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Rede 5G completa 2 anos presente em quase 600 municípios
O polimetilmetacrilato (PMMA) é um componente plástico com diversos tipos de aplicação, tanto na saúde quanto em setores produtivos, a depender da forma de processamento e desenvolvimento da matéria-prima. O PMMA pode ser encontrado, por exemplo, em lentes de contato, implantes de esôfago e cimento ortopédico. No campo estético, o PMMA pode ser usado para preenchimento cutâneo, em forma semelhante a um gel.
Relatos de complicações relacionadas ao uso do componente em procedimentos estéticos se tornaram mais frequentes no Brasil. Em 2020, uma influencer (influenciadora digital) perdeu parte da boca e do queixo após fazer preenchimento labial com PMMA. Nesta semana, outra influencer morreu após se submeter a um procedimento estético para aumentar os glúteos.
Segundo parentes, ela apresentou um quadro de infecção generalizada em razão da aplicação de PMMA.
Uso e limites de aplicação
No Brasil, o PMMA para preenchimento subcutâneo precisa ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por se tratar de um produto de uso em saúde da classe IV ou risco máximo. “Somente após a análise técnica, esses produtos são liberados para venda e uso, visando à proteção do paciente e do consumidor”, informou a agência reguladora.
O componente está autorizado para correção de lipodistrofia, um tipo de alteração no organismo que leva à concentração de gordura em algumas partes do corpo, geralmente provocada pelo uso de medicamentos antirretrovirais em pacientes com HIV/aids, e correção volumétrica facial e corporal, uma forma de tratar alterações como irregularidades e depressões no corpo fazendo o preenchimento em áreas afetadas por meio de bioplastia.
Segundo a Anvisa, a concentração de PMMA em produtos estéticos varia e há indicações claras dos locais do corpo onde as aplicações podem ser feitas, como derme profunda, tecido muscular subcutâneo ou em nível intramuscular. “A dose usada é aquela estritamente necessária para correção de defeitos tegumentares ou da pele. Portanto, depende de avaliação médica”, reforçou a agência.
Em casos de atrofia facial associada ao HIV/aids, por exemplo, um dos fabricantes de PMMA registrados no país explica que a quantidade necessária varia de 4 a 12 mililitros (ml) para cada lado do rosto. Já em sequelas de poliomielite com atrofia de musculatura da panturrilha, a dose deve ser de cerca de 120ml, implantada de uma vez ou em etapas sucessivas, com 45 dias de intervalo, dependendo da elasticidade da pele de cobertura.
A Anvisa destaca que o PMMA deve ser administrado por profissionais médicos habilitados e treinados para o uso. “Para cada paciente, o médico deve determinar as doses injetadas e o número de injeções necessárias, dependendo das características cutâneas, musculares e osteocartilaginosas de cada paciente, das áreas a serem tratadas e do tipo de indicação”, detalhou a agência.
“A Anvisa também esclarece que o produto não é contraindicado para aplicação nos glúteos para fins corretivos. Porém, não há indicação para aumento de volume, seja corporal ou facial. Cabe ao profissional médico responsável avaliar a aplicação de acordo com a correção a ser realizada e as orientações técnicas de uso do produto.”
Etiqueta de rastreabilidade
A chamada etiqueta de rastreabilidade consiste em um documento com dados como o número do registro, códigos, descrição do modelo, lote, razão social do fabricante e/ou importador. O regulamento vigente define que é obrigatório o fornecimento de, no mínimo, três etiquetas de rastreabilidade, a serem fixadas no prontuário clínico do paciente, na documentação fiscal que gera cobrança pelo serviço e no documento que deve ser entregue ao paciente.
Segundo a Anvisa, a etiqueta de rastreabilidade é um direito do paciente e deve ser solicitada sempre que o consumidor passar por procedimentos cirúrgicos como:
– implantação de um dispositivo cardíaco ou ortopédico;
– implantes de coluna ou articulações;
– stents coronarianos;
– implantes dentários;
– válvulas cardíacas;
– endopróteses vasculares;
– implantes mamários;
– preenchedores intradérmicos à base de PMMA.
A agência reguladora destaca que a etiqueta de rastreabilidade não deve ser confundida com rótulo, instruções de uso ou bula. Trata-se de um documento adicional que deve constar na própria embalagem do produto.
“Mesmo com a existência de diversos mecanismos para o controle sanitário dos dispositivos médicos, é importante compreender que podem ocorrer eventos adversos ou queixas técnicas decorrentes do seu uso. Nesses casos, as etiquetas de rastreabilidade constituem importantes instrumentos que permitem a execução de ações por parte da agência e do fabricante na busca de soluções.”
Serviço ao consumidor
Todos os produtos usados em procedimentos médicos e estéticos em comercialização no Brasil precisam ter registro na Anvisa, órgão responsável pela avaliação da segurança, eficácia e qualidade dos itens.
