Economia
Salário do trabalhador é acima da média em 8 estados e no DF

Oito estados e o Distrito Federal terminaram o ano de 2024 com o rendimento médio dos trabalhadores acima da média do país, que alcançou R$ 3.225, o maior já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal (DF) tem o maior rendimento médio do país, atingindo R$ 5.043. Esse valor é 56% acima da média do Brasil e 146% maior que o indicador do Maranhão, o menor do país (R$ 2.049).
O destaque do Distrito Federal se explica pelo grande contingente de funcionários públicos na capital federal, que conseguem uma remuneração acima da média da iniciativa privada.
As outras localidades com rendimento médio do trabalhador maior que a média nacional são São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Confira o ranking completo do rendimento médio anual dos trabalhadores nas unidades da federação:
Distrito Federal, R$ 5.043
São Paulo, R$ 3.907
Paraná, R$ 3.758
Rio de Janeiro, R$ 3.733
Santa Catarina, R$ 3.698
Rio Grande do Sul, R$ 3.633
Mato Grosso, R$ 3.510
Mato Grosso do Sul, R$ 3.390
Espírito Santo, R$ 3.231
Brasil, R$ 3.225
Goiás, R$ 3.196
Rondônia, R$ 3.011
Minas Gerais, R$ 2.910
Amapá, R$ 2.851
Roraima, R$ 2.823
Tocantins, R$ 2.786
Rio Grande do Norte, R$ 2.668
Acre, R$ 2.563
Pernambuco, R$ 2.422
Alagoas, R$ 2.406
Sergipe, R$ 2.401
Amazonas, R$ 2.293
Paraíba, R$ 2.287
Pará, R$ 2.268
Piauí, R$ 2.203
Bahia, R$ 2.165
Ceará, R$ 2.071
Maranhão, R$ 2.049
Recorde
Apesar de liderar o ranking, o Distrito Federal não superou o maior valor já alcançado, fato que ocorreu com a média nacional e 13 estados. No DF, o recorde foi em 2015, com R$ 5.590. Os dados da pesquisa são deflacionados, ou seja, a inflação no período é descontada, de forma que seja adequada uma comparação real.
Assim como a média do Brasil, alcançaram o recorde de rendimento anual dos trabalhadores os estados Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, e os três da região Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
O levantamento aponta que, em 14 estados, o desemprego médio de 2024 foi o menor da série histórica.
Economia
Indústria brasileira acredita em diálogo para reverter taxação do aço

O Instituto Aço Brasil e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) acreditam em um diálogo para reverter a decisão dos Estados Unidos de estabelecer uma alíquota de importação de 25% para o aço, independentemente da origem. A decisão afeta bastante o Brasil, porque os EUA são o principal mercado externo para o aço brasileiro.
O Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas que fabricam o metal, informou ter recebido com surpresa a decisão estadunidense, mas disse estar confiante na abertura do diálogo entre os governos dos dois países para restabelecer o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos nas bases do acordo firmado em 2018, durante o primeiro mandato de Donald Trump.
Segundo o instituto, o acordo definiu o estabelecimento de cotas de exportação para o mercado norte-americano de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados/placas e 687 mil toneladas de laminados.
“Tal medida flexibilizou decisão anterior do presidente Donald Trump que havia estabelecido alíquota de importação de aço para 25%. Importante ressaltar que a negociação ocorrida em 2018 atendeu não só o interesse do Brasil em preservar acesso ao seu principal mercado externo de aço, mas também o interesse da indústria de aço norte-americana, demandante de placas brasileiras”, diz a nota do Instituto Aço Brasil.
De acordo com o instituto, a taxação do produto impacta não apenas a indústria brasileira, como também a própria economia estadunidense, uma vez que ela depende da importação do produto.
“A taxação de 25% sobre os produtos de aço brasileiros não será benéfica para ambas as partes”, avalia.
O Brasil supriu 60,7% da demanda de importação de placas de aço dos Estados Unidos em 2024, segundo a entidade. No ano passado, os EUA precisaram importar 5,6 milhões de toneladas do produto por não ter oferta interna suficiente. Desse total, 3,4 milhões de toneladas foram exportadas pelo Brasil.
De acordo com o instituto, o mercado brasileiro também “vem sendo assolado pelo aumento expressivo de importações de países que praticam concorrência predatória, especialmente a China”.
“Assim, ao contrário do alegado na proclamação do governo americano de 10 de fevereiro, inexiste qualquer possibilidade de ocorrer, no Brasil, circunvenção para os Estados Unidos de produtos de aço oriundos de terceiros países”, diz o instituto.
A entidade informa ainda que, na balança comercial dos principais itens da cadeia do aço – carvão, aço, máquinas e equipamentos -, no valor de US$ 7,6 bilhões, os EUA são superavitários em US$ 3 bilhões, ou seja, vendem mais que o dobro do que compram do Brasil.
CNI
A CNI, que representa as indústrias brasileiras como um todo, informou que continua buscando diálogo para reverter a decisão. A confederação destaca que os EUA são o destino de 54% das exportações de ferro e aço brasileiros, sendo o quarto maior fornecedor desses produtos para os estadunidenses.
