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Rio, Salvador e Recife têm 253 tiroteios no primeiro semestre

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© 04 14:23:56

O Instituto Fogo Cruzado registrou um aumento de 36% no número de tiroteios, no conjunto das regiões metropolitanas de Salvador, do Recife e Rio de Janeiro, no primeiro semestre deste ano. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (21), apontam 253 tiroteios envolvendo disputas entre diferentes grupos armados, ante o total de 186 registrado no mesmo período do ano passado. Ao todo, 108 pessoas foram mortas e 64 ficaram feridas nesses tiroteios. Em 2024, foram 80 mortos e 60 feridos.

Os números fazem parte do relatório semestral do monitoramento realizado em 49 municípios dessas três regiões metropolitanas, acompanhados pelo instituto. Além disso, 20 pessoas foram vítimas de balas perdidas nas três regiões. Os números mostram ainda que 21 crianças e adolescentes foram baleados e 11 morreram, um aumento de 91%, em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O Fogo Cruzado destaca que os tiroteios em disputas entre grupos armados causam impactos na dinâmica das cidades, no deslocamento e também na vida da população.

“Este é um problema crônico que todos os dias coloca crianças na linha de tiro no Brasil. Saber que os tiroteios aumentaram é saber que mais famílias conviveram com eles, que mais jovens passaram por esse trauma. É preciso responder a isso, ter propostas em níveis estadual e federal para esse problema porque ele não é pequeno”, alerta a diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto.

Rio de Janeiro

Segundo os dados registrados, no caso do Rio de Janeiro, os confrontos são intensos desde 2024 em quatro localidades: Morro dos Macacos, Complexo do Fubá, Catiri e Complexo do Juramento.

O documento aponta que, juntos, Catiri (oito), Morro dos Macacos (57), Complexo do Fubá (54) e Morro do Juramento (54) concentraram mais da metade (57%) dos tiroteios ocorridos durante disputas entre grupos armados (154) e 36% das vítimas atingidas neste primeiro semestre. Com 66 tiroteios, o bairro de Vila Isabel, na zona norte do Rio, permanece entre os bairros mais afetados pela violência armada, assim como em todo o ano de 2024, quando foi considerado o bairro da região metropolitana do Rio com mais tiroteios, com 88 registros.

Considerando o total de tiroteios mapeados de janeiro a junho deste ano, houve participação policial em 504 deles, o que representa 41% dos registros. Em 2024, nesse mesmo período, dos 1.346 tiroteios mapeados, 459 deles (34%) aconteceram nestas circunstâncias.

Recife

Na região metropolitana do Recife, o relatório evidencia uma alta expressiva no número de tiroteios e pessoas baleadas em confrontos entre grupos armados. Segundo o Fogo Cruzado, foram mapeados 18 tiroteios motivados por disputas entre diferentes grupos, em 2024 foi apenas um.

O relatório destaca ainda que, dos 18 tiroteios ocorridos em disputas neste primeiro semestre, seis ocorreram no Recife. Houve tiroteios também em Olinda (quatro), Paulista (quatro), Cabo de Santo Agostinho (dois), Goiana (um) e Moreno (um). Duas crianças morreram em decorrência dos tiroteios: Helen Santos, de 4 anos, morta por bala perdida no Córrego do Deodato, no bairro de Água Fria, no Recife, no dia 12 de abril; e Emilly, de 7 anos, ferida por uma bala perdida, em Peixinhos, Olinda, no dia 28 de março.

Das 39 vítimas de balas perdidas registradas no semestre, 31 foram atingidas como vítimas colaterais de homicídios ou tentativas de homicídio. Olinda concentrou a maioria das vítimas, com 17 pessoas atingidas. Cabo de Santo Agostinho (oito), Recife (oito), Paulista (dois), Abreu e Lima (um), Goiana (um), Jaboatão dos Guararapes (um) e São Lourenço da Mata (um) também registraram vítimas de balas perdidas no semestre.

Salvador

Em relação a Salvador e região metropolitana, houve 81 tiroteios em meio a disputas entre grupos armados no primeiro semestre. Esses confrontos resultaram em 45 mortes e deixaram 28 feridos. Em 2024, no mesmo período, também foram registrados 81 tiroteios durante disputas, que deixaram 35 mortos e 23 feridos.