Em caso de dúvidas, a orientação é que o consumidor busque um dos canais de atendimento disponíveis no site da Anvisa, para esclarecer questões relacionadas a medicamentos, insumos farmacêuticos, cosméticos e alimentos, dentre outros.
Alerta
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) elencou as principais intervenções estéticas feitas no Brasil por profissionais não médicos que causam complicações ou mesmo a morte de pacientes. O levantamento inclui aplicação de PMMA no rosto; aplicação de ácido hialurônico em rinomodelação; lipoenzimática no intuito de eliminar gordura localizada de várias partes do corpo; peeling de fenol contra rugas e flacidez e luz intensa pulsada em melanoma.
De acordo com a SBD, os procedimentos são rotineiramente realizados por dentistas, biomédicos, farmacêuticos, fisioterapeutas e enfermeiros, dentre outros profissionais que não têm “outorga legal para procedimentos invasivos”.
No mês passado, a entidade, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) apresentaram, durante o I Fórum de Defesa do Ato Médico, um dossiê com uma lista de procedimentos estéticos considerados invasivos e a serem realizados apenas por médicos. São os seguintes:
– procedimentos estéticos invasivos que envolvem a aplicação de toxina botulínica, conhecida popularmente como botox;
– preenchedores cutâneos para harmonização facial com ácidos hialurônico e polilático;
– bioestimuladores de colágeno;
– PMMA;
– eletrocauterização e exérese de lesões como nevus, verrugas e queloides;- endolaser para tratamento de celulite;
– peelings químicos como o de fenol, usado contra rugas e flacidez.
Fonte: Agência Brasil
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Saúde instala consultórios móveis em cidade devastada por tornado
Duas semanas depois da devastação na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, causada pela passagem de um tornado, o governo federal iniciou nesta segunda-feira (24) atendimentos médicos em seis consultórios móveis instalados na cidade.

As unidades do programa Agora Tem Especialistas foram montadas dentro de dois contêineres e têm estrutura completa para consultas médicas e apoio psicológico e contam com desfibrilador, eletrocardiograma, computadores e insumos diversos.
Os moradores também terão acesso a serviços de vacinação, distribuição de medicamentos e pequenas cirurgias, como remoção de verrugas e pintas para biópsia.
As estruturas podem atender cerca de 50 pessoas por dia e funcionam todos os dias da semana, das 8h às 17h. Nos fins de semana, o foco será em casos urgência e emergência.
Os consultórios permanecerão na região por três meses.
Ajuda
Nas últimas semanas, o governo federal tem mobilizado profissionais e entregado kits emergenciais para diversas cidades do Paraná. Mais de 35 especialistas da Força Nacional do SUS (FN-SUS) foram enviados para os municípios afetados pelo tornado.
Segundo o governo, mais de 2 mil atendimentos focados em saúde mental e apoio psicossocial foram realizados pela FN-SUS, além de 498 atendimentos assistenciais e 141 atividades de bem-estar.
Foram também entregues kits emergenciais de medicamentos e insumos estratégicos na Farmácia da 5ª Regional de Saúde, em Guarapuava e distribuído nas unidades de saúde de Rio Bonito do Iguaçu. Os kits incluem 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos.
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Pesquisa revela como os brasileiros vão comemorar o Natal de 2025
As luzes coloridas nas vitrines e as árvores decoradas anunciam a chegada de uma das épocas mais aguardadas do ano: o Natal. Um levantamento realizado pela Globo, chamado “Comemorações de Fim de Ano 2025”, aponta como os brasileiros pretendem viver este momento. O estudo mostra que 95% da população planeja comemorar a data com o caráter afetivo e cultural da celebração.
Mais do que um feriado, o Natal é um símbolo de união. Para a maioria, a ocasião é sinônimo de reencontro com familiares e amigos, momentos à mesa e trocas de presentes. O estudo aponta que 74% dos entrevistados pretendem realizar uma refeição especial, como almoço ou ceia, enquanto 78% desejam presentear alguém.
A pesquisa também revela a força da mídia na criação do clima natalino. Desde a decoração das lojas até os programas de TV temáticos, o público se inspira em conteúdos que destacam o espírito de confraternização. É o início de um período em que emoção, consumo e tradição caminham lado a lado.
A ceia como o grande símbolo das celebrações
Quando o assunto é Natal, o momento à mesa continua sendo o ponto alto das comemorações. Segundo o levantamento, três em cada quatro brasileiros planejam reunir a família para compartilhar uma refeição especial. A tradição, enraizada na cultura do país, faz da ceia um dos principais motores da economia de fim de ano.
Os supermercados e atacarejos são os preferidos para as compras, com 78% dos consumidores afirmando que vão adquirir os ingredientes para preparar seus próprios pratos. Os outros 22% optam por encomendar os pratos prontos. Para os comerciantes, o período representa uma oportunidade valiosa.
