Esporte
Resultados do segundo dia do Brasileiro de Oceano 2025

O segundo dia do Campeonato Brasileiro de Vela Oceânica, apresentado por Asa Alumínio e realizado dentro da Energisa Búzios Sailing Week 2025, contou com apenas uma regata nesta sexta-feira (18), na raia de Armação dos Búzios (RJ).
O tradicional evento da vela nacional, que segue até domingo (20) no ICAB – Iate Clube Armação de Búzios, reúne quase 30 embarcações das classes ORC e BRA-RGS, com cerca de 500 velejadores, incluindo nomes de destaque da vela brasileira e internacional.
Assim como na estreia, o vento não apareceu com a força habitual do litoral fluminense, chegando no máximo a 12 nós. A regata do dia teve 23 milhas para a ORC (com boias na Praia de Geribá e na Ilha do Breu, retornando ao ICAB) e 16 milhas para a RGS (com boia em Geribá e retorno ao clube).
Na classe ORC, o Magia IV, comandado por Torben Grael, segue na liderança após três regatas realizadas. O ILC30 do Rio Yacht Club — também conhecido como Sailing — venceu a prova, aproveitando-se das condições ideais para o design do barco.
No tempo corrigido, o Magia IV conquistou a melhor marca do dia, seguido pelo +Bravissimo, do argentino Nacho Giamonna e do ICES – Iate Clube do Espírito Santo, e pelo Inaê Transbrasa (S40), do Pier 27, do Guarujá (SP). Na subdivisão Cruising Racer, o +Bravissimo segue na liderança.
“É difícil se manter na ponta! Ainda estamos na metade do campeonato e, na reta final, teremos regatas barla-sota, que são mais técnicas e difíceis — principalmente para barcos menores”, destacou o argentino Nacho Giamonna.
Na BRA-RGS, o Nativo 3, de Eduardo Harabedian, manteve a liderança com seu Delta 32, repetindo o bom desempenho da véspera. O veleiro, sediado na BR Marinas, superou o Beleza Pura, de Felipe Ferraz (Ubalegria), e o Sossegado, de Marco Hidalgo (GVI – Grêmio de Vela de Ilhabela).
Antes mesmo da estreia, o Nativo 3 havia sido abalroado por uma escuna e quase ficou de fora do campeonato. Com o apoio de velejadores da própria classe, a embarcação foi reparada a tempo — um gesto que gerou elogios da comunidade náutica.
“Quero parabenizar a ação da classe BRA-RGS, que apoiou o Nativo 3 para que tivesse um reparo rápido e eficiente. O resultado está aí: o barco ajudado lidera. Esse é o espírito da ABVO nos seus 70 anos — e também da vela oceânica”, afirmou Bayard Neto, comodoro da ABVO.
Mesmo na liderança, o Nativo 3 não está sozinho na briga pelo título. O comandante do Kaluanã, Leonardo Soldon, está logo atrás na tabela e promete buscar a virada.
“Está bacana demais a nossa disputa. São quatro barcos brigando pelo título. Estamos em segundo e está tudo muito equilibrado. A raia de Búzios é neutra, já que a maioria vem de fora e não conhece todos os macetes”, comentou.
A classe BRA-RGS reúne barcos de cruzeiro com diferentes tamanhos e configurações. Para garantir equilíbrio na competição, é dividida conforme o potencial de performance dos veleiros, nas categorias RGS A e RGS B.
Na RGS B, o barco capixaba Absoluto, de Kaio Mendes — um Fast 360 — lidera a flotilha, que conta com três embarcações em disputa.
As regatas do Campeonato Brasileiro de Vela Oceânica, apresentado por Asa Alumínio, continuam neste sábado (19), com previsão de ventos mais fortes e a realização de duas provas.
O comodoro do Iate Clube Armação de Búzios, Marcos Soares, também celebrou o momento vivido pelo clube:
“Estamos retomando a vela no ICAB com uma receptividade incrível da comunidade náutica como um todo. Este ano, sediamos o Campeonato Brasileiro de Oceano durante a Búzios Sailing Week — o evento mais importante da vela nacional. O nível técnico está altíssimo.”