Outro lado

Em nota, o governo do Estado do Rio de Janeiro informou que não comentaria os dados do Instituto Fogo Cruzado e que dados do Instituto de Segurança Pública, órgão oficial de análise de dados e indicadores de criminalidade do governo, apontam que a letalidade violenta no estado atingiu em maio e junho os menores números da série histórica iniciada em 1991. Estes números são resultados, de acordo com a nota, do investimento de mais de R$ 4,5 bilhões em tecnologia e inteligência, garantindo melhores condições de investigação, treinamento, equipamentos e proteção para agentes e a população.

Recife e Salvador não responderam até o momento.

*Com informações de Solimar Luz, da Rádio Nacional

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Rio Janeiro com chuva forte e previsão de rajadas de vento e raios

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Chove no Rio desde o início da noite desta sexta-feira (25). Em alguns bairros da cidade a chuva é forte e há registros de alagamentos. De acordo com o Centro de Operações Rio, a chuva pode chegar acompanhada de raios e rajadas de vento.

A Defesa Civil municipal distribuiu um alerta pedindo que moradores de áreas de risco fiquem atentos aos alarmes sonoros. O acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento. Caso sejam acionadas, as pessoas devem buscar os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil.

“Existe o alerta de pancadas de chuva para a cidade do Rio de Janeiro nas próximas horas. O alerta é válido até o final da noite”, diz o comunicado da Defesa Civil.

O Sistema Alerta Rio, da prefeitura, informa que a chuva pode se estender até a madrugada, mas com intensidade mais fraca. A prefeitura alerta as pessoas a permanecerem em locais seguros, evitando o deslocamento, devido aos pontos de alagamento.

Fim de semana

A previsão para este sábado (26) é de redução da nebulosidade e sem previsão de chuva no período da manhã. Os ventos estarão predominantemente moderados e as temperaturas devem apresentar elevação, variando entre 15 graus Celsius (°C) e 30°C.

Para domingo (27), o céu estará parcialmente nublado e não há previsão de chuva. Os ventos estarão fracos a moderados e as temperaturas estáveis, com máxima prevista de 32°C e mínima de 15°C.

Região serrana

A Defesa Civil de Petrópolis, na região serrana fluminense, emitiu, às 17h01, alerta para a previsão de chuva moderada a ocasionalmente forte com possibilidade de rajadas de vento e raios.

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Decreto garante direito ao cuidado como trabalho essencial

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© Antonio Cruz/Agência Brasil

O governo federal publicou nesta quinta-feira (24) o decreto presidencial 12.562/2025,  que regulamenta a lei que criou a Política Nacional de Cuidados (PNC), sancionada em dezembro de 2024.

A nova política tem o objetivo de garantir o direito ao cuidado, por meio de políticas públicas que estimulem o compartilhamento das responsabilidades entre homens e mulheres, além do Estado, o setor privado e a sociedade civil.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) afirma que o decreto reconhece o cuidado como um direito a ser garantido pelo Estado e como um trabalho essencial para o bem-estar das pessoas, a reprodução e a sustentação da vida e o funcionamento da sociedade e da economia.

Próximos passos

O decreto vai possibilitar o detalhamento do Plano Nacional de Cuidados para sua plena aplicação. O plano será redigido em portaria conjunta do Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério das Mulheres e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Nesse documento técnico serão apresentadas as ações para beneficiar a população e o respectivo orçamento e fontes de custeio; objetivos específicos; os instrumentos de implementação; os conceitos, o período de vigência; e os órgãos e as entidades responsáveis pela execução das ações.

“Agora, é a responsabilidade de trabalharmos o plano. Estamos muito contentes porque esse é um passo fundamental”, disse o ministro do MDS, Wellington Dias.

No dia da publicação do decreto, a secretária Nacional de Cuidados e Família da pasta que cuida da assistência social no governo federal, Laís Abramo, disse em uma mesa de debates sobre trabalho digno para jovens mulheres negras, que a lei que estabelece a Política Nacional de Cuidados – aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, em 2024 – foi amplamente discutida com diversos setores públicos e que houve ampla participação da sociedade civil. “Fizemos rodas de escuta com comunidades periféricas, com os conselhos de defesa dos direitos da pessoa idosa, da pessoa com deficiência, juventude, igualdade racial, Fórum Feminista Antirracista, mulheres do campo e das florestas. Tentamos captar as necessidades de cuidados da população e também fizemos o diálogo com o Congresso [Nacional] e com a academia”, relatou a Laís Abramo.

A secretária do MDS avaliou a importância da aprovação da Polícia Nacional de Cuidados Congresso Nacional em um prazo inferior a 36 meses, por quase unanimidade.

