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Rio alerta para calor extremo e chance de recorde nesta semana

As previsões meteorológicas apontam para temperaturas elevadas na cidade do Rio de Janeiro, principalmente, nesta segunda-feira (17) e no dia seguinte. O Sistema Alerta Rio indica que esses dias podem ser os dias mais quentes da semana, podendo bater o recorde de dia mais quente já registrado em fevereiro, que é 41,8 graus Celsius (°C), no ano de 2023.
“A gente pode passar disso principalmente na terça-feira”, informou a meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio, Raquel Franco. “A gente está em um fevereiro muito seco, com pouca chuva. A atual média [de chuva] agora no dia 16 de fevereiro é de apenas 5 milímetros (mm). Teremos mais uma semana sem chuva, e as previsões para o fim de fevereiro não indicam uma quantidade muito grande de chuva. Podemos ter um dos fevereiros mais secos da história”.
Diante desse cenário, a Prefeitura do Rio anunciou que, caso a cidade atinja o patamar Calor 4 no protocolo criado pela administração municipal, a população poderá contar com a abertura de 58 pontos de resfriamento. “São áreas que possibilitam sombra, pontos de hidratação e banheiros em Naves do Conhecimento e parques municipais, vilas olímpicas e outros equipamentos municipais”, indicou o chefe-executivo do Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio), Marcus Belchior, acrescentando que a lista dos locais estará disponível no aplicativo do COR.
Prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes durante recomendações e anúncio medidas contra calor extremo. Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio
Além disso, deverá ser respeitada a parada para hidratação de funcionários que trabalham expostos ao sol. A rede de saúde municipal deverá estar preparada para o aumento de atendimentos de casos decorrentes das altas temperaturas. A recomendação é aumentar a ingestão de água, fazer uso de roupas leves e evitar a exposição direta ao sol nos horários de pico de calor.
“Nós estamos no Calor 3 e temos uma probabilidade e possibilidade enorme de irmos para o calor 4 nesta semana. Provavelmente, nada indica pelas previsões de que a gente vá chegar no Calor 5”, apontou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, em entrevista coletiva para avaliação das condições climáticas e anúncio de medidas para a população.
Paes disse que ninguém da administração municipal vai pedir o cancelamento dos desfiles de blocos de rua, nem impedir que a população participe de atividades na cidade neste período de verão e de carnaval, com previsão de calor intenso. Apesar disso, recomendou muito cuidado diante do cenário de previsão do clima.
”Qualquer pessoa que já pulou, brincou em um bloco de carnaval na cidade do Rio de janeiro durante o dia, sabe do que estou falando, mas a gente pode chamar atenção dos foliões para beber mais água, se hidratar melhor, tomar certos cuidados, buscar estar em ambiente em que os riscos à saúde sejam menores”, afirmou, comentando que a virada da leitura da prefeitura do Rio faz sobre o calor na cidade foi a morte, em novembro de 2023, por exaustão térmica, da estudante Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, durante o show da cantora norte-americana Taylor Swift, no estádio do Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro.
“A gente não quer controlar ninguém. O que a gente quer é que as pessoas tenham consciência do que está se passando, dos riscos, são preocupações que a própria população tem que tomar. Não vamos colocar um chip em cada cidadão”, afirmou Paes.
O prefeito destacou que o verão carioca sempre foi muito quente e que não é novidade a cidade atingir 40° C nesta época do ano. Essa situação tem se repetido neste ano, mas agora com o agravante de que a intensidade, a repetição de dias com o calor intenso e a sensação térmica têm sido maiores do que o verificado na história.
“A gente busca trazer para vocês e para a população um alerta da semana que vai chegar. Tomara que a meteorologia confirme o sol, mas jogue as temperaturas para baixo. Eu seria o homem mais feliz do mundo se a gente disser que a semana foi inteira de sol, passaremos com sol até o mês de abril, mas a temperaturas permanecerão entre 25°C e 32°C na cidade do Rio de Janeiro. Não é o mais provável”, completou.
