Economia
Santander amplia operação de pagamentos recorrentes através do Pix automático

O Santander ampliou a operação de pagamentos recorrentes por meio do Pix Automático para todos os seus clientes, tanto pessoas físicas quanto jurídicas. A funcionalidade marca uma nova etapa nos pagamentos recorrentes no Brasil, com o objetivo de ampliar o uso do Pix ao oferecer uma evolução do débito automático tradicional, promovendo mais simplicidade, segurança e menos burocracia.
Para os clientes pessoa física, o funcionamento é simples: o usuário recebe uma solicitação de autorização para pagamentos recorrentes enviada pela empresa contratada. Caso aceite, a autorização é feita diretamente no aplicativo do Santander. A partir de então, os débitos passam a ocorrer automaticamente nas datas acordadas, sem necessidade de confirmação para cada transação. O cliente pode cancelar ou modificar a autorização a qualquer momento, com total controle sobre os pagamentos.
As empresas, por sua vez, poderão utilizar o Pix Automático para receber pagamentos periódicos. Independentemente do porte, basta enviar propostas de adesão aos seus clientes, que, ao aceitarem, permitirão o recebimento automático dos valores. Desde novembro de 2024, o Santander já vinha testando a solução com clientes pessoa física como pagadores e empresas como recebedoras, preparando o terreno para a implementação em larga escala.
Com o lançamento oficial do Banco Central, o Santander passa a oferecer a funcionalidade de forma completa e integrada a todo o ecossistema financeiro. “Fomos pioneiros ao lançar o projeto piloto do Pix Automático para nossos clientes PF e avançamos mais um passo rumo à sua consolidação no mercado. Nosso objetivo é garantir liberdade e eficiência na realização de pagamentos recorrentes, por meio de uma experiência simples, confiável e sem burocracia”, afirma Izabella Belisario, diretora de Payments e Serviços PF do Santander Brasil.
A solução pode ser utilizada para o pagamento de contas mensais como luz, água, internet, mensalidades escolares e serviços por assinatura, desde que previamente autorizado pelo cliente. Entre os principais diferenciais para os clientes pessoa física do Santander estão a transparência e o controle: é possível acompanhar todas as etapas do processo — da autorização à confirmação do pagamento — com notificações em tempo real. Caso não haja saldo ou a transação falhe, o cliente é avisado imediatamente. Também é possível cancelar autorizações, definir um valor máximo por cobrança e gerenciar todas as autorizações em um espaço exclusivo no aplicativo do banco.
“A antecipação da solução pelo Santander visa oferecer às empresas mais conforto e facilidade, uma vez que, no ambiente de testes, podem adequar a funcionalidade do Pix Automático ao seu ambiente e ajustar as necessidades processuais e operacionais antes do lançamento oficial. O Banco já conta com mais de 50 empresas que aderiram à solução, com potencial de 150 milhões de pagamentos mensais”, explica Paulo Duailibi, diretor de Produtos PJ do Santander.
Segundo a Febraban, cada brasileiro paga, em média, quatro contas por mês. Somando os clientes PF e PJ do Santander, são mais de 3,6 bilhões de boletos emitidos por ano, o que evidencia o potencial do Pix Automático como uma alternativa moderna, segura e eficiente para a gestão de pagamentos recorrentes. Com o início da operação em escala, o Santander amplia o acesso a uma das principais inovações do ecossistema Pix, contribuindo para a evolução dos meios de pagamento e para a simplificação da vida financeira de consumidores e empresas.
Economia
Receita abre consulta a novo lote de restituição na segunda-feira

A Receita Federal abre na próxima segunda-feira (23), às 10h, consulta a mais um lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de 2025, o maior da história em número de contribuintes e em valor. Esse é o segundo dos cinco lotes de 2025 e também contempla restituições residuais de anos anteriores.
Ao todo, 6.545.322 contribuintes receberão R$ 11 bilhões. Todo o valor, informou o Fisco, irá para contribuintes com prioridade no reembolso.
As restituições estão distribuídas da seguinte forma:
- 4.764.634 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;
- 1.044.585 contribuintes de 60 a 79 anos;
- 496.650 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
- 148.090 contribuintes acima de 80 anos;
- 91.363 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.
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Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restituição neste ano. Neste lote, não haverá pagamento a contribuintes sem prioridade.
A consulta poderá ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.
O pagamento será feito em 30 de junho, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.
Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.
Economia
Petrobras: é cedo para avaliar impacto de guerras no Oriente Médio