Resultados oficiais
BRA-RGS – Geral (Top 5)
1º – Nativo 3 (Eduardo Harabedian – BR Marinas / RGS A) – 4 pontos
2º – Kaluanã (Leonardo Soldon – Bracuhy / RGS A) – 8 pontos
3º – Beleza Pura II (Felipe Ferraz – Ubalegria / RGS A) – 8 pontos
4º – Sossegado (Marco Hidalgo – GVI / RGS A) – 10 pontos
5º – Absoluto (Kaio Mendes – ICES / RGS B) – 17 pontos
BRA-RGS A
1º – Nativo 3 (Eduardo Harabedian – BR Marinas) – 4 pontos
2º – Kaluanã (Leonardo Soldon – Bracuhy) – 8 pontos
3º – Beleza Pura II (Felipe Ferraz – Ubalegria) – 8 pontos
4º – Sossegado (Marco Hidalgo – GVI) – 10 pontos
5º – Tangará II La Borie (Delio Valdetaro Jr – ICRJ) – 15 pontos
6º – O Agreste (Vitor Hugo Bernstorff – RYC) – 18 pontos
BRA-RGS B
1º – Absoluto (Kaio Mendes – ICES) – 4 pontos
2º – Santeria (Newton Rocha – BarraVela) – 6 pontos
3º – Bierkaai (Bart Brouwer – ICAB) – 8 pontos
ORC Geral (Top 5)
1º – Magia IV (Torben Grael – RYC / ORC Performance) – 4 pontos
2º – +Bravissimo (Nacho Giamonna – ICES / ORC Cruising Racer) – 7 pontos
3º – Bravo (Renato Avelar – ICES / ORC Cruising Racer) – 14 pontos
4º – Inaê Soto (Bayard Umbuzeiro Neto – Pier 27 / ORC Performance) – 15 pontos
5º – Dona Bola (Ricardo Tramujas – ICRJ / ORC Cruising Racer) – 19 pontos
ORC Performance (P)
1º – Magia IV (Torben Grael – RYC) – 4 pontos
2º – Inaê Soto (Bayard Umbuzeiro Neto – Pier 27) – 8 pontos
3º – Duma (Haakon Lorentzen – ICRJ) – 11 pontos
4º – Crioula 52 (Eduardo Plass – VDS) – 12 pontos
5º – Eurus 30 (Ronaldo Senfft – RYC) – 12 pontos
6º – Vesper (João Marcos Mendes – ICRJ) – 17 pontos
7º – Bicho Grilo (José Guilherme Souza – ICRJ) – 20 pontos
ORC Cruising Racer (CR)
1º – +Bravissimo (Nacho Giamonna – ICES) – 3 pontos
2º – Bravo (Renato Avelar – ICES) – 8 pontos
3º – Dona Bola (Ricardo Tramujas – ICRJ) – 9 pontos
4º – Maestrale IV (Adalberto Casaes – ICRJ) – 13 pontos
5º – Xamã (Sergio Klepacz – ICS) – 17 pontos
5º – Ventaneiro 3 (Renato Cunha – ICRJ) – 17 pontos
5º – Rudá (Mario Martinez – Supmar) – 17 pontos
8º – Steamboat (Peter Siemsen – ICRJ) – 25 pontos
9º – Saravah (Pierre Joullie – ICRJ) – 26 pontos
Sobre a ABVO
Fundada em 1955, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano é a única entidade de promoção da Vela de Oceano no Brasil. Braço oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), a ABVO é responsável por organizar competições anuais e contribuir para o legado de um dos esportes mais vitoriosos do país, tanto nas classes olímpicas quanto nas não olímpicas.
A ABVO tem o santista Bayard Umbuzeiro Neto como Comodoro, o bicampeão olímpico Torben Grael como 1º Vice-Comodoro, e Paulo Cezar Gonçalves, o Pileca, como 2º vice-Comodoro.
Dentre os objetivos da atual gestão, estão promover a otimização e a racionalização do calendário nacional, estreitar o relacionamento com os clubes para viabilizar eventos e agregar um maior número de barcos participantes das diversas flotilhas regionais, oferecer suporte técnico em todos os níveis para as competições, otimizar a apuração instantânea dos resultados e articular com o Governo Federal incentivos tributários e melhores condições para a importação de embarcações, entre outros.
Esporte
Brasil vira sobre anfitriã China e avança à semi da Liga das Nações

A seleção brasileira masculina de vôlei está classificada às semifinais da Liga das Nações pela primeira vez desde 2021, quando conquistou o primeiro e único título da competição. Nesta quarta-feira (30), após ser surpreendida no primeiro set, a amarelinha assegurou a classificação ao vencer de virada a anfitriã China por 3 sets a 1, com parciais de 29/31, 25/19, 25/16 e 25/21. Nas últimas três edições do torneio, o Brasil se despediu nas quartas de final.
A equipe comandada pelo técnico Bernardinho volta a jogar no sábado (2 de agosto), às 4h (horário de Brasília). O adversário será o vencedor do duelo entre Japão e Polônia, que se enfrentam às 8h desta quinta (31).
Levantador titular da seleção a partir desta edição da Liga das Nações, posição antes ocupada por Bruninho, Fernando Cachopa acredita que as dificuldades no início do jogo fortaleceram ainda mais a equipe.