Outra observação feita pelo prefeito é que o avanço da ciência permitiu dispor atualmente de mais elementos que mostram os impactos na vida e saúde das pessoas.
População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
“No passado, sem as informações que a ciência, a medicina, nos dão hoje, pessoas morriam de calor no Rio de Janeiro em consequência das elevadas temperaturas, e o diagnóstico daquela doença que a pessoa enfrentava não era creditado ao calor. Na medida que a ciência avançou, nós conseguimos identificar os malefícios trazidos pelas temperaduras excessivas na saúde das pessoas “, disse, contando ainda que o avanço da ciência permitiu aprimorar as análises de dados meteorológicos que conseguem hoje prever com certeza maior as temperaturas de períodos mais longos.
Citando a própria agenda, Paes disse que, para evitar riscos a moradores de Ramos e Bonsucesso, cancelou o compromisso que tinha neste domingo às 12h, para conversar sobre com eles as obras do Programa Bairro Maravilha. “Imagina aquele solzinho de meio dia, aquela obra no asfalto”, pontuou.
O monitoramento dos níveis de calor pelo COR-Rio começou em junho do ano passado. A classificação tem cinco níveis de risco que variam conforme a temperatura e a umidade relativa do ar registradas na cidade. Durante a entrevista, Paes pediu a modificação na nomenclatura do protocolo, que foi criado com fases de níveis de calor de NC1 até NC5. Para ele, é mais fácil o entendimento da população passar para Calor 1 a Calor 5 (C1 a C5).
Desidratação
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que as unidades de saúde municipais registraram um aumento na procura por emergências para o atendimento de pessoas por questão de desidratação.
“Só no mês de janeiro, a gente estima que 3 mil pessoas foram atendidas por problemas ligados ao calor ou à desidratação. Tem uma preocupação muito grande com idosos e crianças que têm menos sensação de sede, sentem menos sede e pedem água com mais dificuldades. A gente teve intenções de dois bebês por problema de roupa em excesso. É mportante as mamães, principalmente as de primeira viagem, estarem atentas à desidratação das crianças “, disse , apontando ainda a preocupação da secretaria com o uso de ceras de cabelo e filtro solar caseiro, que causam queimaduras de pele. No caso das ceras, elas escorrem com o calor e podem provocar queimaduras de retina, segundo o secretário.
“Isso tem sido muito comum, muito frequente nas emergência”, completou.
Os cuidados devem ser redobrados também em pessoas com problemas cardíacos, diabéticos e hipertensos que são mais propensos a descompensação mais rápida. O secretário pediu ainda atenção com os pets para evitar queimaduras nas patas ao serem levados em calçadas e ruas muito quentes.
Sintomas
De acordo com a prefeitura, o calor extremo provoca sintomas como aumento da taxa de respiração, piora na alergia e da asma, agravamento de doença pulmonar obstrutiva crônica, lesões hepáticas, câimbras, espasmos musculares, fraqueza, dores de cabeça, tonteira, irritabilidade, perda de coordenação, confusão mental, delírio, ansiedade, perda de consciência, convulsões, derrames, arritmia, aceleração dos batimentos redução do fluxo sanguíneo para o coração, ataque cardíaco. Além disso, doença e falência renal.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Clima, Tainá de Paula, disse que tem sido uma preocupação da prefeitura realizar projetos para minimizar o impacto desses efeitos do clima. Segundo ela, o município se adapta também no médio e longo prazo com iniciativas de reflorestamento que vem dando resultados positivos comparados a cerca de 15 campos de futebol ou 154 hectares.
“A ideia de que vamos conseguir frear a mudança do clima, o aumento da temperatura da Terra não depende só do Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro vai conseguir lidar nas próximas décadas com a sensação térmica, mas a diminuição dessa temperatura não depende infelizmente só do Rio. É preciso que a gente consiga construir uma pedagogia climática, mas também construir uma ideia de que todas as cidades vão construir com uma adaptação”, concluiu.
