Saúde
Rio começa campanha contra a gripe

O Rio de Janeiro começou neste sábado (29) a campanha anual de vacinação contra a gripe. O primeiro grupo imunizado foi o de profissionais da área de saúde. A vacina protege contra três tipos de influenza: H1N1 (Victoria), H3N2 (Tailândia) e B (Áustria).
Para a Secretaria Municipal de Saúde, a dose anual é “fundamental para prevenir complicações, internações e mortes decorrentes das infecções do vírus da influenza nos grupos mais vulneráveis”. Apenas em 2025, o Rio registra nove mortes e 64 internações por influenza.
“Enquanto profissionais de saúde, nós também temos que dar o exemplo para incentivar a população a se vacinar. A vacina é segura e gratuita, além de prevenir várias doenças e problemas pulmonares”, disse a sanitarista Jussara Santos.
“Eu sou asmática e, depois que comecei a tomar a vacina, nunca mais tive complicações respiratórias. Então, a imunização previne agravamentos da doença e hospitalizações”, completou.
Para a primeira semana da campanha, a cidade recebeu 220 mil doses da vacina. Em 2024, mais de dois milhões de vacinas foram aplicadas na campanha municipal.
Vacina segura
A vacina é segura para todos os grupos indicados. “As únicas exceções para precaução são pessoas com histórico de alergia grave em dose anterior da vacina influenza, e não há indicação para crianças menores de seis meses de idade”, afirma a secretaria.
Em caso de dúvidas, os serviços de saúde poderão avaliar cada caso. Não há intervalo entre a imunização contra a gripe e as vacinas de rotina. Pessoas com covid-19, sintomas gripais ou de dengue devem adiar a vacinação até a recuperação clínica total.
Para se vacinar, o usuário deve comparecer à unidade de saúde com documento de identificação e caderneta de vacinação, além de comprovante de classificação como grupo prioritário (laudo médico e documento funcional para os grupos profissionais atendidos, entre outros).
Confira os grupos prioritários e o calendário.
Locais de vacinação:
29 de março
Trabalhadores da saúde
1º de abril
Crianças de 6 meses a 5 anos
Idosos com 60 anos ou mais
Gestantes
7 de abril
Lista
Locais de vacinação:
29 de março
Trabalhadores da saúde
1º de abril
Crianças de 6 meses a 5 anos
Idosos com 60 anos ou mais
Gestantes
7 de abril
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como doença cardíaca, respiratória, renal, neurológica, diabetes, obesidade grau III, transplantados e imunossupressão. Clique aqui para ver a lista.
12 de abril
Puérperas (45 dias após o parto)
Pessoas com deficiência permanente (PcD)
Professores
Profissionais das forças de segurança e salvamento e profissionais das forças armadas
Povos indígenas
Quilombolas
Caminhoneiros
Trabalhadores portuários
Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso
Funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
Pessoas em situação de rua
Trabalhadores dos Correios
Onde se vacinar
Todas as clínicas da família e centros municipais de saúde
Veja horários e endereços em prefeitura.rio/ondeseratendido
– Super Centro Carioca de Vacinação – Botafogo
Rua General Severiano, 91 – Botafogo
Domingo a domingo – 8h a 22h
– Super Centro Carioca de Vacinação – Campo Grande
Park Shopping Campo Grande (2º andar)
Público geral: segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 12h às 22h
Atendimento especial para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA): domingos, das 10h às 12h
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como doença cardíaca, respiratória, renal, neurológica, diabetes, obesidade grau III, transplantados e imunossupressão. Clique aqui para ver a lista.
12 de abril
Puérperas (45 dias após o parto)
Pessoas com deficiência permanente (PcD)
Professores
Profissionais das forças de segurança e salvamento e profissionais das forças armadas
Povos indígenas
Quilombolas
Caminhoneiros
Trabalhadores portuários
Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário urbano e de longo curso
Funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
Pessoas em situação de rua
Trabalhadores dos Correios
Onde se vacinar
Todas as clínicas da família e centros municipais de saúde
Veja horários e endereços em prefeitura.rio/ondeseratendido
– Super Centro Carioca de Vacinação – Botafogo
Rua General Severiano, 91 – Botafogo
Domingo a domingo – 8h a 22h
– Super Centro Carioca de Vacinação – Campo Grande
ParkShopping Campo Grande (2º andar)
Público geral: segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 12h às 22h
Atendimento especial para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA): domingos, das 10h às 12h
*Matéria alterada às 18h26 para acréscimo de informações.