Para a CNI, a decisão de taxar o aço é ruim tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos. A confederação informou que segue trabalhando para fortalecer as relações entre os dois países e que acredita em alternativas consensuais para preservar esse relacionamento comercial.
Economia
Pressionada pela energia elétrica, inflação de fevereiro fica em 1,31%

Sem o desconto na conta de luz que ajudou a segurar a inflação em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial, fechou fevereiro em 1,31%. É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%).
Os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,06%, o patamar mais alto desde setembro de 2023 (5,19%) e fica acima da meta do governo – de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.
Desde o início de 2025, o período de avaliação da meta é referente aos 12 meses imediatamente passados e não apenas o alcançado no fim do ano (dezembro). A meta só é considerada descumprida se estourar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos.
Em janeiro, o acumulado de 12 meses ficou em 4,56%, ou seja, neste novo modelo de acompanhamento de meta, fevereiro é o segundo mês fora da tolerância.
Conta de luz
A alta da energia elétrica, de 16,8%, foi o que mais pressionou a inflação. Essa variação representa impacto de 0,56 ponto percentual no índice. A explicação está no efeito estatístico causado pelo fim do Bônus Itaipu – desconto que os brasileiros receberam na conta de luz em janeiro e fez com que a inflação daquele mês ficasse em 0,16%.
Saiba o que é o bônus na conta de luz que ajudou a segurar a inflação em janeiro.
Sem o desconto em fevereiro, o preço da energia dá um salto no mês seguinte. Isso fez com que o item habitação passasse de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro, exercendo o maior impacto (0,65 ponto percentual) inflacionário do mês.
“O subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.
De acordo com Gonçalves, se o impacto da energia elétrica fosse retirado do cálculo, a inflação teria sido de 0,78%, o maior desde fevereiro de 2024 (0,83%).
Mensalidades escolares
O segundo grande peso de alta de preços em fevereiro foi a educação, que subiu 4,7%, representando impacto de 0,28%. A explicação está nos tradicionais reajustes de mensalidades escolares, com destaque para o ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).
Alimentos sobem menos
Uma das grandes preocupações atuais do governo, o preço dos alimentos desacelerou em fevereiro, ou seja, continuaram subindo, no entanto em menor velocidade.
A alta ficou em 0,70% (impacto de 0,15 ponto percentual), ante 0,96% de janeiro (0,96%).
Os maiores impactos no grupo alimentos e bebidas foram o café moído, que subiu 10,77% (impacto de 0,06%) e o ovo de galinha, com alta de 15,39% e impacto de 0,04 ponto percentual.
“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos e também pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, diz o gerente do IPCA.
Em 12 meses, o café subiu 66,18%.
Cerca de 92% do resultado do IPCA de fevereiro estão concentrados em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: habitação, educação, alimentação e bebidas e transportes.
Transportes
O grupo transportes subiu 0,61% (impacto de 0,13 ponto percentual), abaixo do registrado em janeiro (1,30%). O reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, influenciou o aumento de 2,89% nos combustíveis.
A gasolina ficou 2,78% mais cara e representou a segunda maior pressão em todos os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE – impacto de 0,14 ponto percentual. O óleo diesel subiu 4,35%, e o etanol, 3,62%. O impacto da gasolina é maior que o dos demais combustíveis pois é um produto que tem mais peso na cesta de consumo das famílias.
Espalhamento
O índice de difusão do IPCA de fevereiro ficou em 61%. Isso significa que dos 377 subitens (produtos e serviços) pesquisados pelo IBGE, 61% apresentaram elevação de preço. Em dezembro, o patamar era de 69%; em janeiro, 65%.
Se forem considerados apenas os produtos alimentícios, o índice de difusão de fevereiro cai para 55%.
Resultado dos grupos
Educação: 4,70% (0,28 ponto percentual)
Habitação: 4,44% (0,65 p.p.)
Alimentação e bebidas: 0,70% (0,15 p.p.)
Transportes: 0,61% (0,13 p.p.)
Saúde e cuidados pessoais: 0,49% (0,07 p.p.)
Artigos de residência: 0,44% (0,01 p.p.)
Comunicação: 0,17% (0,01 p.p.)
Despesas pessoais: 0,13% (0,01 p.p.)
Vestuário: 0% (0 p.p.)
Principais impactos positivos de fevereiro
Energia elétrica residencial: 16,80% (0,56 p.p.)
Gasolina: 2,78% (0,14 p.p.)
Ensino fundamental: 7,51% (0,12 p.p.)
Ensino superior: 4,11% (0,07 p.p.)
Café moído: 10,77% (0,06 p.p.)
Aluguel residencial: 1,36% (0,05 p.p.)
Ovo de galinha: 15,39% (0,04 p.p.)
Ônibus urbano: 3,00% (0,03 p.p.)
Condomínio: 1,33% (0,03 p.p.)
Ensino médio: 7,27% (0,03 p.p.)
Etanol: 3,62% (0,02 p.p.)
Plano de saúde: 0,57% (0,02 p.p.)
Pré-escola: 7,02% (0,02 p.p.)