Outras
Papa Leão XIV deve seguir pontificado de paz e acolhimento, diz CNBB

O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, disse nesta quinta-feira (8) que a mensagem expressa pelo novo papa Leão XIV, ao ser escolhido como sucessor de Pedro, aponta para um pontificado voltado para o bem comum dos povos, em acordo com a doutrina social da igreja elaborada pelo papa Leão XIII, que serviu de inspiração para o nome do novo papa.
“Ele veio mostrar que é preciso que o mundo inteiro ore pela paz. Com esse início do pontificado dele, apontando para que a paz esteja entre as pessoas; para retomar a doutrina social da igreja, que tem como objetivo fundamental o diálogo entre as nações e o bem comum. Ele trouxe já de maneira muito positiva algo que todos nós ansiamos que é a paz no mundo”, afirmou o religioso, em coletiva de imprensa.
Dom Ricardo também apontou a dignidade do trabalho e o combate à escravidão como possíveis temas que o novo papa deve abordar.
“Tenho certeza que o fato de resgatar Leão XIII e a doutrina social vai trazer mais intensidade para que o mundo se abra para a dignidade do ser humano no trabalho, principalmente combatendo a escravidão no trabalho, que muitos países ainda vivem isso”, avaliou.
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Em uma mensagem divulgada na tarde desta quinta-feira, após a escolha do novo sumo pontífice, a CNBB disse esperar que Leão XIV mantenha o caminho de abertura da igreja, seguindo o legado do papa Francisco. Na avaliação da CNBB, o novo papa vai atuar na busca da paz, orientando a doutrina da igreja para o social, em especial os mais pobres.
Escuta e pacificação
Ao falar sobre a expectativa com o novo papa, Dom Ricardo afirmou ainda que, como cardeal, o norte-americano Robert Francis Prevost se destacou por ser uma pessoa que escuta. Segundo Dom Ricardo essa capacidade vai ser um ponto de destaque do novo papa, especialmente nas relações diplomáticas.
“É um homem que escuta, que está atento ao que se diz. Tenho certeza que isso vai ser fundamental na conversa com os grandes governadores, com os que estão a frente dos países em crise. A igreja fortalecendo pontes, mas não por ele ser norte-americano, mas porque os papas estão com a missão de sempre buscar a paz”, opinou.
Ao ser questionado como se dará a relação do papa, um norte americano, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Dom Ricardo reiterou que o novo pontífice deve buscar a pacificação.
“Os papas são grandes pacificadores que tem como ponto fundamental ajudar também os governantes a buscarem caminhos de paz. Como ele vai fazer, de que maneira ele vai fazer, cabe ao Santo Padre decidir esses caminhos e vamos conhecer ao longo do tempo. Mas, com certeza, ele já deu a chave de leitura quando iniciou falando da paz. É um pacificador, alguém que vai buscar esse diálogo, alguém que vai sentar e ouvir”, apontou.
Acolhimento
Durante coletiva, ao ser questionada qual deve ser a visão do novo papa em relação a abertura da igreja a grupos invisibilizados, a exemplo da população LGBTQIA+, Dom Ricardo disse acreditar na manutenção do processo de acolhimento.
“O fato é que a igreja vem caminhando de uma maneira bonita através do papa Francisco aos invisibilizados, excluídos, e a palavra que ele [Leão XIV] usou hoje: vulnerabilizados – aqueles que estão de lado -, abrange muitos grupos, não só LGBTQIA+, mas muitos outros que são deixados de lado”, afirmou.
“Muito mais do que uma bandeira sobre gênero, a igreja vem caminhando para a dignidade da pessoa humana, para que todas as pessoas humanas sejam respeitadas”, concluiu.
Acusações
Dom Ricardo também foi questionado a respeito das acusações de três mulheres, em 2020, contra o então cardeal Prevost, de ter acobertado casos de abuso sexual, quando era administrador da diocese de Chiclayo, no Peru. O secretário-geral da CNBB disse que não houve acobertamento e que o processo foi levado em frente.