Saúde
Cirurgia plástica em debate: mitos, verdades e o que é preciso saber para não correr riscos

Especialista esclarece os cuidados antes de procedimentos como lipoaspiração e explica por que complicações graves são raras — desde que o paciente escolha o profissional certo
A morte da empresária e influenciadora Natália Cavanellas, de 40 anos, durante uma cirurgia estética em São Paulo reacendeu o alerta: afinal, procedimentos como lipoaspiração são mesmo perigosos? Quais são os riscos reais? O que é mito e o que é verdade nesse universo da cirurgia plástica, tão desejado por milhares de brasileiros?
Para a cirurgiã plástica Dra. Pamela Massuia, especialista em contorno corporal e com mais de 3 mil cirurgias realizadas, a resposta é clara: sim, há riscos — como em qualquer procedimento médico —, mas eles são bastante baixos quando todos os protocolos são respeitados e o paciente é bem preparado.
“O medo é legítimo, principalmente após um caso tão impactante, mas ele precisa vir acompanhado de informação. O problema é quando esse medo paralisa ou coloca todos os cirurgiões sob suspeita. Isso é injusto e perigoso”, explica a médica.
Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas
O Brasil é o país com maior número de cirurgias plásticas no mundo, à frente dos Estados Unidos, segundo dados da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética). A lipoaspiração é um dos procedimentos mais realizados no país, ao lado de mamoplastia e rinoplastia.
Apesar da popularidade, os procedimentos ainda são cercados de desinformação, pressa e falta de critérios na escolha do profissional. Muitos pacientes buscam clínicas por indicação informal, redes sociais ou preço — e deixam de lado a checagem mais importante: a formação e a experiência do cirurgião, além do registro de especialista ativo em cirurgia plástica (RQE).
Mitos e verdades sobre lipoaspiração, segundo especialista
Para orientar quem está considerando uma cirurgia, a Dra. Pamela elenca os principais mitos e verdades:
- Mito: “Toda lipo é arriscada”
Verdade: Lipoaspiração, como qualquer cirurgia, tem riscos. Mas quando é feita por um cirurgião com registro de especialista, com exames em dia e em ambiente hospitalar adequado, as complicações graves são raras.
“A maior parte dos casos de complicações vem da combinação de fatores como excesso de procedimentos, ambientes inadequados, profissionais sem especialização e pacientes sem preparo”, alerta a médica.
- Mito: “Quanto mais gordura tirar, melhor o resultado”
Verdade: Existe um limite seguro de retirada de gordura (geralmente 7% do peso corporal). Ultrapassar esse valor pode gerar instabilidade hemodinâmica e risco à vida. - Mito: “É só estética, então é simples”
Verdade: Toda cirurgia plástica é um ato médico sério, com exames pré-operatórios, avaliação clínica, jejum, anestesia, internação e recuperação. - Mito: “Se é em hospital, está tudo certo”
Verdade: Além da estrutura do hospital, é fundamental que o médico tenha registro de especialista ativo (RQE) e experiência na área. A participação em sociedades médicas, como a SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) ou a BAPS (Brazilian Association of Plastic Surgeons), pode ser um diferencial, mas não é obrigatória. - Mito: “Um médico que faz muitos procedimentos juntos é mais prático”
Verdade: Fazer múltiplas cirurgias ao mesmo tempo (como lipo, enxerto, prótese, abdominoplastia) prolonga o tempo anestésico e aumenta os riscos. O ideal é limitar o tempo de cirurgia e o número de áreas operadas.
O que avaliar antes de operar?