Principais impactos negativos de fevereiro
Passagem aérea: -20,46% (-0,16 p.p.)
Cinema, teatro e concertos: -6,96% (-0,03 p.p.)
Arroz: -1,61% (-0,01 p.p.)
Leite longa vida: -1,04% (-0,01 p.p.)
Batata-inglesa: -4,10% (-0,01 p.p.)
Banana-d’água: -5,07% (-0,01 p.p.)
Laranja-pera: -3,49% (-0,01 p.p.)
Óleo de soja: -1,98% (-0,01 p.p.)
O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas – Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre – além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Entenda os diferentes índices de inflação.
Economia
Grandes nomes do setor de franchising palestram na Expo Franquias Nordeste no RioMar Recife

Durante a sexta edição da EFN 2025 – Expo Franquias Nordeste, o Sebrae/PE realiza o Franchising Talks de 20 a 22 de março, no RioMar Recife. Serão 13 palestras com os grandes nomes do setor local e nacional, uma oportunidade imperdível para quem deseja iniciar um novo negócio ou mesmo atualizar conhecimentos sobre tendências, oportunidades, legislação, estratégias de marketing e até mesmo a jornada do multifranqueado.
O credenciamento está aberto no site do evento no endereço https://expofranquiasne.com.br. No primeiro dia, o analista do Sebrae/PE, Vitor Abreu, responsável pela programação, faz a abertura com o tema “Por que investir em uma franquia”. Na sequência, o CEO do Grupo BHF, Leonardo Lamartine, orienta “Como escolher uma franquia de sucesso”. A última palestra da noite será “Da CLT ao Empreendedorismo: a jornada de um multifranqueado”, com Juliana Carvalho e Joab Vasconcelos, da Capilé.
As palestras seguem no segundo dia do evento discutindo tópicos como tendências, sucesso e papel do franqueado. Entre os palestrantes, representantes das marcas Love Gifts, Bonaparte e Donatário, Loucos por Coxinha, além da coordenadora regional da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Andrea Gomes. A última palestra do dia debaterá a Lei de Franquias, trazendo informações pertinentes para os investidores com explanação da consultora Juliana Maranhão, da Maranhão Consultoria.
No sábado, último dia do evento, o compartilhamento de conhecimento segue com outras cinco palestras com a participação da rede Browbar, do Grau Técnico, da Redde Consultoria, Cacau Show e RZD Franchising. Entre os temas, os diferentes modelos de franquias que podem começar no formato home based, dispensando maiores custos iniciais com uma sede própria, além das microfranquias, que também costumam ser muito procuradas por quem pretende iniciar um novo negócio em razão do baixo investimento.
As palestras acontecem no espaço do Sebrae montado no Piso L3 do RioMar Recife, dentro da Expo Franquias Nordeste. A feira é realizada pela Insight Feiras e Negócios e reunirá as principais marcas do setor, proporcionando uma excelente plataforma para quem deseja abrir um novo negócio, diversificar sua atuação ou buscar alternativas de investimento. Com credenciamento disponível no site no valor de R$ 20, os visitantes terão acesso a diversos expositores, além de capacitações e workshops, como as oferecidas pelo Sebrae/PE, para aprimorar o conhecimento sobre o setor.
Programação
20/03
16h10 – Por que investir em uma franquia? Vitor Abreu, analista do Sebrae/PE
17h10 – Como escolher uma franquia de sucesso – Leonardo Lamartine, CEO do Grupo BHF
18h05 – Da CLT ao Empreendedorismo: a jornada de um multifranqueado – Juliana Carvalho e Joab Vasconcelos – franqueados do Capilé
21/03
15h20 – Tendências do mercado de franquias para 2025 – Andrea Gomes, coordenadora regional da ABF
16h10 – Os 5 passos para escolher uma franquia lucrativa – Raul Lima – franqueado Bonaparte e Donatário
17h10 – Como ter sucesso empreendendo com franquia – Fábio Farias – CEO da rede Love Gifts
18h05 – O papel do franqueado para ter sucesso com uma franquia – Ayrton Carvalho – gerente de franquias da Loucos por Coxinha
19h – A Lei de Franquias – tudo o que você precisa saber antes de investir – Juliana Maranhão – Maranhão Consultoria
22/03
15h – Estratégias de Marketing: qual o papel do franqueado para o sucesso nas vendas? Camila e Natália da Fonte, fundadoras de rede Browbar
15h45 – Da aquisição à operação: como avaliar o suporte oferecido pela franqueadora antes de investir – Emanuel Silva e Rodrigo Gomes, Grau Técnico
16h30 – Do home based à loja: conhecendo os diferentes modelos de franquia – Leonardo Aguiar, diretor da Redde Consultoria
17h15 – Microfranquias: começando bem com negócios de baixo investimento – Marcelo Martinez – diretor comercial da RZD Franchising
18h – Quais os principais desafios do franqueado no início da operação – Thiago Silva – consultor de expansão da Cacau Show
Serviço
EFN Expo Franquias Nordeste
A feira oficial de franquias do Norte e Nordeste
20 a 22 de março no RioMar Recife, das 14h às 21h
Credenciamento: expofranquiasne.com.br