“Importante que o processo foi à frente e foi o próprio Prevost, que à época levou a Roma para que fosse investigado até as últimas consequências. Portanto, ele não tem nada que possa dizer que ele esteve omisso, pelo contrário, foi ele quem trouxe o processo para que fosse bem investigado e é isso que desejamos de todos os processos, que sejam investigados no nível mais alto”, respondeu Dom Ricardo observando que o processo ainda está em andamento no Vaticano.
Brasil
Prevost esteve no Brasil duas vezes, como padre geral dos agostinianos, nos anos de 2012 e 2013, como padre geral dos agostinianos, nas cidades de Guarulhos, em São Paulo, e na capital mineira, Belo Horizonte.
Dom Ricardo revelou que o então cardeal Prevost, de 69 anos, estava com passagem marcada para o Brasil. Ele participaria da 62ª Assembleia Ordinária da CNBB, prevista para acontecer no período de 30 de abril a 09 de maio. O evento foi cancelado em razão da morte do papa Francisco.
“Normalmente temos um retiro espiritual durante os dez dias que os bispos ficam em Aparecida [local da assembleia] e este ano, em fevereiro, a presidência da CNBB, fez esse convite e ele aceitou de muito bom grado”, relatou Dom Ricardo. “Ele é um papo jovem, tem saúde e tenho certeza que agora convites não faltarão para ele visitar o Brasil”, disse.
Outras
Famílias criam tribunal popular para julgar Crimes de Maio

Familiares, movimentos sociais, juristas e pesquisadores lançaram nesta quarta-feira (8), na capital paulista, um Tribunal Popular, para julgar de forma simbólica o Estado brasileiro pelos os crimes cometidos em maio de 2006, conhecidos como Crimes de Maio.
O tribunal deve se estender até maio do próximo ano, quando o episódio completará 20 anos.
Os Crimes de Maio provocaram 564 mortes durante confrontos entre agentes do Estado e integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre os dias 12 e 21 de maio de 2006 no estado de São Paulo. Grande parte das mortes ocorreu com indícios de execução e praticada por policiais.
Segundo o relatório Análise dos Impactos dos Ataques do PCC em São Paulo em maio de 2006, divulgado pelo Laboratório de Análises da Violência da Universidade Federal do Rio de Janeiro três anos após o massacre, 505 dos mortos eram civis e apenas 59, agentes públicos.
A cada morte de um agente público, 8,6 civis morreram em represália. O estudo apontou ainda suspeita da participação de policiais em 122 execuções.
“Precisamos, como população organizada, colocar o Estado brasileiro no banco dos réus. O Estado brasileiro precisa ser julgado pela população que paga seus impostos e não tem uma devolutiva em cima de toda essa barbárie que o Estado propõe na favela e na periferia, principalmente com meninos pretos”, disse Débora Maria da Silva , mãe de Edson Rogério Silva dos Santos, morto durante os eventos dos Crimes de Maio.
Débora da Silva (foto) é uma das fundadoras do movimento independente Mães de Maio, que reúne mães e parentes das vítimas, e também pesquisadora do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Desde a chacina, as mães e famílias buscam por Justiça.
“Após quase 20 anos, a gente ainda procura por essa justiça. Vimos mães e pais morrerem esperando por essa justiça. São duas décadas de luta, mas ainda estamos aqui”, disse Débora. “Precisamos tirar as vendas da Justiça para que ela possa nos enxergar”, acrescentou.
Para a escritora e coordenadora de Projetos Estratégicos da Iniciativa Negra, Juliana Borges, a ausência de responsabilização pelos Crimes de Maio “expõe a lógica seletiva e racista do sistema de Justiça criminal brasileiro, que trata vidas negras e periféricas como descartáveis”.