A Dra. Pamela orienta os pacientes a se atentarem a pontos cruciais:
- Verificar se o médico tem registro de qualificação de especialista (RQE) ativo em cirurgia plástica
- Confirmar a formação em cirurgia plástica e sua experiência com o procedimento desejado
- Checar o local da cirurgia (hospitais com UTI, centro cirúrgico completo)
- Exigir avaliação clínica e exames antes da data da cirurgia
- Evitar decisões por impulso ou baseadas apenas em redes sociais
“O paciente também tem responsabilidade. Ele deve fazer perguntas, entender o procedimento, saber os riscos e confiar que o médico pode, inclusive, dizer ‘não’ a um pedido estético quando isso for necessário para preservar sua saúde”, afirma.
Lipo HD, LAD, enxerto, prótese… o que muda em cada técnica?
Nos últimos anos, a lipoaspiração ganhou novas versões e siglas, como lipo HD, LAD e lipoescultura com enxerto glúteo. Para leigos, parece tudo igual. Mas as abordagens, indicações e riscos são diferentes.
- Lipo HD (ou LAD): feita para realçar o contorno muscular. Exige mais precisão e cuidados, especialmente com cânulas finas e áreas delicadas.
- Enxerto glúteo: A gordura retirada do corpo é injetada nos glúteos. O maior risco acontece quando a gordura é aplicada dentro do músculo (técnica intramuscular), especialmente sem o uso de ultrassom guiado, o que aumenta significativamente a chance de embolia pulmonar.
- Lipo convencional: remove gordura de áreas específicas, sem necessariamente modelar a musculatura.
“O enxerto glúteo em plano subcutâneo profundo, especialmente quando guiado por ultrassom, tem risco muito menor. A técnica e os cuidados no intra e pós-operatório fazem toda a diferença”, destaca a médica.
Segurança: o que é feito para reduzir riscos?
Além da técnica adequada, existem protocolos essenciais para garantir segurança em cirurgias plásticas. Dra. Pamela destaca alguns deles:
- Uso de ultrassom para guiar o enxerto glúteo, evitando que a gordura seja injetada no músculo
- Aplicação de gordura na camada subcutânea profunda, não no plano intramuscular
- Manta térmica, bota pneumática, meia de compressão e medicamentos preventivos durante a cirurgia
- Deambulação precoce e continuidade da profilaxia no pós-operatório para evitar trombose
Casos como o de Natália devem servir de alerta, não de pânico
Diante do caso de Natália Cavanellas, a cirurgiã reforça a importância de não generalizar ou demonizar os procedimentos estéticos:
“A cirurgia plástica salva a autoestima de muita gente. Quando feita com critério, ela transforma positivamente. O que precisamos é de mais informação, responsabilidade e consciência — dos dois lados: paciente e médico”, conclui Dra. Pamela.
Saúde
Conforte-se Chega a Alphaville com Solução Inovadora em Locação de Poltronas para Pós-Operatório

Alphaville sp agora conta com uma nova aliada no cuidado com a saúde e o bem-estar de pacientes em recuperação: a Conforte-se, empresa especializada na locação de poltronas ergonômicas e reclináveis para o pós-operatório, acaba de iniciar suas atividades na região. Com foco no conforto, segurança e praticidade, a chegada da Conforte-se Alphaville marca um avanço importante no atendimento domiciliar e na humanização do período pós-cirúrgico.
As poltronas oferecidas pela empresa são projetadas especialmente para proporcionar conforto e segurança durante a recuperação. Equipadas com um mecanismo que inclina até 90 graus, elas facilitam o ato de levantar e sentar, reduzindo o esforço físico e prevenindo complicações. Além disso, oferecem a posição ideal para descanso e sono, favorecendo a circulação sanguínea e o relaxamento muscular — fatores essenciais em qualquer pós-operatório.
A Conforte-se Alphaville já está em pleno funcionamento, oferecendo planos de locação flexíveis e atendimento personalizado em toda a região de Alphaville e arredores. A empresa aposta na combinação entre tecnologia, ergonomia e cuidado humano para transformar a experiência de recuperação de seus clientes.