O desafio está em equilibrar preços e atratividade, já que o consumidor de 2025 está mais atento ao orçamento. Ainda assim, os brasileiros não abrem mão de produtos que despertem o sabor e o encanto do Natal, como panetones, vinhos e sobremesas típicas.
Tendências de consumo: equilíbrio entre economia e indulgência
Este ano vem acompanhado de uma postura mais racional diante dos gastos. A pesquisa aponta que 64% dos brasileiros pretendem reduzir despesas com a ceia, e 79% vão planejar as compras com antecedência para aproveitar promoções e evitar imprevistos. A busca por economia, contudo, não elimina o desejo de desfrutar de produtos de qualidade.
O apelo emocional ainda é forte: 80% dos entrevistados afirmam que o Natal é o momento de “se permitir” consumir algo especial. Por isso, itens premium e tradicionais ganham espaço nas listas de compras, mesmo em meio à contenção de gastos. Marcas que souberem equilibrar preço e experiência têm boas chances de conquistar o público.
Outro fator relevante é a praticidade. Seis em cada dez consumidores valorizam soluções convenientes, desde cestas prontas até alimentos de preparo rápido. As cestas de Natal, que combinam alimentos e bebidas em uma única embalagem temática, continuam uma alternativa popular, tanto para presentear quanto para facilitar o planejamento das refeições.
Presentes de Natal: entre o afeto e o autocuidado
Presentear é outro gesto que marca o Natal dos brasileiros. O estudo indica que 78% da população pretende comprar presentes neste ano, com destaque para as classes A e B, onde o índice chega a 90%. Os filhos, pais e companheiros continuam sendo os principais destinatários.
Entre os itens mais procurados estão chocolates e doces (60%), roupas e calçados (57%) e brinquedos (56%). Produtos tradicionais como panetones e chocotones aparecem logo em seguida, com 55%. Já as cestas de alimentos e bebidas, que combinam itens festivos e utilitários, foram mencionadas por 33% dos entrevistados.
Roupas, cosméticos e produtos de higiene pessoal estão entre os favoritos de quem quer celebrar o autocuidado. A maioria planeja fazer as compras com antecedência: 44% até um mês antes do Natal, e 26% na semana que antecede o feriado, aproveitando a Black Friday.
A influência da mídia e o retrato do Natal brasileiro
Cerca de 57% dos brasileiros afirmam se inspirar nas decorações vistas na televisão, e 46% dizem tirar ideias de programas culinários para preparar a ceia. Filmes, séries e propagandas também ajudam a reforçar o clima de esperança e união característico da data.
Contudo, os consumidores desejam se ver representados nessas narrativas. Sete em cada dez entrevistados afirmam que as campanhas publicitárias devem valorizar o jeito brasileiro de comemorar a data, com simplicidade, criatividade e alegria.
O Natal de 2025 promete ser, portanto, um reflexo do equilíbrio entre tradição e modernidade. Mesmo diante dos desafios econômicos, os brasileiros mantêm viva a essência do feriado: reunir, compartilhar e celebrar o que realmente importa.
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Sessão solene na Câmara homenageia Marcha das Mulheres Negras
Uma sessão solene na Câmara dos Deputados homenageou a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver realizada nesta terça-feira (25) na Esplanada dos Ministérios em Brasília.

Organizada pelo Comitê Nacional da Marcha das Mulheres Negras, a mobilização nacional busca colocar em pauta os direitos básicos desse segmento da população – como moradia, emprego e segurança –, mas também uma vida digna, livre de violência e ações de reparação.
A sessão foi aberta pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) que disse que o plenário da Casa, lotado de mulheres negras, representava o povo brasileiro.
“O povo brasileiro é uma mulher negra. Temos o compromisso de que muitas outras mulheres negras ocupem o Congresso Nacional. Temos uma bancada negra que tem um projeto de país. A agenda passa por reparação e a ocupação das mulheres negras em todos os espaços de poder.”
Para a coordenadora da bancada feminina, deputada Jack Rocha (PT-ES), a marcha não é apenas um ato político, mas sim um projeto político de país.
“É um projeto político ocupar esse plenário, ter um orçamento que nos caiba, construir um Brasil antirracista. Saudamos as nossas ancestrais. As nossas vozes não podem ser silenciadas”, disse.
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Segundo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, presente na sessão solene, a marcha tem um simbolismo muito grande.
“Precisamos ser vistas, respeitadas como cidadãs, com todos os direitos constitucionais garantidos. Depois de 300 anos de escravidão, continua o racismo estrutural. São mais de 100 anos sem reparação histórica”, disse a ministra.
Para a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, a marcha das mulheres traz um recado para o Estado brasileiro: “Se vocês combinaram de nos matar, nós combinamos de não morrer. Vamos transformar o Estado brasileiro, com justiça racial para o nosso povo.”
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver marca o sonho e o futuro desejados para o país.
“Hoje é dia da gente marchar, é dia de emoção e de revolução”, afirmou a ministra.