A presidente da Petrobras Magda Chambriard disse nesta quarta-feira (18) que ainda é cedo para considerar mudanças no preço dos combustíveis com base nos conflitos entre Israel e Irã no Oriente Médio. A região é estratégica para produção global de petróleo e gás.
“Esse cenário tem apenas cinco dias. É bem recente. A Petrobras não faz movimentos abruptos. Aumento ou redução nos preços de combustíveis são feitos a partir de movimentos delicados. Só nos movimentamos quando identificamos tendências. Não queremos trazer para o Brasil a instabilidade e a volatilidade do sistema de precificação internacional”, disse a presidente.
Uma das preocupações para os mercados globais é se o conflito afetará a navegação do Estreito de Ormuz, que fica entre o golfo de Omã e o golfo Pérsico. Nele transitam 21 milhões de barris por dia (b/d), ou cerca de 21% do petróleo que é consumido em todo o mundo, segundo a Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos.
O diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras Claudio Schlosser disse que não vê potenciais prejuízos para a Petrobras em caso de alteração de navegação no estreito.
“Historicamente é muito difícil acontecer esse fechamento. Pode ter uma restrição, redução, fluxos menores dos navios. Até porque tem aliados do Irã como Catar e Kuwait, que escoam óleo por ali. Abastecimento da China também passa por aquela região. Para nossas atividades, está mais ligado com a saída do petróleo leve. O último navio saiu da região na sexta-feira e abasteceu a Reduc [refinaria de Duque de Caxias]. Mas existem alternativas logísticas para suprir esse petróleo”, disse Schlosser.
Margem Equatorial
Na coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi questionada sobre o processo para exploração de petróleo na Margem Equatorial. Magda reforçou que a empresa está seguindo todos os processos exigidos pelo Ibama para e que o último rito formal deve ocorrer em breve.
“A sonda para a operação está se movendo, vai parar no Ceará para trocar tripulação e depois vai para a Margem Equatorial. A gente tem obrigação de entregar essa sonda e depois que o Ibama vistoriar tem tudo para marcar a autorização para treinar o evento de início de perfuração”, disse Magda.
A Petrobras foi um dos destaques no leilão organizado na terça-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dos 34 blocos de exploração de petróleo colocados em leilão, a Petrobras arrematou dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três blocos na Bacia de Pelotas, com desembolso de R$ 139 milhões.
Outros 21 blocos foram adquiridos por empresas nacionais e estrangeiras nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas: uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados. No total, foram desembolsados mais de R$ 989 milhões na aquisição dos blocos. A previsão de investimento mínimo na fase de exploração é de R$ 1,45 bilhão.
Economia
Entidades do setor produtivo e sindicatos criticam aumento de juros

A elevação da Taxa Selic (juros básicos da economia) para 15% ao ano recebeu críticas do setor produtivo. Para entidades da indústria, do comércio e centrais sindicais, a alta prejudicará a produção e o investimento.
Em nota, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, classificou de “injustificável” a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, os juros altos vão sufocar a economia.
“Não lidávamos com um patamar tão alto [da Selic] desde 2006. A irracionalidade dos juros e da carga tributária já está sufocando a capacidade dos setores produtivos, que já lidam com um cenário conturbado e possibilidade de aumento de juros e custo de captação de crédito. É um contrassenso o Banco Central se manifestar contra o aumento do IOF enquanto decide aumentar a taxa de juros. Aonde se quer chegar?”, questionou Alban.
Para a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o Banco Central poderia ter tomado outra decisão. “Havia espaço para estabilidade e até mesmo para queda da taxa. Não há justificativas para uma taxa de juros neste patamar”, ressaltou o economista-chefe da entidade, Felipe Queiroz, em comunicado.
“O cenário atual demanda uma política macroeconômica muito mais alinhada com o desenvolvimento macroeconômico doméstico, com estímulo à produção e ao desenvolvimento. E apesar dos juros neste patamar, mesmo assim, agentes econômicos ainda acreditam que o PIB vai crescer 2.2%. Se tivéssemos uma taxa mais civilizada, inegavelmente, o crescimento brasileiro neste ano seria muito maior”, acrescentou Queiroz.
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informou que a decisão surpreendeu as expectativas de mercado. No entanto, ressaltou que o núcleo da inflação, que exclui os preços mais voláteis, continua acima do teto da meta anual, de 4,5% em 12 meses.
“Apesar da desaceleração gradual da atividade econômica interna e da valorização do Real, que tendem a diminuir a pressão sobre os preços, a inflação subjacente, que pende a sinalizar a tendência do aumento de preços, ao excluir os mais voláteis, se mantém muito acima da meta anual, num contexto de expansão fiscal e expectativas inflacionárias ainda desancoradas, justificando uma política monetária mais contracionista”, explicou o economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da ACSP.
Centrais sindicais
A decisão do BC também foi mal recebida pelas centrais sindicais. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o BC dificulta a vida das famílias com a nova elevação da Selic e mantém o esquema que transfere recursos dos consumidores, das empresas e do Estado para o setor financeiro.
“Os juros altos desestimulam os investimentos e o consumo, cenário que impacta no mercado de trabalho. O Brasil estaria gerando muito mais vagas de emprego, de qualidade, com salários melhores, não fosse essa política monetária do Banco Central”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.
Em nota, a Força Sindical, destacou que os juros altos são um “veneno” para matar a produção e o comércio.
“Juros altos são um convite à especulação e proporcionam excelentes rendimentos ao setor bancário em detrimento da indústria e comércio. Os trabalhadores estão convencidos que ao permanecer a atual política de juros altos do Copom a tendência será de aprofundamento do desemprego e da pobreza”, criticou o presidente da entidade, Miguel Torres.