feira (25), o pagamento da sexta parcela aos participantes do programa Pé-de-Meia de 2025.
Os beneficiados pelo programa são os estudantes do ensino médio matriculados na rede pública regular e na modalidade educação de jovens e adultos (EJA), inscritos no Cadastro Nacional de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico).
Nesta nova etapa, a Caixa Econômica Federal – responsável pela gestão dos recursos repassados pelo MEC – aponta que, ao todo, cerca de 3,4 milhões de estudantes de escolas públicas receberão o benefício até a próxima segunda-feira (1º).
Os nascidos nos meses de janeiro e fevereiro recebem nesta segunda-feira o valor de R$ 200 correspondente ao incentivo-frequência às aulas.
Para ter direito ao benefício, eles devem ter presença mínima de 80% nas aulas.
Pagamento escalonado
Os pagamentos do incentivo-frequência ocorrem até o dia 1º de setembro, conforme o mês de nascimento dos alunos matriculados em uma das três séries do ensino médio na rede pública de ensino.
Confira o calendário:
- Nascidos em janeiro e fevereiro recebem em 25 de agosto;
- Nascidos em março e abril, em 26 de agosto;
- Nascidos em maio e junho, em 27 de agosto;
- Nascidos em julho e agosto, em 28 de agosto;
- Nascidos em setembro e outubro recebem 29 de agosto;
- Nascidos em novembro e dezembro, em 1º de setembro.
EJA
A parcela única dos concluintes aprovados no semestre da modalidade educação de jovens e adultos também será paga no período de 25 de agosto a 1° de setembro, no valor de R$ 1 mil.
Depósitos
A sexta parcela da chamada poupança do ensino médio de 2025 está sendo depositada em uma conta poupança da Caixa Econômica, aberta automaticamente em nome dos estudantes. O valor pode ser movimentado ou sacado imediatamente, se o participante desejar. Basta acessar o aplicativo Caixa Tem, se o aluno tiver 18 anos ou mais.
No caso de menor de idade, será necessário que o responsável legal autorize a movimentação da conta. O consentimento poderá ser feito no próprio aplicativo ou em uma agência da Caixa.
O participante poderá consultar no aplicativo Jornada do Estudante, do MEC, o status de pagamentos (rejeitados ou aprovados), as informações escolares e regras do programa.
As informações relativas ao pagamento também podem ser consultadas no aplicativo Caixa Tem ou no aplicativo Benefícios Sociais.
Incentivos
A poupança do ensino médio tem quatro tipos de incentivo financeiro-educacional:
- Incentivo-matrícula: por matrícula registrada no início do ano letivo, valor pago uma vez por ano, no valor de R$ 200;
- Incentivo-frequência: por frequência mínima escolar de 80% do total de horas letivas. Para o ensino regular, são nove parcelas durante o ano de R$ 200.
- Incentivo-conclusão: por conclusão e com aprovação em cada um dos três anos letivos do ensino médio e participação em avaliações educacionais, no valor total de R$ 3 mil. O saque depende da obtenção de certificado de conclusão do ensino médio;
- Incentivo-Enem: paga após a participação nos dois dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no ano que o estudante conclui o 3º ano do ensino médio. Os R$ 200 são pagos em parcela única.
Dessa forma, a soma do incentivo financeiro-educacional pode alcançar R$ 9,2 mil por aluno, no fim do ensino médio.
Pé-de-Meia
O programa do governo federal é voltado a estudantes de baixa renda do ensino médio da rede pública. A iniciativa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar nessa etapa de ensino.
Saiba aqui quais são os requisitos para ser inserido no programa.
O MEC esclarece que não há necessidade de inscrição. Todo aluno que se encaixa nos critérios do Pé-de-Meia é incluído automaticamente.