“A Política Nacional de Cuidados institui pela primeira vez, no país, o direito ao cuidado e define que ele deve ser garantido através da corresponsabilização entre homens e mulheres, entre a família, a comunidade, o setor privado e o Estado, enfrentando as múltiplas e interseccionalidades, desigualdades culturais, que caracterizam a organização social do cuidado, que são de gênero, raça, etnia, classe, território, idade e deficiência”, enumerou a secretária do MDS.

O Plano será implementado de forma descentralizada em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios, que poderão aderir voluntariamente.

A política pública será custeada com recursos dos orçamentos públicos dos entes federados, além de doações de pessoas físicas ou jurídicas, do país ou do exterior.

Plano Nacional de Cuidados

De acordo com o decreto, os objetivos do plano são:

  • Promover o acesso a cuidados de qualidade para quem precisa e para quem cuida.
  • Fomentar a compatibilização entre trabalho remunerado dos setores público e privado e necessidades de cuidado para trabalhadores, por exemplo, relacionada à carga de trabalho.
  • Garantir o trabalho decente para trabalhadores domésticos e do cuidado remunerado, assegurando direitos trabalhistas e combate ao preconceito, erradicação do trabalho infantil e análogo à escravidão e do trabalho precarizado.
  • Reduzir e redistribuir a carga de trabalho de cuidado não remunerado, que historicamente sobrecarrega as mulheres.
  • Promover uma mudança cultural que reconheça o cuidado como necessidade, trabalho e direito de todos.
  • Aprimorar dados e estatísticas sobre o cuidado para subsidiar a gestão do plano e mensurar o valor econômico e social do trabalho não remunerado.
  • Enfrentar a desigualdade de gênero nas relações de cuidado.

Dados

No Brasil, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que mulheres pretas ou pardas gastam mais tempo em tarefas domésticas e cuidados de pessoas, participam menos do mercado de trabalho e são mais afetadas pela pobreza.

Em 2022, enquanto as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, os homens gastaram 11,7 horas. As mulheres pretas ou pardas dedicaram 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas.

A taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho foi de 53,3% enquanto a dos homens foi de 73,2%.

Entre as adolescentes que não concluíram o ensino médio no país, um terço parou de estudar ou nunca estudou devido à sua necessidade de cuidar da casa, dos filhos e filhas e de outros parentes.

O número é 66% superior para as jovens negras em comparação com as brancas.  Esse é também o principal motivo pelo qual mais de 80% das mães de crianças de 0 a 3 anos estavam fora do mercado de trabalho, em 2022. Elas não conseguiram sequer buscar um emprego ou não poderiam aceitar um, se oferecido.

A publicação foi celebrada durante a programação do 18º Festival Latinidades, realizado no Distrito Federal até dia 31 de julho.

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Preta Gil é velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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© Tomaz Silva/Agência Brasil

Centenas de pessoas participam do velório da cantora Preta Gil, que está sendo realizado nesta sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Um corredor com grades foi organizado do lado de fora do Theatro para facilitar o acesso do público e algumas ruas do entorno foram interditadas. Em fila, as pessoas passam rapidamente pelo caixão, disposto na entrada principal e têm a oportunidade de se despedir da cantora, que morreu no último domingo (20), aos 50 anos, por complicações de um câncer.

Atendendo a um pedido feito pela própria Preta antes de morrer, o velório está sendo embalado por uma seleção de músicas festivas. A família e os amigos da cantora estão sendo recebidos em uma área reservada do Theatro, sem acesso da imprensa. Por enquanto, apenas o filho da cantora, Francisco Gil, veio à área pública e ficou alguns minutos ao lado do caixão. 

Personalidades como as atrizes Thais Araújo e Arlete Sales e os cantores Thiaguinho, Péricles e Paula Lima já chegaram ao local para a cerimônia. 

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A primeira-dama, Janja da Silva também veio ao Rio para o velório representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O casal também enviou uma coroa de flores foram entregues antes do início da cerimônia, trazendo uma faixa com os dizeres: “Nasceu para voar, fez seu destino, tocou o céu e espalhou só o amor. O Brasil agradece e celebra sua luz.” As frases iniciais fazem referência à uma das músicas de Preta, Só o Amor.

O velório público da cantora segue até as 13h no Theatro Municipal. Depois o corpo segue em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros. Ele vai passar pelas ruas do recém-criado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil, no Centro, e seguirá para o Crematório da Penitência, no Caju. 

 

* Matéria alterada ás 11h47min. para acréscimo de informações.

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