“Foi uma partida muito tensa emocionalmente. É difícil jogar as finais, é um sentimento diferente, estar na casa da China, o estádio lotado. O jogo não foi muito bonito no primeiro set, mas nesses momentos acho que a gente se apoia muito no trabalho que a gente tem feito e nos momentos difíceis que a gente já passou, no aprendizado que a gente já teve e, como grupo, a gente conseguiu sair de mais um momento difícil. Acho que foi um teste muito bacana para o nosso time para ir com força total para o resto da competição”, avaliou o gaúcho de 29 anos.
#VNLFinals: BRAZIL 🇧🇷 3-1 🇨🇳 CHINA 🔥
The Brazilian opposite led the way with 26 points, powering 🇧🇷 Brazil to a 3–1 comeback win over China 🇨🇳 and a spot in the semifinals!
Next stop: the final four. Saturday, August 2, at 11:00 AM GMT, Brazil 🇧🇷 will face the winner of Japan… pic.twitter.com/ZviUfRzzyX
— Volleyball World (@volleyballworld) July 30, 2025
Penúltima colocada na fase classificatória entre 18 seleções participantes, a China garantiu presença nas quartas por sediar a fase final da Liga das Nações na cidade de Ningbo, no nordeste do país. Já o Brasil cravou a melhor campanha nas três semanas confrontos da primeira fase, perdendo apenas uma partida em 12 jogos. O único revés foi para Cuba, por 3 sets a 2.
A vitória de hoje sobre a seleção chinesa foi a segunda no torneio: na primeira fase da LIga, o Brasil já derrotara o time asiático por 3 sets a 0. Maior pontuador da partida, com 26 acertos, o oposto Alan deixou a quadra satisfeito com seu desempenho.
“Estou conseguindo mostrar que este ano estou sendo um cara mais decisivo, mas acho que o importante mesmo é a equipe. A gente começou meio mal, acho que a gente estava um pouco nervoso. No primeiro set a gente brigou bastante, a gente tentou ao máximo, mas não conseguiu. Aí depois a gente foi ajustando, foi começando a entender como estava funcionando o jogo e a gente conseguiu se adaptar e ganhamos os demais sets. É isso que importa. Agora é a fase final, se perder está fora. A gente tem que ganhar, independentemente se jogar bem ou se jogar mal”, analisou o atleta de 2,02m de altura.
Esporte
Mais que medalhas: o que os jovens da ALAMG aprendem quando ocupam o tatame

Muito além das conquistas em campeonatos, a atuação da ALAMG fortalece vínculos, cria referências e mostra, dia após dia, que o esporte pode abrir caminhos reais para o futuro de jovens em Guarapari
Em bairros como Lameirão, Concha da Ostra, Coroado e Complexo, o tatame virou símbolo de pertencimento. Através da ALAMG, jovens têm acesso a treinos gratuitos e regulares de jiu-jitsu e wrestling olímpico, com professores que não apenas ensinam técnicas, mas vivem os valores que transmitem. Disciplina, respeito, coragem e empatia fazem parte de cada aula, e os resultados aparecem no comportamento dos alunos, na forma como se relacionam com a família, com os colegas e com a comunidade.
Na participação mais recente no Circuito Sul-Sudeste da Confederação Brasileira de Wrestling, 30 atletas representaram a associação. Voltaram com 22 medalhas. Mas o que mais chamou atenção foi o exemplo que subiu no pódio junto com os alunos.
Dois professores da própria ALAMG participaram do campeonato. Julia Noledo Simões foi vice-campeã na categoria 65kg feminina, demonstrando força e técnica em todas as lutas. Já Roger Emerson dos Santos Ramalhete venceu na categoria 61kg, reafirmando o compromisso de estar lado a lado dos alunos, dentro e fora dos tatames.
Ver seus professores competindo, vencendo, lutando com garra, foi algo que marcou profundamente as crianças. Mostrou, na prática, que esforço e preparo trazem resultado. Que aquele lugar é delas também. Que é possível sonhar grande.
A realidade de muitos desses jovens não é simples. O esporte entra como um porto seguro, onde eles podem ser vistos, ouvidos e valorizados. A permanência nos treinos tem gerado efeitos visíveis: melhora na frequência escolar, mais autonomia emocional, menos conflitos familiares e mais clareza sobre o que querem para o futuro.
A associação trabalha todos esses pontos com seriedade. Não é um projeto que aparece em datas comemorativas. Está ali todos os dias, com educadores comprometidos, com estrutura enxuta, mas eficiente, e com apoio de voluntários e parceiros que acreditam nesse modelo.
A presença de nomes como Fernanda Mazzelli, referência mundial no jiu-jitsu e parceira ativa do projeto, reforça o valor técnico da proposta. Mas o que realmente sustenta a ALAMG é o cotidiano: o sorriso depois do treino, o abraço no professor, a criança que quer competir, o adolescente que decide voltar para a escola porque agora se sente parte de algo maior.