Saúde
Fibromialgia atinge 2,5 milhões no Brasil e escancara urgência de cuidar do corpo e da mente

Diagnóstico tardio, dores crônicas e sofrimento psicológico marcam a vida de quem convive com a síndrome; Luciana Geraissate aponta caminhos que incluem Pilates e abordagem humanizada
Acordar todos os dias com dor, sentir o corpo pesado, o sono quebrado, e ainda enfrentar crises de ansiedade. Essa é a realidade de quem convive com a fibromialgia — uma síndrome silenciosa e muitas vezes invisível aos olhos, mas que compromete profundamente a qualidade de vida de milhões de brasileiros.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, mais de 2,5 milhões de pessoas são afetadas pela condição no país, sendo 90% mulheres entre 30 e 60 anos. A fibromialgia é caracterizada por dor musculoesquelética difusa, associada a fadiga, alterações do sono, distúrbios de memória e concentração, além de forte impacto emocional. Para especialistas, o tratamento precisa ir além dos medicamentos e incluir práticas integrativas, como o Pilates, e principalmente, o cuidado com a saúde mental — sempre lembrando que essas técnicas complementam, e não substituem, o tratamento médico e psicológico.
“Durante muito tempo, o foco foi apenas no controle da dor. Mas quem trata pacientes com fibromialgia sabe que a dor está profundamente conectada com fatores emocionais. A ansiedade, o estresse e o esgotamento mental são gatilhos fortes. Por isso, é essencial uma abordagem integrativa, que trate o corpo, mas também escute a mente”, explica a fisioterapeuta Luciana Geraissate, especialista em reabilitação funcional, dor crônica e Pilates clínico.
Movimento e reconexão
Estudos recentes confirmam os benefícios do Pilates na redução da dor e no aumento da qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. Publicada na revista Clinical Rheumatology, uma pesquisa acompanhou mulheres com a síndrome durante 12 semanas de prática contínua e apontou melhorias significativas em aspectos como dor, sono, depressão e função física.
“O Pilates não é só exercício. É consciência corporal, respiração, presença. É uma forma de o paciente retomar o controle sobre seu próprio corpo e perceber que ele ainda pode se mover sem sofrimento. Isso muda tudo”, comenta Luciana.
Ela ressalta que a técnica fortalece a musculatura, melhora a postura, reduz tensões e promove alívio da dor sem impacto nas articulações — o que é ideal para quem já vive com sensibilidade generalizada. Além disso, a prática promove liberação de endorfinas, substâncias naturais do corpo que reduzem a dor e aumentam a sensação de bem-estar.
Saúde mental: o elo esquecido
Dados da Faculdade de Medicina da USP indicam que 30% dos pacientes com fibromialgia desenvolvem quadros de depressão ou ansiedade. Muitos enfrentam descrédito ao longo da vida, sendo vistos como “dramáticos” ou “preguiçosos” — o que agrava ainda mais o sofrimento emocional.
“É uma dor que ninguém vê. Por isso, a escuta ativa, o acolhimento e a validação dos sintomas são tão importantes. Cuidar da mente é fundamental para que o corpo responda melhor aos estímulos físicos”, reforça Luciana.
Ela também alerta para a importância de uma rede de apoio e de um plano terapêutico personalizado, que pode incluir, além da fisioterapia, o acompanhamento psicológico, reeducação do sono, práticas de relaxamento e orientação nutricional.
Diagnóstico precoce é essencial
O diagnóstico de fibromialgia ainda é um desafio: não há exames laboratoriais específicos para identificá-la. O critério é clínico e exige atenção de profissionais preparados para reconhecer os sintomas, descartar outras doenças e ouvir o paciente em profundidade.
“O reconhecimento precoce da condição possibilita um planejamento terapêutico mais eficaz e aumenta as probabilidades de estabilização da qualidade de vida. No entanto, é fundamental lembrar que o diagnóstico, por si só, não assegura o controle completo da dor. Em diversas situações, mesmo após o diagnóstico, os sintomas persistem, reforçando a importância de um cuidado contínuo e humanizado”, complementa a fisioterapeuta.