Economia
Rock in Rio ajudou a impulsionar serviços em setembro, diz IBGE
O setor de serviços apresentou uma alta de 1% em setembro e voltou atingir o patamar mais alto da série histórica, iniciada em 2012, depois da queda de 0,3% de agosto. Com o resultado de setembro, o volume de serviços está em um nível 0,6% acima do recorde anterior (julho deste ano).
O Rock in Rio, festival musical internacional realizado em setembro, na cidade do Rio de Janeiro, foi um dos fatores que contribuíram para a alta dos serviços no país, no mês. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “outros serviços prestados às famílias”, que contabiliza os espetáculos e eventos culturais, subiu 16,5% devido ao festival.
“O Rock in Rio está entre os principais impactos positivos para explicar esse crescimento de 1% do setor de serviços no mês de setembro”, explica o pesquisador do IBGE Rodrigo Lobo.
Além do impacto direto do festival, medido no segmento de “outros serviços prestados às famílias”, há também efeitos indiretos em outros setores. “A gente sempre tem efeitos de transbordamento, no transporte aéreo, nas hospedagens, nos restaurantes. Mas na Pesquisa Mensal de Serviços, a gente não consegue captar porque é uma pesquisa amostral e a gente não consegue captar com precisão para ter um número que reflita toda a extensão do impacto de um festival dessas proporções”.
De acordo com Rodrigo Lobo, outros impactos importantes vieram dos segmentos de serviços de engenharia, dos serviços de tecnologia da informação e o transporte dutoviário.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Economia
Economia cresce 0,9% no terceiro trimestre de 2024, diz IBGE
A economia cresceu 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano, empurrada pela indústria e pelo setor de serviços, na 13ª expansão consecutiva. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país) apresentou alta de 4%.
No acumulado de quatro trimestres, o crescimento da economia do país soma 3,1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB chega a R$ 3 trilhões de reais.
Em um recorte setorial, os serviços e a indústria cresceram 0,9% e 0,6% respectivamente, na passagem do segundo para o terceiro trimestre. Já a agropecuária foi o único setor que registrou queda, de 0,9%.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Economia
Renda do contrato intermitente foi menor que salário mínimo em 2023
Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que 76% dos vínculos intermitentes de trabalho em 2023 tiveram remuneração mensal inferior ao salário mínimo ou não tiveram remuneração.
De acordo com os dados, a remuneração mensal média dos intermitentes foi de R$ 762, ou 58% do salário mínimo (R$ 1.320 em 2023). Entre mulheres e jovens, a remuneração mensal média foi ainda mais baixa, de R$ 661.
A criação do contrato de trabalho intermitente ocorreu em 2017 na chamada reforma trabalhista, do governo Michel Temer. Nessa modalidade de contrato, o trabalhador fica à disposição do patrão, aguardando, sem remuneração, ser chamado. O empregado só recebe quando é convocado. A renda é proporcional às horas efetivamente trabalhadas.
Segundo o Dieese, apenas um quarto (24%) dos vínculos intermitentes ativos em dezembro de 2023 registrou remuneração média de pelo menos um salário mínimo. Somente 6% receberam, em média, dois salários mínimos ou mais.
A entidade ressalta que, se incluídos na média os meses em que os contratos intermitentes estavam vigentes, mas não geraram atividade, a remuneração média mensal recebida pelos trabalhadores cai para R$ 542. Entre as mulheres, é reduzida para R$ 483.
Tempo de trabalho
O levantamento do Dieese mostra ainda que, do estoque de intermitentes ativos no final de 2023, 41,5% não haviam registrado nenhum rendimento ao longo do ano. No setor da construção, mais da metade dos vínculos ficaram o ano todo parados. Segundo os dados, a quantidade de meses em que os vínculos não resultaram em trabalho foi maior do que a de meses trabalhados.
De acordo com o Dieese, quando considerados os vínculos encerrados em 2023, a duração média dos contratos foi de quatro meses e meio. Houve remuneração, em média, em 44% dos meses contratados. Ou seja, em mais da metade dos meses em que os contratos intermitentes estavam vigentes, não houve trabalho efetivo.
“Os dados disponíveis indicam que, na prática, o trabalho intermitente se converte em pouco tempo de trabalho efetivo e em remunerações abaixo do salário mínimo. Dois em cada cinco vínculos do tipo não chegaram a sair do papel em 2023. Em média, os desligados em 2023 passaram mais tempo esperando ser chamados do que efetivamente trabalhando”, diz o texto do levantamento.
O Dieese destaca ainda que não há indícios de que o trabalho intermitente tenha contribuído para o ingresso maciço de pessoas no mercado de trabalho formal, “já que 76% dos que tinham esses contratos ativos em 31/12/2023 já possuíam outro tipo de vínculo formal entre 2018 e 2022. Ou seja, apenas um quarto dos intermitentes estava fora do mercado formal nos cinco anos anteriores”.
O levantamento completo do Dieese pode ser lido no site da entidade.
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
Economia
Dólar fecha em R$ 6,06 e atinge recorde desde Plano Real
Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar voltou a subir e a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. A bolsa de valores alternou altas e baixas, mas encerrou o dia com queda.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (2) vendido a R$ 6,069, com alta de R$ 0,068 (+1,13%). A cotação operou o dia inteiro em alta. Na máxima do dia, por volta das 13h, chegou a R$ 6,09.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.235 pontos, com queda de 0,34%. O indicador chegou a subir 0,13% por volta das 14h50, mas voltou a ficar negativo nas horas finais de negociação.
A indefinição em relação ao e ao aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda interferiu nas negociações. Das medidas anunciadas na última quinta-feira (28), o governo até agora não enviou a proposta de emenda à Constituição que limita o valor do abono salarial nem os projetos de lei que reformulam a previdência dos militares e que pretendem mudar a cobrança de Imposto de Renda.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passou a tarde no Palácio do Planalto fechando o texto final das propostas.
*Com informações da Reuters
Com informações: agenciabrasil.ebc.com.br
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