“A falta de resposta institucional efetiva a essas chacinas aprofunda o trauma das famílias, nega o direito à memória e à verdade, e reforça um ciclo de violência estatal contínua. Denunciamos que a impunidade nesses casos não é uma falha, mas uma política, que comunica a determinados corpos sociais, sobretudo os negros e pobres, que suas vidas não importam, que o luto coletivo pode ser silenciado, e que o Estado pode seguir matando sem ser responsabilizado”, afirmou.
Em entrevista à Agência Brasil, Juliana Borges disse que a criação do Tribunal Popular funcionará como “um grito de denúncia”, mas também para não permitir que os crimes caíam no esquecimento.
“Não é uma tentativa de substituir o Judiciário, mas de tensioná-lo. É um espaço construído por movimentos sociais, famílias de vítimas e organizações comprometidas com os direitos humanos, que reconhecem a dor coletiva, constroem memória e denunciam as estruturas que sustentam a violência de Estado”.
Segundo a coordenadora, o tribunal será um ato político e pedagógico e também como um exercício de justiça comunitária e restaurativa, quando a “acusação” será feita por pessoas comprometidas com a justiça social” e o Estado será simbolicamente colocado como réu “por sua omissão, conivência ou ação direta na produção da letalidade policial”. O veredito será uma resposta da manifestação popular.
19 anos dos Crimes de Maio
O Tribunal Popular marca os 19 anos dos Crimes de Maio, lançado durante o Seminário internacional Violência de Estado nos Crimes de Maio – Direito à memória, justiça, reparação e não repetição, promovido pela Conectas, pela Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas e pela Anistia Internacional.
Também faz parte dessas ações o Projeto EnfrentAção – Pesquisa e Intervenção Multiprofissional, que fará a escuta de mães e familiares de vítimas da violência do Estado e garantir o acesso à justiça, à memória e à reparação simbólica e social. A ação envolve escuta qualificada, apoio multiprofissional e produção de conhecimento a partir da vivência de até 150 mulheres em cinco estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Ceará. O projeto é uma parceria entre a Unifesp, o movimento Mães de Maio e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Outro evento programado é um ato público de memória e resistência, que será realizado no dia 13 de maio na cidade de Santos, no litoral paulista.
Crimes de Maio
No dia 12 de maio de 2006, véspera do final de semana do Dia das Mães, dezenas de rebeliões tiveram início nos presídios de São Paulo. Um dia antes, a Secretaria de Administração Penitenciária havia decidido transferir 765 presos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau, de segurança máxima no interior paulista.
Entre os presos que seriam transferidos estava Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado líder da organização criminosa PCC.
Rebeliões ocorreram em 74 penitenciárias estaduais, articuladas pelo PCC em represália às transferências. Na madrugada de sexta-feira, os ataques contra os agentes de segurança deixaram de ocorrer apenas nos presídios e passaram a ter como alvo viaturas, delegacias de polícia, cadeias e prédios públicos. Agentes penitenciários e policiais eram os principais alvos dos ataques em todo o estado.
Em resposta aos ataques do PCC, agentes do Estado e grupos de extermínio saíram as ruas. Toques de recolher foram dados – ou boatos sobre toques de recolher se espalharam – e a população de São Paulo escondeu-se em casa, com medo de sair às ruas. Supermercados, bares, serviços, escolas, universidades e comércio tiveram que fechar mais cedo. Ônibus pararam de circular, principalmente nas periferias da cidade.
Com isso, as ruas da maior cidade brasileira ficaram desertas. O resultado dessa onda de ataques ficou conhecida como Crimes de Maio. No total, 564 pessoas morreram e 110 ficaram feridas.
Outras
Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 45 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.860 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (8). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 45 milhões para o próximo sorteio.
Os números sorteados foram: 02 – 05 – 17 – 24 – 38 – 57
- 119 apostas acertaram cinco dezenas e irão receber R$ 25.909,13 cada
- 6.632 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 664,13 cada
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Apostas
Para o próximo concurso, as apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de sábado (10), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo da Caixa.