Mais do que lutar, o que esses jovens aprendem é a se posicionar no mundo com dignidade. E isso vale mais do que qualquer medalha.
Quer acompanhar de perto, apoiar ou se conectar com a ALAMG?
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Esporte
Goleada põe seleção feminina na final da Copa América e na Olimpíada

A goleada por 5 a 1 da seleção feminina de futebol sobre o Uruguai, na noite da última terça-feira (29), pela semifinal da Copa América, no Equador, garantiu a primeira vaga do esporte brasileiro à Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. A partida no Estádio Casa Blanca, em Quito, foi transmitida ao vivo pela TV Brasil.
“Acredito que tenha sido nossa melhor partida. A gente prepara a equipe para chegar ao mata-mata nas melhores condições do ponto de vista tático e físico das atletas e de sincronia da equipe. Mas já vínhamos crescendo. Vamos aproveitar o momento e comemorar a classificação para os Jogos Olímpicos, que era uma obrigação, mas é uma conquista importante para o nosso futebol de mulheres. E a partir de quarta-feira [30] preparar a equipe para disputarmos essa final e merecermos ser campeões”, celebrou o técnico Arthur Elias, em entrevista coletiva.
O triunfo de terça foi construído, em boa parte, na primeira etapa. Aos 11 minutos, Marta levantou a bola na área e Amanda Gutierres, de cabeça, abriu o placar. Dois minutos depois, Amanda cruzou rasteiro pela direita, Fátima Dutra dividiu com a zaga na pequena área e Gio Garbelini aproveitou a sobra para ampliar.
Aos 27, Marta converteu o pênalti cometido por Daiana Farías em Isa Haas e marcou o terceiro do Brasil, o primeiro dela nesta Copa América e o gol de número 120 pela seleção canarinho. Aos 39 anos, a camisa 10 foi eleita a melhor jogadora da partida.
O Uruguai descontou aos seis minutos do segundo tempo, em gol contra de Isa Haas, após escanteio batido pela esquerda por Fefa Lacoste. Aos 20, em cobrança de falta da intermediária, Amanda Gutierres chutou forte, no canto direito de Agustina Sánchez, freando a reação uruguaia. Ainda deu tempo para Dudinha, aos 41 minutos, ser lançada por Duda Sampaio, invadir a área e marcar o quinto das brasileiras.
Esta é a décima edição da Copa América Feminina. Em todas, o Brasil esteve, pelo menos, entre as duas melhores equipes. Oito vezes campeã, a seleção verde e amarela foi vice somente em 2006, quando a taça ficou com a Argentina. Nas três ocasiões anteriores em que o torneio teve fases eliminatórias para conhecer o vencedor (1995, 1998 e 2022), as brasileiras levaram a melhor.
A conquista mais recente foi justamente diante da rival deste ano. Em 2022, o Brasil derrotou a Colômbia, anfitriã daquela edição, por 1 a 0, para ficar com o título. Neste sábado (2), as duas equipes voltam a decidir a competição. A bola rola no Estádio Casa Blanca a partir das 18h (horário de Brasília), novamente com transmissão ao vivo da TV Brasil. As Cafeteras, como são conhecidas as colombianas, classificaram-se para a final na última segunda-feira (28) ao superarem a Argentina nos pênaltis, por 5 a 4, após não balançarem as redes no tempo normal.
As rivais já se encontraram nesta edição da Copa América, ainda na primeira fase. No Estádio Banco Guayaquil, também em Quito, o duelo terminou sem gols, válido pela última rodada do Grupo B. O Brasil atuou por cerca de 60 minutos com uma jogadora a menos, após expulsão da goleira Lorena, ainda na etapa inicial. O resultado garantiu à seleção canarinho a ponta da chave e à Colômbia o segundo lugar.
“Claro que será um confronto diferente do que foi o primeiro jogo. É diferente jogar uma final. A gente ainda vai definir nos próximos dias não somente a equipe [titular], mas o plano de jogo, o que podemos tirar de proveito desse crescimento e como a seleção da Colômbia tem jogado. É uma seleção que a gente conhece muito bem”, projetou Arthur.
“Consideramos, sim, [Brasil e Colômbia] um clássico, com muita rivalidade, mas muito respeito e admiração de ambos os lados. É um clássico como Brasil e Argentina, Brasil e Uruguai, e acontece de, agora, Brasil e Colômbia estarem em um patamar mais elevado. A Colômbia gosta de jogar com a bola, o Brasil também, são times guerreiros dentro de campo. Tenho certeza que estaremos mais bem preparados que na primeira fase que será uma grande final”, concluiu o treinador.